Zerado dia 12/05/17

Finalmente, hein? Faz uns séculos que não termino um jogo e posto no Alvanista. O fato é que ReCore acabou tomando mais tempo do que eu imaginei, sobretudo por conta das reviravoltas da vida e jogatinas curtas.
Pra falar a verdade, esse jogo me interessou muito na época que foi mostrado na E3 e foi um dos jogos que eu realmente fazia questão de jogar no XONE. QUESTÃO! Isso porquê o jogo envolve a equipe original por trás da série Metroid: Prime com o criador do Mega Man, Keiji Inafune.
Quando finalmente obtive o jogo, me senti meio intimidado pelo pouco que eu conhecia dele. A mistura de RPG com open world vindo de uma equipe tão responsável me passou a sensação de ser um jogo que duraria bastante tempo. Sem contar que a série Prime, sobretudo o 1, 2 e Hunters me deixou zanzando pelos mapas e explorando bastante por muitas horas.

A verdade é que ReCore é um jogo até curto, mas com a opção de durar mais um tempo pra quem quiser ir além. Além do mais, o final da aventura se arrasta e fica bem repetitiva, o que rendeu mais um bom tempo de gameplay (meio forçado), o que direi mais a frente.
O jogo em si me lembra um pouco Xenoblade Chronicles X. Uma mistura de third-person shooter com RPG e bastante focado na exploração de grandes áreas. A diferença é que ReCore tem um mapa razoavelmente pequeno e limitado por paredes ou o efeito de radiação que tira sua vida quando você resolve explorar além dos limites (bem tosco isso).
As batalhas se resumem a travar a mira num inimigo e ficar atirando nele. Em XCX, entretanto, o personagem atirava automaticamente, enquanto nesse jogo você só aperta o gatilho quando quiser mesmo.

O foco e estratégia desses combates se dá na cor dos oponentes e da arma que você está usando. Essas cores devem ser iguais para se ter o efeito de "super efetivo", arrancando mais HP dos robôs inimigos.
As cores dos inimigos são, basicamente, uma das três: vermelho, azul e amarelo. Você troca de uma para a outra para combinar com eles ao apertar um dos lados do d-pad.
Claros que esses inimigos não ficam apenas apanhando, eles revidam ou tem escudos para ignorar dano. Aí é que entra as opções de segurar o tiro (que se dá com o botão RB, ao invés do gatilho) ou o uso dos seus robôs companheiros.
Quando fracos, é dada a opção de puxar o núcleo dos inimigos, uma espécie de minigame de cabo de guerra. Com sorte, a qualquer momento é dada a opção de puxar esses núcleos instantaneamente, sem sequer ter que se esforçar e podendo matar mesmo inimigos bem mais fortes.

Todos os robôs do jogo se resumem aos "biotipos" dos seus companheiros: humanoide, quadrúpede ou aracnídeo (ou tanque, mas essa forma não está disponível no jogo como amigo, mesmo tendo o espaço dele, bizarramente).
A diferença é que os inimigos tem formas mais medonhas e espinhosas e os seus companheiros parecem mais inocentes. Um exemplo é o Mack, o cãozinho robô que vemos desde os primeiros trailers andando com a protagonista, Joule. As suas contrapartes do mal tem uma estrutura mais semelhante a lobos.
Além de cores distintas, esses amiguinhos ainda tem funções diferentes em campo, como o cavar de Mack para achar itens enterrados (como o Rush em Mega Man 7, por exemplo; Seth, a aranha, que escala certos trilhos e Duncan, o "gorilão" que quebra rochedos.
Todos esses robôs também tem suas particularidades em combate.

O mapa do jogo me lembra bastante aquele d'O Despertar da Força: deserto e mais deserto com máquinas e tecnologias abandonadas e destruídas. Outra parte de importância são as cavernas, sempre cheias de cristais e dando aquele ar de exploração abaixo da terra e áreas mais fechadas e escuras, que bate com o estilo de roupa dos personagens.
Como dito anteriormente, o foco de ReCore é a exploração, sobretudo de ruínas e mais máquinas e templos futuristas, algo como as dungeons da série The Legend of Zelda. Entretanto, puzzles são raros e a maior parte desses desafios gira em torno de combates contra múltiplos inimigos.
Muitos desses templos envolvem desafios secundários que geram mais recompensas, e que podem ser bem úteis na reta final do jogo.
Todos esses desertos de Éden Distante contam ainda com mini dungeons "opcionais" que sempre tem como base um tipo de desafio, geralmente apenas um combate em coliseu ou pular de plataforma a plataforma contra o relógio até chegar ao seu fim.

Esse jogo se baseia muito na coleta dos famosos Núcleos Prismáticos. Esse núcleos saem apenas de inimigos maiores, como chefes na campanha, inimigos opcionais maiores e marcados no mapa (aliás, tudo fora das dungeons é marcado no mapa, e ao por o cursor nela, é mostrado o que foi ou não coletado lá), e recompensas desses desafios, como terminar partes dentro do tempo ou ativar todos os botões escondidos de uma caverna.
Se você estiver lendo isso e ainda vai jogar esse jogo, VÁ ATRÁS DESSES MALDITOS NÚCLEOS SEMPRE QUE DER. Cheguei ao fim do jogo e ele me obrigou a ter mais núcleos do que eu tinha, e depois mais e mais e mais. No final, você precisa de 45 (vou julgar que o jogo tenha 75 no total). Claro que alguns só poderão ser alcançados quando você tiver conseguido mais habilidades.

Resumindo: ReCore é um exclusivo sensacional, apesar de alguns defeitos. O mundo é grandinho, mas nada exagerado e que vai te fazer jogar um mês. Na verdade, todas as áreas tem visuais bem únicos e que vão te fazer decorar de tudo, mais ou menos como Metroid: Prime fazia. Sua atmosfera também é bem única e interessante. Você começa a gostar das áreas, das pessoas, dos robôs e tudo mais, apesar de que, em vários aspectos, o jogo pareceu meio incompleto.
De bom: visual muito bacana, desde os dias pelas areias, braços gigantes de robôs destruídos e formações rochosas até as cavernas escuras com flare e luzes azuis e vermelhas tipo de filmes policiais dos anos 80. Aliás, vários detalhes do jogo tem um charme meio retrô mesmo. Os combates são simples, sendo apenas andar, desviar, pular, atirar, segurar tido e trocar cores da arma, mas são bem legais, até mesmo porque tipos e cores diferentes de inimigos e com uma boa quantidade deles a coisa pode ficar tensa! Exploração divertida e desafios bem feitinhos. Uma das melhores trilhas sonoras num videogame! 100% em português.
De ruim: alguns bugs, como as partes que eu entrava na areia e ficava abaixo dela. Odeio que forcem o backtracking, o que rolou bastante no final do jogo. Falta do último tipo de robô, super bizarro. Dos três ou quatro robôs que você tem, só pode andar com dois, e tem que alternar entre eles, o que te força a voltar pra base e trocar seus parceiros em muitas situações para acessar novas áreas. Voltar pra base, assim como passar de qualquer mapa para outro, resulta em um loading bem grande. Saco! O enredo prometia tanto, mas acabou sendo meio genérico e deixou muito a querer, inclusive o último chefe e a zeração.
No geral, valeu muito a pena. Se duvidar, o exclusivo que mais gostei no XONE, e que felizmente foi pro PC também, então você não precisa comprar o console. Interessante o fato de que muitas conquistas meio que obrigatórias apareciam como raras e pouca porcentagem, uma prova de que ninguém joga XONE!

Não joguei esse jogo, mas pelo o que vi e falam, ele é todo estranho mesmo. E olha que ele recebeu dinheiro pelo Kickstarter, o que deixa o negocio vergonhoso.
O Inafune devia aprender com o Mestre Iga :v
repara que ele não usa o dash em cima do chef o que faz que a transformação do chefe nunca ocorra o que torna a luta mais fácil.
Se eu aprender a esquivar com eficiência do ataque de 1:51 eu consigo matar fácil
Relaxa. Você foi muito além que muita gente nesse jogo já foi.