Zerado dia 27/12/20

Depois de jogar um Pocky & Rocky com meus amigos, fomos à festa de aniversário com meu sobrinho e de lá fomos para a casa deles. Como chegamos tarde, os dois logo caíram de sono e eu fiquei a procura do que fazer sozinho na sala. Estava com o PS4 ligado e testando uns jogos, então entrei na minha conta e baixei esse tal de Inside que comprei faz tempo bem baratinho na PSN.
"Dos criadores de Limbo". Interessante, mesmo não sendo o maior fã de Limbo ou jogos do tipo, como Unravel e Little Nightmares.
Joguei o nome no howlongtobeat.com antes para ver se rolava mesmo de terminar, pois não queria jogar "pingado" na casa dele. 3 horas e meia? Hummmm, vamos lá!
Uma hora depois estava dormindo no sofá.

Começando Inside, bem, ele é exatamente com todos esses jogos já mencionados: silencioso, imersivo e até um pouco cruel. Escuro! Ah, isso ele é! Tem aquele lado meio poético, meio que crítico, interpretativo, mas nem tanto.
Uma coisa que achei legal é que o jogo começa do nada assim que você aperta para iniciar a aventura. Não há contexto, texto nem tutoriais. Você que se vire e tente entender o que está acontecendo!
O estilo visual também me chamou atenção, sendo mais 3D do que eu esperava (acho que estava o ligando demais a Limbo) e tem um quê mais realista, ao invés do visual fantasioso de Unravel, por exemplo.
A aventura se inicia com você se esgueirando por vários lugares, como pelo mato e fugindo de soldados que te procuram. O meu sentimento era de estar controlando uma criança fugindo de um campo de concentração ou de uma base russa.

Outra coisa que achei interessante citar é que não senti o ar melancólico que jogos similares costumam ter, nem a sensação de terror, mas a ambientação pareceu ser de apena sum lugar normal enquanto a jogabilidade transmitia as emoções.
O que quero dizer é que se você ficar parado e admirar os cenários, vai ver o por do sol por entre os prédios e plantações se movendo, enquanto sensações como desespero são em lugares assim, mas em partes que você está fugindo de cães, por exemplo.
E por falar em cães, eles são das criaturas mais mortais do jogo. Pra ser sincero, Inside é quase sempre um jogo até bem cruel, sobretudo com mortes. Se os cães te pegam, eles te mordem horrivelmente. Já os soldados te baleiam sem dó e até ventiladores te cortam ao meio e fazem suas vísceras voarem.
Não é um joguinho bestinha para qualquer membro da família!

Outra coisa é que a jogabilidade simples de Inside acaba que deixou a experiência meio fácil e limitada, mas ao menos tudo funciona. Você sabe o que pode ou não fazer e conhece os limites de seus movimentos, coisa que nenhum dos outros similares me proporcionou.
É um jogo um tanto quanto linear? Sim. Os puzzles dificilmente demoram 2 minutos até serem finalmente entendidos e concluídos? Sim! Mas o progresso é contínuo e eu cheguei a um ponto que só queria saber até onde o enredo em levaria.
Será que haviam explicações sobre o que estava acontecendo? Será que o garoto me surpreenderia? Eu tinha que saber!
Enquanto isso eu andava e andava e andava por cenários vazios aqui e ali, vazia um puzzle simples, admirava a paisagem, corria de cães e nadava de monstros marinhos. Tava legal!

Inside nunca deixa muito claro nada. Nem mesmo onde é checkpoint. Eu estava perto de terminar? Bem, talvez.
No dia seguinte, que foi quando eu mais joguei, mais acordado pela manhã, meus amigos estavam me assistindo jogar. Um deles já tinha chegado bem perto do final e nem sabia.
O jogo então trouxe um personagem bem diferente à tona e jogabilidade inesperada. Eu estava surpreso com o que o jogo fazia de novo. Nunca tinha visto algo tão estranho.
Depois de mais umas seções curiosas, a aventura simplesmente chegou à um fim. Que estranho! Eu tentei interpretar o final de várias formas, mas não consegui imaginar nada, como se eu não tivesse saído do início do enredo, o que foi bem decepcionante.
O final de Inside me preveniu de o classificar como "Favorito" aqui no Alvanista, mesmo tendo gostado da experiência até então.

Resumindo: Inside é um bom jogo, e provavelmente o meu predileto desse gênero e em comparação com outros parecidos. Achei que fizeram um trabalho muito bacana, mas o final é estranho e inconclusivo, quase como se não houvessem terminado o jogo. Por outro lado, valeu a pena ter jogado até lá!
De bom: visuais bonitos e estilosos. Temática mais adulta. Não é um jogo bugado ou que te deixa cheio de incertezas sobre como interagir com o cenário e objetos. Jogabilidade funcional. Cenários bonitos.
De ruim: um tanto linear. Final sem graça. O jogo meio que não chega a lugar algum.
No geral, eu recomendo o jogo, sem dúvidas e espero que alguém curta o final mais do que eu. Por outro lado, apesar de momento apreensivos, não acho que Inside tenha alguma mensagem ou adicione algo a nossa vida além do video game. Bacana!

Esse jogo é excelente. Foi outro ue zerei também esse ano e foi uma das melhores experiências que já tive, foda demais. O cenário é super realista, o uso de luz e sombra nesse jogo é fenomenal. Os puzzles, os efeitos sonoros, a animação do personagem, tudo é muito bem amarrado. A história também é cheia de mistérios, sem diálogos nem nada, foda demais. Para entender melhor a trama do jogo, sugiro ouvir o podcast do Jogabilidade que fala desse jogo. Além da história, eles falam mais coisas técnicas que é top demais de ouvir.