Zerado dia 21/06/16

Pensa num alívio! Finalmente deu na telha a vontade de iniciar esse jogo (em parte por ter amigos que já o terminaram e estão jogando o 2) depois de tanto tempo e ter comprado o jogo e o vendido antes mesmo de jogar.
Bom, quando saiu a demo de Project X Zone pro 3DS, eu gostei bastante do que vi: um grande crossover com várias séries que gosto e conheço e gráfico meio pixelados bem legais, ao mesmo tempo que moderno e bonito. Eras depois a internet se encheu de posts de gente falando que a aventura era super repetitiva e monótona, enquanto alguns conhecidos diziam chegar a 80 horas de jogo!

Bom, agora eu posso confirmar essas coisas, com exceção de que durou "apenas" 40 horas pra mim. Bom, perto do Namco X Capcom que publiquei aqui há meses, PXZ chega a ser rápido e super tranquilo. O título de PS2 começava com fases de uma hora e no final chegava a quase três, enquanto esse começa com várias fases de 30 minutos e a última talvez tenha durado umas duas. Além disso, personagens e referências a jogos mais populares e o visual deixa tudo bem melhor (o fato de ser portátil também).
O jogo em si é um tactics, onde vários personagens de séries famosas da Namco Bandai, Sega e Capcom unem forças para enfrentar inimigos desses vários universos, desde monstros fracotes até grandes inimigos clássicos em busca de prevenir que o mal prevaleça.

Apesar do estilo de andar no grid e etc, o jogo requer muita pouca tática em si. É mais sobre a porradaria fanservice que os japoneses tanto amam.
Você anda, usa habilidades e itens e ataca os inimigos que estiverem ao alcance. Nesse ponto cada direção que segurar e apertar o botão A resulta em um combo diferente. Se usarmos todos eles, ganhamos um combo extra para ser usado.
É sempre bom aprender o timing para juntar os golpes antes que o monstro caia no chão e quebre a corrente de golpes ou defenda. Quanto maior a porradaria, mais cheia ficará a sua barra de especial. E pra te ajudar com isso, alguns personagens do jogo são exclusivamente suportes, que podem ser chamados a atacar a qualquer momento. Além disso, outras duplas que estiverem ao alcance também podem ser convocadas no meio da luta para ajudar com a porradaria, que vira uma enorme bagunça de efeitos especiais, falas e números pulando aqui e acolá. Quando golpes de dois ou mais personagens acertam ao mesmo tempo, o inimigo fica com o status "Cross", em que fica estático na posição que levou o golpe duplo até que uma das partes pare de bater.

Conforme batemos e apanhamos, ganhamos XP, que nesse jogo serve para executar ações específicas, como defender um golpe e receber menos dano, dar counter ou anular qualquer golpe que receberia.
Essa barra de XP também serve para soltar os ataques especiais, lindos e muito fortes. A chave para matar inimigos fortes.
Deve-se levar em conta que os inimigos principais também soltam golpes especiais e dão counter (a maioria das vezes são outros golpes especiais fortes e animados).
Felizmente, morrer mesmo só as vezes lá no final, quando eu já estava cheio de itens e isso dificilmente acarreta em alguma coisa, como Game Over. Esse tipo de penalidade fica reservado a um herói em cada fase, que se morrer, falha a sua missão. Os outros, ao perderem, ficam verdes e inutilizados até que alguém com alta XP se aproxime e o ressuscite pagando destes pontos.

As séries são bem conhecidas, como Megaman X, Tekken, Street Fighter, Devil May Cry, .Hack, Shining Force etc. Eu gosto desse tipo de jogo porque ele me lembra de coisas que ainda tenho que jogar, como Dead Rising. No caso de eu esquecer, só pego uma lista de jogos que participaram do crossover. Achei legal ter a participação de jogos como Resonance of Fate e Gods Eater, entre outros, pois eu realmente não esperava e isso já até os adiantou na fila.
Muitos heróis voltaram, como a Tron Bonne, Dimitri e Chun Li, enquanto novos deram as caras, como a Jill Valentine, Frank West e mais uma grande quantidade de personagens. Séries mais antigas e menos populares foram deixadas de lado, como a galera do Tower of Druaga ou Bravoman, o que acaba sendo muito bom.

Resumindo: Project X Zone é um jogo legalzinho. Viciante no início mas eventualmente acaba caindo na repetitividade e monotonia. O jogo consiste em andar num grid em estágios baseados nos jogos participantes do crossover e juntar um bocado de combos e repetir isso a todo momento. Ainda assim, há algum carisma na aventura e não cheguei a cansar nem perto de como cansei em Namco X Capcom. Pra dizer a verdade, até começaria o 2 agora.
De bom: bonito e com combos fantásticos. Animações dos golpes especiais perfeitas. Dublado em japonês. Várias séries bacanas juntas. Possibilidade de passar animações de golpes especiais ao apertar B, o que economiza muito tempo de jogo.
De ruim: plot fraco, repetitivo, apesar de você ganhar novos golpes conforme ganha níveis e aumenta seus combos. Pouca variedade nas missões, que quando tem algum desafio, é bem chatinho e sem graça. Fases que chegam a demorar quase duas horas as vezes e pra quem tem o dia corrido, acaba passando o dia todo jogando de pouco em pouco pequenas partes e vivendo de quicksave. Inimigos que fogem e voltam nas próximas fases, odeio isso. Parece que lutar é inútil. Repetição de algumas fases também. Acho que seria mais legal se os golpes especiais fossem ficando maiores e fortes com o tempo. Ao invés disso, você começa o jogo dando um especial super longo e os verá mil vezes até fechar PXZ.
Vale a pena jogar? Acho que sim, ainda mais se o estilo de jogo te agrada. Mas são 41 fases da mesma coisa, então vale a pena tomar cuidado. Gostaria que o 2 tivesse elementos mais interessantes, mas só descobrirei isso no futuro.

Uma pena, ia ficar legal ter o sonic no jogo :/
E sei lá, acho bobeira disso de não por personagens antropomórficos, já que no NXC tem alguns lá e uns personagens humanos que são bem deformados e ficou bem legal mesmo assim :/
Já não é novidade as duplas terem uma dinâmica bem estranha na questão de origem de seus jogos, o Frank mesmo faz dupla com a Hsien-Ko que é de um jogo de luta. Haha
Muitas figuras populares ficaram de fora, a própria Namco não trouxe o Pacman em nenhum dos jogos da série, fazendo ele aparecer só de cameo como estátua numa Stage em frente ao Namco Museum.
A seleção de Cast é bem única e obscura entre os títulos, mas tem um lado positivo nessa questão, eu desconhecia muitos personagens introduzidos em alguns deles e quando pesquisei descobri e me diverti com títulos fantásticos. Às vezes vale a pena dar o holofote pra quem nem sempre aparece.
O Sonic com Knuckles seria uma dupla perfeita pra esse game.