• anduzerandu Anderson Alves
    2023-02-24 11:08:48 -0200 Thumb picture

    Registro de finalizações: Tales of Hearts R

    Zerado dia 18/02/23

    Fazendo uma maratona de PS Vita para vender o portátil e comprar uma TV fui atrás dos jogos que estavam exclusivamente presos à plataforma e joguei seis deles: Monkey Ball: Banana Splitz, LittleBigPlanet, Silent Hill: Book of Memories e três FPS, Resistance: Burning Skies, Call of Duty: Declassified e Killzone Mercenary. Havia um sétimo jogo, Army Cops of Hell, mas achei o jogo ruim e deixei de lado.

    A ideia então era acabar nessa tríade de shooters mas numa última busca eu lembrei desse Tales of Hearts R, que por algum motivo vinha ignorando.

    O ToH original era um jogo de DS com visuais que misturavam sprites 2D com cenários 3D ee parece muito legal, mas que infelizmente nunca veio para o ocidente. Muita gente se propôs a traduzir e eu sempre esperei (desde 2010, talvez) mas agora acho seguro dizer que não vai mesmo rolar.

    A verdade é que o pessoal tradutor desistiu da ideia justamente porque saiu esse remake no ocidente, porém exclusivamente no console da Sony. Pessoalmente eu nunca curti muito o estilo desse R. Sei lá, o original parecia tão divertido e autêntico. É quase como se me fizessem jogar o remake do Secret of Mana ao invés daquele de SNES.

    Outra coisa que me dava uma certa preguiça desse jogo é a minha experiência com a franquia Tales of, que na verdade é bem pouca sendo que o único título que joguei foi o Tales of Innocence no DS, um dos mais esquecidos, e tinha achado genérico e chato.

    Mas e se ToH fosse um excelente jogo? Sem Vita eu estaria perdendo a  chance. Resolvi então jogar mas a essa altura eu já havia cometido dois erros: anunciado o portátil para venda e estar negociando com as pessoas e até combinado com o vendedor da TV, que é um tio que trabalha com isso. Basicamente já estava tudo certo para as cosias acontecerem na semana seguinte e eu tinha acabado de começar um jogo de 30-40 horas.

    Começando o jogo, bem, é meio que o que eu esperava. Os visuais são uma mistura de bons e ao mesmo tempo o que você veria em qualquer coisa de celular atualmente. Eu até mencionei isso de como os visuais e estilos gráficos desses consoles vão gradualmente  evoluindo até finalmente ficar impossível comparar com plataformas mobile em outro post. E quando o assunto é um jogo de 2014 contra os smartphones atuais em 2023...

    Mas é um jogo agradável aos olhos sim. Não há serrilhados e os personagens são sempre bem expressivos e animados, apesar de ter sim movimentos um tanto robóticos as vezes.

    Fora isso é os eu RPG padrão: cidade com um monte de NPC que fala besteira, lojas, aquele enredo que leva o protagonista em busca de vingar alguém etc (não que esses elementos sejam ruins).

    Outro detalhe que não curto muito é a quantidade exagerada de texto. Qualquer fala com qualquer pessoa simplesmente abre um parágrafo para ser lido com pouca informação relevante, seguido de outro parágrafo e outro parágrafo ao apertar o botão de continuar.

    Além de custcenes aqui e ali durante a aventura há também cinemáticas estilo anime e algumas "stills", basicamente ao invés de fazerem uma cena animada eles fazem um único frame, como o acima, e você passa o diálogo enquanto também ouve as vozes dubladas conversando. Vale mencionar também que todas as vozes são em japonês.

    ToH é simples: você alcança uma cidade, resolve algum problema (geralmente alguém fazendo mal para você derrotar) então anda pelo overworld, alcança a próxima cidade enquanto faz batalhas aleatórias pelo mapa e assim por diante. Bem simples e o enredo não é diferente. 

    Não espere imersão nem nada menticuloso como um Dragon Quest ou Final Fantasy. É mais casual e até infantil.

    Conforme você avança na história vai fazendo mais aliados que entram para o grupo e você pode os usar em batalha, sendo que cada um meio que tem suas especialidades. Quando você finalmente tiver todos os personagens possíveis, serão oito. Porém apenas quatro podem ser usados durante as lutas.

    E falando nessa galera toda, apertando triângulo você abre o menu onde há acesso ao inventário, equipamento e distribuição de pontos conforme eles ganham níveis. Eu realmente não curti isso.

    Sei que todo RPG tem isso mas ToH tem muitas coisas para serem feitas quando um personagem ganha um nível e elas sequer ficam em ordem!

    Um exemplo disso é que uma das primeiras opções é a de equipar cada um desses personagens e mais abaixo há o menu de distribuição de pontos em atributos (ataque, defesa etc). Mas nesse jogo você não compra armas e elas são desbloqueadas conforme você chegam a pontos mínimos de certos atributos ou seja, você desce até o menu, desbloqueia magias e armas, volta, sobe para o menu de equipamento, equipa a arma de ela for melhor e assim por diante.

    Há também um menu para equipar as habilidade de ataque de cada personagem e são muuuuitas. Na batalha, que acontece em tempo real e focadas no 2D, golpes são deferidos com o apertar do quadrado ou segurando para cima, baixo ou laterais antes de pressionar esse botão. Pressionar múltiplas vezes o comando de um golpe apenas o repete infinitamente.

    Você ainda pode equipar mais quatro no analógico direito mas eu mal lembrava de as usar.

    O fato é que se você for levar isso em consideração para todos os personagens mais os demais menus, dá muita preguiça. Fora que você ainda tem que testar esses golpes e ver se vale a pena seus padrões e dano e ainda se você se habitua a eles. Isso me fez simplesmente ignorar muitos level ups e fazer tudo de uma vez de vez em quando.

    Você vai perceber também que todos esses menus tem uma opção "auto" para fazerem tudo automaticamente por você, mas ainda assim dá preguiça de acessar todos eles.

    E falando em combate, essa é a melhor parte de ToH. Você pode andar livremente para todas as direções com o analógico esquerdo ou focar no combate em duas dimensões com o d-pad e seus combos.

    O grande lance aqui é combinar suas habilidades e tentar fazer combos longos e fortes, de preferência sem deixar os inimigos caírem no chão.

    Há número que indicam q quantidade de golpes que podem ser usados e essas habilidades ainda costumam consumir mana, tudo a depende do quão forte elas são. Enfim, é comum começar um combo, ficar sem golpes e ter que esperar um segundo ou dois para recomeçar mas a chave está em revezar com os demais membros do grupo e também tentar levantar os monstros o mais alto possível para manter o controle e planejar os golpes seguintes.

    Depois de causar uma certa quantidade de dano você ainda deixa os oponentes tontos e pode fazer combos mais loucos e fortes, inclusive com golpes especiais com os amigos. E há também uma barrinha que se enche e caso você acione a mecânica, fica meio que intangível e ainda pode usar um golpe supremo (chefes mais fortes também costumam usar essas habilidades quando próximos da derrota).

    Eu estava curtindo o jogo apesar de seu mapa ser basicamente uma planície verde vazia com umas cidades aqui e ali, mas estava até funcionando para mim. Os personagens são ok e há uma continuidade estilo anime que, embora não seja para mim, não se enquadrava nos mais genéricos RPGs modernos.

    Os inimigos também variam bem e há momentos diferentes na história, como quando você acessa "dungeons" no subconsciente das pessoas ou mesmo a busca por medalhas por todo o mundo que te dão prêmios estilo Dragon Quest. 

    Uma pena que as curtas dungeons muitas vezes envolvam puzzles irritantes de ir, voltar e dar voltas como louco até descobrir o que fazer e as batalhas aleatórias ficam cada vez mais comuns. A ponto de um passo já iniciar outra. 

    Resumindo: Tales of Hearts R é um jogo ok, mesmo puxando bastante para o lado genérico e pouco inventivo. Seus visuais envelheceram bem em comparação com os dispositivos portáteis atuais e ele funciona muito bem quando o assunto é combate e até exploração. Por outro lado eu sinto que essa experiência, que foi muito superior à minha única outra com Tales of Innocence, talvez não seja a melhor dessa famosa franquia. Sinto que nada de novo foi adicionado ao mundo dos RPGs. Gostaria muito de ter jogado a versão de DS.

    De bom: bons visuais. Combate bacana. gosto da maioria dos personagens. Campanha tranquila .

    De ruim: odeio que os personagens usam roupas futurista estilo Yugi-Oh num mundo supostamente fantasia-medieval. Fórmula bem repetitiva, assim como os eventos que por grande parte do enredo envolvem os mesmos vilões e suas batalhas. Mundo vazio. Achei que os diálogos são desnecessariamente extensos demais. Cada level up envolve abrir vários menus e alocar pontos e equipar coisa etc.

    No geral, foi uma boa jogatina e agora sei que se tivesse vendido o Vita antes dela não teria perdido quase nada. Agora ao menos posso dizer que conheço o jogo, né? De qualquer forma estou animado com o fato de que eventualmente conhecerei o restante da franquia e curioso com aqueles mais famosos como o Symphonia, Vesperia etc. Jogo ok!

    Tales of Hearts R

    Platform: Playstation Vita
    185 Players
    60 Check-ins

    15
    • Micro picture
      manoelnsn · about 1 month ago · 1 ponto

      Esse eu tenho curiosidade, mas se ficar só no Vita vai ser difícil...

      3 replies
  • anduzerandu Anderson Alves
    2023-02-23 13:12:51 -0200 Thumb picture

    Registro de finalizações: Killzone Mercenary

    Zerado dia 07/02/23

    Chegando ao final da trilogia de FPS do PS Vita antes de vender o portátil, Killzone Mercenary foi o escolhido para fechar a maratona do gênero justamente porque joguei esses títulos na ordem que foram lançados: primeiro o Resitance - Burning Skies seguido pelo Call of Duty - Black Ops Declassified até chegar nesse aqui.

    A essa altura eu já estava sentindo um certo burnout do gênero e mesmo do próprio Vita pois eu vinha jogando sem parar um atrás do outro pois precisava vender logo o console. Mas eu também já esperava por isso.

    Mesmo cada aventura desses shooter durando de 3 horas a 3 horas e meia, dentro do jogo sempre parece mais porque acontece muita coisa. Olhando agora, mal dá para acreditar que terminei cada um em um dia seguido pois a sensação é que realmente demorou bem mais.

    Aqui eu tenho que admitir que, assim como o Resistance, eu nunca havia jogado nada da franquia Killzone, que é exclusiva das plataformas Sony. O nome e as artes promocionais dessas franquias nunca me chamaram atenção, sei lá. Para mim sempre pareceram apenas mais FPS no mundo.

    Entretanto admito que nunca vi nada sobre tais franquias e só meio que julgava por cima. Além disso, todos os seus jogos estavam no meu radar, apenas sem ideia de quando jogaria alguma coisa (tenho um Killzone Trilogy de PS3 aqui que nunca nem abri).

    Já eu sou meio por dentro da cena do PS Vita e seus desbloqueios e homebrews etc. A comunidade é bem legal e até faz uns milagres e ports bem curiosos, como os GTA de android que são jogáveis na plataforma, dentre outros. E uma coisa que sempre achei curiosa era o apelo de Killzone Mercenary (KM).

    Sério, a comunidade de KM é bem ativa e o povo frequentemente marca jogatinas online em grupo. Acho que é o único jogo do Vita que faz essas movimentação acontecer e sem dúvidas o único shooter que realmente é popular.

    Mas porque seria?

    Iniciando a campanha, puts, o jogo é lindíssimo! Parece ser algo bem mais recente do que 2013 e é um salto e tanto em relação aos anteriores do mesmo gênero. Na verdade é o jogo ideal para exibir o poderio gráfico do Vitinha, assim como a sua jogabilidade.

    Mal dá para acreditar que se trata de um título portátil! Tem ótimos modelos, texturas, efeitos de luz, cenários detalhados e cheios de objetos e inimigos e tudo isso num cenário realista futurista muito bacana.

    A jogabilidade é super fluída e funcional e comandos que eram mandatórios na tela de toque frontal ou traseira nos demais FPS do portátil agora são opcionais. Um exemplo disso é que você pode correr ativando a corrida apertando o d-pad para baixo ou dando dois toques rápidos na traseira do Vita.

    Além de um enredo meio Gears of War, meio Star Wars que é interessante, a temática também é bem bacana e os inimigos são quase que nazistas futuristas (aqueles de capacete e olhos vermelhos das capas de tudo quanto é Killzone), ou seja, é uma beleza matar os caras.

    Há também outros tipos de oponentes futuristas como drones, veículos voadores de larga escala, tanques de guerra diferentões etc.

    As fases são bacanas e tem muitos níveis para cima e para baixo do terreno comum, o que te dá muita liberdade de abordagem ao contrário do Call of Duty que te obriga a andar em corredores e se esgueirar por detrás de caixas. Sério, poucos jogos te dão a liberdade de KM!

    E as coisas vão muito além primeiramente com a diversidade das missões. Tem missão de matar todos os caras, de chegar em algum ponto determinado de qualquer forma, de defender algo ou alguém, de plantar bombas, de ter um NPC fortão te ajudando e por aí vai. Divertido demais!

    O seu personagem também conta com boa customização visto que não só há uma boa quantidade de armas mas também outros upgrades como peitorais que te garantem maior defesa ou metralhadores que causam mais dano.

    Essas customizações são feitas com o uso do dinheiro arrecadado por matar inimigos, cumprir missões etc. Só vale a pena mencionar que isso nem sempre quer dizer upgrade pois alguns deles tem certos atributos melhores em troca de outros atributos piorados.

    Peitorais mais fortes, salvo engano, te deixam mais lentos. Já as armas são muitas mas algumas tem melhor precisão ou cartuchos de munição maiores e por aí vai. Fica muito ao seu critério.

    Para terminar há também meio que um "golpe especial" que é um tecnologia que você compra e equipa e cada uma é bem diferente das demais. Esses golpes se enchem com o tempo e você pode causar destruição em massa ou mesmo ajudar a ver os oponentes no mapa, como um drone aéreo que escaneia a área. Legal para caramba, muito embora eu quase não usasse essas coisas.

    O dinheiro ainda tem outra utilidade muito grande, que é a de te reabastecer.

    Você pode perceber que nos mapas tem marcadores com um emoji amarelo indicando a posição de caixas de suprimento. Basta ir à qualquer uma delas e interagir para abrir um menu de loja onde você poderá ter toda a sua munição de volta ou granas e afins, mas tudo à um preço, claro.

    Isso é bacana pois é comum ficar sem munição mesmo tentando catar do chão o máximo possível. Foi um perrengue que passei no Resistance e que definitivamente foi resolvido aqui.

    Você vai querer ter essas caixas por perto ou saber exatamente ondes elas estão em chefes, por exemplo, que exigem muito dano e muitas vezes te farão correr de um lado para outro para sobreviver até o fim da batalha.

    Depois de tanta diversão e eventos inesperados, a história infelizmente acabou com um último chefe meio chatão, mas nada que tenha acabado com a experiência.

    Diferentemente do COD, há checkpoints bem posicionados mas nada que deixe tudo moleza. Há um bom nível de desafio!

    Sobraram então os modos extras, as conquistas e o multiplayer que deve ser ANIMAL, mas nem tenho mais tempo para isso, infelizmente. Gostaria muito de ter jogado há alguns anos atrás.

    Resumindo: Killzone Mercanary é um baita de um jogo bom e bonito! Deu para entender o porque da série ainda se manter e com tantos títulos e isso imaginando que todos tenham esse nível de qualidade. Diria que é facilmente um dos melhores jogos do Vita e com certeza um dos que usa o seu hardware de maneira mais enxuta. Obviamente não vale a pena comprar o portátil por conta de um jogo só, mas se você o tiver, dê essa conferida e até busque os grupos brasileiros multiplayer (tipo no Facebook).

    De bom: ótimos visuais. Jogabilidade boa e funcional. O jogo te dá muita liberdade de se movimentar pelos cenários, de como atacar, de que armas usar e até mesmo de stealth aqui e ali. Missões diferentes e sempre interessantes/marcantes. Sistema de compra de munição muito útil. Gostei bastante da ambientação futurista/sci-fi. Jogo completamente em PT-Br.

    De ruim: a falta de botões do Vita ainda te obriga a usar a tela de toque e afins, embora seja menos do que nos outros FPS.

    No geral, gostei demais de KM! Esperava um jogo bom mas não tão bom assim! Esse é O shooter do PS Vita! Fiquei curioso com o resto da série. Recomendo bastante!

    Killzone Mercenary

    Platform: Playstation Vita
    626 Players
    64 Check-ins

    10
  • anduzerandu Anderson Alves
    2023-02-22 14:48:37 -0200 Thumb picture

    Registro de finalizações: Call of Duty: Black Ops Declassified

    Zerado dia 06/02/23

    Seguindo a minha maratona de terminar os jogos exclusivos de interesse e vender o meu PS Vita, cheguei à três FPS, sendo que o primeiro do combo foi o Resistance: Burning Skies e o segundo foi esse Call of Duty: Black Ops Declassified (eu nem tinha percebido que tinha Black Ops no nome).

    O Resistance foi bem legal mas COD é COD, né? Uma franquia enorme e que explodiu ainda mais em popularidade há alguns anos durante a era PS360. Tipo, saía um jogo todo ano!

    Eu meio que não participei ativamente dessa época pois não tinha esses consoles, mas tinha vontade.

    Eu estava bem curioso com esse jogo no Vita e até procurei umas imagens dele no Google. E que jogo bonito, meu deus! Prometia demais!

    Assim como o Resistance, seria uma campanha de cerca de 3 horas e aparentemente tinham feito um milagre com o portátil da Sony com aqueles visuais. Ou será que só souberam usar o hardware de verdade?

    Começando o jogo, percebi que ele também era de 2012, assim como o Burning Skies. Ué, sério? Quer dizer, isso é o ano de lançamento do Vita.

    Houve então um tutorial ensinando os básicos do gameplay, que são um pouco diferentes do Resistance. Eu achei a jogabilidade bem mais fluída e a mira mais responsiva com os analógicos. Há também alguns comandos no touchscreen, como lançar granadas, mas deu para entender visto que o portátil não tem botões R2/L2 nem analógicos clicáveis.

    Inicialmente eu tomei um banho de água fria com os visuais. Eu acho que estou desacostumado com o poder do Vita ou por ser um título de 2012 mesmo, mas eu realmente esperava mais. Não são feios, mas são simples e não muito distantes do PSP (acho).

    Eu acho que a imagem que vi no Google ou era de algum site/promocional que a embelezou ou mesmo de outro jogo da franquia COD.

    Outro fato que tenho comprovado é voltar à jogos 3D em portáteis, sobretudo esses mais recentes, depois da ascensão dos smartphones. Nenhum desses FPS são lá muito autênticos e puxam mais pro lado genérico da coisa e é inevitável comparar coma  tecnologia de jogos e aplicativos que temos nas nossas mãos quase que 24h por dia (e olha que nem jogo no celular).

    Para efeitos de comparação, quando você lembra de Castlevania: Aria of Sorrow no GBA, New Super Marios Bros. no DS ou qualquer Monster Hunter no 3DS ou PSP, você dificilmente compara com o poderio das máquinas do momento e isso porque eram jogos da época e muito ligados ao seu hardware e toda a cultura de suas épocas. Já Black Ops Declassified só parece algo desenvolvido para qualquer plataforma.

    Mas olha, não dava para reclamar, não. Só que depois de tantos FPS esse aqui só parece um retrocesso. Não há nenhuma identidade, nenhuma revolução. Parecia uma desculpa para lançar um Call of Duty portátil que se aproximasse dos títulos principais da franquia e usasse sois analógicos, coisa que o DS, PSP e 3DS não faziam.

    Iniciando a campanha principal ainda na esperança de curtir o jogo a beça, uma outra surpresa: não há uma campanha em si, mas missões para escolher e jogar na ordem que desejar. Puts...

    Essas missões aparentemente tem pouca conexão uma com a outra e envolvem dois protagonistas diferentes da série: aquele do Black Ops, Mason, e outro cara que acredito ser dos Modern Warfare (mas posso estar errado, não os joguei).

    Essas missões ainda tem três níveis de dificuldade e costumam ter objetivos e durações bem diferentes. É uma  mistura meio agridoce de criaram mapas em pequenas escalas com missões quaisquer e o fato de ao menos eles se diferenciarem umas das outras.

    Joguei na ordem em que elas estavam dispostas e no nível médio, mas sei lá. Não é um jogo muito difícil mas cheguei a falhar em algumas missões mais longas várias vezes e não há checkpoints! Você SEMPRE recomeça do zero de cada uma delas. Pensando agora talvez o nível fácil fosse uma escolha mais interessante.

    A primeira fase é tranquila e os inimigos são bobos. Daí é o de sempre: você anda, os caras aparecem, você atira, se protege numa mureta, recarrega, atira mais, se esconde de novo enquanto espera a vida recarregar, limpa a área, anda pelo cenário e vê as armas dos inimigos no chão, troca pelas suas, se desejar...

    Em poucos minutos a missão acabou. Deu para ficar bom com os controles, lançar granadas, usar a faca para matar na surdina aqui e ali. Tranquilo demais.

    Já a segunda missão deu um pulo na dificuldade! Aqui você tinha tempo para chegar à reféns, salvá-los e depois chegar à um segundo grupo.

    Basicamente você tem que entrar no modo Rambo atirando e andando e sendo certeiro, além de sobreviver. Morri várias vezes na minha ganância, outras vezes perdi pelo tempo e uma vez ou outra até cheguei a atirar num refém que morreu. Que preguiça desse estágio!

    No final você tem que usar uma tecnologia que meio que bombardeia uns helicópteros por perto antes que eles fujam e eu não entendi bem na primeira vez sequer o que eu deveria fazer ou como usar o treco. 

    Em resumo: eu devo ter jogado essa missão umas 10 vezes e logo o restante de hype que eu ainda tinha por Black Ops Declassified foi por água abaixo.

    Com o progredir da pseudo-história os ares foram mudando do típico cenário tropical para o gélido alemão, o que para mim é mais interessante.

    A maioria das fases envolve matar geral em diversas seções mas as coisas foram ficando mais complicadas com muitos e muitos inimigos bem armados e mais exigência de me "curar" ou exterminar a todos com velocidade visto que os caras passam a lançar bombas e a se aproximar de você. Como na maioria dos FPS seu HP cai bem rápido. E lá vou eu de volta para o início da fase.

    Outro fato é que os mapas começam a ficam um pouco menos lineares e a terem mais espaço para exploração. Alguns estágios também começam a exigir que você chegue até um ponto, pegue alguma coisa e volte tudo novamente, com novas ondas de inimigos.

    Uma dificuldade que sempre tenho com esses shooter mais metidos a sérios é justamente a interação com itens. Quer dizer, você está andando com uma arma que só tem mais 5 balas sobrando e precisa de outra visto que você não tem achado munição para essa.

    No cenário você passa por diversas armas e os nomes são sempre quase que códigos ou números seriais de consoles de video game. Nada de shotgun ou algo mais próprio como Hornet Gun. Aqui é tudo SAS-700, UNK256, PIS-UMG0045 ou sei lá. Muitas vezes trocava as armas pelo desenho esperando uma metralhadora e era algo bem diferente e que eu não curtia.

    Enfim, mais para frente tiveram missões diferentes aqui e ali, como uma que você joga de sniper o tempo todo defendendo um cara até legal. E no final houve uma bem tensa, lotada de inimigos e difícil de sobreviver que eu refiz inúmeras vezes, bem estressado, até o final do jogo finalmente vir e... termina num cliffhanger bizarro. Nem parece zeramento, parece fim de jogo do Game Gear.

    Resumindo: Call of Duty: Black Ops Declassified foi uma enorme decepção justamente para o FPS que eu esperava ser o mais bonito e divertido do Vita. O jogo é tremendamente sem sal e genérico como foi a minha experiência com o Unit13 no portátil. O Resistance teve seus defeitos e tal mas é um jogo de verdade, sobretudo comparado com isso daqui que parece um remake de um COD Java.

    De bom: gameplay funcional. Alguma variedade nas missões. Contém modo multiplayer. Diferentes níveis de dificuldade (embora eu tenha rejogado uma boa porção da última missão no Hard e não notei diferença).

    De ruim: super genérico. Missões independentes e com dificuldade aleatórias (tem missão difícil no início e no meio e tem missões fáceis no final). IA super artificial e irritante. Enredo besta e quase inexistente. Algumas fases exigem coisas específicas e alguns eventos aleatórios podem simplesmente fazer você falhar, como um NPC que morre de forma ridícula do nada. Fracassar sempre te leva de volta ao início da missão. Para compensar os mapas pequenos eles enchem de ondas de inimigos e artifícios para te prender e te fazer perder e reiniciar.

    No geral, sinto que eu poderia ter vendido o Vita sem ter jogado isso que eu não teria perdido absolutamente nada, mas ao menos foram apenas 3 horinhas. Me diverti bem mais com qualquer uns dos COD do DS! Jogo muito fraco! Não recomendo a ninguém.

    Call of Duty: Black Ops Declassified

    Platform: Playstation Vita
    330 Players
    20 Check-ins

    10
  • anduzerandu Anderson Alves
    2023-02-21 22:02:45 -0200 Thumb picture

    Registro de finalizações: Resistance: Burning Skies

    Zerado dia 05/02/23

    Resolvi vender o meu PS Vita para trocar de TV aqui no quarto e fui atrás dos exclusivos que faltavam e que interessavam até chegar à 7 definitivos que eu estava devendo.

    Terminei então um Super Monkey Ball, um LittleBigPlanet e então um Silent Hill, todos únicos do Vita. Ficaram quatro.

    Na verdade, eram para ser apenas seis no total e os três últimos seriam jogos de tiro de cerca de 3 horas e meia cada, mas acabei adicionando um RPG no final.

    Desses três FPS, comecei pelo mais antigo, o Resistance: Burning Skies, um jogo da época do lançamento do próprio Vita.

    Já adianto que eu nunca havia jogado nada dessa franquia. Nem sabia do que se tratava além de ser de tiro e exclusiva das plataformas Playstation, e só devo mudar isso no futuro.

    Começando a campanha, Burning Skies tem uma ambientação americana tipo anos 40/50. Quem manjar bem de outros jogos que compartilham desse tema, como L.A Noire ou mesmo os Fallouts, vai se sentir familiarizado.

    Nesse jogo você é um bombeiro e tudo começa meio que com você trabalhando mesmo, usando um machado para quebrar as coisas e tudo mais no tutorial.

    Os visuais, bem, eu definitivamente esperava mais deles. Parece bem coisa do início do PS3, que por sua vez tinha muita similaridades com o PS2. Sei lá, é bem simples e por ser um título de lançamento não dava para esperar muita coisa também.Outra coisa são as cores. É tudo bem laranjado e com efeito bloom, bem coisa da moda dos FPS de uns anos atrás.Estava meio desapontado pois eu tinha quebrado a cara feio com o Unit13 há uns anos, mas esse Resistance é bem melhor e a jogabilidade com os analógicos do Vita é bem jogável.

    Já na ação, os inimigos não são humanos mas sim criaturas alienígenas que meio que estão invadindo a Terra. Logo você vai ter suas armas de fogo e vai sair matando geral.

    É aqui que o lado Fallout realmente puxa bastante juntando os monstrengos com a ambientação de quase um século atrás (muito embora a franquia da Bethesda seja muito mais interessante).

    Uma coisa que não curti de início é que muitas ações são feitas na tela de toque e eu reclamei disso também quando terminei os três jogos anteriores de Vita. Você vai jogar uma granada, tela de toque, vai acessar um menu, tela de toque. Infelizmente eu não consigo acreditar que o touchscreen vai responder rapidamente aos meus toques e geralmente a tecnologia da tela do Vita diferente bastante dos celulares que usamos atualmente. Fora tudo isso, ninguém merece as pequenas marquinhas de gordura que os dedos vão deixando e você ter que limpar com frequência.

    Após aprender a mirar, atirar, se esconder, recarregar, esperar a vida recarregar, você desbloqueia mais armas pelos lineares estágios, conhece outros personagens e o enredo anda.

    Não vou mentir que a história até me pegou, mesmos endo bem simples, mas envolve bastante aquele espírito americano de acabar com os invasores em nome da pátria enquanto protege e luta ao lado da mulher que está apaixonado.

    Há seções que você tem que explorar um pouco para achar o caminho e há até um pouco de plataforma enquanto há aqueles clássicos momentos de matar todos os inimigos estilo Uncharted.

    Uma coisa tensa desse jogo é a constante falta de munição mesmo sempre correndo atrás de coletar mais e sem desperdiçar. Isso mais para frente vai fazer você trocar bastante de arma entre as muitas dos eu arsenal.

    Conforme a campanha avança você ganha outras armas e são todas bem diferentes entre elas. E um dos motivos disso é que 80% delas são alienígenas e cheias de tecnologias bem curiosas.

    Quer dizer, você pode usar a maioria como armas comuns da vida real mas quase sempre elas tem funções extras ativáveis pela tela de toque (geralmente fazendo algum movimento específico com os dedos).

    Basicamente se você ganha uma nova arma um tutorial em vídeo é mostrado mostrando as suas funcionalidades.

    Uma muito legal era uma sniper que você podia fazer o gesto de zoom na tela para criar uma parede transparente que te protegia enquanto seus tiros passavam normalmente. Havia outra que lançava um drone que atacava onde você tocasse na tela e por aí vai. Essas coisas bem diferentonas tem um ar de Halo.

    Burning Skies te encoraja a explorar seus cenários pois há itens opcionais, cubos, relativamente escondidos que podem ser coletados e usados para desbloquear melhorias para as suas armas.

    Mas uma coisa não tão interessante é que cada arma tem 8 upgrades, 4 azuis e 4 vermelhos, ou seja, é necessário 8 cubos para cada arma. Porém você só pode equipar uma melhoria azul e uma vermelha por vez. Não tive saco nem vi a necessidade estratégica de ficar abrindo o menu para alternar essas habilidades. Até porque nem achei o jogo tão difícil a ponto de ficar fazendo coisas na tela de toque (até me esquecia da maioria na verdade).

    Muitos dessas poderes secundários inclusive eram mais visuais e no meio da porradaria é chato ficar tocando nas coisas enquanto tenta sobreviver.

    A campanha é, como eu disse, relativamente tranquila, mas é sim fácil de morrer e ter que reiniciar toda a trocação de tiro da horda, o que pode levar um tempinho até te deixar prosseguir.

    Os aliens são meio malucos e alguns correm para os eu lado enquanto você se protege atrás dos covers e se você não tiver cuidado nem sequer percebe.

    E claro que as coisas vão se complicando cada vez mais e nos estágios finais eu tive que me virar com cada arma. Meu destaque aqui foi para um que via e atirava pelas paredes. Super roubada!

    No final o chefão foi de longe o maior desafio de todos pois era muito quebrado e exigia ação muito rápida e precisa. Muitas vezes me matava em um único golpe. Bem chatão, mas uma hora foi. Aliás, tinha que ir pois eu tinha que terminar a maratona Vita o quanto antes!

    Resumindo: Resistance Burning Skies foi a minha primeira experiência com FPS no PS Vita e foi legal. Não amei o jogo mas foi acima da expectativa com sua temática, cenários e inimigos já que eu só esperava ficar atirando num bocado de caras latinos ou africanos como a maior parte desses jogos faz. Seus elementos meio Fallout, meio Halo definitivamente são um chamativo interessante e me deixaram bem curioso em adiantar o restante da franquia.

    De bom: armas bem diferentes e com tecnologias super interessantes como atiras pelas paredes. Imagine o multiplayer disso! Tem um enredo simples mas mais interessante que os Call of Duty da vida que se baseiam em um soldado seguindo ordens.

    De ruim: muitos comandos na tela de toque ou que requerem gestos específicos nela. Cada arma tem oito upgrades e é meio demorado desbloquear todo, mas você só pode equipar dois por vez. Muita pouca munição. IA dos inimigos meio irritante.

    No geral, curti a experiência e fiquei curioso para os demais shooters que saíram depois na plataforma e que jogarei. Definitivamente esperava bem menos e algo mais genérico. Apesar de conhecer só esse, já estou recomendando a franquia, haha. Jogo ok! 

    Resistance: Burning Skies

    Platform: Playstation Vita
    272 Players
    16 Check-ins

    12
  • anduzerandu Anderson Alves
    2023-02-20 11:43:11 -0200 Thumb picture

    Registro de finalizações: Silent Hill - Book of Memories

    Zerado dia 04/02/23

    Há uns posts atrás mencionei que resolvi vender o meu PS Vita pois realmente não há muito mais motivos para tê-lo já que tenho vários outros consoles e o Switch, por exemplo, já ganhou versões melhoradas de tudo o que eu queria jogar nele. Sendo assim, fui ver a lista de exclusivos presos ao esquecido portátil da Sony e cheguei a conclusão que gostaria de jogar mais 7 títulos.

    Quer dizer, inicialmente eram 8, mas acabei desistindo da ideia de jogar Army Corps of Hell.

    Então comecei com Super Monkey Ball: Banana Splitz e em seguida terminei LittleBigPlanet PS Vita. Continuei então a maratonar o portátil com o infame Silent Hill: Book of Memories.

    Eu não manjo muito da franquia SH, para ser sincero. Joguei o primeiro há uns dois anos e o resto que conheço é de coisas aleatórias da internet, cosplays e afins. A ideia era mesmo jogar todos na ordem eventualmente mas tive que adiantar esse e eu sabia que se tratava de um jogo que as pessoas odeiam, mas não fazia ideia do porquê. Só sabia que se não jogasse antes de vender o Vita poderia me arrepender e nunca mais ter a chance de o jogar.

    Antes de iniciar a campanha a ideia que eu tinha sobre ele era uma bagunça. Eu meio que misturei os dois minutos que joguei do Silent Hill de PSP com um conceito de usar a câmera do PS Vita para interagir com algum livro, tipo o Spirit Camera do 3DS. Viajei? Viajei.

    O jogo se abre então com cinemáticas feitas em sua engine. É meio tosco e tal, mas tinha a minha curiosidade, além do fato de serem dubladas em Português do Brasil. Curioso!

    Tive então que criar um personagem e dar um nome à ele. Isso por si já me foi meio decepcionante pois os protagonistas de SH sempre pareceram ter um certo carisma. Fora que eu não sou muito fã de jogar com um Zé aleatório.

    Tentei fazer algo legal ou algo zoado mas não consegui. A criação de personagens é extremamente limitada à alguns modelos cabelos e tons de pele. Bem tosco mesmo. Então fiz qualquer coisa mais chamativa já esperando um jogo escuro (pele clara, cabelo ruivo bem laranjado, boina).

    O enredo de Book of Memories envolve um carteiro te entregando um livro misterioso que conta toda a sua vida e você, surpreso com toda aquela informação e nível de detalhes, resolve mudar algumas informações para se beneficiar mas isso acaba te levando para um mundo de pesadelo antes de dar certo.

    Não ironicamente eu até curti esse lado meio filosofal/ocultista do jogo e tinha um potencial aqui.

    Para a minha surpresa esse Silent Hill é uma espécie de clone de Diablo. WTF? Eu realmente não esperava isso ou talvez tivesse apagado completamente isso da minha memória. Talvez eu tenha reescrito o meu livro para esquecer de sua existência.

    Poxa, mas eu gosto de Diablo e afins e acho que toda a coisa mais escura e o gore combinam bem nesse gênero. Porque Book of Memories não daria certo?

    Bem, o jogo funciona em andares com diversas salas conectadas por corredores. Essas salas podem ter de tudo: inimigos, itens essenciais, como chaves, itens de combate, armadilhas, curas, tudo misturada e por aí vai.

    A maior parte das salas inclusive sequer requer que você pare e mate monstros e basta correr, mas eu acabava sempre limpando tudo.

    Tentar fazer 100% em cada andar na verdade é uma boa ideia pois matar os monstros te dá XP e com cada level up você pode distribuir pontos em coisas como HP maior ou ataques mais fortes.

    Fora isso, você tem um inventário mega limitado de itens e sempre acaba tendo que parar para reabastecer, sobretudo as armas que se quebram com uma facilidade horrível.

    Poxa, que machado de metal é esse que você bate umas vezes numa enfermeira zumbi e se quebra? Na verdade esse sistema de quebrar armas é irritante em qualquer jogo que o implemente mas nesse jogo as coisas conseguem ser bem piores justamente pela duração muito pequena e por conta do seu inventário não caber nada.

    Você então leva uma faca em uma mão, um cutelo na outra e mais dois guardados. Entra na próxima sala, mata os monstros e sai com um quebrado e outro em estado amarelo ou vermelho e acaba tendo que voltar e coletar outros deixados para trás ou prosseguir rezando para achar outros e não ter que sair na porrada.

    Os andares tem muitas salas e corredores e muitas vezes te fazem dar voltas e voltas até chegar até um lugar anteriormente trancado ou onde você morreu. Nunca há atalhos, o que é um grande vacilo, mas os monstros também não reaparecem.

    As vezes você precisa de uma chave e não sabe onde a encontrar já que muitas vezes as coisas estão guardadas em móveis pequenos e que parecem ser apenas do cenário no meio de uma bagunça.

    O lance então é ligar a lanterna apertando select, que faz com que as coisas que contem itens se iluminem em vermelho quando perto de você. Mas não se esqueça de apagá-la quando entrar numa sala nova pois os monstros ficam mais furiosos com a luz!

    Fora isso é bem chato quando você vacila e não vê um item e tem que andar tudo de novo em busca de uma chavinha.

    Além das salas comuns e das salas com desafios (tipo matar a todos sem perder 20% de HP), que são obrigatórias para conseguir itens necessários para abrir a saída, há salas especiais como a loja do carteiro, aquele que te entregou o livro no início.

    Nessa loja você pode reabastecer cura, munição para as armas de fogo (essas coisas também são encontradas pelos mapas, com sorte), amuletos que aumentam certos atributos e até mesmo fazer alguns upgrades, como aumentar a capacidade do seu inventário.

    Outras salas incluem uma da sorte que t em vários itens e riquezas, algumas que são meio que um puzzle (como a da imagem acima) que te julgam com base no que você fizer, como matar as estátuas dos monstros, matar a menina ou não fazer nada e tem até uma sala de save que eu nunca entendi por estar quase sempre no fim do mapa, quando eu já tinha explorado todo o resto do mapa. A descrição diz que você volta para lá quando morre, mas você nunca perde progresso quando isso acontece (só tem que andar tudo de novo).

    Tendo o número de itens necessários para abrir a saída você tem que fazer um puzzle por lá e sempre envolve posicionar esses itens de uma certa forma. É patético.

    "As bonecas da maior a menos fugindo do Oeste". Você então as posiciona e é isso. Todo andar tem um puzzle idiota desses.

    Após três andares muito repetitivos e muitas armas quebradas é hora de enfrentar um chefe, que geralmente é bem fácil também. E assim o jogo anda agora trocando para um novo mundo com temática diferente como cavernas, pântano, prédios. Três fases, chefe, três fases, chefe. São no total 7 mundos ou seja, 21 estágios + 7 chefes.

    Haja tempo e paciência para fazer a mesma coisa do início ao fim por tantas horas! Na verdade até piora pois os itens ficam ainda mais escassos e eu até morri umas vezes nos últimos mapas. 

    Resumindo: Silent Hill - Book of Memories é uma ideia até legal porém muito mal executada. Mal dá para acreditar que se trata de um jogo da WayFoward! Mesclar o gênero dungeon crawler do Diablo com o terror de SH poderia ter dado muito certo, mas ao invés disso recebemos algo incrivelmente genérico, repetitivo e tosco. Quantas vezes eu não pensei em desistir e deixar isso pra lá?

    De bom: gosto do conceito.

    De ruim: visuais feinhos. Muitos controles são feitos pelo touchscreen, como usar itens de cura ou trocar armas do inventário mas quando você mais precisa o portátil não responde corretamente. Cenários demorados e sem novidade alguma nem atalhos de sala para sala, te fazendo ficar dando voltas até chegar onde quiser. Muitos itens são difíceis de ver e te fazem procurar por eles depois pois sempre há a quantidade exata de tudo em cada andar. Sistema de level up parece nem fazer diferença. Armas se quebram bizarramente fácil como se tudo fosse feito de papelão e é um saco ficar tendo que ficar trocando ou reparando com itens a cada luta. O jogo é mega linear e se fosse mais aberto a exploração como Diablo seria mais interessante do que um bocado de salas quadradas ligadas por corredores também quadrados num mapa perfeitamente quadrado.

    No geral, não dá para recomendar esse jogo. Se você o jogar ou não, não perde absolutamente nada! Tem alguns elementos de Silent Hill, como algumas lutas contra Pyramid Heads mas fora isso poderia ser qualquer coisa. Corra desse jogo!

    Silent Hill: Book of Memories

    Platform: Playstation Vita
    259 Players
    7 Check-ins

    15
  • anduzerandu Anderson Alves
    2023-02-14 22:59:10 -0200 Thumb picture

    Registro de finalizações: LittleBIGPlanet PS Vita

    Zerado dia 31/01/23

    Como eu havia mencionado no meu post sobre Super Monkey Ball: Banana Splitz, eu tenho me concentrado no Playstation Vita e seus exclusivos pois resolvi vender o portátil e comprar uma TV nova com o dinheiro.

    Pesquisei o que eu ainda gostaria de jogar e a maioria das coisas já tem versão no Switch e, embora algumas experiências talvez até fossem ser melhores no console da Sony, tipo Odin Sphere Leifthrasir e Dragon's Crown dentre outros, o foco foi mesmo naquilo que eu só podia jogar nessa plataforma.

    Cheguei então à cerca de 7 jogos e os tenho jogado nas últimas duas semanas. O segundo deles foi esse LittleBigPlanet PS Vita, um jogo que eu nem lembrava que existia.

    Na verdade eu até me esqueço dessa franquia que nunca me convenceu. Eu vejo as capas dos jogos e até os trailers quando eles eram lançados e sempre me pareceu algo mega genérico.

    Para completar, a minha única experiência foi no jogo do PSP há uns bons 8 anos atrás (e joguei um pouco da demo do jogo de kart no PS3). Esse jogo do PSP era muito fraco e tosco, meu deus! Foi difícil aguentar até o final.

    Porém ainda possuía alguma fé na série e nos jogos "maiores" dela. O trailer do LBP3 na época também me deixou interessado, mas ainda não fui atrás e, mais uma vez, eu realmente me esqueço dessa série de jogos.

    Iniciando LBP PSV, ele tem umas cenas bem legais feitas na própria engine do jogo e ainda dublado em português. Tudo bem que é português de Portugal, mas achei bem acessível (na verdade preferiria trocar para o inglês mas ele puxou a linguagem do sistema do Vita).

    Os cenários, personagens, a ambientação e todo o clima me remeteu bastante à de Puppeteer no PS3. Acho que é bem coisa da Sony da época mesmo e um bom lembrete de como eles tentavam algo mais diferentão enquanto geralmente o Xbox 360 não tinha essa variedade. Ou pelo menos não ao meu ver.

    Vale lembrar que esse é um título de 2012, lançamento do Vita, e próximo ao ano do lançamento do PS4.

    Já nas fases, ele é uma aventura de plataforma 2D quase sempre pois tudo é em 3D e há momento em que você tem a liberdade de andar para frente ou para trás em relação à tela, inclusive sendo obrigatório as vezes para desviar de obstáculos.

    Há também bastante da espírito que vi no jogo do PSP quando o assunto são os muitos coletáveis, como adesivos, já com a ideia de, mais para frente, poder criar estágios e os compartilhar com a comunidade, meio que no estilo do que viria a ser o Super Mario Maker, mas com bem menos variedade e carisma.

    Ainda assim achei tudo isso bem legal. Eu estava curtindo a campanha e imagino que partir para os tais 10 milhões de estágios da comunidade em seguida davam uma sobrevida muito bacana à experiência. Infelizmente seus servidores online foram desativados à um tempo e essa função foi abandonada nessa versão.

    O gameplay é bem simples se movimentando com o analógico, dando pulos meio "flutuantes" com o botão X. Não há muita preocupação com a física e tal e achei que isso acabou deixando a experiência bem acessível mesmo.

    Há muitos momentos que me lembraram a minha experiência (ruim) com Chibi-Robo: Zip Lash no 3DS, como o desafio baixo, ficar jogando uma corda e se balançando para passar por abismos. Sei lá, eu estava achando meio estranho.

    Em seguida, nos muitos pequenos tutoriais, aprendi a usar a tela de toque para empurrar para trás ou a tela sensível na traseira do portátil para frente, em direção ao jogador, alguns objetos marcados. Há momentos também que você se agarra com a corda em uma esfera e deve inclinar o Vita para fazê-la rolar para os lados e te levar à algum lugar.

    Como jogo de lançamento, era óbvio que teriam esses "gimmicks".

    Mas não tenho que negar que a experiência com esse LittleBigPlanet foi melhorando mais e mais!

    Ele tem um enredo bem ok mas os estágios tentam sempre trazer algo diferente e inclusive tem foco ou jogabilidade diferente, seja a pé, seja em veículos. Sempre há uma mecânica nova ou desafios originais. Isso é legal demais e eu sempre queria ver a próxima fase, acabava jogando ela inteira e a curiosidade para a seguinte já coçava.

    São apenas 5 mundos e cada um deles tem 5 estágios principais e um chefe e todos são bem originais.

    Uma curiosidade é que a tela de seleção de estágios deve ser interagida com o toque do seu dedo e mesmo quando você escolhe, ela não abre a fase instantaneamente, apenas dando um pequeno zoom e carregando. Porém se você tocar de novo sem perceber que está carregando, ele cancela o processo e você fica olhando que nem um bobo para uma fase que nunca se inicia, coisa que fiz várias vezes até entender, haha.

    As fases tem motivos para exploração como coletar as "moedas" e os adesivos. Sei lá, dá vontade de pegar tudo mesmo que você nem vá usar nada, apenas pelo desafio.

    Alguns são secretos e alguns lugares estranhamente exigem que você esteja jogando de 2 jogadores para serem acessados. Paciência, né?

    Agora o mais legal mesmo é encontrar a chave que está escondida em cada estágio! Essa chave desbloqueia um caminho alternativo para uma fase bônus e há muitas delas! Eu achei a maioria.

    Essas fases são minigames para jogar sozinho ou até contra outra pessoa. A maioria até exige que você use o Vita na vertical.

    Depois do início meio chato, o jogo finalmente me convenceu e eu acabei me divertindo à beça! Se você curte jogos de plataforma, eu até diria que esse está entre os melhores exclusivos do Vita.

    A cada fase, a cada chefe, eu queria ver mais e mais e o ritmo estava muito bom.

    O howlongtobeat.com indica 7 horas de campanha, mas realmente pareceu bem menos mesmo explorando bem  e tentando desbloquear tudo quanto era adesivo, roupa, minigame e achar segredos.

    Não é a maior maravilha do mundo e tem seus defeitos, claro, mas é definitivamente um jogo que eu recomendaria à um dono do portátil. Me deu muito mais vontade de voltar à franquia que a versão genérica de PSP.

    Resumindo: LittleBigPlanet PS Vita é um jogo de plataforma muito bem feitinho e caprichado no level design, jogabilidade e desafios criativos. A diferença dele para o jogo no PSP é como dia e noite e já quero conhecer os principais de PS3 e PS4!

    De bom: visuais legais. Jogabilidade funcional e divertida em estágios com mecânicas únicas e nos minigames. Aliás, os minigames que desbloqueamos são muito divertidos em sua maioria e ainda abrem possibilidade de jogar multiplayer com apenas um portátil. Chefes legais. Muitos desbloqueáveis!

    De ruim: servidores desligados e sem acesso às funções online no momento. Muita coisa te obriga a usar controle de toque sem motivo. A tela fica frequentemente com marcadores por conta dos seus dedos estarem sempre se apoiando na tela de toque de trás.

    No geral, gostei bastante da aventura! Acho que consegui entender bem melhor o apelo dos joguinhos do Sackboy, mas tenho que jogar os principais antes de dizer se gosto ou não da série. Muito bom!

    LittleBigPlanet

    Platform: Playstation Vita
    424 Players
    80 Check-ins

    14
    • Micro picture
      anduzerandu · about 1 month ago · 2 pontos

      Vou criar um achievement pro @herics que literalmente deu like na postagem ao mesmo tempo que ela foi postada. Tá louco! Hahaha (ou então ele criou um bot de dar likes)

      1 reply
  • diogo_paixao Diogo Louzada Paixão
    2023-01-04 11:04:15 -0200 Thumb picture

    Lista de Jogos Jogados Por Mim em 2022

    Assim como no ano passado, resolvi fazer uma lista com tudo que joguei/rejoguei/terminei/platinei/fiz 100% etc de jogos este anos =)

    Segue abaixo:

    PC:

    League of Legends (Jogando e está largado)

    PS5:

    Among Us (Jogando e Platinado)

    Elden Ring (Joguei e está largado)

    Fall Guys (Jogando daquele jeito)

    GhostRunner (Terminei e Platinado)

    God of War Ragnarok (Terminei e Platinado)

    Guardians of The Galaxy (Joguei e em breve volto)

    Hades (Terminei e Platinado)

    Horizon: Forbidden West (Terminei e Platinado)

    Hot Wheels Unleashed (Terminei e Platinado)

    KeyWe (Joguei e estou jogano daquele jeito)

    Klonoa 1 + 2 Remaster (Terminei e Fiz 100% no 1, falta o 2)

    Lost in Random (Joguei e está largado)

    Multiversus (Jogando daquele jeito)

    Overcooked: All You Can Eat (Terminado e Platinado)

    Quake Remaster (Terminado e Platinado)

    Returnal (Rejoguei a DLC e fiz 100%)

    Sakura Succubus (Terminado e Platinado)

    Sonic Origins (Terminado e Platinado)

    Stray (Joguei e está largado)

    Valkyrie Elysium (Joguei e em breve volto)

    PS4:

    Akane (Jogando daquele jeito)

    Among Us (Joguei e platinado)

    Cooking Mama: Cookstar (Jogando daquele jeito)

    Cuphead (Rejoguei a DLC e fiz 100%)

    Fall Guys (Joguei e platinei)

    Far Cry Primal (Terminei e Platinado)

    Five Nights at Freddy's (Terminei e fiz 100%)

    Hellblade: Shenua's Sacrifice (Terminei e Platinado)

    Jump Force (Joguei e está largado)

    Last Campfire (Terminado e Platinado)

    Mortal Kombat XL (Rejoguei e Platinei + 100%)

    One Piece: Pirate Warrios 3 (Jogando)

    PAC-MAN256 (Joguei e fiz 100%)

    Resident Evil 6 (Joguei e está largado)

    Ruined King: A League of Legends Story (Terminado, enrolando para a platina)

    Sakura Succubus 2 (Terminado e Platinado)

    Sonic Colors (Joguei e está largado)

    Sonic Origins (Terminado e Platinado)

    SpongeBob Squarepants: Battle for Bikini Bottom (Joguei e está largado)

    Streets of Rage 4 (Terminei e Platinado + 100%)

    Super Bomberman R (Joguei e está largado)

    Super Bomberman R Online (Joguei e fiz 100%)

    Superhot (Jogando daquele jeito)

    Tools Up! (Joguei e jogando daquele jeito)

    UNO! (Jogando daquele jeito)

    When Past Was Around (Terminei e Platinado)

    PS3:

    Batman Origins (Rejoguei e está largado)

    Bioshock (Rejoguei e Platinado)

    Catherine (Rejogando)

    Guitar Hero: Metallica (Rejoguei e está largado)

    Lollipop Chainsaw (Rejoguei e Platinado)

    One Piece: Pirate Warrios (Rejoguei e Platinei)

    PS Vita:

    Furmins (Joguei e está largado)

    PlayStation AllStar Battle Royale (Jogando daquele jeito)

    Salt & Sanctuary (Joguei e está largado)

    Sparkle 2 (Terminado e fiz 100%)

    Super Explooding Zoo! (Terminado e Platinado)

    Velocity 2X (Rejoguei e fiz 100% em uma DLC, falta a outra)

    God of War: Ragnarok

    Platform: Playstation 5
    179 Players
    87 Check-ins

    6
  • diogo_paixao Diogo Louzada Paixão
    2023-01-04 10:39:40 -0200 Thumb picture

    73° 100%

    Não tenho muito o que falar sobre Sparkle 2, ele fala por si só hahaha é um jogo clássico e simples, fui jogando aos poucos e o 100% veio.

    @platinadores

    Sparkle 2

    Platform: Playstation Vita
    26 Players
    1 Check-in

    13
  • diogo_paixao Diogo Louzada Paixão
    2022-12-29 13:20:05 -0200 Thumb picture

    Platinas 156 e 157!

    Fazendo um post duplo de platinas =)

    a 156° foi o jogo Super Exploding Zoo, fiz ela no Vita, lembro de ANOS atrás alguém aqui platinar ele quando a Plus deu e comentar que era um jogo bacana (eu ACHO que era o @igor_park mas realmente não lembro).

    Joguinho simples e divertido, fui jogando ele aos poucos e a platina veio.

    A 157° foi o jogo que decidi usar como "intervalo" entre jogos "grandes", que foi o excelente Hellblade: Shenua Sacrifice,

    Que jogo bem feito, é um deleite jogar ele, nitidamente é uma "tech demo" o que eles realmente queriam fazer, que provavelmente vira no 2, que infelizmente não poderei jogar =(

    @platinadores

    Hellblade: Senua’s Sacrifice

    Platform: Playstation 4
    454 Players
    121 Check-ins

    16
    • Micro picture
      igor_park · 3 months ago · 2 pontos

      E aí Diogo.
      Passando aqui para informar que eu nunca ouvi falar desse jogo em minha vida kkkkk.
      Super Exploding Zoo nem sei o que é kkkk.

      1 reply
  • marviiu Marvio Leite
    2022-12-25 14:39:46 -0200 Thumb picture

    Está vivo!

    Vita, means life!

    Neste tempo off do Alvanista acabei trocando a tela, segui um tutorial pra depois ver que o modelo do vídeo era o que tinha 3G, aí fui para um vídeo BR e o cara seguiu os passos direitinho, o problema foi só na transferência de parafuso da carcaça antiga para a nova. Ficou meio estranho na parte de cima, não encaixou direito e não consegui fazer ficar como antes. Pois como não me atentei na hora que tirei e não tinha vídeo para checar como colocava exatamente.

    Vita carregado e funcionando perfeitamente veio a constatação, a grande maioria dos meus jogos nele eu peguei na PLUS.  😭 Mas tem alguns que eu comprei, então dá para aproveitar. Como não pretendo desbloquear ficará assim mesmo.

    24
    • Micro picture
      anduzerandu · 3 months ago · 1 ponto

      Algum motivo para não desbloquear? Fiz no meu e acho que só tem a ganhar hehhe

      3 replies

Load more updates

Keep reading → Collapse ←
Loading...