Registro de finalizações: God of War
Zerado dia 29/12/18
Primeiramente tenho que dizer que esse é o meu jogo zerado de número 1000 no Alvanista (embora eu só poste aqui há uns 4 anos e tudo o que veio antes, não ganhou texto haha)! Por outro lado, cerca de 30 desses jogos incluem remakes, títulos duplicados (zerados em mais de uma plataforma) e coisas do tipo, então quando eu realmente finalizar o milésimo jogo direitinho, aí sim eu vou comemorar e fazer um bocado de posts diferenciados. Então vamos ao post:
Aaah, God of War. Quem lembra da época dessa série no PS2? Foi uma época que eu larguei um pouco os consoles de mesa e jogava bem casualmente os poucos jogos que já tinha cansado de zerar no meu GBA. Foi uma fase da minha vida que ninguém ao meu redor parecia mais ligar pra Nintendo e o povo só queria saber de Wining Eleven, Call of Duty e um bocado de jogos que me pareciam genéricos e sem apelo.
Lembro que um amigo tinha o caríssimo Playstation 2 e trazia aqui pra casa pra gente jogar os Guitar Hero da vida e foi aí que conheci de perto o famoso Deus da Guerra. Mas que violento esse Kratos! Curti! Haha!
Eras depois, com meu primeiro PSP, joguei os títulos portáteis e comecei a ir atrás, em seguida, de jogos e séries que eu gostaria de conhecer. A ideia terminou recentemente, jogando um jogo da série a cada um ou dois anos, passando pelo esquisito 1, o amado 2, o fodástico (e HD) 3 e o terrível Ascension. A série é legal e eu sempre recomendei aos amigos do PS3 e PS4 que jogassem o 3, mas quando começou o marketing desse novo GOW, eu fiquei sem saber o que achar. Virou Tomb Raider?
Ganhei o jogo de aniversário em Abril enquanto todos estavam adorando a experiência, mas eu esperei a hora certa pra jogar e inclusive cheguei a emprestar o jogo nesse tempo. Ficou com um cara, amigo de um amigo, que mal conheço um tempão e quando GOW ganhou o GOTY 2018, eu tive que pedir de volta.
GOTY 2018? Melhor que Red Dead Redemption 2 e tantas outras coisas? É sério isso? God of War? WTF? Eu não poderia terminar o ano sem jogar isso, ainda mais tendo ele.
Começando a jogatina, é inegável a beleza de GOW e tudo o que os trailers mostravam estavam ali, pro meu desgosto. Batalhas com um machado, cenas super dramáticas, gameplay mais lento e uma sensação de estar jogando algo completamente diferente. Kratos passa o tempo todo dando lição de moral, ensinando a caçar e sendo chato com seu filho, Atreus. Quem é esse personagem sério e sábio? Não demorou muito pra eu começar a odiar o Fantasma de Esparta nesse jogo.
Mas, amigos, mal sabia eu que tudo que eu conhecia e imaginava sobre o jogo e esse início eram completamente distorcidos.
Tudo que a internet sempre me mostrou sobre GOW é apenas, no máximo, a primeira hora e o jogo logo engata de uma forma muito interessante, com um desenvolvimento de personagens muito bacana, combata rápido, estratégico e difícil, skills, equipamento, grande diversidade de inimigos e um mapa de tirar o fôlego. A mitologia nórdica foi muito além do que a grega fez em 6 jogos!
O princípio da aventura é chegar à um lugar enquanto Kratos lida com as dificuldades de lidar com uma criança e o ensinar a sobreviver enquanto Odin e demais deuses tentam o impedir por algum motivo, que só começa a ficar claro lá pro último terço do jogo. Assim como no primeiro jogo do PS2, GOW foca em rival ao invés de deixar o nosso herói acabar com a mitologia inteira de uma vez. Eu amei o vilão do jogo! Finalmente alguém bem construído e à altura de Kratos.
Esse título é a mistura perfeita de Tomb Raider com God of War e vai cada vez mais ficando como o último conforme você joga. Há bastante exploração e a possibilidade de revisitar os lugares quando quiser e muitas coisas escondidas e/ou opcionais para se fazer.
Curte vikings ou já assistiu Thor, aquele da Marvel? Então você vai reconhecer muita coisa relacionada. Uma das coisas mais bacanas é que a sua aventura se passa quase sempre em Midgard, mas com o auxílio da Bifrost é possível visitar outros reinos, como Alfheim, Muspelheim etc, cada um como temáticas diferentes, inimigos exclusivos e um feeling único.
Inclusive, quando o jogo começa a mexer com a parte mais mística/mágica, ele se abre de uma forma que você não imaginaria nas primeiras horas ou com o que eu conhecia sobre ele. Eu já disse que GOW é lindo, mas ele passa a ficar ESPETACULAR! Os reinos do jogo são incríveis, cheios de luzes e cenários bem detalhados, como um sonho. A primeira vez que eu usei a Bifrost eu descobri que não iria conseguir largar esse baita jogo até fechá-lo!
O sistema de equipamento e habilidades acrescenta muito à experiência. Você tem dinheiro e XP para gastar. O dinheiro serve na loja e o XP pras suas skills.
É aí que entra a parte de escolher entre estética ou benefícios, já que tudo o que você equipa, muda a aparência de Kratos ou Atreus, seja o cabo do machado, a armadura ou as luvas, por exemplo. Vale a pena esconder o corpo todo de Kratos pra deixar ele mais forte? Nah, o Kratos que eu conheço mostra o corpo e suas tatuagens haha.
O mesmo vale pro XP. Melhorar as habilidades do machado, do seu escudo ou do arco que Atreus usa pra te ajudar?
O fato é que, quanto mais dinheiro e progresso você tiver, melhores os equipamentos disponíveis nas lojas e quanto melhor equipado você estiver, mais fácil será explorar áreas opcionais ou mesmo fazer um backtracking pelos 100%. O jogo mostra um nível pro personagem com base nos seus status (força, defesa, sorte etc). Acredito que eu tenha terminado no nível 5.
O sistema de combate me surpreendeu demais conforme foi caminhando a ser o God of War que já conhecia. Você pode bater com o machado, escudo, com os punhos, pode lançar suas armas, pedir que seu filho atire flechas e por aí vai. Alguns inimigos são mais fáceis ou difíceis dependendo da forma como você os confronta.
No início você vai perceber a necessidade de se esquivar, defender e dar parry (defender no último momento, tipo Breath of the Wild) para conseguir lutar e sobreviver. Alguns inimigos voam, defendem, se esquivam e Kratos morre com facilidade (joguei no Normal e haviam mais dois níveis acima disponíveis).
O Hack 'n' Slash floresce conforme você desbloqueia mais golpes e possibilidades de combar e deixar o inimigo no ar. No final eu tinha tantos comandos disponíveis pra cada arma e situação que eu já estava comprando as skills sem nem ler.
Resumindo: God of War é definitivamente um jogo obrigatório para qualquer gamer, algo que nunca pensei que fosse dizer sobre nada relacionado ao Kratos. É um paraíso de cenários, combate, personagens cativantes e imersão. O jogo te pega do começo ao fim, sempre com situações diferentes em uma história e mundo vívidos, que nunca caem na repetitividade. O howlongtobeat.com mostra que a duração da aventura é de 17 horas, e eu devo ter jogado isso em 2 dias e meio de jogatina e muito vício (é notavelmente mais longo que os demais da série.
De bom: enredo muito bom e surpreendente, apesar do feeling hollywoodiano muitas vezes. Sistema de combate super variado pra quem curte aprender umas sequências bem loucas. Bastante referência a tudo o que veio antes (ou seja, ignorar o resto talvez não te traga a experiência 100% completa sobre o enredo). Cenários e trilha sonoras que eu possivelmente nunca vi nada parecido num jogo da Sony. Sidequests e as famosas Valquírias pra se enfrentar caso feche o jogo e queira mais (enfrentei uma e foi tenso, mal cheguei na metade da vida dela). Imersivo a ponto de reforçar a minha vontade de por uma TV bem maior aqui no quarto. Muita diversidade! TUDO no jogo tem um propósito, fato que só no fim do jogo você vai saber.
De ruim: alguns dramas um pouco chatos e um Kratos meio diferente (mas eu esperava bem mais diferente). A imersão é quebrada um pouco em algumas situações, como eles estarem caindo de um lugar alto e gritando, o Kratos agarra em alguma coisa e os salva e em seguida eles estão discutindo algo do passado (ignorando toda a adrenalina de segundos atrás. Tem bastante cena que se joga sozinho ou te guia demais e muitas poderiam ao menos ter um QTE ao invés de nada, incluindo fazer força e finalizar inimigos.
No geral, eu AMEI o jogo e gostaria de falar muito mais, mas essa é uma experiência melhor jogada do que lendo e eu não quero dar spoilers, mas confia: MEUS DEUS, QUE JOGO! O final é mind-blowing e deixa um cliffhanger pra continuação, que dessa vez vou fazer questão de jogar no lançamento. GOW é possivelmente o melhor jogo que joguei no PS4!
God of War
Platform:
Playstation 4
1760
Players
575
Check-ins
Parabéns! Eu me perguntou se você deixou o GOW pra ser o seu milésimo jogo finalizado ou foi por algo por acaso rsrsrs