• anduzerandu Anderson Alves
    2023-04-01 16:09:38 -0300 Thumb picture

    Registro de finalizações: Star Wars: The Force Unleashed

    Zerado dia 01/04/23

    Cara, quantos anos querendo jogar Star Wars: The Force Unleashed? Eu lembro que quando esse jogo foi lançado, todo mundo por aqui só falava dele e como era bonito e divertido e eu, pobre mas fã da série, só podia ficar no desejo mesmo, até porque ter um Xbox 360 ou PS3 para mim estava fora de questão, era bem coisa da elite. Por essa e por outras em 2008 eu jogava video game bem casualmente no meu GBA SP mas estava nerdando por aí de outras formas.

    Muitos anos depois e com aquela geração de consoles quase dada de graça e com todo mundo tendo um ou outro em casa, bizarramente ninguém tinha o The Force Unleashed, e olha que quase todos os meus amigos próximos curtem muito. Acho que o pessoal esqueceu dele, sei lá.

    Na época que eu ia à feira comprar jogos de Xbox 360 baratinhos eu até via o jogo nos catálogos mas sempre acabava deixando para depois.

    Para ser sincero eu conhecia um pouco do The Force Unleashed. Tinha visto um conhecido jogar a primeira fase e exibir outros títulos que ainda eram novidade, tipo um dos Fallouts. Cheguei a jogar também os ports tanto do primeiro TFU quanto do segundo para o DS, que obviamente são bem diferentes, e morri de inveja a primeira vez que vi um PSP na casa do meu primo ele tinha a versão daquele portátil (que humilhava os visuais do meu DS).

    Agora no desbloqueio do PS3, foi uma das prioridade de baixar, mas adivinha só? Esse é mais um daqueles jogos que não estão disponíveis para baixar no console pois aparentemente nunca fora lançado na PS Store. Tive então que dar uma boa vasculhada na internet (ISOs e afins daquela geração estão meio difíceis de se encontrar) até que finalmente encontrei essa versão Ultimate Sith Edition, que parece que adiciona os DLCs ou qualquer tipo de conteúdo extra, não sei exatamente. Só sei que pesa grandes 22GB só por ter essas coisas mas foi o jeito. Dei tchau para umas sequências instaladas aqui há eras como Mass Effect 2 e 3 e o Dragon Age 2 já que não comecei nenhuma dessas franquias ainda.

    Eu também tinha um certo medo desse jogo pois eu tinha uma noção de que o protagonista seria uma espécie de Superman ou Goku dos Jedi, com poderes exagerados que fariam grandes mestres da obra, como o próprio Darth Vader, parecerem muito fracos, mas até que não é bem assim. Tem um apelo mais visual mas ele é um personagem bem "pé no chão" e se encaixa bem no universo expandido após o Episódio III (sei que a Disney resolveu desconsiderar tudo fora os filmes e séries como canon mas geralmente é justamente onde o melhor de Star Wars se encontra).

    Bem, o jogo se inicia na famosa fase em que controlamos o Darth Vader em algum momento do passado. Ele é super fodão e você basicamente não precisa fazer nada que ele reflete os tiros de todos e sai vitorioso. Sem dúvidas nenhuma tentaram dar uma hypada no personagem.

    Algo a se considerar é que os visuais do jogo não são tão belos como eu esperava. As texturas são simples, a iluminação é bem 2008 mesmo, cheio de efeitos de blur e bloom. Definitivamente deu uma leve envelhecida e se compararmos com outros grandes, como os Batman Arkham, esse SW leva uma surra (mas não chega a ser feio).

    Já com o nosso protagonista sob controle, há alguns tutoriais adicionais aos comandos básicos. A jogabilidade é simples mas os botões não são nada intuitivos e eu sempre me confundia quando parava com a repetição de apertar quadrado para atacar.

    De fato ainda há um delay bem chato na resposta dos comandos principalmente dos pulos, mega necessários em seções mais voltadas à plataforma. Inicialmente ative o Modo Jogo e ajudou um pouco mas mesmo assim segui sentido um pouco o problema.

    Já o gênero de TFU é um hack 'n' slash tipo um Devil May Cry ou principalmente God of War. É bem isso mesmo: GOW com skin de Star Wars. Desde a câmera, o protagonista metido, você arregaçando um monte de inimigos, as finalizações e poderes e todo o estilo mais "edgy". Não é bem a minha praia mas também não dá para reclamar.

    Aqui também se nota muito da transição para a geração do PS3, com muito do feeling do PS2. Chega a ser nostálgico como era a cultura, o cinema, a arte de 2008. E esse jogo parece algo que você jogaria e depois ligaria a TV na Globo para assistir Velozes e Furiosos.

    Esse estilo dele é bem mais pop que a série já foi, sobretudo em video games, mas dá para curtir apesar da falta de exploração e imersão. Na verdade muitas dessas mudanças acabaram até sendo bem-vindas.

    Eu me lembro que em Jedi Outcast (PC) eu ficava um tempão andando nos cenários explorando e procurando a saída, que muitas vezes não era algo óbvio. Porém era legal descobrir uns trecos diferentes, burlar a fase sem querer, as lutas de sabre de luz e usando a Força era estratégicas e, assim como os primeiros GTA em 3D, tudo podia acontecer!

    Aqui é tudo bem mais linear. Corredores que ligam áreas circulares com inimigos.

    Os inimigos mesmo são geralmente vários tipos de stormtroopers, incluindo uns que julguei serem originais, como um que é um robozão azulado. Outros maiores são tão... Bestas! Tem um chefe que é basicamente um monte de entulho eletrocutado que parece ter saído de uma fase do Jak & Daxter. Bem energia PS2 mesmo.

    Porém nem tudo é tranquilo também. Tem momentos que você deve usar a Força em algo para empurrar ou abrir e mesmo posicionando o personagem de frente ao objeto não aparece o ícone de interação. te fazendo eliminar aquilo da lista de possibilidades até depois de muita busca descobrir que era ali mesmo.

    Alguns cenários também tem precipícios fáceis de cair e as vezes você cai numa armadilha e é jogado para lá ou simplesmente ao acaso num ataque durante o combate. Felizmente há bastante checkpoints e raramente você volta muito.

    Há inimigos de todos o jeitos. Desde os comuns que você pode até jogar choque de longe que eles são derrotados até os que brigam feio, defendem, usam poderes e demoram para morrer. Há também grandalhões como AT-STs e Rancores, fora os chefes.

    O jogo abre muito a possibilidade de combater toda essa galera e há um sistema de level up que te dá pontos em diferentes categorias para serem distribuídos: atributos do personagem (vida, ataque, defesa), poderes (choque mais forte, por exemplo) e combos (adicionam mais combinações de ataques baseados em alguns botões, tipo como em Bayonetta.

    No final você vai ter muita coisa para utilizar mas realmente achei confuso o uso dos botões. Tem combo que você aperta quadrado 4 vezes seguidas, outro que é a mesma coisa mas apertando com pequenos intervalos entre eles. Outro que você aperta quadrado três vezes e depois segura bola. Tem outros que eu nem saquei exatamente como fazer, tipo "segure L1 depois R1+triângulo" .Era esquisito usar esses botões ou eu não entendia e no fim não saía nada.

    O macete que eu descobri e me dei melhor principalmente contra 90% dos inimigos é usar o choque. Sejam inimigos pequenos ou robôs gigantes: eletrocuta, combo, eletrocuta, combo e assim por diante.

    Ainda assim demanda algum costume pois não tem como cancelar um ataque com a sua esquiva, que acaba sendo bem ruim de utilizar. Os oponentes também ficam paralisados pelos choque por pouco tempo.

    Felizmente o jogo é tranquilo quase sempre e as fases também costumam serem bem curtas, sendo que isso só mudou mesmo nas duas últimas das nove, onde eu fiquei um pouco frustrado, mas a aventura durou apenas 5 horas e meia!

    Se ainda estiver difícil você pode explorar os cantos secretos dos estágios e achar mais pontos para distribuir nas suas habilidades ou até mudar o nível de dificuldade.

    Resumindo: Star Wars: The Force Unleashed é legal. Eu esperava me divertir mais e esperava um jogo mais sério e coeso, mas deu para curtir e o jeito é mesmo aceitar que os tempos mais sombrios da franquia se encerraram provavelmente ali nos tempos do N64. Mas se você curte a franquia, vale sim a pena jogar esse mesmo sendo mais pop.

    De bom: curti os personagens. Visuais ok. Trilha sonora muito boa. Combos bacanas para quem curte hack 'n' slash. Essa versão veio com várias skins de personagens clássicos, desde o Qui-Gon Jinn até Jango Fett, Luke Skywalker, Obi-Wan, Plo Koon e muitos outros. Inclui vários níveis de dificuldade. As fases são diferentes umas das outras e com elementos diferentes.

    De ruim: esperava maior controle sobre seguir o caminho bom o mal da força. Usar poderes como levantar objetos e lançá-los nos inimigos demoram demais num jogo que os inimigos não param de atirar. Achei a história boba e bem "Tela Quente". Tem um bocadinho de bugs. Tem certos momentos que o jogo simplesmente sobe brutalmente a dificuldade e você ou é dizimado em 2 segundos ou tem que lutar por 10 sem descanso. Qualquer ação, como abrir o menu de opções ou distribuir pontos leva à uma tela de loading. Comandos não tão lógicos.

    No geral, eu curti sim a experiência e vou ver se dou continuidade com todos os jogos que me interessam da franquia esse ano, casualmente até finalmente chegar no Fallen Order: TFU 2, Starfighter, Jedi Starfighter, Bounty Hunter, Rogue Squadron III, KOTOR 2, Renegade e Elite Squadron. Outros possíveis são Masters of Teras Kasi, Apprentice of the Force e o Obi-Wan do primeiro Xbox. Sobre The Force Unleashed: jogo legal.

    Star Wars: The Force Unleashed - Ultimate Sith Edition

    Platform: Playstation 3
    11 Players
    2 Check-ins

    12
  • anduzerandu Anderson Alves
    2023-03-18 14:48:56 -0300 Thumb picture

    Registro de finalizações: X-Men

    Zerado dia 17/03/23

    Assim que desbloqueei o PS3 e coloquei um bocado de jogos do meu interesse para baixar vi esse X-Men de Arcade dando sopa junto à outros que também saíram do fliperama para o console HD da época. Não sou o maior conhecedor de Arcade por falta de interesse mesmo e nunca tinha ouvido falar nesse (acho) porém ter ganhado essa versão moderna me deixou interessado, fora que a temática super combinaria com um beat'em para jogar de galera.

    Ontem um amigo veio me visitar no final da tarde e achei uma boa jogar isso pelo fato de que provavelmente seria um desses de ficha infinita (e é mesmo) e porque somos dessa época de briga de rua e X-Men na Globo. Além de tudo daria para ficar conversando enquanto jogávamos e zoávamos essa relíquia.

    Iniciando a aventura deu para perceber que a arte do jogo recebeu aquele tratamento que mescla os pixels estilo Street Fighter II Turbo HD Remix que eu acho bem feio, haha. Mas tudo bem.

    Escolhi a opção multiplayer local e aproveitei para testar o Duashock 4 no PS3, coisa que nunca havia feito, mas conectou tranquilamente depois de ler um rápido tutorial online (eu só tenho um Dualshock 3). Escolhi o nível de dificuldade Normal e o jogo me deu a opção entre a máquina para 4 ou 6 pessoas. Isso faz diferença? Só iríamos jogar de 2 mesmo estão optei pela primeira opção por ser mais próxima do comum.

    Mais tarde (hoje) percebi que foi um erro! Na versão para quatro jogadores, provavelmente de uma máquina mais antiga, a tela é pequena e em 4:3 enquanto a versão para seis é widescreen, tela cheia e muito mais bonita. Puts!

    Há vários heróis para escolhermos: Ciclope, Wolverine, Noturno, Colossus (minha escolha), Tempestade e Dazzler (escolha do meu amigo). Eu realmente não sei quem é Dazzler, mas é uma menina loira que lembra um pouco a Jubileu.

    A apresentação do jogo é simples mas até legal e funciona bem. As artes são bacanas, tem vozes de boa qualidade, como era comum em Arcade nessa época. Não é a coisa mais incrível do mundo para quem estar a par com a tecnologia em 2023, mas é bem massa para a época e para quem jogava SNES em casa.

    Algo que nos incomodou instantaneamente é o tamanho da tela. É um quadrado bem pequeno no meio da TV pois estava na resolução original por padrão. Mexi nas configurações, alterei filtros e estiquei na tela para manter os 4:3 mas pelo menos que fosse o maior possível, encostando nas extremidades acima e abaixo da tela. Mexi também em outras coisinhas mas não vi diferença e o jogo é feinho mesmo nessa versão para 4 pessoas (imagem acima). A imagem abaixo mostra a versão widescreen.

    Anteriormente jogamos Marvel Vs Capcom 2 e os filtros lá fizeram total diferença, diferentemente desse daqui.

    O gameplay é basicão e envolve o uso de apenas três botões além dos de andar (e nem tem corrida): um para pular, um para dar soco e um para usar o golpe especial (daqueles que tiram da sua própria vida).

    Eu estava esperando algo mais maneiro como o Punisher e afins mas é realmente tosqueira, bem simples. Mas dá para acreditar que a Konami também fez Turtles in Time, Sunset Riders etc.

    Basicamente o jogo inteiro se resume ficar repetidamente apertando o botão de soco e matando mini-Sentinelas. Eles existem mesmo nesse tamanho no universo Marvel?

    Sério, o jogo inteiro matando praticamente os mesmos inimigos. Muitos deles o tempo todo. E nem tem nada nos estágios para coletar ou fazer, é só andar, bater nas mini-Sentinelas repetir até o chefe. As vezes eles vem em cores diferentes e com ataques diferentes.

    A trilha sonora chega a ser engraçada de tão... Ruim?

    Sei lá, nada acontece. É meio tedioso até, mas as conversas estavam ajudando a prosseguir. Imagina o tanto de ficha que eu teria perdido num jogo como esse na época...

    De vez em quando novos capangas aparecem por um tempinho, você os derrota e logo voltam as Sentinelas. Por muito tempo eu realmente achei que só houvessem dois tipos de inimigos além dos chefes, porém mais para a frente houveram mais uns três ou sei lá.

    As fases costumam ter um chefe no final e eles são bem mais durões, como é de esperar. Até que não chegam a ser super apelões ou buchas de dano, além de se destacarem bem em relação aos capangas comuns e terem animações e vozes próprias.

    Porém eu tenho uma reclamação: eles não tem barra de vida nem nome na tela! Isso deixa a luta tão mais sem graça pra mim! Tipo, Você chega num lugar que não tem nada demais, o boss entra sem fazer cerimônia e estamos trocando sopapos. Se não fosse o design chamativo eu nem saberia que era um chefe!

    Quase sempre eu também não tinha certeza se era um mini-boss ou realmente o final do estágio. Também não conheço alguns ou mal conheço além do Juggernaut e o próprio vilão da campanha, o Magneto.

    Com o lance de Continues infinitos a experiência fica quase que redundante. Você pode até "spammar" o golpe especial que ataca todos os oponentes na tela até eventualmente morrer e continuar dali mesmo mesmo ao perder sua terceira e última vida.

    Não fizemos isso porque realmente arruinaria um jogo que já é tão simplório. Enfim, você vai terminar a campanha uma hora ou outra sem passar nenhum perrengue senão morrer diversas vezes mais próximo do final para inimigos mais irritantes (como bem perto de acabar que você tem que enfrentar TODOS os chefes novamente).

    Uma curiosidade é que ao terminar uma fase o jogo avisa que você ganhou mais um uso de um golpe especial quando estiver com 3 ou menos de HP. Eu tentei entender esse golpe até perceber que é apenas aquele ataque que tira da sua vida mas como você está sem HP, ele passa a custar umas bolinhas que são usos deles. Meh.

    Resumindo: X-Men é um beat'em up bem basicão de 1992, quando o gênero ainda experimentava com sua fórmula. Curto muito a ideia daqueles sprites da Marvel e o estilo da época e temos uma mistura muito interessante para um jogo, porém esse daqui passa um pouco longe do que eu esperava pois visualmente ele é no máximo ok e o gameplay é raso e repetitivo. Na verdade eu até diria que, desse estilo, esse é provavelmente o mais sem graça que já joguei de Arcade. A versão de PS3 inclui Continues infinitos e a certeza que você conhecerá o jogo de cabo a rabo.

    De bom: visuais coloridos. Jogabilidade que até uma criança consegue fazer funcionar. Vários personagens selecionáveis. Aventura para até 6 pessoas, aparentemente (não seis e isso é possível no PS3). Curtinho. Gosto da dublagem.

    De ruim: simples demais para se divertir. Pouquíssima variedade de oponentes. Golpes super sem sal.

    No geral, é mais um jogo de briga de rua mas atualmente realmente eu não vejo motivos para jogá-lo hoje em dia. Dos antigos eu fico com o Mutant Apocalypse de SNES, embora seja para apenas um jogador, e no PS3 mesmo tem coisas mais interessantes e conhecidas. Já hoje em tempos de Switch tem coisa boa demais disponível e mesmo da Konami tem um bocado de Tartarugas Ninjas para todo lado. Jogo fraco.

    X-Men

    Platform: Arcade
    159 Players
    19 Check-ins

    11
    • Micro picture
      denis_lisboadosreis · 3 months ago · 2 pontos

      Acho que a maioria gosta desse pela nostalgia e pelo arcade gigante pra várias pessoas.

  • 2022-08-29 13:03:07 -0300 Thumb picture
    Post by clubeludum: <p>Logo o remake do primeiro The Last of Us será la

    Logo o remake do primeiro The Last of Us será lançado, sendo assim, vamos analisar o jogo original lançado em 2013. Como sempre, uma análise breve e objetiva.

    The Last of Us

    Platform: Playstation 3
    12253 Players
    1205 Check-ins

    3
  • 2022-07-31 13:38:55 -0300 Thumb picture

    Tradução + Dublagem do Uncharted Drake's Fortune – PS3 [PT-PT]

    Tradução e Dublagem do jogo Uncharted Drake's Fortune para Português de Portugal.

    Informações:

    ● Plataforma: PlayStation 3
    ● Versão: 1.00
    ● Idioma: Português-PT
    ● Versão Suportada: 1.00 até 1.10
    ● Idioma Suportado: Todos
    ● Lançamento: 07/12/2007
    ● Tamanho: 518 MB
    ● Créditos: Central de Traduções

    Download: Central de Traduções

    Uncharted: Drake's Fortune

    Platform: Playstation 3
    8953 Players
    419 Check-ins

    11
  • 2022-05-14 22:33:50 -0300 Thumb picture
  • anduzerandu Anderson Alves
    2022-05-12 14:21:59 -0300 Thumb picture

    Registro de finalizações: Watch Dogs

    Zerado dia 12/05/22

    Jogo de número 12 da minha lista de urgências terminado! Só mais 11!

    Quem lembra do anúncio de Watch Dogs há quase 10 anos? Eu me lembro de ter visto o jogo em alguma E3 da vida e ver muita gente comentando. Eu sempre fico meio perdido nos anúncios de jogos third party sobretudo em conferências da Microsoft e Sony porque tem muita coisa parecida, séria, metida a adulta, cinza e cheio de ação hollywoodiana e tiros. Voltei para ver esse tal de Watch Dogs que o povo tanto falava e curti demais! Que jogo lindo! Estávamos meio que saindo da geração PS3 e indo para o PS4 e o futuro muito prometia.

    E o marketing de WD estava forte! Além dos vídeos cheios de liberdade pela cidade, hackeando tudo e os visuais realistas, os cara ainda meteram umas propagandas do tipo "Dois meses são o bastante para curtir Los Santos. Venham à Chicago em Novembro". Basicamente os caras estavam falando para jogar o recém lançado GTA V até finalmente o abandonar para se dedicar à Watch Dogs, assim que fosse lançado.

    Bem, WD foi adiado para o ano seguinte e eu estava curtindo ainda meu primeiro console em alta definição: o Xbox 360! Sim, eu entrei bem tarde na geração pois esses consoles sempre pareceram um sonho distante, mas todos os meus amigos os tinham e eu joguei muito até ter o meu.

    No final de 2013, acabei olhando para os jogos que eu tinha no 360, os achando meio genéricos, e pensei: "porque não trocar o Xbox num PS3 e jogar seus exclusivos?" Acabei fazendo isso e foi bem fácil pois no console da Sony você tinha que pagar bem mais caro em jogos que na pirataria do rival.

    Um dia Watch Dogs foi lançado e a galera começou a falar mal e que o jogo não correspondia em nada com as expectativas mas eu ainda queria ver como era. Estava amando meu Playstation mas realmente não queria encarar o preço do lançamento desse título. Imaginei que demoraria bastante para entrar no jogo (até então) do momento.

    Em 2014 um amigo meu que morava sozinho num apartamento maneiro teve que viajar pros EUA por umas semanas e deixou a chave comigo para eu experimentar a vida independente (comi muito miojo e hambúrguer) e fazer festas ou levar garotas para lá. Gostei da ideia mas acabei fazendo apenas uma coisa: jogando MUITO video game. Eu geralmente ia para lá depois do expediente nas sexta-feiras e jogava como um louco! Inclusive sábado e domingo o dia inteirinho.

    Lembro que nessa época eu zerei três jogos de 360 num fim de semana e mais três no seguinte, aproveitando que eu os poderia piratear: Batman Arkham Origins, Mirror's Edge, Bioshock 2, Dante's Inferno, GTA IV: Lost and Damned e GTA IV: Gay Tony. Uau! Hoje em dia, mesmo quando tenho tempo, não tenho esse pique de maratonar as coisas.

    Quando ele chegou eu estava na verdade na metade do Sleeping Dogs e me lembro de ter feito o coitado assistir ao restante do jogo todo. Mas era tranquilo e eu mesmo o assistia jogar muito Skyrim.

    Foi nessas que um dia eu tive a ideia de gravar a mídia do jogo Watch Dogs. Comprei os DVDs, baixei as ISOs e levei para lá. Funcionou!

    Começamos a jogar em conjunto num espírito meio GTA, mas o jogo era realmente muito sem sal, muito genérico, e as críticas faziam sentido. Que jogo tosco, meus amigos! Abandonamos.

    Mais tarde (anos depois) eu resolvi que o jogaria até o final e pedi que ele trouxesse o jogo que deixei em sua casa, já que eu havia adquirido um novo 360, mas ele só encontrou um dos DVDs. Recentemente começou a saga de jogar isso 8 anos depois: comprei mídias, gravei, funcionou o primeiro DVD mas o segundo, que ele havia trazido, não. Baixei e gravei o CD 2 mas não funcionou. Saí para comprar mais mídias (e tá meio difícil de achar pois ninguém mais usa), comprei mais duas. Gravei uma e não deu certo, gravei a outra e fail também. Fui então a feira que tem aqui perto e comprei uns jogos (com dificuldade pois os piratas estão desaparecendo - duas gerações depois). Gravei novamente e mais uma vez não foi.

    Como eu estava no clima de jogar WD, fiz uma coisa que não fazia a anos: comprei a licença/conta do PS3 de uma loja dessas que vendem jogos digitais na internet. Achei um site que me vendeu por 10 reais e achei justo. Pelo menos agora foi!

    Revisitando Chicago depois de tantos anos, mas agora sozinho, concentrado e sem os diálogos críticos que meus amigos e eu temos durante as jogatinas sobre os defeitos do que está na nossa frente, bom, é meio que o que eu me lembrava mesmo.

    WD é meio que uma mistura de GTA com Assassin's Creed, mas não sei se acerta em ser um nem o outro. O jogo é metido a sério como muitos daquela geração lotada de Call of Duty e não tem muito carisma. O personagem principal é Aiden Pearce, um hacker/assassino que usa roupas velhas e sem cor e mais parece um mendigo com seu boné e lenço que usa para esconder seu rosto.

    Os visuais, de cara, não são tão legais no PS3 e dá para notar que WD foi comprimido para rodar nesse sistema pois a resolução beira os 720p, a taxa de quadros é baixa e as vezes cai ainda mais e há muitas texturas estranhas e serrilhados. Mas perceba que o jogo não é exatamente feio, não mesmo! Só acho que a imersão é um pouco difícil e que seu potencial não está sendo explorado nesse console.

    Cogitei gastar ainda mais grana com esse jogo e fui à OLX procurar pela versão de PS4. Havia um cara a vendendo por R$35. Felizmente fui ao Google e pesquisei o framerate de ambas as versões e descobri que no PS3 fica entre 25 e 30 (se me lembro bem) e no PS4 fica cravado nos 30. Puts! Eu queria jogar isso em 60 fps!

    Enfim, as primeiras missões são como tutoriais e na verdade resumem a aventura toda. Aqui eu quero dizer que WD é, nesse aspecto, igual os Far Cry que conheço (focando no que joguei mais recente, o 5): um mapa relativamente grande cheio de missões espalhadas e muita repetição da mesma fórmula. Basicamente há alguns tipos de missões e você as fará diversas vezes pela campanha (ou fora dela), mas em versões cada vez mais difíceis.

    Um desses tipos de missão envolve ter que entrar num local bem guardado, usar de stealth para não ser visto e hackear um terminal até finalmente poder ir embora. Não ser visto é opcional e você pode simplesmente dar uma de Rambo. Mas acredite, achei mais fácil e rápido ir me escondendo e usando das mecânicas originais do jogo.

    Pois é, a mecânica mais original e que o jogo toda se baseia é esse negócio de hackear. O Aiden carrega consigo um celular e pode acessar a rede pela qual toda a cidade de Chicago se conecta, a ctOS.

    É meio estranho, mas você pode interagir com tudo o que pode ser hackeado e está no seu campo de visão. Sendo assim é possível mandar uma caixa elétrica explodir quando um guarda passar por perto para o matar, por exemplo. O uso mais comum dessa mecânica são as câmeras pois você pode usá-las para muitas coisas, como hackear as coisas mesmo estando longe: hackeie uma câmera, mova sua visão  até encontrar outra e assim ir "saltando" de uma para a outra e interagindo com o que for possível, como explodindo as coisas, abrindo portas, disparando alarmes e tal para chamar atenção dos guardas e conseguir liberar caminho para você entrar andando em seguida.

    Outro tipo de missão muito comum é a de perseguir ou fugir de outros carros, que geralmente são missões em alta velocidade. Você pode interagir de dentro do carro com ícone que aparecem e fechar/abrir semáforos, levantar pontes, levantar bloqueios entre você e seus perseguidores, fazer canos de gás enterrados explodirem (?) para causar acidentes e mais.

    As primeiras missões são ok e servem para nos situar um pouco nas mecânicas de WD e apresentar alguns personagens fundamentais. São 8 capítulos no primeiro ato e levei algumas horas para os terminar. Mais especificamente a tarde e parte da noite do primeiro dia e mais algum tempo no dia seguinte. Cada missão pode ser meio longa e as vezes meio tediosa.

    o segundo ato tem 16 missões. Foi aqui que eu comecei a me cansar e arrastar o jogo. A história estava sem graça, a cidade é genérica e eu não aguentava mais hackear câmeras, entrar em lugares no stealth (as vezes é obrigatório não ser visto), ser encontrado por um motivo bizarro e ter que enfrentar muitos bandidos para então morrer com poucos tiros. Cansei da cidade cinza, do framerate. Não estava dando certo! Cheguei a ver, sem querer, um streamer que acompanho jogar GTA IV e puts, é muito mais agradável de jogar. Pra mim eu tinha abandonado o jogo bem no final lá em 2014, mas estava aqui, no final do capítulo 2.

    Felizmente o ato 3 foi mais curto com 6 missões que fiz rápido, o ato 4 foram 8 que também voaram (algumas são só ir até um lugar e já acaba) e o ato 5 é só o final, que é bem fácil e inclui um encerramento super sem graça.

    Resumindo: Watch Dogs é um jogo fraco, mas está longe de ser horrível. Eu consegui me envolver com os personagens, aprender bem as mecânicas e curtir o stealth. Ele passa longe do que foi prometido quando foi revelado, principalmente no quesito visual, mas é jogável e bem melhor que muitos outros GTA-like que joguei recentemente, como o True Crime LA e o próprio Far Cry 5, fora outros de outros gêneros que jamais jogaria novamente. Apesar de tudo, dá para jogar sem se estressar muito e dirigir por aí numa boa. Mas que eu preferiria estar jogando GTA V, isso não tenho dúvidas!

    De bom: algumas mecânicas de hack com stealth são legais. A ideia do jogo é boa e se ele ganhasse um remake na nova geração que fosse como aqueles trailers, poderia ser um ótimo jogo. Opção de jogar em Pt-BR (textos e/ou dublagem, sendo que essa última é muito boa). Gosto do sistema de level up com distribuição de pontos em novas habilidades e facilidades.

    De ruim: problemas de performance (ao menos na versão PS3). Missões repetitivas e genéricas/nada memoráveis. Os carros meio que não tem rádio, mas são como se você usasse aquele pendrive antigo com uma pasta com músicas de vários gêneros diferentes, e são poucas, desconhecidas e a maioria ainda é ruim. Algumas missões tem desafios artificiais e quase extremos de dificuldade, sendo que você perde, o jogo carrega um loading meio longo e logo você já fracassa novamente. Problemas de tradução. Não gosto da fórmula "filme do SBT das 23h" de como o enredo é contado. Inclusive, se fosse um filme, seria um filme bem genérico. Alguns usos do hack são falhos: você pode explodir um treco a sua frente durante uma fuga e começa um contador que você imagina que será para apertar o botão assim que o passar, aparece a chance, você aperta e o treco explode no seu carro. Deixa ele passar para isso não acontecer e a chance não vem. Helicópteros são chatos mas investi em os hackear, mas o jogo me impede de fazer isso de dentro do carro se ele estiver muito alto, já que a câmera não mexe para cima. IA sem noção. Downgrade grande e praticamente uma propaganda enganosa os primeiros trailers e todo o hype.

    No geral, eu não odiei a experiência e houveram até umas missões divertidas e diferentes (poucas), mas eu poderia fazer ainda mais críticas negativas sobre esse jogo em uma nova postagem. Ainda assim deu para engolir, mas não tenho muito ânimo para as sequências, que devo jogar um dia. Sobre Watch Dogs, se ele tivesse sido o primeiro "GTA" da minha vida, teria gostado mais. Completamente genérico, passável e esquecível.

    Watch Dogs

    Platform: Playstation 3
    1457 Players
    243 Check-ins

    16
    • Micro picture
      sergiotecnico · about 1 year ago · 2 pontos

      Gosto bastante do Watch Dogs 1. Ele não consegue competir com os GTAs, mas o que mais gostei nele foi o personagem mais sério e a ambientação de Chicago.
      Jogar ele a 60fps só no PC ou Xbox Series X. Eu terminei ele, mais uma vez, há pouco tempo no Xbox, e faz mesmo bastante diferença jogar a 60fps.

      1 reply
    • Micro picture
      santz · about 1 year ago · 2 pontos

      Eu não acho o jogo fraco, pelo contrário, acho ele um jogo incrível. Até então, é meu jogo GTA Like favorito. Tudo nele funciona. Sem contar que é bonitão.

  • 2022-04-20 22:29:40 -0300 Thumb picture
  • 2021-11-28 16:55:37 -0200 Thumb picture

    Vídeo novo no canal!

    A partir de semana que vem devemos ter alguns vídeos de uns jogos que recebi key para review dos desenvolvedores e/ou distribuidoras. Eu queria ter feito pelo menos um esse fim de semana mas o tempo ficou curto, então preferi terminar esse que estava pela metade...

    13
  • 2021-10-27 23:50:42 -0200 Thumb picture

    Efemérider Gamer #305

    Medium 797162 3309110367

    27 de Outubro de 2008

    Nesta data, nascia um mundo cheio de criatividade, onde vivia o pequeno e aventureiro Sackboy. Há 13 anos atrás, Little Big Planet era lançado para Playstation 3.

    O jogo foi produzido pela Media Molecule (Dreams, Tearaway) e publicado pela Sony.

    Visite: PortalGameBoxBR

    5
  • 2021-10-25 23:16:23 -0200 Thumb picture

    Efeméride Gamer #303

    Medium 796909 3309110367

    25 de Outubro de 2011

    15 anos de Battlefield 3, produzido pela DICE e publicado pela Electronic Arts. 

    Lançado para Playstation 3, Xbox 360 e PC, Battlefield 3 trouxe de volta o interesse dos jogadores pela franquia, e o interesse em um FPS multiplayer frenético e com muita ação. 

    Visite: PortalGameBoxBR

    Battlefield 3

    Platform: Playstation 3
    4294 Players
    213 Check-ins

    4

Load more updates

Keep reading &rarr; Collapse &larr;
Loading...