todo_dia_umaostde_fg

E aí galerinha, tudo blz com vocês? Espero que sim. Eu não sei que dia eu vou postar isso, porque bem, eu vou levar mais de um dia pra fechar esse post, que é um que vai ser demorado pra montar, já que eu quero falar sobre como foi a minha aventura com essa série de jogos de luta. Não haverão spoilers nesse post, então, sem mais delongas, bora lá!

O começo:

Vamos começar pelo começo. Eu peguei essa série pra jogar por causa de um motivo muito... Bobo. Eu vi um vídeo gringo de "top 10 especiais mais desrespeitosos em jogos de luta", segue aí o vídeo por sinal:

E no momento 6:39, etava o especial de um tal de Hazama que ficava pisando freneticamente nos inimigos. Além de eu achar o especial super exagerado e engraçado por causa disso (mal sabia eu que acertar esse trem seria um parto mais tarde), os cenários e os personagens pareciam até que bem legais por assim por assim dizer, já que não vi muita coisa além do zé da pisada. Nisso eu fiquei com isso na cabeça e decidi procurar qual é a desse tal de Bluzbluz aí, e achei pra PSP! Logo, decidi dar uma chance, e fui para o primeiro jogo: Calamity Trigger.

Blazblue Calamity Trigger

O primeiro jogo da série que eu joguei foi Calamity Trigger Portable, que é o Calamity Trigger pro PSP, e a primeira coisa que me chamou atenção, além da abertura que é fenomenal (vale ressaltar que as aberturas da versão da Steam/Consoles e do PSP são diferentes. Eu particularmente prefiro a versão de console), é o elenco de personagens:

Tínhamos o Dante com cabelo de Vergil, o Vergil loiro com cabelo de Dante, a Jill do Resident Evil, só que loira e mais jovem, um Power Ranger samurai, uma vampira loli, um ninja, uma meleca preta, uma gatona com um bastão, uma mina robô, um pirralho com uma boneca, um maluco bombado de 3 metros e uma menina gato. A partir daí eu tirei duas conclusões: uma, é que esse elenco não fazia sentido, outra é que não tinha o "funny stomping man" do vídeo que eu vi. Então eu peguei o Vergil loiro,vulgo Jin Kisaragi pra aprender a jogar, e achei bem legal jogar com ele. O Ragna, também foi legal de jogar, mas achei um pouco mais complicado usar ele, e a Noel foi bem fácil de aprender. Já os outros personagens... Uns eu achei muito difíceis de usar (vulgo Rachel e Carl) e outros muito esquisitos. Mas o que me chamou atenção nisso foi o modo história, já que o modo Arcade terminava com um ponto de interrogação na minha cabeça, independente do personagem que eu usasse. E lá fui eu colocar o pé na água gelada. E olha... Eu demorei pra entender o que diabos estava acontecendo naquele trem, e as coisas só começaram a fazer sentido no final do jogo.

Mas a impressão que eu tive, é que o criador sabia o que tava fazendo, mas que não sabia como colocar em prática, o que justifica o fato de muitos dos finais desse jogo darem foreshadow pra eventos que aconteceram nos jogos seguintes, o que explica um pouco do motivo de a história ficar tão confusa de entender, e pelo desenvolvimento desse jogo, dá pra entender, já que ele era pra ser um RPG que virou um jogo de luta porque a Arc tinha perdido os direitos de Guilty Gear. Doidera né? Mas, assim que eu terminei a história, três coisas me chamaram atenção, primeiro, a trilha sonora desse jogo é maravilhosa, segundo, ele tem uma vibe muito experimentativa, por mais que a história já tivesse estabelecido algumas coisas, a sensação é de que esse jogo era um projeto pequeno, mas com muito potencial, e terceiro, eu preciso ver como isso continua. E assim, eu avancei pro próximo jogo. Eu definitivamente, não sabia aonde eu tava me metendo...

Continuum Shift II

Eu não sabia muito o que esperar desse jogo em comparação ao primeiro. Além de ficar perdido com tantas versões desse jogo (Continuum Shift,Continuum Shift II, Continuum Shift Extend) ele tinha um aspecto diferente do antecessor. Se Calamity Trigger passou uma vibe de jogo que mais serviu como um experimento, Continuum Shift passou uma vibe de franquia de luta muito mais definida. O elenco e trilha sonora eram praticamente os mesmos, só que com adições. Mais personagens, mais músicas e mais cenários, e um novo estilo de arte que... Eu particularmente continuo preferindo o primeiro jogo. Mas falando em elenco, nesse jogo tínhamos o personagem que me fez ter curiosidade em conhecer essa série: Hazama, que... Não tinha o especial de pisar nos outros... Mas ainda assim eu gostei de jogar com ele, embora ele definitivamente seja complicado de aprender a jogar. Complicado até demais pra uns. E depois do cliffhanger do primeiro jogo, nesse daqui eu não demorei muito pra ir pro modo história, e meus amigos, o modo história desse jogo é MUITO maid conciso que o jogo anterior, já que as histórias eventualmente se conectam e fazem sentido no final. Assim que você termina a campanha do Ragna, você vai direto pra do Jin ou da Noel, e depois libera outras campanhas e as coisas vão se encaixando como um quebra-cabeça.

Alguns segredos do jogo anterior são explicados, outros aparecem, vemos mais sobre o universo, e os personagens começam a se desenvolver. Além disso, é o jogo onde Ragna e Hazama lutam pela primeira de muitas vezes, sendo o segundo o vilão principal do jogo. E quando eu terminei o modo história, eu estava definitivamente hypado pro 3° jogo, mas... Ele não estava ao meu alcance naquela hora, então fui explorar outros modos de jogo, e certamente o modo de montar um time e ir conquistando as áreas foi o meu favorito, e passei muito tempo nele. Até que um dia depois de eu ter indicado essa série pra um amigo meu, ele me manda um print com a série toda em promoção na Steam. Eu não sabia se o 3° jogo ia rodar no meu PC, mas... Tava menos de 10 reais, e já torrei mais do que isso com coisas mais idiotas kkkkkkkkkkkkkk. Então eu comprei e testei... E FUNCIONOU!

Chronophantasma Extend

Se eu tava em dúvida se ia funcionar ou não, imaginem a minha alegria quando eu vi essa cutscene:

Eu legitimamente pulei de alegria quando o jogo rodou! Quer dizer, tava meio ruim de primeira, mas mexendo nas configurações, o jogo rodou lindamente! Então, sem nenhuma interrupção, eu contemplei essa tela de seleção de personagens, com essa trilha sonora:

Proof of the Warrior ainda é a minha música favorita de seleção de personagens da série! Eu fui brincando com os personagens que eu já conhecia, e tinham novos personagens, e enquanto brincava no vs mode, percebi que esse jogo já possuía o golpe idiota que me fez conhecer o jogo. Agora tinha o especial da pisada frenética tanto pro Hazama, quanto pro Terumi. Então, eu só tinha um objetivo em mente: pisotear todo mundo que aparecesse no caminho!

Voltando aqui pro jogo kkkkkkk, se Continuum Shift era um Calamity Trigger bombado, Chronophantasma foi um Continuum Shift modo giga Chad. Tudo que tinha em um, tem no sucessor, E MAIS! Uma coisa eu preciso ressaltar, eu joguei os dois primeiros jogos pelo PSP, quando eu joguei Chronophantasma, a diferença visual era gigante! O visual desse jogo é lindo! A OST ganhou um remix de todas as músicas que tinha nos jogos anteriores, e ainda dava pra pegar as versões clássicas. Os cenários, a mesma coisa, tinham novos cenários, porque a história desse jogo se passa em um lugar totalmente diferente dos jogos anteriores. A única coisa em que esse jogo peca em questão de conteúdo, foi a falta do modo Legion que eu tanto amei em Continuum Shift... Trágico, ainda mais porque era o meu modo favorito de jogo. Mas de resto, TUDO é mais completo que os jogos anteriores. O modo história é bem mais fácil de entender, o gameplay é mais completo, agora com os Overdrives durante a partida, mais especiais e gameplay mais polida.

Se os dois primeiros jogos me deixaram curioso pra ver mais de Blazblue, Chronophantasma foi o que tornou essa uma das minhas franquias favoritas de jogos de luta de todos os tempos! Seu visual, carisma, gameplay e personagens me conquistaram, e até hoje, mesmo com o próximo jogo em mãos, ainda me vejo revisitando Chronophantasma algumas vezes, e foi um dos poucos jogos de luta que eu fiz o final do modo Arcade com TODO MUNDO! Esse jogo é maravilhoso, e como até esse momento tinha sido um melhor que o outro, eu não esperava menos do sucessor de Chronophantasma... Preciso dizer que as minhas expectativas foram saciadas?

Blazblue Central Fiction

Enfim, chegamos ao último jogo da série, Central Fiction! E... O que dá pra dizer sobre ele? CT foi um jogo mais experimental como eu tinha mencionado, CS um jogo mais sólido que era um CT +, CP foi um CS ultra bombado, então por associação, era de se esperar que Central Fiction fosse ser um CP ainda mais bombado ainda certo? Bem, esse não foi o caso necessariamente... Algumas features foram removidas do jogo anterior, ainda não tivemos a volta do modo legion, o modo Abyss ficou bem diferente dos jogos anteriores (pro melhor eu diria), mas ao mesmo tempo, os personagens ilimitados se foram do gamplay, que é algo que eu gostava quando queria zuar, já que eles eram bem mais desbalanceados, e causavam muito mais dano que suas versões normais, e por algum motivo, é o único jogo da série principal que não foi dublado em inglês.

Em contraparte aos jogos anteriores, que adicionavam mais coisa a cada jogo que se passava, o que esse jogo faz é polir muito o que já tem, e nisso, ele brilha MUITO! Temos o maior roster da série, com MUITOS personagens, a trilha sonora completa da série, assim como no jogo anterior, e mais umas músicas novas, um rebalanceamento geral nos personagens, overdrives mais bem aplicados que no jogo anterior, mais cenários bem bonitos visualmente, e muito mais adicionais pra qualidade de vida do jogo, sem ser excessivo no fim das contas, e olha... Não é atoa que alguns consideram esse o melhor jogo de luta da atualidade! Ou pelo menos um dos melhores, porque tudo nesse jogo teve uma base sólida construída nos jogos anteriores e melhorada aqui! Um combate profundo, mas que dá pra jogar sem ser um pró player, muita variedade nos estilos de jogo, 3 modos Arcades diferentes, os modos extras que o povo mais gosta (menos o Legion mode... ALGUÉM TRÁS ELE DE VOLTA POR FAVOR), MUITA profundidade pra cada personagem, uma OST maravilinda, e por fim uma conclusão digna de um óscar pra história desse quarteto de jogos! Sério, quem lembra do meu post quando eu finalizei? Eu legitimamente chorei vendo essa conclusão! E não foi pouco kkkkkkkkkkkkkkkk.

E assim, eu "terminei" a minha jornada com Blazblue... Entre aspas, já que eu ainda jogo algumas vezes no modo Arcade, ou só brinco no VS mode mesmo porque esse jogo é BOM DEMAIS! Sério, eu ainda tenho mais horas de jogo com Chronophantasma, mas Central Fiction é um dos meus jogos de luta favoritos de todos os tempos! E se considerar data de lançamento, é o meu jogo de luta favorito da atualidade! 

Em conclusão, essa foi uma das franquias mais surpreendentes que eu já peguei pra jogar! Levando em consideração que eu não sou lá muito bom em jogos de luta, pegar um que a princípio é considerado muito difícil, mesmo pro gênero, foi uma experiência muito bacana! Foi uma série que eu peguei sem saber o que esperar, e eu até agora não saí dela! É muito divertido, cativante e carismático, e mesmo com um melhor que o outro, chegando até um dos jogos de luta com maior profundidade da atualidade, é engraçado olhar pra trás e ver que isso tudo começou. É raro, mas às vezes eu abro os primeiros jogos pra rever como eram as coisas no começo. Hoje em dia, acho que a maioria vai direto no Central Fiction por ser o jogo mais novo, mais completo, e, provavelmente, mais conhecido também, o que eu realmente compreendo, mas fico feliz por conhecer essa franquia pelo seu começo. E pensar que tudo isso começou com um gatilho da calamidade...

Obrigado a todos que leram até aqui, foi o post que eu mais levei tempo fazendo até hoje, e espero ter feito valer a pena essa demora. Mas e aí, conhecem essa franquia? Se não, eu recomendo dar pelo menos uma chance, afinal, pra mim que não sou lá muito bom em jogos de luta, é uma das séries mais divertidas do gênero, acredito que vocês aí também deveriam dar uma chance, vai que vocês acabem gostando e entrando nesse universo maluco também né? Um forte abraço a todos, vou ficando por aqui, e até a próxima!

Última música do ano gente! Feliz ano novo!

Embora eu goste mais do tema do Ken, acho que todo mundo reconhece esse como a música mais marcante de SF2.