• anduzerandu Anderson Alves
    2021-11-15 17:53:35 -0200 Thumb picture

    Registro de finalizações: Fable II

    Zerado dia 15/11/21

    Na época da escola, eu era muito inocente e tímido, vivendo na minha bolha de alguns jogos da Nintendo, brincando de boneco e LEGO, mas haviam uns amigos bem mais vividos e que conheciam de tudo um pouco. Eu achava essa galera sensacional. Jogavam RPG, compartilhavam conhecimentos de música (como tocar mesmo e teoria em geral) enquanto eu só boiava e ficava por fora. Muitas dessas experiências que eles discutiam estavam sempre aquém da minha realidade: eu não conhecia as bandas que eles ouviam, não tinha um PC para mexer, não tocava nada de instrumentos, não tinha TV por assinatura para ver os mesmos seriados, não curtia muito ler livros, nem tinha irmãos para fazer algo acontecer dentro de casa. É, era uma vida bem pacata a minha, haha.

    Eu só fui ter meu primeiro computador em 2006, com 16 anos, no segundo ano do ensino médio (internet, então, apenas em 2008), e só o tive por encher tanto o saco da família e jogando o clássico "eu preciso para estudar". Era um PC fraco, comprado nas Casas Bahia e que serva para emular N64, PS1, Game Boys e, finalmente, jogar umas coisas de computador, como os Star Wars Jedi Knights e o tão falado Fable.

    Apesar de não ter meu computador por tanto tempo, eu manjava alguma coisa já. Matei umas aulas aqui e ali para jogar Counter Strike e GTA Vice City na Lan House quando moleque. Já na casa do meu primo vizinho, com sua caríssima máquina, jogávamos um bocado de coisas como o próprio Vice City do início ao fim, GTA III, Gunz The Duel e muito mais. Nessa época passávamos eras viciados em um único jogo.

    Já esse tal de Fable era uma sensação entre os conhecidos: um RPG 3D com total liberdade. Monte o personagem como quiser, tome decisões e rumos bondosos ou malignos ao decorrer da campanha e viva aquele mundo! Eu me cansei de jogar aquele título! Foram muitas horas na primeira campanha, do bem, e mais uma segunda jogatina bem curta sendo mau, já que a aventura se mostrou bizarramente breve se focada apenas nas missões principais.

    Fable ganhou sequências, mas eu nem devo ter ficado sabendo por muito tempo. Erámos felizes com apenas um jogo mesmo e eu não tinha muita noção de jogos que eram lançados. Curiosamente eu tive a chance de voltar ao mundo de Fable muitos anos depois na casa de um amigo que tinha a Anniversary Edition ou coisa assim no Xbox 360 e o achei bem feio. Fora que me surpreendi ao ver que o mapa era verdinho de tanta natureza, sendo que no meu jogo era tudo branco. Só aí percebi que meu computador não conseguia rodar as texturas de mato do mapa, haha.

    Mais uns anos se passaram e eu fui atrás de saber o que tinha acontecido com a franquia. O jogo original, lançado em 2004, eu só joguei em 2006. Em 2008 foi lançado o segundo. Depois ainda houve um terceiro e um de Kinect (até onde lembro). Um dia os jogaria, com certeza.

    Agora, há uns dois anos, estava andando na feirinha aqui da cidade e dei uma olhada no catálogo dos títulos piratas (e extremamente baratos) de Xbox 360. O meu console é desbloqueado, mas é a versão que é quase como bloqueado: requer os jogos gravados em mídia e tem acesso completo online. Nessa banca eu resolvi procurar algo interessante e esbarrei com Fable II. Cara, eu precisava ter aquele jogo! Comprado!

    Infelizmente o meu Xbox 360 e os muitos jogos que tenho nele foram meio que sendo deixados de lado e ofuscados pelo Switch, PS4, portáteis e até mesmo o PS3. Na verdade eu fiquei com um pouco de preguiça dele, sem exclusivos e com esses jogos piratas, conquistas para uma conta que não me importo em melhorar (sei que isso vai mudar assim que adquirir um Xbox Series no futuro). O console ficou na categoria ali do PS2 e Wii pra mim e digo mais: com entradas de vídeo tão limitadas na TV, ficou ainda pior ter que trocar cabos HDMI e tal.

    Bom, recentemente rolaram mudanças no meu quarto: comprei uma cama nova maior e aproveitei e substitui a pequena estante de TV e consoles para uma mesa maior. Ficou show! Aproveitei o espaço em abundância e resgatei meu 360 que estava na sala, para o caso de ter visitas e tal. Cheguei a jogar uma coisa ou outra casualmente nele (inclusive fechei o FEZ nele ano passado), mas a sala é muito disputada aqui e eu não tenho motivos para ficar lá, sobretudo para jogar.

    Resolvi rodar alguma coisa nele e um amigo estava falando que começou a jogar Fable. Chegou a hora! Hora de carregar pilhas...ô saco! Aproveitei o tempo e fui ver um review do primeiro jogo pois não lembrava de muita coisa dele.

    Instalei o barulhento console na TV já que o Switch também anda meio de lado, conectei na internet, atualizei o jogo e parti.

    Inicialmente há uma CG muito bacana e tal, seguida pelo jogo em si. Os visuais são bem 2008 mesmo, início daquela geração. A temática GRITA jogos europeus tipo Kameo: Elements of Power. Não sei se sou muito fã disso. E o BLOOM? Meu deus, é muito bloom!

    Parei para pensar que era um jogo do início da geração. Geração passada.

    Não, pera. Duas gerações atrás! Que bizarro! Jogos em HD já estão ficando antigos e...envelhecendo! Fable 2 é o maior exemplo disso. Os efeitos visuais e o gameplay são uma mistura estranha de jogo antigo com "nem tão antigo assim". Com os olhos acostumados a jogos de PS4, dá para notar mesmo uma grande evolução na indústria. Sem contar que F2, como já mencionei, é um título de início de geração.

    O pior é que eu esperava mais, e isso é um erro. Eu esperava algo no mínimo estilo Skyrim, mas tive algo mais Oblivion. Talvez até um pouco puxado para Morrowind.

    Depois de tanto tempo, também comecei a perceber como as coisas evoluíram também em relação ao próprio controle, que anteriormente eu diria ser perfeito, mas agora sente como "plástico demais". A resposta dos botões e seus tamanhos também são esquisitos. Sinto isso com o controle de PS3, mas parece que daquela geração, o Dualshock 3 envelheceu melhor.

    Enfim, vamos ao jogo!

    Bom, F2 é exatamente como a sequência do clássico deveria ser. Usa muito da mesma lógica de gameplay e desenvolvimento de personagem e enredo. Muito do que eu lembro está de volta, seja isso bom ou ruim.

    A história é simples mas bem bacana, mas há uma cara um pouco mais moderna na ambientação (e o uso de armas de fogo). Tudo começa com você e sua irmã aprendendo o básico do jogo na cidade, e então pula para o futuro, sendo você um jovem adulto.

    Logo você terá a companhia de um novo amigo: um cão! Lembro que a galera falava muito do fato de você ter um cachorro quando o Xbox 360 ainda era o console do momento. Parecia revolucionário e muito interessante! É muito legal ter esse amiguinho com você na sua jornada e ele ainda te ajuda a achar tesouros pelos cenários!

    O restante do jogo é bem familiar a quem já conhece a franquia: combate apertando mil vezes o mesmo botão, como um hack 'n' slash simplório, ganhar orbes ao abater oponentes e investir em habilidades passivas (força, velocidade etc) ou ativas (soltar choque, parar o tempo etc). Você ainda pode equipar diversas roupas e armaduras para mudar a sua aparência, comprar armas de curta e longa distância, fazer tatuagem, se casar, comprar casas e muito mais.

    Há bastante coisa para fazer além das missões da campanha. Além das missões secundárias, que são bem legaizinhas, você pode inclusive arranjar emprego, que geralmente envolve apertar um botão no momento certo diversas vezes, como foi meu trabalho de ferreiro: espere o rápido marcador ficar acima da barrinha verde e aperte A. Quanto mais vezes você o fizer corretamente, maior será o multiplicador e mais dinheiro você ganha. Chegue à uma quantia específica e você sobe de cargo, sendo que agora faz a mesma cosia um pouco mais difícil e ganhando mais. Tentei chegar o nível máximo, 5 estrelas, mas leve muuuuito tempo.

    Já as demais missões você pode marcar no menu de quests e uma luz no chão te guiará até a localidade. Por padrão as missões da campanha são marcadas e basta seguir a luz o jogo todo. Ela vai te levar até onde você precisa ir em seguida SEMPRE (é possível desativar) e você não tem que ficar explorando ou se preocupando em como chegar à um local desejado. É moleza. Pior que se você morrer só perde um pouco de experiência e continua dali mesmo, com vida cheia e tudo. Pra quê se preocupar em comprar poção ou se curar? A dificuldade em Fable II é uma piada!

    Há ainda a opção de usar fast travel para qualquer local já descoberto.

    O howlongtobeat.com mostra que esse jogo tem a duração de 13 horas. Bem pouco, né? Mas o lance dessa série parece mesmo ser ir além da campanha principal e a imersão. Infelizmente não é tão simples assim o jogar hoje em dia e tendo títulos que já evoluíram a  fórmula, como esses The Elder Scrolls e The Witchers da vida. Mas acho que Fable ainda mantém suas originalidades, sendo mais "Disney" e menos sério, mesmo tendo conteúdo mais...adulto?

    Eu dei uma arrastada nele, ainda assim. Muito trabalho e cansado e a aventura tem momento repetitivos, missões fáceis demais e cenários quase sempre escuros e/ou vazios. Não há nada de satisfatório em vencer e eu mal me preocupava em ir atrás de equipamentos melhores. O resultado era: eu caía no tédio rápido e logo preferia desligar o console e dormir ou fazer outra coisa.

    Felizmente há missões bacanas aqui e ali que me fizeram ter mais força de vontade, mas não passou nem perto do gosto que tinha na adolescência em jogar o original. Saber que estava tão rapidamente perto do final também me deu um bom empurrão (mesmo com as missões finais sendo muito longas).

    Resumindo: Fable II é um bom jogo, principalmente para se jogar em sua época ou se você não estiver muito acostumado com títulos semelhantes mais modernos. Eu não gosto de criticar visuais ou experiências que faziam sentido na época e hoje em dia seriam diferentes, mas acredito que esse jogo tenha sofrido um pouco a ação do tempo, algo que esperava apenas de seu antecessor.

    De bom: muitas possibilidades de jogo, customização, exploração, caminhos a serem seguidos e segredos a serem encontrados. Bom enredo. Vários personagens bons e que me deixaram curioso pela possibilidade de os rever no jogo seguinte. Fator replay bem alto.

    De ruim: jogo fácil demais. Visuais dignos da época da transição da geração PS2 para Xbox 360. Muitas missões parecidas, explorando cavernas e tal. Não tive a sensação de liberdade em explorar o mapa que esperava. Tem conteúdo trancado atrás de acesso online (vi um baú que me pedia para acessar um site, conquistas relacionadas a jogar com amigos etc). Achei que o jogo reutilizou demais da fórmula do primeiro Fable. O final é muito fraco e a aventura acaba meio que do nada. Exagero nos efeitos de blur e bloom.

    No geral, é bem complicado falar desse jogo. Não sei se recomendaria para ninguém senão fãs da época ou que ainda jogam os demais Fables e sabem o que esperar. Tenho até medo de um dia voltar a jogar o original pela nostalgia. Tem coisas bem melhores para jogar no console e bem melhores do gênero em outras plataformas. Ainda assim jogarei pelo menos o terceiro um dia e toda a crítica negativa que o The Completionist fez sobre o título anterior começou a fazer sentido (até então tinha achado que ele não tinha o entendido bem). Talvez seja um pouco tarde para jogar Fable. Meu veredito: não vi motivo para jogar ambos os títulos que joguei da franquia. Completamente esquecível e passável.

    Fable II

    Platform: XBOX 360
    1689 Players
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      lordsearj · over 1 year ago · 2 pontos

      Ótima a análise. Tenho ele em. Mídia física e digital mas não joguei ainda.

  • anduzerandu Anderson Alves
    2020-06-27 01:20:58 -0300 Thumb picture

    Registro de finalizações: Castle Crashers

    Zerado dia 26/06/20

    Castle Crashers era, até hoje, um daqueles jogos que eu tinha até vergonha de dizer que nunca havia jogado. O título é um dos indies mais famosos que tenho conhecimento, adorado por muitos conhecidos.

    Quando comprei meu Xbox 360 atual de um amigo, o console veio com a conta dele e alguns jogos, inclusive CC (isso lá pra 2015 ou 2016). Achei legal a oportunidade e o deixei lá pra depois, só que algo aconteceu e eu perdi a conta dele.

    Mais tarde, vi que o jogo foi lançado pro Switch, e isso me deixou muito contente. Demorou, mas o dia finalmente chegou, mas o preço não era muito convidativo. Como tenho muito jogo e compro a grande maioria bem barato, não me vejo gastando tanto com experiências mais antigas sendo que tenho mais o que jogar.

    Quem me acompanha, sabe que venho jogando bastante usando um programa chamado Parsec no PC. Ele permite que as pessoas transmitam as suas partidas de qualquer jogo e as outras se juntem como se estivessem jogando localmente com o host.

    Recentemente temos jogado algumas coisas pelo Parsec principalmente porque a maior parte dos jogos não tem suporte online. Além disso, emuladores, jogos piratas, jogos originais (evitando que ambos tenham que os comprar) e entrando nas salas disponíveis por lá.

    A escolha da vez,das poucas opções que estamos tendo foi justamente CC. Meu amigo ama o jogo. Eu era doido para experimentar.

    A primeira jogatina foi bem curiosa: eu e ele pelo Parsec, como se estivéssemos juntos na sala de estar, numa sala hospedada online pelo jogo, onde as irmãs dele jogaram de outros cômodos de sua casa.

    No segundo e terceiro dia fomos só nós dois mesmo.

    Pra quem não o conhece, Castle Crashers é um beat'em up com aquele visual bem flash e muito bem humorado para até 4 pessoas. A fórmula é bem similar àquela dos jogos de Arcade tão conhecidos, como Golden Axe ou Turtles in Time, mas com um toque mais moderno e despojado.

    A jogatina conta ainda com certos elementos de RPG, como um sistema de level up, alocação de pontos em diferentes atributos, diferentes armas com diferentes especialidades e bons motivos para voltar e explorar as fases da relativamente longa campanha.

    Começando a campanha, é possível escolher entre 4 diferentes personagens. Cada um deles com uma cor e especializado em um diferente elemento. Azul = gelo e laranja = fogo, são as cores que usamos.

    Testando os comandos, você pode se mover livremente, pular e atacar de duas formas: usando a sua espada ou com a magia relativa ao seu personagem (custa mana, mas ela se regenera). Meu personagem foi focado em força e defesa, então magias ficaram bem fracas.

    Há um tutorial e a possibilidade de fazer lutas PvP desde o início, que foi onde aprendi a jogar, mas a primeira fase acho que já ensina bem, já que não tem muito segredo. Quer dizer, há um botão de defesa, por exemplo, mas ele basicamente não fez falta, mesmo depois de notarmos a sua existência.

    O jogo inteiro se resume a andar pelo cenário, derrotar onde de inimigos apertando os ataques forte e fraco continuamente, andar para a próxima tela e assim por diante. Sabe como é a fórmula beat'em up, né? E enquanto você não ganha experiência o bastante pro próximo nível, aproveite para perceber tudo o que rola pelas fases, que são super vivas, animadas e cheias de piadinhas bestas, mas engraçadas ao mesmo tempo.

    Aproveite também para andar e explorar por trás de objetos, como pedras e arbustos, por exemplo. Sempre há itens aqui e acolá, como cura, espadas e pets.

    As armas variam bastante em bônus de atributos (além da parte visual) e podem ser a melhor escolha de acordo com o personagem que você estiver montando. Como eu disse, foquei em força e defesa, então não trocava armas que davam bônus nessas categorias por outras que dessem para magia, por exemplo.

    Em alguns casos é mais difícil escolher. Deveria ficar com essa de +5 de ataque e +2 de agilidade ou essa que é +2 de ataque, +2 de defesa e -1 de agilidade?

    Seja lá qual for a sua escolha, o negócio é ao menos pegar a arma uma vez, pois é possível acessar um acampamento no mapa do mundo do jogo e lá selecionar qualquer arma que tenha sido encontrada e equipá-la.

    O mesmo vai pros pets, que dão uma forcinha legal nas batalhas, atacando inimigos, coletando itens próximos sem que você tem que andar até eles ou mesmo dando bônus em atributos seus. No mesmo acampamento das armas é possível ver o que cada um faz.

    Além de experiência, os inimigos podem derrubar outras coisas, como alimentos que te curam, as armas que estiverem usando e dinheiro.

    Jogando em grupo eu tive um pouco de trabalho com essa divisão de bens, pois é normal que as pessoas queiram pegar tudo o mais rápido possível e até sem precisar. Sabe quando você tá morrendo e acha cura mas seu amigo, de HP quase cheio, vai lá e a pega antes de você sem ver quem precisava de verdade? Cliché no gênero. Outras vezes eu pegava sem querer pelo inimigo morrer e o item ser arremessado pra mim.

    As riquezas, como dinheiros e gemas, estão entre os mais disputados. A ponto de cada um estar num lado da tela batendo em diferentes amigos e as pessoas irem pra junto de você só para enriquecer um pouco às custas do seu trabalho. Exija respeito!

    Com o dinheiro acumulado é possível acessar diversas lojas pelo mapa e comprar itens, como armas bacanas, pets exclusivos e até bombas ou poções de cura, que ficam num slot para itens desse tipo.

    Uma das coisas que mais gostei na aventura foi o fato de como o mundo é construído e a continuidade lógica de fase a fase. Ao invés de apenas ter um cenário e um bocado de caras para bater e um chefe no final, cada estágio é único! Há mecânicas exclusivas, cenários diferentes e até inimigos nunca vistos antes aqui e ali.

    Além disso, ao invés de ser apenas uma linha de fases linear, há diversos caminhos pelo mapa, sendo que alguns você só pode acessar depois de achar algum item em outra fase e sempre há um motivo pra fazer esses desvios, que nos levam para tantas terras diferentes, como lugares gelados, desérticos ou inundados por lava.

    E é legal voltar mais forte nas fases e ir atrás de coisas que não foram achadas também. Ou mesmo pela grana ou experiência.

    Que tal parar na Arena e sair nos tapas com os amigos? Inclusive você é obrigado a fazer isso sempre que salva uma donzela das garras de chefes, pois só um herói pode ficar com a coração dela!

    Resumindo: Castle Crashers é um beat'em up mais light/piedoso que o normal, mas de uma forma que talvez até supere outros clássicos do gênero. É gostoso ver seu personagem evoluir e achar armas tão legais. Rejogar a campanha nunca foi tão legal em jogos de porradaria em grupo. Há um lado party game, mas o lado RPG e até uma dificuldade são os fatores que realmente brilham aqui. Um prato cheio pra quem curte jogos do tipo e, sobretudo, se puderem compartilhar a experiência com mais pessoas. Sobre o jogo em si e como ele é, não há muita novidade ou surpresa. Gostei da experiência e jogaria novamente com meu personagem fortalecido, mas não espere o melhor jogo do mundo.

    De bom: visual bacana. Bastante conteúdo e a possibilidade de fazer personagens bem diferentes. Muitos desbloqueáveis. Jogatinas de 1 a 4 pessoas com um feeling Arcade. Jogabilidade simples. Dificuldade no ponto, incluindo checkpoints pra evitar que o jogo fique maçante. Humor bacana. Chefes muito maneiros! Modos diferentes de jogo. Opção de jogar online.

    De ruim: jogabilidade repetitiva, ainda mais conforme você se aproxima do final e os estágios são cheio de inimigos que tomam muito dano pra morrer e em caso de morte sua, é capaz de você ter que rejogar algumas partes várias vezes. Preferiria que o dinheiro dos inimigos fossem automaticamente para quem os derrotou, para diminuir a competição por ele, o que pode dificultar compras desejadas em lojas em grupos de amigos que jogam mais sério.

    No geral, curti a experiência e recomendo sobretudo para fãs do gênero de briga de rua, mas também para quem quer um jogo legal pra jogar em grupo. Gostaria de tê-lo no Switch, mas não pagaria o preço pedido. Minha recomendação nas builds é focar bastante em defesa, além de um tipo de ataque, físico ou por magia. Meu amigo priorizou agilidade, atributo que achei basicamente desnecessário, e morri incrivelmente fácil a todo momento, ainda me fazendo ter que revivê-lo em meio à confusão!

    Castle Crashers

    Platform: PC
    3707 Players
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      gennosuke6 · almost 3 years ago · 2 pontos

      Esse jogo é divertido demais!

  • anduzerandu Anderson Alves
    2020-06-24 16:58:45 -0300 Thumb picture

    Registro de finalizações: Fez

    Zerado dia 24/06/20

    Esse é das antigas: Fez! Um daqueles jogos que popularizou o gênero indie moderno e que meus amigos tanta falavam na época, assim como de um documentário relacionado. Nesses tempos eu não curtia jogo indie. Achava tosco e barato e que jogos maiores e mais conhecidos eram só o que importava. Uma grande bobagem.

    O fato do pessoal falar tanto desse jogo e usar o termo indie, me fazia ter menos vontade de conhecê-lo. Tanto que só fui ver do que se tratava muitos anos depois e até curti a ideia.

    Mais uns anos depois, cheguei a pegar o jogo baratíssimo na Live, provavelmente com a grana que sobrou de alguma compra na minha época do Xbox One, lá pra 2017. Depois peguei na loja da Epic de graça e instalei no PC. Agora, há menos de 2 semanas atrás, instalei o Xbox 360 na sala daqui de casa pois o pessoal tem usado meu computador pra estudar e eu fiquei tentado a deixar o console aqui, depois de muito tempo sem ligá-lo (estava na caixa desde que me mudei pra cá há quase dois anos.

    Ligando o vídeo game, já conectei no wi-fi e atualizei e peguei uma sacola cheio de jogo pirata que tenho. Dei uma olhada e tem bastante coisa bacana na fila do Xbox 360 ainda. Também tem umas porcarias, mas que pretendo jogar de qualquer forma.

    Testei uns jogos. Alguns funcionaram, como o Halo Wars que zerei da última vez que joguei no console e ainda estava dentro dele, outros não funcionaram, da última leva de jogos que comprei na feira do Paraguai e nunca nem havia testado. Teve jogo que rodou os primeiros minutos e depois parou e por aí vai. Ainda bem que é fácil gravar jogos dele hoje em dia (o mais difícil talvez seja achar mídia compatível pra gravar).

    Lembrei dos jogos digitais e não tenho muita coisa. Não achei um menu de títulos adquiridos na minha conta, mas lembro do Fallout: New Vegas e The Witcher 2, ambos zerados e publicados aqui no Alvanista. O único jogo que estava já no console era Fez! Resolvi começar julgando ser curto.

    Fez é um jogo de plataforma com puzzle  em que a mecânica básica é a troca de perspectiva do cenário para criar novas possibilidade de caminhos. Para fazer isso é bem simples: os botões LB e RB são usados para girar a fase horizontalmente por 4 ângulos diferentes, como se você pudesse ver a o estágio pelo norte, sul, oeste e leste.

    Dependo da posição dos objetos do cenário, algo que estava longe pode ficar perto já que o jogo volta a ser 2D assim que termina de girar a câmera. Novas rotas aparecem, plataformas ficam mais próximas e, olhando bem o cenário, portas se revelam por trás de paredes que só podem ser vistas ao mudar a perspectiva estando em posições específicas.

    O início da campanha serve como um tutorial e ensina como a mecânica funciona e o quão simples ela é. É aí também que aprendemos que o objetivo da aventura é explorar os cenários em busca de coletar cubos.

    O primeiro mapa é a vila do protagonista Gomez. Há várias casas ao redor de uma montanha e você deve olhar por todos os ângulos para ver todas as portas. Entrando nessas portas, você acessa novas áreas, que basicamente é o interior das moradias e que tem já os primeiros cubos do jogo.

    Isso tudo é muito importante para o entendimento do funcionamento das áreas e subáreas do jogo. A área aqui sendo a vila e as subáreas, as casas.

    Depois de achar os primeiros coletáveis, você pode pegar um portal para a próxima área, onde vai achar mais portais, trancados por cubos. Colete aquela quantidade e você poderá os abrir.

    Há ainda mais portas que levam pra mais áreas e, dentro delas, mais subáreas.

    Meu primeiro dia com o jogo foi muito bom e viciante e joguei umas poucas horas até chegar em seus primeiros e maiores problemas: a confusão de mapas e acessos.

    Você chega numa área e sai explorando buscando cubos e portas. Acha uma porta, explora e acha mais uma pronta dentro dela, que dá pra uma nova área com mais uma montanha pra ser escalada e explorada e mais portas e as vezes isso vai bem longe.

    As áreas são muito parecidas também, a ponto de eu nunca saber onde estou e ter dificuldades de saber onde ficava aquela porta, já que o jogo tem bastante backtracking. Depois de um tempo comecei a usar o mapa do jogo, que basicamente mostra as áreas e as subáreas ligadas a cada uma delas, inclusive as que ainda tenho que encontrar e os coletáveis que faltam. Ícones de áreas douradas significam que elas não tem mais nada a oferecer.

    O que mais acontecia comigo era subir uma grande montanha (os mapas são bem verticais) com muito platforming e no meio ou final encontrar um portal pra uma nova área e outra porta meio escondida. Entrando na porta eu ia pra uma nova área com subáreas. No portal, outra área com subáreas. 

    Logo o jogo se tornou um caos de portas e áreas. E o pior é a mobilidade. Quer ir pra essa área no mapa porque deixou algo por lá? Ande! As vezes o lugar está super distante e atrás de porta após porta e isso me fez simplesmente desistir de voltar a vários lugares.

    Há ainda outra coisa: se você cair de qualquer altura, o personagem morre e volta ao último "chão" seguro. Isso é muito bom pras partes de plataforma complicadas, como as muitas dúvidas, mas na hora de descer afim de voltar por alguma porta, te obriga a ir lentamente descendo pouco a pouco. Com sorte tem alguma água pra você pular direto.

    As coisas vão piorar ainda mais em relação aos puzzles, que geralmente te compensam com cubos (32 cubos são necessários para terminar com um dos finais).

    A maioria dos cubos, os amarelos, envolvem coletar várias partes (minicubos) por toda parte ou simplesmente alcançar o cume de montanhas. Mas há outros deles, inclusive os azuis, que envolvem muito mais trabalho.

    A maior bizarrice são os códigos do jogo, que envolvem símbolos e alfabetos alienígenas. Como traduzir? Alguns deles até arrisquei, mas outros, mesmo vendo na internet, só deus sabe como resolver. Algumas dicas se encontram em uma área e só será usada em outra super longe e nada a ver. Fora que é comum acessar salas cheias de desenhos e simbologia aparentemente inúteis senão pôr uma parede específica.

    Fui ficando com raiva quando chegava em salas que não conseguia fazer NADA. Olhei na internet algumas delas e haviam casos como a estátua de coruja, que envolve falar com corujas pelo jogo quando aparecerem em lugares específicos a noite para podem permitir qualquer interação com as estátuas.

    Vi ainda suma sala desbloqueada com código morse. Outras envolvem fazer combinações de botões baseadas em dicas sem pé nem cabeça.

    Esse é definitivamente um dos jogos menos intuitivos que já joguei, e um dos mais frustrantes com navegação.

    Resumindo: Fez é um jogo com uma ideia bacana, mas bem repetitiva e que explora a mesma fórmula sem parar. O jogo se baseia em plataforma pra subir montanhas, puzzles que raramente fazem sentido e área dentro de área dentro de área. É bem cansativo e trabalhoso demais fazer coisas simples. Até os itens que você encontra, supostamente para ajudar, como mapas, são apenas dicas estranhas e praticamente puzzles por si.

    De bom: visual e animações muito bonitos e que não envelheceram nada (até me assusta não ver um jogo famoso assim nos consoles atuais). Trilha sonora muito boa quando quer. O final é uma viagem, mas gostei da liberdade artística. Jogo em português.

    De ruim: complicado em todos os sentidos: puzzles exageradamente obscuros e movimentação de área pra área frustrante (se houvesse a opção de abrir o mapa e teleportar pras áreas principais o jogo ficaria muito mais interessante e chega a ser absurdo que isso não exista). Jogabilidade com inércia chatinha e chegava a me matar mil vezes em partes de plataforma pois ou eu estava lento demais, ou rápido demais e passava direto ou caia na plataforma mas escorregava pro buraco. Muita coisa não faz sentido e aparentemente só fica melhor numa segunda jogatina. Faltou mais variedade (as partes diferentes causam um bom impacto e ajudam no mapa mental a medida do possível aqui).

    No geral, achei o jogo bem fraco e decepcionante. Fora as duas primeiras horas, posso dizer que a experiência simplesmente não é divertida e não te recompensa por nada. Uma versão atualizada com maior mobilidade já deixaria o jogo bem mais interessante e talvez até iria atrás de entender os puzzles bizarros. Com base nas horas dessa primeira jogatina, eu definitivamente não recomendo o jogo.

    Fez

    Platform: XBOX 360
    444 Players
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      jongamezon · almost 3 years ago · 2 pontos

      da uma olhada em Rehtona

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      santz · almost 3 years ago · 2 pontos

      Esse eu comprei um tempão e ainda não peguei pra jogar.

      1 reply
  • onai_onai Cristiano Santos
    2020-06-16 17:17:46 -0300 Thumb picture
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      vante · almost 3 years ago · 1 ponto

      Tá aí um que eu sempre ouvi falar, mas nunca joguei

      1 reply
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      blacklink · almost 3 years ago · 1 ponto

      gosto muito desse jogo, desse e do Age of Empires

      3 replies
  • onai_onai Cristiano Santos
    2020-02-02 15:22:30 -0200 Thumb picture

    Ceilão

    Eu e meu irmão jogamos mais uma batalha de Age of Empires III mas dessa vez enchemos os espaços com civilizações controladas pelo PC, todos contra, ou seja, cada um por si.

    No Ceilão cada civilização começa numa pequena ilha e deve se deslocar para a grande ilha no centro do mapa, onde há mais recursos. Mas aí é que tá, eu havia me esquecido que desde o primeiro Age of Empires a inteligência artificial nunca foi boa pra jogar em ilhas.

    No primeiro Age tudo bem, o jogo meio que ainda estava em desenvolvimento portanto falhas eram perdoáveis, no segundo se estranha, agora no terceiro jogo da série ainda ser assim é muita sacanagem. O PC nunca sai da ilha e se sai só manda algumas unidades...

    Portando só duas civilizações lutaram na ilha do centro. As vezes surgiam alguns barcos das civilizações controladas pelo PC mas só perturbavam um pouco mesmo, nunca era uma força extraordinária. O que rendeu a vitória foi o controle e o monopólio das feitorias.

    Dessa forma derrotando meu irmão, que era o único adversário realmente difícil, nem precisei invadir as outras ilhas. Vitória!

    Age of Empires III: The Asian Dinasty

    Platform: PC
    485 Players
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  • onai_onai Cristiano Santos
    2019-12-22 17:28:23 -0200 Thumb picture

    Zoom

    Não importa que sua civilização esteja prestes a ser destruída...

    ...que os guerreiros estejam sendo mortos, suas casas queimadas e seus tesouros pilhados...

    ...as danças não podem parar.

    Age of Empires III: The Asian Dinasty

    Platform: PC
    485 Players
    25 Check-ins

    11
  • onai_onai Cristiano Santos
    2019-12-19 02:50:58 -0200 Thumb picture

    Texas

    Hoje não teve FightCade pois eu e meu irmão resolvemos jogar Age of Empires III, que também não jogávamos a um tempão, pois é jogo demais pra se divertir! Hehe... Escolhemos o mapa de forma aleatória e caiu o Texas...

    Amado por uns e odiado por outros Age of Empires III mudou e adicionou vários conceitos em relação aos antigos jogos da série. Aqui cada jogador escolhe uma civilização e vai ajudando a evoluí-la. O explorador tem também um papel mais importante pois além de lutar ele recolhe tesouros perdidos na região e constrói feitorias.

    Eu resolvi jogar com os astecas e meu irmão com os chineses. O legal nesse Age of Empires é que cada civilização é tão diferente uma da outra que as estratégias de jogo mudam bastante, por isso seria bem complicado jogar com uma civilização diferente a cada partida.

    Além de várias novidades há os baralhos de cartas de cada civilização que representa a ajuda que as metrópoles dão as cidades. Nisso cada jogador já começa montando sua estratégia antes mesmo do jogo começar.

    Como fazia muito tempo que a gente não jogava a partida foi meio lerda mas os astecas levaram a melhor e derrotaram os chineses facilmente.

    Age of Empires III: The Asian Dinasty

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