Registro de finalizações: Teenage Mutant Ninja Turtles
Zerado dia 19/09/23
Durante a minha até então árdua jogatina de Mega Man Battle Network, perdido pelos mapas e frustrado pelos Game Overs aleatórios por não ter o costume de ficar abrindo o menu para salvar um jogo a cada 5 minutos e resolvi espairecer com outra coisa aproveitando a emulação de Game Boy Advance no PSP: o Teenage Mutant Ninja Turtles!
Cara, como eu odeio jogos, filmes etc que possuem o mesmo nome que outros já conhecidos. Já não bastasse que o primeiro Tartarugas Ninjas do NES não tenha subtítulo e você tem que ficar reforçando qual a plataforma e agora tem esse daqui, meio que metido a reboot ou sei lá. E sem contar que ainda no GBA tem outro que se chama simplesmente "TMNT", haha.
Bem, eu falei "agora", mas esse daqui obviamente não é um jogo recente, na verdade ele foi lançado em 2003, incríveis 20 anos atrás!!!
Assim como muitos outros desenhos famosos, as Tartarugas mais famosas da TV sempre ganham novas versões paras novas gerações tanto em animações quanto cinema e até jogos. Esse época aqui eu já não ligava mais para isso. Na verdade eu tinha meu 13 anos e provavelmente estava devorando Pokémon e afins.
Mas me lembro bem dessa época, que inclusive mencionei no meu post do Battle Network. Era tudo bem diferente do que eu estava acostumado. A Cartoon Network já passava essas animações e eu simplesmente não conseguia achar legal. Também foi um tempo de muitos animes americanos e, bem, acho que com treze anos a geente larga mesmo de ver desenhos, hehe.
Esse jogo aqui eu estou chutando que seja baseado em um animação da época pois os visuais gritam isso, tanto durante a jogatina quanto a sua capa (mas realmente nem me dei ao trabalho de pesquisar).
Na verdade a única coisa que eu realmente gostava de TMNT era o Turtles in Time do SNES, mas com o tempo e até recentemente fui conhecendo todos os títulos mais famosos e clássicos desde o NES, Game Boy até a geração dos 16bits do Mega Drive e tal. O que vem depois eu não tinha tanta força de vontade de jogar (e continuo não tendo) mas vou conhecendo esporadicamente.
A campanha iniciou com a opção de escolher entre um dos quatro heróis e, como sempre, eu fui de Donatello e seu bastão de maior alcance.
O enredo girava em torno do herói vermelho, o Raphael, ter sido raptado. Mas pera lá! E se eu tivesse escolhido ele? Ah, tanto faz. Segui com a jogatina desse beat'em up super simples.
Os visuais gritam 2003 mesmo mas envelheceram muito bem apesar de não serem dos melhores do portátil. Tudo o que você faz é andar na horizontal na tela, ou seja: direita ou esquerda, com algumas exceções em que é possível subir em plataformas, muros etc que permitem alguma verticalidade.
Os capangas são horríveis, mas horríveis no sentido de terem uma das piores IA possíveis e basta um combinho rápido para derrotar qualquer um. Fácil demaaaais!
Já no começo da aventura eu travei numa parte em que o único lugar para ir era para cima e depois de muito experimentar eu descobri que havia um comando que me jogava para lá com o bastão. É nessas horas que não sei se sinto falta ou odeio tutoriais.
Sobre os poucos botões, você pula com A, bate com B, pode correr apertando duas vezes consecutivas para um lado (ou só andar que um segundo depois ele já corre sozinho) e há um botão de golpe especial (R) daqueles que consomem sua própria vida, mas é bem pouco.
Enfim, o jogo estava moleza. Venci a curta primeira fase no que pareceu ser dois minutos e a segunda era meio que um minigame de surfe ainda mais curta. A terceira foi mais difícil com mais plataforma e inimigos menos bobões, mas ainda curta.
A quarta fase foi na verdade um chefe que me deu um trabalhinho e exigiu um pouco de estratégia e movimentação, mas venci na segunda tentativa (felizmente não há sistema de vidas). Adivinha o que veio depois?
Se você pensou "o zeramento", acertou! Para ser sincero eu tinha visto na tela de personagens que seriam apenas 4 estágios e isso me impulsionou a ir até o fim logo, mas tão rápido assim?
De volta à tela inicial eu confirmei algo que suspeitei: cada um dos quatro protagonistas tem sua própria campanha, fases, chefes etc. Hummmm.
Terminei o Battle Network e voltei pro TMNT já na expectativa de terminar as outras 3 campanhas, e foi bem isso o que aconteceu. Tem uns momentos um pouco mais difíceis aqui e ali mas não deixa de serem aventuras tranquilas e curtas. E sendo sincero é até divertido, muito embora seja super simples e não tenha muita novidade.
Acho que se você jogou títulos de heróis como Homem-Aranha nos Game Boy já pode imaginar que tipo de jogo é esse.
A parte mais legal desse TMNT é como os desenvolvedores fizeram algum esforço para trazer variedade à experiência.
Primeiramente que cada campanha realmente se difere bem das demais tanto no enredo quanto nos personagens, cenários e tal. Em segundo lugar, cada tartaruga tem características próprias, seja na animação de andar ou se como segura suas armas, seja nas habilidades exclusivas como o Michelangelo que consegue pairar no ar com seus nunchakos, o Raphael consegue escalar paredes com os sai, alguns tem pulo duplo e muito mais. No final das contas acabei achando o Don o pior da turma.
Um último ponto sobre variedade é que há estágios com jogabilidade bem diferentes, como aqueles que simulam o 3D tipo andando de skate nos esgotos como os minigames do Donkey Kong Country 3, também de GBA, ou sair atirando com um tanque de guerra em terceira pessoa. Muito legal!
Resumindo: Teenage Mutant Ninja Turtles do Game Boy Advance é um jogo simples mas funcional e surpreendentemente bom a ponto de dizer que me diverti mais nele do que em alguns dos clássicos. Não tem muito o que dizer além de que se trata de um beat'em up que não tenta reinventar a roda nem se estender, e isso eu tenho que respeitar pois os criadores focaram mais na diversidade de cada campanha e herói. No final de tudo ainda há um capítulo extra para escolher quem você desejar e enfrentar o último chefe, bem maneiro.
De bom: visuais legais. Trilha sonora ok e inclui algumas dublagens. Campanhas com boa duração. Cada estágio tem um segredo escondido que gera algum replay e você pode escolher quais jogar depois de os ter vencido. Chefes ok, assim como o enredo digno de episódios de desenhos. Fases bem variadas e que suam bem o hardware do GBA.
De ruim: não tem modo multiplayer. Conteúdo um pouco pequeno. Alguns comandos não são óbvios de início. Correr deixa o personagem meio lento para realizar ações, como até mesmo a de parar, e eles correm automático depois de um segundinho andando.
No geral, café com leite, preto no branco, deu para jogar de boa e até aqui deve ter sido o jogo mais fácil das Tartarugas. Não adiciona nada à sua experiência com jogos e nem tira nada. Jogo ok!
Teenage Mutant Ninja Turtles
Platform:
Gameboy Advance
161
Players
5
Check-ins
Eu também detesto esse lance de títulos repetidos. Toda vez que vai comentar sobre a parada, tem que ficar explicando de que ano é e tals.