Zerado dia 21/12/20

Estou jogando um RPG meio chato, então resolvi pegar algo mais curto para jogar e retomar meu amor pelos jogos. Dei uma olhada em uma lista de jogos que tenho que jogar por já ter iniciado de alguma forma e o escolhido foi The King of Fighters '97 dessa série ACA Neo Geo lançado no Switch.
Depois de tanto jogar Garou: Mark of the Wolf no console, eu sabia que a necessidade de um KoF era iminente. Meus amigos e eu precisávamos de um jogo de luta com mais personagens e que a maior parte dos jogadores antigos já conhecessem e as lutas de apenas um personagem (e a grande maioria original do jogo) de Garou já tinham meio que enjoado. Eu queria Kyo, Iori, Mai e muitos outros, não Gato, Tizoc, Freeman.
Esses jogos são quase uma necessidade para jogar no Switch em modo tabletop e sempre fazem sucesso!

Como não manjo tanto assim da série Kof, fiquei na dúvida de qual comprar e pensei até em adquirir vários deles, senão todos. Dei uma pesquisada pela internet e aparentemente KoF '98 tem a preferência da galera por pouco.
O lance é que um dia entraram dois jogos em promoção bem baratinhos: '97 e 2000. O mais recente parecia mais bem envelhecido, mas fiquei com medo do jogo ser muito diferente, até porque minhas experiências com o 2003 são um pouco esquisitas. O '97 parecia mais o que entendo por The King of Fighters, mas fiquei com receio de ser tosco.
Sendo assim, resolvi abrir uma enquete no Instagram e o '97 DESTRUIU o 2000. Comprei.

O jogo ficou parado até eu ter a oportunidade de jogar com a galera certa, e finalmente isso aconteceu há uns meses atrás (talvez mais de um ano).
O jogo é muito bacana, mas tem sim uma cara de jogo velho, até para mim. As animações, cenários e personagens são incríveis, porém os sprites, tipo dos lutadores na tela de escolha, são meio esquisitos e tenho certeza que eles são melhores nos jogos que já conhecia da série. Agora o que mais deixa a época de lançamento em evidência é a paleta de cores do jogo. Nesse caso as imagens desta postagem não fazem jus ao meu argumento e tenho certeza que aparentaria melhor numa tela de Arcade. Enfim, tem o seu estilo e seu lado nostálgico, sem dúvidas.
O fato é que na minha jogatina o pessoal estava num "mindset" para Smash Bros ou outros jogos mais modernos no PS4. Basicamente é como jogar Doom multiplayer sendo que o pessoal queria jogar Rocket League.
Apesar de ter valido a pena a jogatina do KoF, acabei deixando-o para situações de jogatina fora de casa, como faço com outros jogos, principalmente de Arcade, como Metal Slug e o próprio Garou.

Voltando meses depois para finalmente terminar sua campanha, escolhi um time bem "Ryu", com personagens clássicos e simples de jogar: Kyo, Terry e Garcia (esse porque o tempo de escolha acabou). Derrotei uns três trios e comecei a apanhar feio de um que tinha a King e Mai.
O jogo, como todas essas versões de Arcade em sistemas modernos, permite colocar fichas com o apertar de um botão, o L (inclusive é comum ver o povo adicionando fichas frequentemente durante as lutas por apertar o botão esperando um ataque ou simplesmente esbarrar nele), mas estava perdendo feio mesmo trocando de time a cada Game Over. Que time era aquele! Quando finalmente passei, só tive trabalho novamente no final e lá se vão muitas derrotas. Meu time final foi: Ryo, Yuri e Terry, caso alguém queira saber.
O legal do jogo é que "não existem" Rounds. Pelo menos não como de costume. Você derrota um personagem e ele não ganha outra chance, mas sim o próximo do trio. Isso foi bacana nas batalhas finais: duas de apenas um oponente e, ao finalmente derrotá-lo uma vez, a partida acabava.

Resumindo: The King of Fighters '97 é muito legal, muito mesmo. Com um jogo como esse, eu não vejo nem porque jogar a maioria dos Street Fighters. Como eu já esperava, as batalhas são velozes, estratégicas, cheias de efeitos de ataques e especiais e muito bonitas. Fico inclinado até a dizer que no modo portátil (tabletop) o jogo brilha mais do que sendo jogado na TV.
De bom: grande quantidade de personagens para escolher e aprender (+ secretos). Cada personagem tem muitos movimentos e você pode aprendê-los tanto para bater quanto para contra-atacar oponentes. Sempre acho legal como a série mistura várias séries da SNK, como Art of Fighting, Ikari Warriors, Metal Slug, Fatal Fury etc. As animações são lindas e o apelo ao capricho de animes da época é evidente, ao invés de personagens com poucos frames de animação e mais robotizados (estou de olho em você Street Fighter 2). Fator replay muito bom em festas com amigos. Há a possibilidade de baixar ou aumentar o nível de dificuldade do jogo. Jogabilidade mais tranquila do que eu lembrava da série.
De ruim: as cores entregam a idade do jogo. A qualidade do som das dublagens é meio ruim. Alguns sprites dos personagens (tela de seleção e tela de vitória) são feinhos. Alguns cenários simplesmente não tocam nenhuma música e isso deixa o jogo super desanimado. Não é um defeito do jogo, mas jogar no modo portátil (portable) usando os joycons é pedir pra sentir dor.
No geral, valeu demais a compra, mas cheguei ao ponto de me perguntar se vale a pena ter mais de um KoF e estou inclinado a dizer que não, mas que ao mesmo tempo, se fosse para ter apenas um, eu poderia ter aguardado para comprar um melhor e com mais personagens ainda. Será? De qualquer forma, este daqui é um clássico, disponível em tudo quanto é plataforma (até mobile) e mesmo com versões atualizadas online! Acredito que na hora de reunir a galera, não tem como fazer feio com ele!

Uma das músicas novas que acho até legalzinha...