A palavra “série” vem do latim series (que significa “cadeia, fila, conjunto em linha”), do verbo serere (“colocar junto, unir, atar”), sendo comumente usada para definir um conjunto ordenado de fatos, coisas, objetos análogos e, no caso de RPGs eletrônicos ou jogos no geral, para alguma sequência de títulos que possuem elementos em comum, como o nome, a empresa que os fez, algumas características definidoras, e exemplos não nos faltam, como as séries Final Fantasy, Mana, Breath of Fire, Tales of , entre outras.

Porém, dentro dessa infinidade de séries e franquias de RPGs disponíveis nas mais diversas plataformas e formatos, uma acaba sendo alvo de muita confusão, seja por seus títulos estarem dispostos em diferentes gerações, seja pelo próprio fandom da mesma estar dividido em nichos específicos ou até mesmo por muita desinformação a respeito da mesma estar espalhada pela internet afora. Me refiro à série Xeno, surgida no final dos anos 90 com Xenogears e estando na ativa até hoje, com o mais recente Xenoblade Chronicles 3 e que, até o exato momento da edição desse artigo, conta com 7 títulos principais, diversos spin offs, além de participações dos seus personagens nos mais diversos crossovers, seja o popular Super Smash Bros ou mesmo com o insano Project X Zone.
A série Xeno pode ser dividida em 3 arcos, cada um lançado por uma empresa diferente (Square Enix, Bandai Namco e Nintendo) e exclusivamente para consoles diferentes (PlayStation, PlayStation 2 e Wii/3DS/Nintendo Switch), isso além de mudanças gráficas e de gameplay, portanto fica difícil pensar que tudo isso faz parte do mesmo balaio de gato. Porém, antes de esmiuçarmos melhor os elementos em comum que todos os jogos possuem, que tal darmos uma olhada em cada um desses arcos, separadamente?
Xenogears - O idolatrado irmão mais velho

Ano de lançamento – 1997
Plataforma – PlayStation
Review do site – Uma Filosófica e Erudita Falta de Organização
Artigos diversos – 5 lições de vida de xenogears
Podcast – Em breve
Tetsuya Takahashi era um desenvolvedor de jogos que já havia participado de diversos trabalhos dentro da então Squaresoft e, aproveitando-se da liberdade criativa presente naquele final dos anos 90, onde o RPG eletrônico havia se tornado mainstream, conseguiu solidificar o seu primeiro projeto, intitulado de Xenogears. Misturando filosofia e psicologia com mechas (os famosos robôs gigantes), de forma bem similar à que a famosa animação da época, Neon Genesis Evangelion, fez, Xenogears foi extremamente bem recebido pelo público na época e, mesmo com seus problemas técnicos na sua segunda metade (justificados pelos produtores como “falta de tempo e de dinheiro”), foi elevado ao status de cult por inúmeros jogadores ao redor do globo e é, até os dias de hoje, um dos jogos mais famosos da série.

Porém, mesmo com suas boas vendas (em torno de 1 milhão de unidades vendidas), a Squaresoft não quis investir na ideia de Takahashi (que originalmente teria mais 5 jogos), levando seus produtores a saírem da empresa e criarem a Monolith Soft, cujo nome é uma referência ao monolito do filme 2001: Uma Odisseia no Espaço, e também a um elemento importante presente em Xenogears: o Zohar (que posteriormente iria se tornar recorrente em toda a série), na esperança de que, agora com mais liberdade, pudessem dar continuidade à sua série.
Xenosaga - O pouco conhecido irmão do meio

Ano de lançamento – 2002 (Episode I), 2004 (Episode II), 2006 (Episode III)
Plataforma – PlayStation 2
Reviews do site – A Vontade de Poder, Além do Bem e do Mal e Assim Falou Zaratustra
Artigos diversos – 5 lições de vida de Xenosaga
Podcast – Sem previsão, por hora
Após a criação da Monolith Soft, Tetsuya Takahashi e sua equipe (que incluía a sua esposa, Soraya Saga) encontraram abrigo na Namco, a famosa empresa criadora do Pacman e da série Tales of, e com isso ganharam o aval para darem continuidade às suas ideias. Como os direitos de Xenogears estavam com a Square (que a esse altura já havia se fundido com a Enix), eles não poderiam usar os personagens de lá, porém nada impedia que eles criassem versões idênticas só que com nomes diferentes, além de reutilizar conceitos e elementos, e assim surgiu Xenosaga. De cara o primeiro jogo, Xenosaga Episode I: Der Wille zur Macht (a Vontade de Poder, em alemão, já fazendo referência à filosofia de Nietzsche) veio em um DVD9 (o DVD dual-layer, de 8 GB de armazenamento, ao invés do tradicional de 4 GB), algo raro para um jogo de PlayStation 2 na época.

Xenosaga mostra uma ambientação mais Space Opera, focado em uma invasão alienígena protagonizada pela cientista Shion, a androide KOS-MOS, dentre vários outros companheiros com seus problemas pessoais, todos se unindo em um objetivo em comum. O primeiro jogo vendeu relativamente bem (em torno de 450 mil unidades), dando aval para a Monolith Soft criar sua continuação, Xenosaga Episode II: Jenseits von Gut und Böse. Porém novamente surgiram problemas para a equipe, o que resultou em jogo repleto de problemas técnicos, que acabou não vendendo tão bem assim (vendendo por volta de 250 mil unidades), o que resultou novamente uma mudança de planos, e o que era para ser uma sextalogia terminou como uma trilogia, com o terceiro, e último, jogo desse arco, o Xenosaga Episode III: Also sprach Zarathustra saindo pouco tempo depois, finalizando esse capítulo da série e deixando Takahashi e cia com uma moral bem abalada.
Xenoblade - O volúvel irmão mais novo

Ano de lançamento – 2010 (Xenoblade Chronicles), 2015 (Xenoblade Chronicles 3D), 2017 (Xenoblade Chronicles 2), 2020 (Xenoblade Chronicles Definitive Edition), 2022 (Xenoblade Chronicles 3)
Plataformas – Nintendo Wii, Nintendo New 3DS e Nintendo Switch
Reviews do site – As Crônicas de uma Obra-Prima, Nessa Curta Estrada da Vida
Artigos diversos – 5 lições de vida de Xenoblade Chronicles
Podcasts – Xenoblade Chronicles, RPGs que Amamos
Depois de Xenogears e Xenosaga serem considerados fracassos por suas respectivas empresas, estaria Takahashi equivocado e errado durante todos esses anos ao tentar conceber uma série de jogos para explorar suas ideias tão únicas e características no mundo dos role playing games eletrônicos? A situação não tava muito boa para a série, porém isso veio a mudar, quando a Monoltih Soft foi adquirida pela Nintendo, e baseando-se em um novo conceito do Takahashi (onde um mundo seria formado nas costas de dois titãs derrotados há muito tempo em um embate colossal), surgia Xenoblade Chronicles, saindo para o Nintendo Wii (e exclusivo das plataformas da Nintendo até hoje), porém desta vez sem grandes pretensões, tendo uma narrativa única, mais organizada, mas ainda mantendo os elementos filosóficos e de ficção científica tão característicos de outrora, resultando em uma das narrativas mais bem elogiadas dos RPGs japoneses até os dias de hoje.

Xenoblade Chronicles posteriormente ganhou uma versão para New 3DS, além de um spin off para WiiU, o Xenoblade Chronicles X… Porém a continuidade da série só iria aparecer anos depois, com o advento do novo console da empresa, o Nintendo Switch, e com isso surgiu Xenoblade Chronicles 2, que foi um sucesso absurdo de vendas (mais de 1 milhão e meio de unidades vendidas) e é, até o momento da redação desse artigo, o jogo mais rentável de toda a série. Porém essa rentabilidade teve um preço, e a pegada mais séria e filosófica praticamente sumiu e no lugar o título decidiu abraçar vários elementos comuns da cultura pop japonesa, além de uma mecânica bem comum de jogos para celular, o gacha (onde o jogador gasta itens – ou dinheiro real – para tentar conseguir certos personagens na sorte).
Com o sucesso de Xenoblade Chronicles 2, a moral da Monolith Soft aumentou bastante, chegando ao ponto de lançarem uma terceira versão do primeiro Xenoblade Chronicles, o Xenoblade Chronicles: Definitive Edition, para Nintendo Switch, que acabou se tornando a versão mais vendida do título. Contudo o destino da série, iniciado ainda na década de 90, ainda estava incerto… Será que voltariam a ter a pegada mais séria de outrora? Ou abraçariam de vez o doce sabor do produto mais agradável para o grande público? Não haveria, por acaso, uma maneira de agradar ambos os lados?

Assim surgiu Xenoblade Chronicles 3, o último título da série (até a redação desse artigo). Apesar de, claramente manter algumas escolhas artísticas mais agradáveis para um público maior, Xenoblade 3 também recuperou o lado filosófico e sério que a série possuía nos seus 5 primeiros jogos (trazendo uma temática um tanto existencialista), e acabou sendo extremamente bem recebido, mostrando que Tetsuya Takahashi ainda possui muita lenha para queimar, e que essa série ainda pode ter muito a nos oferecer no futuro.
Mas afinal, Xeno pode ser considerada uma série?
A resposta é: sim. Apesar dos seus jogos estarem espalhados em diferentes empresas (e todos os seus 3 arcos ainda limitados pela exclusividade), a série possui vários elementos em comum :
1 - Referências filosóficas, psicológicas e religiosas;
2 - O aspecto de ficção científica, como os robôs gigantes – os mechas – estando quase sempre presentes;
3 - Magia no geral denominada como Ether;
4 - A existência do Zohar – em Xenoblade chamado de Conduit e, por mais que sua funcionalidade varie entre os xenos, ele continua sendo um objeto de muito poder e que pode alterar a realidade em todas as suas aparições;
5 - Ideias e conceitos reaproveitados, como o espadachim veterano e misterioso (visto na figura de Citan e Jin Uzuki), a androide com dupla personalidade (através de KOS-MOS e Fiora), manifestações de uma entidade superior (através da Wave of Existence e do U-DO), designs similares (como os Consuls que lembram bastante o Grahf) e até mesmo referências diretas (como Noah, que é o nome inicial do projeto que veio a se tornar Xenogears);
6 - Suas narrativas, por mais que não sejam diretamente relacionadas (com exceção dos Xenoblades) podem ser concatenadas em uma linha do tempo bem lógica (com os Xenoblades vindo primeiro, Xenosaga em segundo e Xenogears em terceiro);
7 - E também todos os jogos foram idealizados e criados por Tetsuya Takahashi e sua companhia
O prefixo “Xeno” no nome de algum RPG japonês acabou se tornando um sinônimo dessas características (mesmo Xenoblade Chronicles 2, sendo uma bola fora da curva, possui boa parte deles), portanto acaba se encaixando perfeitamente no conceito de série anteriormente comentado, mesmo que o lançamento do seus arcos não sejam muito bem organizados.
Enxergar Xenogears, Xenosaga e Xenoblade como 3 partes de um mesmo todo é importante para não só vermos como ideias e conceitos podem se modificar e alterar com o passar dos anos (mas que nem por isso deixam de perder sua essência), como também revela o etnorme potencial que série possui. Para àqueles que têm a possibilidade de conferir os jogos mais antigos (Xenogears e Xenosaga), tal como os mais recentes (os Xenoblades) vale muito a pena jogar cada um desses arcos, ao invés de ficar preso na bolha de um deles, e ignorar totalmente a existência dos outros (que é como comumente os fãs de Xenoblade – que costumam ser Nintendistas – fazem). 
No decorrer da história dos RPGs eletrônicos certamente tivemos várias séries incríveis disponíveis, porém vai ser difícil encontrar uma como essa que, apesar dos seus problemas de produção, mudança constante de empresas, eventualidades com o número 2 (CD2 de Xenogears, Xenosaga EP 2, Xenoblade 2), conseguiu se manter firme em seu meio século de existência, nos encantando com seus personagens, suas tramas exóticas e seu misterioso prefixo, que simboliza não apenas os trabalhos de uma única pessoa, como também toda essa grande, e um tanto conturbada, família.
Grata surpresa esse cast de Pokemon Emerald, onde achei que somente ouviriamos esse cast somente no ano que vem.
Comecei a jogar esse game desde o começo de 2022, pois já imaginava que esse seria o ultimo podcast do ano. Eu comecei com o Mudkip, que não sabia que era o melhor inicial, onde a grande maioria escolhe o Torchic por causa do Blaziken e seu visual de "digimon" massaveio. Na minha equipe de pokémons, preferi os mais casca grossa como Agrron, Hariyama, Sharkado (que é o novo Raticate, onde seus golpes "Crunch" além de aplicar um dano generoso nos adversários, causava Flinch em 90% das vezes) Heracross e um Pinsir, onde suei na safari zone para pegar esses.
Assim como foi mencionado no cast, também fiquei incomodado em não haver mais o sistema do Dia/Noite no jogo, onde no game anterior, era um tempero a mais para capturar os monstrinhos como era no Crystal, ainda bem que no Platium onde estou jogando para o programa do ano que vem, esse sistema voltou por lá e que fique de vez. Também acho um erro não terem aproveitado o Steven para ser o campeão da liga pokémon, seria a escolha melhor do que o Wallace, que acho um personagem Meh. E infelizmente não tem mais os tipos de pokebolas que tinha no Crystal como a Heavy Ball e a Love Ball. Sei que a cada versão tem varios tipos, mas o legal era ir no senhorzinho e pedir para ele fazer mais pokebolas, sei que é bobagem, mas senti falta disso aqui.
Dos lendários, somente queria o Groundon e o Kaioga, só peguei o Rayquaza por mero capricho e é um trampo desgraçado para prende-lo numa pokebola, tive de gastar quase 40 Ultra Balls para capturar ele e quando soube do Latias e Latios, deu preguiça e nem fui atrás e ainda tem o Jirachi e o Deoxys, talvez no fim do ano eu pense em procura-los.
Feliz ano a todos os membros do Grindingcast, espero que dê tempo de eu terminar Mother/Earthbound 3 ou o Golden Sun antes de lançar o podcast desses.
ee, mais um bom podcast, apesar das referencias a anime merda de loli dragao e de otaku punheteiro. SO achei que ficou faltando falar mais dos pokemon em si, nao todos, obvio, mas de alguns mais relevantes, pra ver se eles tao balanceados e tem umas skills uteis, coisa que nunca vi em nenhum outro podcast de pokemon, alias. Tem muitos pokemon inuteis ou pesos mortos, como os pikaclones plusle e minum, masquerain, as borboletas, o que meio que restringe voce a jogar com uns pokemon especificos.
Outra coisa que devia ser falada é sobre a AI e os times dos treinadores, que são uma merda. Lider de ginasio com menos de 6 pokemon, o que te deixa em vantagem numerica, treinador nao troca de pokemon em batalha de forma estrategica, como se faz no competitivo, pokemons dos treinadores sem itens (no maximo no maximo uma sitrus berry, que é nada, e so no ace do time), pokemon usando rock slide em pokemon de planta ao inves de ember. Tudo isso pra mim estraga muito a diversao..
Foi aí que percebi que a serie pokemon é extremamente mediocre e o barato dela são so os visuais dos bichos e a premissa de tu entrar numa competição, mas sem muito desafio real.
Guardo certo carinho por essa geração, não foi o primeiro pokemon que joguei, mas foi o primeiro que zerei.
E foi numa época tensa da minha vida, fazia tiro de guerra de manhã, estudava e trabalhava. Vivia desmotivado pra tudo. Mas nessa época conheci o pokemon tcg e o primeiro deck que usei, emprestado, era do Blaziken. Mais ou menos no fim do ano, um amigo me emprestou seu GBA SP e com ele o cartucho do Emerald, joguei muito no quartel e fazia grinding enquanto ficava de vigia. Isso, associado com eu usar todo item de aumento de habilidade no Blaziken , tornou ele uma massa de músculos. E cheguei a varrer a elite dos quatro apenas com o Blaziken Kenshiro.
Quanto ao competitivo, vai do que falaram no cast, não existiam 2 gbas, então eu ignorei completamente. Jogo da maneira mais casual possível pokémon e pra mim tá ótimo.
Recentemente comecei a jogar a primeira geração por causa de como falaram bem das relações dos npcs no cast e agora estou tentado a jogar também a segunda 😅