Registro de finalizações: Panzer Paladin
Zerado dia 23/03/23
Há cerca de um ano eu mencionei aqui num post do jogo Aggelos como eu havia o conhecido numa propaganda no Facebook, ficado interessado e adorado o jogo, que inclusive entrou para o meu top 10 de terminados em 2022 entre 140 títulos.
Em outras épocas a mesma plataforma me apresentou alguns outros, como Dusk Diver e Panzer Paladin. Cara, PP me conquistou rapidamente com seu trailer e visuais 8-bits sensacionais. Na época eu acho que era um jogo indie exclusivo para PC e eu até tentei dar uma pirateada depois, mas nunca deu certo e parte do motivo de não o encontrar facilmente pela internet é porque por algum motivo ele nunca foi muito popular, que nem o Aggelos mesmo. Enfim, eu queria testar PP antes de o comprar e essa dificuldade acabou foi me afastando dele pois se fosse bom mesmo estaria por toda parte.
Eras depois desbloqueei meu Switch e vi o jogo na loja que os caras mantém. Nem sabia que havia sido lançado para a plataforma! Bizarramente de uns 100 jogos que já baixei por lá, apenas dois deram problema e esse foi um deles! Será que os caras tinham um método anti-pirataria dos brabos? Basicamente ele travava o download e quando baixava e tal dava erro quando tentava o iniciar. Estranho.
Um dia finalmente funcionou mas deixei para jogar depois, como muitos outros títulos incríveis que tenho no Switch. Esse dia chegou no que acredito ter sido o primeiro encontro do híbrido da Nintendo aqui de Brasília pós-pandemia. O pessoal desanimou tanto de socializar com a COVID-19 que só umas 10 ou 15 deram as caras e como sempre o que dominou foi o Mario Kart 8 Deluxe e o Super Smash Bros. Ultimate.
Como eu já cansei desses jogos e ninguém animou em mais nada, comecei a jogar umas coisas sozinho mesmo e cheguei a jogar duas fases de PP. Só voltei agora, dois meses depois...
Voltando hoje, adivinha só? O jogo não queria abrir! Depois de umas três tentativas foi, mas que realmente queria saber o que se passa com ele, hehe.
Inicialmente o que todos percebem é como esse jogo é bonito! Uau! Ele tem todo o estilo visual de outros de NES e GBC e bebe bastante da fórmula de sucesso de Shovel Knight, o que é um grande plus!
O começo da campanha é um tutorial de suas mecânicas básicas. É até simples mas meio diferente: você anda e ataca como em um Castlevania e o robô Grit se move até meio lento também.
Não há nada muito tecnológico como armas de fogo, lasers e todo o clichê Gundam, mas sim armas brancas como espadas, porretes, adagas, machados, kunais e o que você mais imaginar. A diferença entre elas é o alcance e o dano causado.
Essas armas se encaixam em diferentes tipos de ataques. Espadas são de corte, marretas são do tipo "blunt" e sais são do tipo de fincar. Todas tem o mesmo padrão de ataque, diferentemente dos Castlevanias estilo "metroidvania", mas aparentemente alguns inimigos tem fraquezas à tipos específicos.
Panzer Paladin se baseia fortemente no uso dessas armas e há constante troca delas já que são todas quebráveis e relativamente frágeis. Quando você está curtindo usar uma, ela se quebra e passa para a seguinte das quatro que você pode carregar por vez. E se ficar sem, vai no soco!
Porém os inimigos derrubam armas o bastante para inclusive não caberem no seu pequeno limite e são mandadas para um inventário, então tudo bem.
Algumas partes opcionais dos estágios ainda demandam que você as ataque com um tipo específico de arma para serem abertas, então talvez valha a pena se policiar sobre isso e trocar com L e R quando estiverem próximas de quebrar. Ou mesmo atirar para longe com o Y.
Os checkpoints também exigem que você sacrifique uma arma para serem ativados, e super vale a pena! Digo isso pois eles são distantes e houveram inclusive casos em que eu morri antes de alcançar o primeiro e tive que refazer grandes porções do estágio desde o início.
Mais tarde ainda (re)descobri que basta apertar start e selecionar entre todo o seu gigante inventário o que equipar ou tirar das mãos. Anteriormente eu estava achando que você dependia das quatro equipadas e das que achasse na fase e joguei a aventura quase toda assim, mas a coisa toda é bem livre. Chega até a ser fácil demais.
Com o seu robô ainda é possível atacar para baixo quando estiver no ar e quicar nos inimigos, mais uma vez como Shovel Knight. Porém no jogo do cavaleiro da pá esse comando é obrigatório para passar por diversos momentos enquanto aqui é apenas mais um tipo de ataque.
Há também um comando que você ataca para cima e sobe um pouco no ar, funcionando quase que como um segundo pulo. Esse sim é obrigatório para terminar o jogo, coletar várias armas e mesmo se salvar em casos de pulos mal calculados.
Outro comando super importante é o de sair do robô apertando select, bem ao estilo de Blaster Master ou Metal Warriors.
Há várias seções que o robô simplesmente não pode passar por espaços mais estreitos e sobra para a garota Flame fazer as coisas por si só. Ela é bem mais frágil, ataca com um chicote (que é até bem forte) e se pendura com ele em anéis nas paredes.
Ela também sai do robô caso você perca toda a vida e pode até jogar toda a fase sem ele, mesmo que isso dê muito mais trabalho. Me lembra um pouco a D.VA do Overwatch.
Cheguei a finalizar alguns chefes assim, só na base da chicotada.

A sensação de jogar PP é bem nostálgica apesar de ser um jogo tranquilo, ainda mais depois que você se acostuma. As vezes eu sentia até que era fácil demais!
Vale mencionar que apesar dos protagonistas terem esse estilo anime anos 80/90 de G-Force e Gundam, o restante do jogo é bem mais orgânico e diferente. O que eu estou dizendo é que esse não é um jogo de mechas nem sci-fi e essa estética se reserva apenas ao lado dos heróis, amigos e a base.
E falando em base, é lá que selecionamos quais estágios jogar estilo Mega Man (inclusive tem muitas referências a ele e definitivamente foi uma inspiração). No total são 11 delas, mas depois de abrem mais umas 6 estilo castelo do Dr. Wily. Você também pode retornar a elas depois de as terminar, mas não vi motivos para isso.
Ainda na base é possível acessar um menu de criação e compartilhamento de armas! Você monta os pixels como quiser, indica a posição do cabo onde o personagem segura, distribui pontos em seus atributos e pode a usar!
Acho que as armas criadas não aparecem jogadas nem são derrubadas por inimigos, mas houveram momentos que um chefe me atacou em alguns estágios e ao vencê-lo ele derrubava a espada que criei, que era até bem forte, mas também não durava muito.
Resumindo: Panzer Dragoon é um jogo simples, fácil durante a maior parte da aventura e divertido, além de ter visuais nostálgicos muito gostosos de se observar tanto no modo portátil quanto na tela grande. Eu diria que essa é uma alternativa muito interessante para quem curte Shovel Knight, pois muito da fórmula está aqui.
De bom: ótima pixel art. O Design de personagens é muito bacana, assim como as animações de tudo e as cinemáticas. Jogabilidade simples e funcional. Muita diversidade pelos quase 20 cenários que me custaram 3 horas! Sistema de criação e compartilhamento de armas que é mais legal ainda se você puder acessar a internet. Diversos níveis de dificuldade. Inclui outro modos como um de desafios e mais alguns post-game como um boss rush e um outro que as fases ficam meio diferentes e mais desafiadoras. Toda fase regenera suas vidas de volta às 3 e isso me fez nunca ver a tela de Game Over (quase aconteceu nas últimas).
De ruim: apesar de ser um jogo lindo, sinto que faltou um pouco de carisma ou alguma coisa. As fases poderiam ter segredos mais valiosos e motivos para re-jogar. Achei que o checkpoints poderiam ser um pouco mais piedosos. Não que precisemos de um a cada tela, mas senti que as vezes eles são distantes demais. Sistema de upgrade a custo de armas do inventário só aumenta um pouquinho de nada a vida e ainda são poucos e logo você não tem nada mais para melhorar. Achei que a aventura se alongou um pouco mais do que o necessário.
No geral, o jogo é bem bom e caprichadinho. Eu esperava que ele fosse incrível e marcante e uma experiência que me fizesse querer um poster, uma camiseta ou um action figure dele, mas acabou pendendo mais a ser morno. Divertido, mas nada impressionante. Ainda assim eu não posso deixar de recomendá-lo! Jogo maneiro!
Panzer Paladin
Platform:
Nintendo Switch
7
Players
1
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