(Faz um tempo que...)
Call of Juarez: The Cartel finalizado e platinado!

17ª Platina
Após um longo tempo, terminar o jogo 3 vezes, jogar uma rodada no estranho multiplayer competitivo, e organizar boost pro modo cooperativo online, finalmente veio o último troféu.

Em algum lugar entre sequência e spin-off da série Call of Juarez, esse jogo tenta ser um western moderno misturado com filmes policiais do tipo que seu pai alugaria na época das locadoras por ter um cara com arma na capa. Mas o que entrega é um jogo sem refino, cheio de ideias novas que não se concretizam. Não é muito velho-oeste, nem filme policial, e fica só com o tiroteio simples que diverte, mas com a proposta falhada de ser um jogo pra 3 pessoas online.

Temos 3 personagens jogáveis, 1 a mais que de costume na série. Um policial latino da agência antidrogas dos EUA, especialista em submetralhadoras e com histórico de desvios. Uma agente do FBI especializada em rifles, e com um irmão envolvido em gangues. E o mascote do jogo, um detetive raivoso que é também veterano na guerra do Vietnã e caubói especialista em revolveres, pistolas e metralhadoras pesadas. Os 3 estão presentes nas fases, com cada jogador online controlando um deles, ou local com IA do jogo. Eles são escolhidos como força tarefa secreta contra um cartel de drogas mexicano acusado de fazer um atentado à bomba em Los Angeles, mas o desenrolar da história avança sobre conspirações de políticos e a possibilidade de uma invasão estadunidense no México.

Os gráficos são simples, com cenários bem feitos, mas com bonecões de massinha datados e expressões exageradas. A movimentação é escorregadia, um pouco difícil de mirar, mas que depois de acostumar fica dentro do padrão de outros jogos de tiro mais famosos, e sem o sistema de cobertura esquisito de Call of Juarez: Bound in Blood. Os inimigos, são uma gangue de latinos genéricos não muito espertos, mas que te matam bem rápido se te pegam em campo aberto. E a música não é ruim, mas parece muito ser o mesmo rock spaghetti dos outros jogos.
Durante as missões existem algumas ações pra prestigiar a mistura policial-western, com situações em que somos orientados a avançar conforme aliados dão fogo de cobertura, e invasão de portas em câmera lenta para alvejar os inimigos. Como nos outros jogos, existe uma barra de concentração que, quando cheia e ativada, o jogo entra em câmera lenta e ganhamos precisão e velocidade nos tiros.

O jogo possui um estranho sistema de níveis que libera novas armas, em que ganhamos experiência conforme se atinge objetivos extras durante as fases, onde se deve coletar itens ou fazer uma interação especial em segredo dos outros 2 policiais, enquanto tenta flagrar seus parceiros fazendo a mesma coisa.
A maior falha do jogo é relacionada à tentativa de fazer um jogo cooperativo online. O que era uma falta e possibilidade interessante em Bound in Blood com 2 protagonistas, aqui é um excesso. A dificuldade parece feita pra se depender dos outros jogadores dando assistência, mas eles só podem entrar antes de cada fase, nunca durante, e em muitos casos o jogo online fica lento e cheio de bugs e impossível de avançar. Quando jogado solo, os aliados pouco ajudam, não pegam armas diferentes das pistolas iniciais e não usam de suas habilidades especiais, o que salva é que pelo menos são imortais e não te seguram em avançar de modo independente.

Apesar de tudo, pesados os problemas, assim como quem vê filme policial na tv aberta em noite de domingo, ele entretém quem quer o velho tiroteio que descansa o cérebro. E claro, como todo jogo, tem mensagem política, sobre equilíbrio de moralidade cinzenta e sobre hipocrisia, racismo e xenofobia dos EUA e como fronteiras, leis e soberania não valem nada quando os interesses do mesmo estão em jogo. O jogo possui 4 finais, 3 individuais e um coletivo, o final "verdadeiro", mas todos os 4 com cara de Bad End.

Não foi uma platina muito difícil, mas demorada, e dependente da boa vontade de outros 2 jogadores. Precisando terminar uma vez com cada personagem, sendo uma vez no Hard, além de algumas tarefas no cooperativo, e ironicamente jogar uma rodada inteira no competitivo online que pode ser feito sozinho.

Com essa platina conquistei no myPSt a Badge MC - Lenda: Gabe Newell, por platinar um jogo de tiro no dia do aniversário dele.
Ainda online?? Achei que tinha morrido junto com os outros servidores da ubisoft que fecharam