• anduzerandu Anderson Alves
    2022-09-24 11:20:22 -0300 Thumb picture

    Registro de finalizações: We Love Katamari

    Zerado dia 24/09/22

    Assim que finalmente terminei de jogar Killer7, tirei o pendrive plugado no PS2 em que o jogo se encontrava com o OPL, desbloqueio que roda os jogos direto do USB, e pluguei o outro que eu comprei recentemente apenas para deixar nesse console, com mais espaço e jogos. A verdade é que eu estava LOUCO para jogar um em específico, ignorando meu "dever" de terminar os jogos restantes no Switch e tudo: We Love Katamari!

    Eu AMO Katamari, de verdade desde que resolvi experimentar o tão famoso primeiro jogo no PS2 e desde então tenho jogado a franquia com alguma frequência desde 2014 ou por aí. Lembro que fui procurar mais títulos do mesmo criador/estúdio e descobri que haviam mais Katamaris. Até então eu acreditava que era só um!

    Curiosamente havia um jogo no Xbox 360, no PS3, PSP, PS Vita e outro ainda no Playstation 2. Ué!? Joguei os outros com o tempo e sobrou só esse daqui.

    Eu sempre falo que tenho alguma dificuldade em jogar cosias daquela geração e é verdade. Bate uma preguiça pois os visuais deram uma envelhecida, não tem muitas franquias que gosto (e as que gosto nem sempre ganharam versões tão interessantes nessas plataformas) e o fato de eu não ter como jogar portátil, o que facilitaria muito (detesto jogar no celular). Sendo assim, acabo jogando na plataforma original, dependendo de um TV e de muitas horas pois os jogos da época pareciam ser bem mais enrolados e demandavam mais tempo para terminar.

    Foi também uma geração que eu deixei de lado na época, que perdi vontade de jogar qualquer coisa e até larguei os consoles. Voltei anos depois e nem tudo desce muito fácil e um exemplo disso é o Mario Kart: Double Dash, que a galera ama mas depois de tanto jogar os mais recentes, eu simplesmente não consigo ver graça nele.

    Mas as vezes penso que é uma impressão meio aleatória que ficou na minha cabeça, talvez por ter me dedicado muito aos consoles em HD seguintes, pois há sim jogos que eu gosto para caramba, como o próprio Katamari Damacy!

    Tudo isso mudou com a aquisição do meu próprio PS2 depois de tanto depender dos consoles emprestados ou jogatinas nas casas dos outros. Agora eu poderia pegar um jogo e me dedicar "24/7" a ele, imersão completa. Finalmente poderia jogar Xenosaga, God Hand, Shin Megami Tensei: Nocturne (ainda não joguei nenhum deles). E com o desbloqueio que não dependo de gravação de DVDs fica melhor ainda!

    Mas mesmo no caso de voltar para uma franquia que eu gosto como esta, o buraco era mais embaixo: a franquia me cansou um pouco. Isso porque todos os jogos Katamari são muito parecidos e alguns ainda são um pouco abaixo da média. Eu estava mesmo preso na experiência original como favorita para sempre. O jogo do Xbox 360 adicionava uns desafios chatos que me faziam vencer ou perder a fase em segundos e eram irritantes. Já no PS3 não tinha nada de novo além do visual que ficou mais feio. O jogo do PS Vita foi super curto e mais aprece uma demo esquisita e no PSP curiosamente funcionou muito bem, mas realmente eu estava meio cheio de fazer o mesmo.

    O hype que sobrou foi o de que We Love Katamari (WLK) é o predileto de muitos fãs. De qualquer forma sabia que seria divertido e breve, então não tinha erro.

    Abrindo o jogo, ele é bem parecido com o seu antecessor e mesmo tendo menus e o próprio hub diferentes do Damacy, é um pouco difícil diferenciar qual é qual visto que o estilo é o mesmo. Sendo sincero, tendo jogado toda a franquia é bem difícil diferenciar cada um deles ou onde tem isso ou aquilo até porque os jogos mais recentes reciclam muitos desafios e estágios.

    Eu gostaria de dizer que WLK está para Damacy como Super Mario Galaxy 2 está para o 1, e é por aí mesmo, mas eu até consigo separar os jogos do bigodudo melhor nesse caso. Talvez se existissem DLCs no PS2 poderia ser um do primeiro Katamari.

    O jogo começa com o clássico tutorial. Muita gente acha a jogabilidade estranha, mas nunca tive dificuldades e com a minha experiência nem preciso mais ler os comandos, só fazer o que é pedido. Basicamente tudo acontece com os dois analógicos ao mesmo tempo, como se os seus polegares emulassem os braços do personagem na bola: os dois pra frente empurram para frente, os dois pro lado fazem você andar de lado, os dois para trás fazem você dar marcha ré. Um para frente e outro para trás fazem você girar em torno da bola e fazer curvas e apertar os botões L3 e R3 simultaneamente fazem você mudar para a direção oposta instantaneamente.

    O hub agora é uma tela com várias seções similares adjacentes. Você vê pessoas e casas e afins e pode andar até o limite direito ou esquerdo para ir para a próxima. São umas cinco no total.

    Quando uma pessoa aparece com um balão de fala é porque ela tem uma missão (e provavelmente é uma pessoa nova no mapa). A parte estranha é que não tem muita lógica sobre onde encontrar exatamente novas missões e as vezes você tem que ficar andando de seção a seção até achar alguém precisando de uma ajuda. Mais tarde esses mapas vão se enchendo de pessoas e algumas delas vão te pedir, opcionalmente, que repita os desafios na tentativa de melhor seu score (e dar aquela sensação de ter sempre muito conteúdo disponível). Cheguei a cair nessa umas vezes e refazer estágios ao invés de focar nos novos e que progridem a campanha. Enfim...

    As vezes você termina uns estágios e aparece uma tela de novo capítulo e uma historinha em cutscene. Tudo ok.

    O jogo em si é o clássico rola-bosta de sempre: você rola uma bolinha e tudo o que for menor que ela gruda nela ao contato. Conforme você coleta itens, seu katamari vai crescendo e você pode pegar coisas cada vez maiores. Há estágios que você inicia coletando clipes, borrachas, peças de mahjong e tal e termina coletando casas, aviões, prédios, países, continentes, entidades colossais!

    É uma maravilha de satisfação ir crescendo e e finalmente pegar aquelas coisas que tanto demoramos para conseguir, fora que é uma delícia limpar os cenário da quantidade gigantesca de itens que o jogo possui. Sério, é coisa demais pelos cenários!

    Nem preciso dizer que é uma experiência mega japonesa, com muito humor de lá, muito visual de lá. Eu amo esse tipo de coisa maluca de asiático. WLK ainda possui uma cara de que facilmente seria um jogo de consoles Nintendo, mas prova que há muita coisa de excelência na concorrência. Ótimo para todas as idades e o tipo de experiência que você não pode morrer sem conhecer (existe um remaster nos consoles atuais).

    WLK realmente segue a mesma premissa do primeiro Katamari, mas adiciona algo interessante: variedade nas missões, coisa que os demais jogos da franquia também tentaram fazer e chegaram a falhar.

    Basicamente o primeiro jogo consistia apenas em fases diferentes com tempos limites diferentes e tamanhos diferentes a serem alcançados dentro daquele período. Enfim, o jogo inteiro era apenas rolar e rolar e ficar maior e maior. Aqui há fases, volta e meia, em que seus objetivos são mais específicos como coletar a maior quantidade de vaga-lumes possível, ficar o maior possível com um limite de itens coletados e cenários que se encerram caso você colete algo em especial. E aqui tudo funciona bem.

    Mesmo em algumas missões mais chatinhas o jogo permite que você prossiga com a campanha, caso deseje, e o replay fica muito por conta de melhorar seus resultados. Isso é bem legal.

    Eu achei que WLK pecou um pouco no enredo e continuidade da campanha. Parece que as fases estão lá largadas de qualquer forma e isso ficou mais óbvio no final, que simplesmente aconteceu e foi isso. E reclamar disso num jogo com tanto nonsense é realmente algo a se pontuar.

    Mas ele acerta em tantos outros tópicos que nem dá para reclamar. Há um modo para dois jogadores (não lembro se o primeiro tinha), muitas coisinhas para te manter jogando, como desbloquear todos os personagens jogáveis e, mais uma vez, uma trilha sonora original e muito bem bolada!

    Quer dizer, a OST do primeiro jogo é insuperável e este daqui tem uma faixa ou outra bizarra, mas no geral são músicas sensacionais, incluindo uma da vocalista do Pizzicato Five, uma das minhas bandas prediletas dos anos 90 em diante e que sempre achei que poderia ter alguma canção nessa franquia. Que felicidade! Você talvez conheça a faixa Twiggy Twiggy ou alguma outra deles (vê aí no youTube hehe).

    Resumindo: We Love Katamari é realmente um jogaço e dá para entender o amor dos fãs por ele e muitos o considerarem seu predileto. O primeiro ainda é meu predileto por ter sido novidade e pela trilha sonora, mas esse daqui evoluiu sim e deixou a franquia mais completa. Para não ter erro, eu possuiria ambos em minha coleção e para ser sincero, são os melhores de toda a série, da mesma forma que na minha experiência os dois primeiros Yakuzas, de PS2, continuam sendo os melhores.

    De bom: mantém os lindos visuais, jogabilidade, humor e trilha sonora divertidos da franquia. Uma ótima pedida para quem queria mais na época, sem dúvidas. Bastante motivo para continuar jogando, incluindo desbloqueáveis e medalhas para quem conseguir scores mínimos em cada missão. Inclui modo multiplayer. Muito carismático e colorido, o tipo de jogo que merecia ter saído no Gamecube.

    De ruim: é mais do mesmo e age mais como fases extras do primeiro jogo mesmo. Continuidade meio estranha e ficar procurando fases para prosseguir é meio chato.

    No geral, gostei demais mesmo com um certo "burnout" da franquia depois de tantos títulos e mesmo os jogando com grande intervalos entre eles.Foi ainda um bom refresco depois do morno Wattam. Uma boa pedida para conhecer a série, embora atualmente deva valer muito mais a pena jogar o remaster Katamari Reroll em HD na plataforma que você desejar. Bom demais!

    We ♥ Katamari

    Platform: Playstation 2
    287 Players
    8 Check-ins

    13
  • anduzerandu Anderson Alves
    2022-04-27 19:38:16 -0300 Thumb picture

    Registro de finalizações: Crash Bandicoot: The Wrath of Cortex

    Zerado dia 27/04/22

    Cara, se tem um jogo que eu gostava na época do PS1 era Crash Bandicoot, sobretudo o Warped. Sempre que ia na locadora, eu tinha que jogar Crash. Era massa demais! Nunca zerava, justamente por nunca ter comprado o consoles (demorei muito para ter interesse no que não era Nintendo), mas isso também nunca importou. Mais tarde vários membros da família adquiriram o console e eu me matava de jogar. Chegava sempre longe, mas eram tantas coisas para jogar!

    Já na época do PS2 eu me distanciei um pouco dos jogos mas sabia da má fama dos jogos da franquia naquela geração. Lembro ainda de ver os jogos do Crash saindo em diversas plataformas fora da Sony, o que era bem estranho. Nunca joguei nada, mas realmente a fama deles era bem ruim.

    Ainda assim sempre curti demais o que eu conhecia e há alguns anos fui atrás de terminar a trilogia original e o de corrida, todos originais do primeiro Playstation. Mais recentemente cheguei a jogar os remakes na coletânea N'Sane Trilogy que um aluno me emprestou. Legal demais.

    Mas não vou mentir que os demais títulos, não criados pela Naughty Dog continuavam me deixando com a pulga atrás da orelha. Poderiam ser tão ruins assim? Por outro lado, outros jogos na mesma vibe do PS2 envelheceram um bocado quando os joguei há bastante tempo, mesmo eu tendo curtido Sly Cooper e Ratchet & Clank (mas não muito Jak and Daxter). Se eu ainda jogaria esses Crashs era um mistério. Provavelmente não, mas com aquela chance à curiosidade.

    Como cheguei ao Wrath of Cortex? UM amigo (o mesmo que gostou muito de Oxenfree) vivia falando nele e como adorava o jogar em sua infância. E foi agora, de volta ao mundo dos consoles pelo Switch e jogando o N'Sane Trilogy que ele me disse como aqueles jogos lembravam demais o WoC e como eu deveria jogar, mesmo eu insistindo que as críticas a ele não são nada boas. E não é que um dia ele me recebeu com um emulador de PS2 instalado com o jogo?

    Sem muito ânimo, dei uma chance e...puts! WoC é uma cópia descarada do Crash Warped! Desde os menus, o hub que acessamos as fases, a trilha sonora, como os vilões falam com a gente nas telas de carregamento e os próprios estágios, que muitas vezes são bem parecidos (apesar de haverem sim estágios originais).

    Perceba que nos jogos do Crash Bandicoot sempre houveram inspirações nos jogos anteriores e a volta de mecânicas e até inimigos e desafios, mas nenhum pareceu tanto um hack feito por fãs. E é tudo tão bizarramente genérico!

    Mas não se engane. O jogo não é ruim. É legal, ainda mais se você não conheceu o Warped ou mesmo começou a jogar a franquia por ele. Tá tudo bem.

    Duas coisas negativas que percebi de cara são:

    -Os visuais que são mega simples para um jogo de Playstation 2 e menos charmosos que os títulos de PS1. Como eu disse, é tudo bem genérico;

    -O level design é muito fraco. Pegaram a fórmula e fizeram estágios sem graça e sem o menor carisma. Há exceções, entretanto, que me lembraram o quão legal pode ser Crash.

    As semelhanças com os jogos passados são terríveis e muitas vezes são partes iguais às que já conhecemos mas com pequenas diferenças. Sabe aquelas fases que fugíamos de uma pedra rolante gigante ou um dinossauro? Aqui ao invés de correr, você foge dirigindo. E sabe aquelas fases aquáticas que tínhamos uma espécie de jetski? Aqui é um mini submarino.

    Os desafios nos cenários são esquisitos e muitas vezes injustos e demandam bastante tentativa e erro para saber que uma caixa de TNT vai aparecer na sua frente enquanto estiver fugindo em direção à câmera. Sei que a franquia sempre teve um pouco disso, só que aqui o tempo de reação é mínimo já que parece que sua visão é sempre tão limitada independentemente do tipo de fase e desafio.

    E sabe aquela lógica de boas fases de seguir itens coletáveis ou mesmo a lógica de certo cenário? Aqui isso quase não existe e o resultado são muitas mortes gratuitas e um pouco de frustração.

    Para completar a dificuldade, o hitbox nesse jogo é sofrível. Geralmente não chega a ser um problema, mas quando é, prepare a paciência! É você se explodindo em caixas de NITRO que não encostou e inimigos que você calculou o movimento para poder pular e mesmo assim considerou como dano.

    Meu amigo e eu jogamos apenas um dia. Acho que ele percebeu que WoC é realmente fraco e pouco original. Voltei lá algumas vezes depois e priorizamos outras coisas e até cheguei a tentar voltara  jogar com ele, mas foi ele mesmo quem desanimou. Acredito até que tenha desinstalado o emulador. Uma pena.

    Já eu tinha jogado o bastante para adicioná-lo a lista de jogos iniciados. E ele ficou aqui por bastante tempo esperando a oportunidade de jogá-lo. Há uns meses atrás desbloqueei meu PS2 para jogar via pendrive mas WoC não coube no meu dispositivo de apenas 4GB (tenho que arranjar um maior pois quase nenhum jogo cabe nesse espaço). E assim ficou até eu ter a ideia de tentar emular PS2 aqui no notebook. Baixei, instalei, baixei bios (já fico preocupado com configurações desse tipo) e olha só: rodou! Que loucura! Embora prefira jogar direto no console, estou cogitando até tentar jogar umas coisas mais tranquilas nesse emulador depois, como Xenosaga.

    Depois percebi o quão burro eu sou em ter esquecido que o jogo é multiplataforma e que eu poderia ter jogado a versão de GC no Wii. Enfim...

    Eras depois, de volta à esse Crash. Obviamente tive que recomeçar a aventura do zero. E olha, eu curti bem mais jogando sozinho tranquilamente. Me estressei um pouco com umas coisas quebradas, ainda acho que o jogo chupe muito do Warped e fique devendo na originalidade. E embora tenha valorizado mais, ainda é um jogo meio fraco e, como disse anteriormente, teria dado mais certo se eu não tivesse jogado os Crashs anteriores.

    Depois de mais de um ano sem jogar isso, me surpreendi em como ele tenta diversificar o gameplay como os anteriores faziam. Isso ajuda muito! Mas uma coisa estranha é como as fases são completamente desconexas, embora cada mundo meio que tenha uma temática. Mas isso é ok considerando ser um Crash. Mas a longevidade e dificuldade desses estágios é completamente diferente um do outro. Tem fases na medida certa, tem fases que duram menos de 2 minutos e tem fase que se arrasta DEMAIS, incluindo o que parece ser uma dezena de checkpoints distantes uns dos outros.

    Fiquei também decepcionado ao ver que em algumas situações a irmã do Crash, a Coco, toma controle da fase (assim como era no Warped), mas não tem estágios legais. Ou seja, as fases dela não tem nada de diferente e poderiam muito bem ser jogadas com o protagonista. Diria até ser pior já que o Crash vai aprendendo habilidades conforme derrotamos os chefes de cada mundo (como pulo duplo) e quando jogamos com a Coco temos que ter em mente que a jogabilidade dela será limitada.

    Outro vacilo aqui é que há aquela máscara do mal como vilão que controla tudo e que põe o doutor Cortex para executar seus planos. Já o doutor terceiriza essa atividade para o Crunch, uma espécie de Crash grandão do mal. O enredo tem como base a volta de 4 máscaras do mal para ameaçar a paz do mundo e cada uma protege um mundo, mas todos os chefes são o Crunch com o poder dado pela máscara daquele mundo. Ou seja: é sempre o Crunch.

    Resumindo: Crash Bandicoot: The Wrath of Cortex é um jogo até legal e bem melhor do que a má fama da franquia parece ser na era PS2. Infelizmente o jogo peca um bocado em originalidade e parece ser um jogo copiando a si mesmo. Se for para jogar isso, talvez seja melhor jogar o Warped mesmo.

    De bom: divertido. Muitas fases com mecânicas e jogabilidade diferentes entre elas e mesmo para a série, como estágios estilo Super Monkey Ball e até um power-up que te deixa invisível. Gosto das referências aos jogos originais em várias fases, como os chefes antigos te atacando.

    De ruim: a sequência do Warped copia demais a fórmula de sucesso do antecessor. Algumas fases se arrastam demais. Cheguei a presenciar alguns bugs, incluindo um do próprio emulador (na fase do robô, basta apertar F9). A jogabilidade em partes semelhantes se difere de fase pra fase e não há explicação, como ter que acelerar com X jogando de carro mas usando O de patinete e apenas a direção no chefe com o robô. Chato enfrentar sempre o mesmo inimigo como chefe. Hitboxes podem ser um pesadelo em certas partes.

    No geral, achei WoC um jogo válido e já até penso em jogar outras sequências no futuro: Twinsanity, Crash of the Titans e Mind Over Mutant além, é claro, do 4. Os de GBA, DS e os demais de corrida e party games eu devo não jogar mesmo. Jogo ok e até melhor se, assim como meu amigo, foi o primeiro Crash da sua vida. Fora isso, passável. 

    Crash Bandicoot: The Wrath of Cortex

    Platform: Playstation 2
    1094 Players
    48 Check-ins

    20
    • Micro picture
      bobramber · 11 months ago · 2 pontos

      Ora acelerar com o X, ora com o O, foi a maneira que encontraram de diversificar a gameplay, kkk

      2 replies
    • Micro picture
      knuxbbs · 11 months ago · 2 pontos

      ão sei de onde saiu essa fama de que os jogos lançados para os consoles pra Nintendo foram ruins, mas 'Crash Bandicoot 2: N-tranced' e seu antecessor, para GBA, são até bonzinhos.

      1 reply
    • Micro picture
      knuxbbs · 11 months ago · 2 pontos

      Por muito tempo, 'Wrath of Cortex' foi considerado meio que uma sequência não-ofiicial para o 'Warped'. Ainda bem que o "It's About Time' veio para corrigir isso.

  • anduzerandu Anderson Alves
    2019-09-06 20:49:37 -0300 Thumb picture

    Registro de finalizações: Yakuza 2

    Zerado dia 06/09/19

    Caaaara, fazem anos que terminei o primeiro Yakuza no PS2. Lembro que ele ou foi o primeiro ou um dos primeiros que seguiram esse formato de texto que eu costumo fazer, lá pra 2014. Lembro ainda que amei o jogo e tal, mas dei um tempo entre ele e o próximo pois a experiência é bem marcante (e um pouco repetitiva). Joguei outras coisas  e anos depois, com meu próprio PS2 comprado e parado por aqui há mais de um ano (nunca tinha jogado nada nele), resolvi seguir logo jogando a série que já tem tantos títulos (e está prestes a receber mais um).

    Eu resolvi jogar a versão de PS2 pois é só pegar emprestado com os amigos ou gravar numa mídia de DVD e pronto, além do mais, como eu planejo jogar na ordem, eu não queria experimentar o Kiwami 2 antes de jogar o 3 pela qualidade gráfica. Na verdade eu estou bem de boas em jogar a versão original. Tempos depois saiu a noticia que todos seriam remasterizados...

    Peguei então o jogo com um amigo que é cheio de jogos piratas de PS2 e comecei a jogar. Depois parei pra zerar outros emprestados com mais urgência, como Yoshi's Crafted World e Dragon Quest XI, mas finalmente pude voltar pro Yakuza 2 depois de... mais de um mês?

    Voltando ao jogo, os problemas começaram a surgir: o jogo travava no inicio de uma cutscene no capítulo 3. Baixei e gravei Yakuza 2 mais duas vezes e nenhum funcionava. Sem saber o que fazer, fiquei agoniado com o fato de não poder continuar meu jogo ou ter que reiniciá-lo e perder as horas investidas. Testei no PS2 do meu amigo e deu o mesmo problema, mas com a outra midia deu certo. Acabei trazendo o console dele comigo pra casa e o jogo começou a travar em outra parte no meu videogame e o dele não aceitava meu cabo componente por algum motivo.

    Levei pra um cara consertar e comprei um cabo AV. Descobri que meu PS2 estava com o cabo flat zoado, arranhando os jogos e sendo cortado pelos mesmos. Depois de comprar o cabo eu descobri que o videogame dele só não estava configurado para usar componente e o cara não só não conseguiu consertar meu PS2 como ele parou de funcionar de vez.

    Entre esses e outros problemas, estou usando o console do meu amigo e finalmente consegui jogar Y2 sem temer que o jogo travasse e eu perdesse meu progresso ou qualquer outra coisa.

    O jogo em si é uma sequência direta do primeiro e embora a estória seja relativamente fechada no jogo, definitivamente é recomendado jogar o anterior para ter a experiência completa.

    Personagens voltam, lugares voltam e muitas referências e nomes a torto e a direito. Felizmente o jogo me deu a oportunidade de rever toda a estória anterior por meio de recapitulações logo no início. Isso é bem legal pois um dos focos da franquia é justamente o enredo.

    Pra quem não sabe, Yakuza é meio que um beat'em up com elementos de RPG. Você anda pela cidade, luta contra os brigões na rua, ganha pontos e desbloqueia novas habilidades. A temática é obviamente bem japonesa, ótima pra quem curte shonens, delinquentes japoneses e thrillers estilo anos 80/90.

    Se você cresceu vendo animes de luta ou curte toda a estética de seriados antigos como tokusatsus, esse é um jogo pra dar uma conferida!

    Além de seguir a estória graças aos pontos marcados no mapa, há bastante coisa pra se fazer pela cidade, inclusive sair dando porrada em quem quiser. Nesse quesito o jogo tem um pouco de GTA pela liberdade de andar pelas ruas do distrito, cumprir sidequests, jogar minigames, achar coletáveis e até conversar.

    Entretanto o mapa é bem menor que os da popular série da Rockstar e mais focado em detalhes e imersão. Dificilmente você vai se cansar das cidades disponíveis.

    Vale lembrar também de suas limitações na versão original: briga apenas com quem procurar briga (não é possível atacar as pessoas na rua), conversar apenas com pessoas que tenham a marcação pra isso e a câmera do jogo é fixa em cada rua, ou seja, entre em um lugar e ela muda automaticamente (já nos Kiwami você a controla como bem entender).

    A aventura começou um pouco sem graça pra mim, mas com o tempo eu percebi que cada detalhezinho, inclusive a cutscene que abre o jogo, constituíam algo muito maior.

    Logo as coisas foram ficando mais e mais interessantes e as horas voaram! Sério, as duas ou três primeiras horas foram lentas, mas as 10 seguintes foram muito rápidas. De certa forma a estória me prendeu tanto que pareceu que o jogo tinha cinemáticas a todo tempo, e talvez isso seja verdade. Com certeza rolaram boas horas só de vídeo durante todo o jogo.

    Mais tarde, Y2 começou a me incomodar com partes que me mandavam para determinados lugares mas ao chegar lá, o protagonista Kiryu Kazuma simplesmente falava "a pessoa ainda não está aqui, melhor ir passar o tempo fazendo alguma coisa e depois voltar."

    O chato é que eu não sabia se era só ficar fazendo o que eu quisesse ou se eu tinha que ativar alguma coisa específica na cidade e depois de muito explorar e perder tempo, eu descobri que a segunda opção era a certa.

    Outra coisa bizarra é que as vezes a estória estava a pino, com tudo acontecendo e com algo tipo marcado pro dia seguinte no jogo mas do nada a campanha te faz fazer missões bizarras, como impedir que um cara se suicide ou apresentar uma garçonete a um caçador de talentos. Em determinados momentos, Y2 pareceu inventar várias desculpas para se estender com fillers nada relacionados a nada, sobretudo no final da campanha. 

    Enquanto isso as mafias japonesas e coreanas estão bolando mil planos, personagens bacanas estão aparecendo ou morrendo e eu só me perguntava: "o que você está esperando pra ir logo pra lá?"

    Outra coisa estranha é como o jogo as vezes quebra completamente a imersão com situações exageradamente sem noção, como um parte que você vence dois tigres famintos na porrada. Eu fiquei procurando um jeito de se livrar da situação, mas era realmente meter o soco nos felinos.

    Resumindo: Yakuza 2 é um jogo muito legal, uma ótima sequência de um ótimo jogo e que me deixou com vontade de já ir pro 3. Foi um jogo que me deu muito problema pra conseguir jogar, mas no final valeu o trabalho. Porrada, drama japonês, máfias e uma estória um tanto madura e divertida me deixaram BEM viciado.

    De bom: enredo muito bom. Trilha sonora super interessante. Visual bacana, sobretudo dos personagens que são super animados e cheio de feições, quase como se fosse algo de PS3. Dublagem japonesa nota mil. Muitas coisas para se fazer pelos distritos. Imersão bacana. Personagens interessantes. Jogo muito bem apresentado e muito bem dirigido em suas cinemáticas. Combate com muitas variações, inclusive a possibilidade de aprender novas técnicas fazendo coisas como ler ou assistir TV. Interação com o cenário e finalizações especiais muito bacanas durante o combate.

    De ruim: alguns inimigos obrigatórios as vezes eram mais difíceis que chefes. Partes em que não sei pra onde ir. Não descobri onde vendiam poções de cura, então fiquei dependendo das que encontrava (raramente). Nas últimas batalhas o jogo não regenera sua vida e sem poções você tá ferrado (eu mesmo tive que matar o último chefe com 1/6 de vida). Algumas partes o jogo fica meio dramático, como uma novela (ou dorama?), mas acho que faz parte do estilo do jogo.

    No geral, curti bastante Yakuza 2, mas não minto que a originalidade do 1 foi mais marcante. Se você curtiu o primeiro e quer mais, esse jogo é pra você. Eu estou super curioso pra ver como a série se desenrola depois e, depois de terminar minhas pendências aqui, é capaz até que eu entre de cabeça nela. Jogão! Recomendo jogar os Kiwami mesmo!

    Yakuza 2

    Platform: Playstation 2
    436 Players
    5 Check-ins

    29

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