Mães. Certamente é uma coisa que todos nós temos em comum. Estando presentes, ausentes, sendo boas, ruins, sendo a mãe da Luca, todos nós viemos a esse mundo por causa delas, e todo ano, no segundo domingo de Maio, temos um dia próprio para comemorarmos e agradecermos à essas figuras tão importantes em nossas singelas existências. E como nós aqui, do Grindingcast, decidimos nos focar em RPGs eletrônicos, nada mais justo do que trazer nessa data uma pequena lista com algumas mães presentes nesse gênero tão vasto e amplo dos jogos de videogame!

Porém, antes de trazermos os exemplos maternais escolhidos para essa lista, definamos alguns critérios básicos usados para as nossas escolhas, já que mãe em RPG não falta, mas mãe que não seja um NPC esquecível ou que sequer tem nome, nem tanto:
1 - As personagens precisam ser importantes na sua respectiva história – Ou seja, nada de mães que acordam o protagonista, dormem na cozinha e somem da narrativa tempos depois;
2 - As personagens escolhidas não podem se tornar mães através de dating simulator – Simuladores de encontros onde o jogador pode ter filhos que são recrutáveis, como Fire Emblem e Rune Factory, são bem comuns nos dias de hoje, e como quase qualquer personagem pode virar mãe em 5 minutos, e isso é irrelevante pra narrativa, deixaremos elas de fora;
3 - As personagens selecionadas não precisam necessariamente serem bons exemplos maternais – Na vida real temos tanto mães boas quanto ruins, portanto ser uma mãe de comercial de margarina não será um requisito.
Por fim, para justificar a nossa escolha (e não ficar uma lista genérica e vazia), de vez em quando utilizaremos algumas informações relacionadas ao enredo dos jogos em que as personagens estão inseridas, ou seja, teremos spoilers, porém quando isso for utilizado, será devidamente informado no decorrer do texto. Enfim, chega de lereia e vamos pro que interessa!
1 - Hinawa - Mother 3

Temos uma lista de mães nos RPGs, nada melhor do que começar com uma série que tem mãe no nome e na sua premissa principal: Mother, e com o último jogo da mesma: Mother 3. Hinawa. Ela é casada com Flint, e ambos possuem 2 filhos: Lucas e Claus, e logo no começo do jogo somos apresentados à essa família, que está prestes a se encontrar, com o pai esperando por eles em uma vila bucólica, onde se iniciam os eventos que vão desenrolar toda a história do jogo. (spoiler maternal adiante) As outras mães da série são basicamente NPCs sem nome e sem participação relevante na narrativa, porém Hinawa é bem mais do que isso, já que a sua morte trágica, no começo do jogo, serve de estopim para tudo que vai se suceder com sua família, seja Flint, que ficou desconsolado, Claus, que acaba se tornando um vilão controlado pelo Porky e pelo protagonista, Lucas, que devido ao acontecido, precisa amadurecer e seguir em frente. Um bom exemplo materno, pra começarmos bem nossa lista!
Também temos uma review e um podcast de Mother 3, não deixe de conferir!
2 - Reisha Truelywaath - Ar Tonelico 2: Melody of Metafalica

Reisha é a mãe da Luca de Ar Tonelico 2, que é uma das personagens principais da trama, e ela aparece na história logo no prólogo, onde alguns soldados atacam ela e seu marido, e acabam levando uma de suas filhas, a Reika, e ela então canta sua música tema, a Reisha’s Lulaby, para acalmá-la, dizendo que vai tudo ficar bem.
Porém, quando somos transportados para o presente, vemos que a relação de mãe e filha não é muito amistosa, e Luca trata Reisha com bastante indiferença, (spoiler maternal adiante) e isso tem um motivo, que é o fato dela não ser mãe biológica dela, e Luca, quando jovem, escutou a mãe conversando com alguém, e acabou interpretando que ela era um incômodo para ela. Esse relacionamento, além de outras atitudes da Luca nesse início de Ar Tonelico 2, levam muitos jogadores a odiarem a personagem, porém, caso o mesmo escolha pela rota da mesma, verá que a garota tem vários motivos pra agir assim, e Reisha, no decorrer da história, acaba tendo um papel extremamente importante para os acontecimentos que regem a trama de Ar Tonelico 2, outra grande escolha para a nossa singela listinha!
Também temos uma review de Ar Tonelico 2 lá no site, não deixe de conferir também!
3 - Cherie Espoir - Rhapsody: A Musical Adventure

Cherie é a mãe da Cornet, a protagonista de Rhapsody: A Musical Adventure e no início do jogo ela não aparece, só sendo mencionada mais adiante, mas como uma pessoa já falecida, quando a filha tinha apenas 3 anos de idade (spoilers maternais adiante). Porém, posteriormente é revelado que Cherie era um Ancient, uma raça divina do mundo de Rhapsody, e que também havia transferido a sua alma para um boneco, para sempre ficar de olho da sua filha, sendo esse títere a Kukuru, a fadinha que acompanha a protagonista desde o começo da história. No final, ao despedir de sua mãe, Cornet acaba dando esse nome pra sua filha, que acaba protagonizando o jogo seguinte da trilogia. Cherie é uma personagem bem importante para a série (que recentemente teve seus dois outros jogos anunciados pro ocidente, finalmente), e uma excelente adição pra nossa listinha!
Também temos review de Rhapsody lá no site e um podcast onde falamos sobre o jogo, então não deixe de conferir!
4 - Flemeth - Dragon Age: Origins

Flemeth é a mãe de Morrigan, a desbocada e icônica feiticeira de Dragon Age: Origins. Sua primeira aparição no jogo é salvando o protagonista e o Alistair no começo da história, e como agradecimento, pede para que ambos levem sua filha em sua missão de combater o Darkspawn. (spoilers maternais adiante). Porém, caso o jogador faça a quest pessoal da Morrigan é revelado que Flemeth é imortal porque sempre rouba o corpo das filhas que cria, e após descobrir isso, Morrigan pede para que o jogador dê cabo da vida de sua mãe, e pegue o Grimório da mesma, que deve conter vários dos seus segredos e caso decida por fazer isso, Flemeth irá se transformar em um enorme dragão, bem difícil de ser derrotado. Ela contém muitos mistérios que só são revelados nos jogos seguintes da série, e apesar de não ser o melhor exemplo maternal do mundo, é uma personagem muito interessante, como quase todo o cast de Dragon Age: Origins!
Também temos um podcast e uma review de Dragon Age: Origins, portanto não deixe de dar uma cubada!
5 - Miranda - Grandia 3
Miranda é a jovem mãe de Yuki, o protagonista de Grandia 3, e segue viagem com o filho, assim que ele decide sair pelo mundo para poder ajudar Alfina, a garota élfica que ele vê sendo perseguida no começo do jogo. Sim, uma mãe que entra na sua party, e além disso ela é muito boa em batalha e é muito carismática, e acaba até se entrosando com um pescador parrudo, o Alonso. (spoilers maternais adiante) Porém, todavia, entretanto, a mesma (e o pescador parrudo) acabam saindo da party e simplesmente DESAPARECEM DA TRAMA INTEIRA APÓS ISSO, e em seu lugar ganhamos 2 personagens horríveis (como se Yuki e Alfina não fossem ruins o suficiente), completando esse, que é o pior jogo da série, disparado. Porém, Miranda continua sendo uma ótima personagem, que infelizmente teve o azar de sair no jogo errado.
Também temos uma review de Grandia 3 no site, se estiver curioso, dê uma conferida!
Menções honrosas:
Lily em Grandia – A mãe do Justin do primeiro Grandia, uma personagem bem carismática, que fora uma pirata no passado até!
Mother Benezia de Mass Effect – Benezia é a mãe da Liara no primeiro Mass Effect, que está relacionada com o vilão, Saren, e é bem importante para o andamento da trama desse primeiro jogo.
Koudelka em Shadow Hearts – A desbocada cigana do jogo homônimo do PS1 retorna nesse primeiro Shadow Hearts com um papel muito importante, e tem um filho, o Halley, que entra pra party.
Juli Mizrahi em Xenosaga – A mãe da MOMO, a reallian criada pelo cientista Joachim. Na verdade ela não é a mãe biológica dela (afinal, MOMO é criada artificialmente), mas ela a vê como uma figura materna e, a priori, Juli não vê a mesma com bons olhos, com isso sendo explorado posteriormente na trama.
Mãe do Gen em G.O.D: Mezame yoto Yobu Koe ga Kikoe – A mãe do protagonista, Gen, pode não ter nome ou aparentar ser só mais uma que dorme na cozinha, mas tem uma enorme importância no decorrer da história.
Bianca em Dragon Quest V – Tecnicamente Bianca só se torna mãe através de um dating simulator, porém como ela é a mãe canônica do jogo, e as outras escolhas sequer são relevantes pra narrativa, vale a menção dela aqui.
Toriel em Undertale – A mãe cabra do início de Undertale, que acolhe o protagonista quando ele cai naquele mundo bizarro com flores psicopatas.
Erika Russell em The Legend of Heroes Trails in the Sky – A excêntrica mãe da Tita Russell, que é superprotetora com a filha e fica com os 2 pés atrás na presença do Agate, dizendo que ele vai roubar a inocência dela, hauhaua
Mother Superior em Cris Tales – a chefe do convento onde a protagonista, Crisbell, vive no começo do jogo. Ela não tem mãe, mas acaba servindo como uma figura materna importante para a protagonista.
Morgula de Ishar: Legend of the Fortress – A mãe do vilão, Korgh, que também é recrutável e ainda possui uma magia específica pra bater no filho, o final boss!
E então, achou que ficou faltando alguma mamãe de algum RPG? Não deixe de comentar e nós, aqui do Grindingcast, desejamos um excelente dia das mães para vocês e até a próxima!
Não sabia que era tão fascinado por jogos com waifus 2d kkkkkkkk