Registro de finalizações: Dark Souls 2 - Scholar of the First Sin
Zerado dia 13/11/22
Olha aí que jogo bacana de se tirar do backlog: Dark Souls 2: Scholar of the First Sin! Isso é muito importante para mim pois a ideia era terminar todos os jogos Soulslike da FromSoftware jogando um por ano. E assim foi o primeiro Dark Souls em 2019, que eu simplesmente adorei, Demon's Souls (PS3) em 2020 e... Eu me esqueci de ir para o próximo ano passado! Fazendo os cálculos aqui, o que deveria ser 1 ano de intervalo entre cada um deles acabou sem querer se tornando 2 anos e meio, já que joguei o anterior no início daquele ano.
Basicamente era para eu estar zerando Bloodborne agora e me preparando para Dark Souls 3 ano que vem, mas tudo bem. O Bloodborne mesmo eu nem tenho (apenas na PS Plus). Também fico muito feliz pelo fato de que esses jogos da FromSoft até então tem sido muito bons! O pessoal fala da dificuldade e tal, mas acabam sendo na verdade jogos com algum desafio, coisa rara hoje em dia, e muito recompensadores a cada avançada que damos, como nos jogos antigos. Fora que são títulos muito caprichados!
O problema atualmente é mais a questão do tempo. Mesmo gostando demais desses jogos, quando o tempo chega nas 20 horas já aconteceu tanta coisa que eu começo a cansar. E só de saber que a campanha dura umas 40, fica difícil animar com o tempo tão corrido da vida adulta. Eu mesmo não faço ideia de como vou encarar Persona 5 Royal, jogo de 100 horas!
Além de tudo isso, quando acabei DS2 eu já imaginei que teria que dar um tempo mesmo da franquia, aquele um ano. Acho que fiquei completamente vidrado nesse jogo por uma semana (que pareceu bem mais) e eu não consigo imaginar como alguém já tem o ânimo de ir para um New Game+ ou para o próximo da série. É muita informação para absorver e são campanhas longas! Um amigo meu gosta tanta desse jogo que já o terminou 5 ou 6 vezes. Carácoles!
O mais curioso é que eu tenho uma história com DS2. Na verdade eu o joguei no lançamento lá em 2013 no meu antigo Xbox 360. Vazou o jogo na internet, gravei no disco e joguei.
Nessa época eu estava, na verdade, dando uma segunda chance para a franquia Souls. Inclusive foi bem quando comecei a usar a Alvanista!
Lembro que o hype sobre DS2 era gigante e todos os sites só falavam dele. Era tão bom assim? Quer dizer, eu tentei jogar o primeiro naquele mesmo Xbox 360 pela fama da dificuldade, mas não entendi muito bem como funcionava e depois de muitas tentativas frustradas contra o Taurus Demon, voltando para a fogueira e depois andando um tempo e matando os zumbis mil e uma vezes, eu tinha deixado de lado.
Na minha primeira jogatina do 2, eu explorei o início, morri um bocado para uns bichos opcionais achando que eram inimigos comuns e acho que cheguei na primeira cidade, Majula, mas realmente não estava animado. Deixei de lado também.
Os anos passaram, a franquia lançou mais vários títulos e a curiosidade continuava me comendo. Como eu queria saber jogar isso! Cheguei a pesquisar e pedir opiniões (inclusive aqui) para tentar entender as coisas e entrar de cabeça mas foi somente jogando outras coisas que eu finalmente ganhei a confiança necessária: Monster Hunter 4 Ultimate e Zelda: Breath of the Wild!
O primeiro Dark Souls acabou sendo bem fácil no final das contas e Demon Souls me deu uns trabalhinhos aqui e ali. Eu já tinha comprado DS2 para o Playstation 3 mas um amigo me convenceu a pegar a versão de PS4. Fiz isso porque o cara manja desses jogos, a versão atualizada rodava a lindos 60fps (contra 30 no PS3) e eu gosto do ambiente do console que todo mundo tem pois todos estão sempre reunidos online. Também foi quase de graça na Ps Store.
Fui de cabeça então. Já tinha noção de que muita gente torce o nariz para esse jogo e queria saber o porquê. Seria apenas pelo fato de não ter a mente brilhante por trás da série em sua criação?
Comecei fazendo um personagem zoado como sempre. No primeiro DS eu nem lembro quem era, mas no Demon Souls eu criei o Liquid Snake como protagonista. Dessa vez eu criei algo bem mais específico, o Eustass Kid do One Piece (mangá que mucho me gusta) pelo simples fato de que ele tem cabelos vermelhos e lábios pretos, o que ficaria chamativo no meu personagem. Ah, sua classe foi a de Cavaleiro, especialista em atacar com as duas mãos usando armas grandes.
E, caramba, como eu demorei para pegar o jeito desse jogo! Tive que usar o índice de um detonado para ter noção de onde ir (tipo qual era a próxima área) pois são muitas possibilidades no início. O jogo anterior também tinha disso, mas aqui eu realmente me sentia jogando Zelda: Twilight Princess com um mapa aberto e cheio de áreas disponíveis, com poucas barreiras. Mas logo me deu preguiça também daquele índice de detonado e fui na louca também.
DS2 foi nas primeiras horas bem mais difícil do que seus antecessores. Eu apanhei muuuuito. Morri diversas vezes e comecei a entender a fama da série em quesito dificuldade.
O maior problema é que a antiga rolagem na hora certa, que antes evitava dano, agora não evita quase nada! Dependendo dos golpes inimigos você tem que rola de forma que seus movimentos passem longe de você, seja para o lado ou para trás. Os hitboxes também são tensos e os caras batem há uma boa distância mas você ainda toma o dano.
Senti que a fama de jogo difícil subiu à cabeça dos desenvolvedores e eles exageraram de sacanagem, mas poxa, antes era desafiador, porém justo, agora tava um exercício de paciência. Não vou mentir que também cometi o erro de aceitar um pacto no início que deixava os inimigos mais difíceis e quando descobri essa função dele, felizmente consegui sair e deixar a dificuldade normal umas horinhas depois.
Outras coisas que também não ajudam em nada é que as poções não curam mais instantaneamente, mas sim vão enchendo a sua barra de vida em alguns segundos. Ainda tive a impressão de que a animação de se curar dura mais tempos.
Acha que acabou? Toda vez que você morre o seu HP máximo diminui um pouco e logo não sobra quase nada! Você pode reverter todo o processo usando um item e depois que eu me fortaleci isso não foi mais problema, mas, cara, essas primeiras horas não foram nada fáceis.
Já do lado que te ajuda, temos cenários bem mais claros do que nunca. Inclusive DS2 parece ter uma temática quase que tribal, com cenários mais naturais e verdes e muito pôr-do-sol (mas também tem cenários escuros).
Outra coisa é que conforme você mata os inimigos, eles começam a desaparecer. Imagine que você está numa parte morrendo para um chefe sem parar e no caminho sempre tem que ficar matando uns Zés. Depois de fazer isso algumas vezes esses inimigos não reaparecem mais e os mapas vão ficando vazios e de deixam ir direto ao ponto. Isso eu curti bastante (inclusive é um meio do jogo limitar o seu ganho de almas também).
Agora se tem uma coisa que nem facilita nem dificulta mas irrita é o sistema de level up. Anteriormente você podia pagar almas em qualquer fogueira e se fortalecer, mas agora há um NPC só para isso na cidade inicial. Isso quer dizer que agora você tem que ficar voltando lá a todo momento para fazer isso. Uma forma do jogo te fazer... Ver telas de loading?!
Pelo menos as fogueiras agora te teleportam entre elas desde o início da campanha.
Irritante também é a necessidade de DS2 incluir pessoas petrificadas bloqueando passagens em diversos lugares por toda a campanha. Para livrar essas pessoas e acessar suas passagens, muitas vezes obrigatórias, você precisa de um item relativamente raro e isso muitas vezes vai impedir seu progresso e até me fez procurar na internet onde encontrar mais desses itens. E quando você até tem, encontra uma estátua, usa nela, acessa o lugar e encontra apenas um baú com algo tosco? É tenso ter que administrar isso e ainda poder desperdiçar com coisas assim!
Com o passar do tempo eu fui ficando bem forte, e é aqui que esses jogos começam a brilhar para mim. O medo da morte se esvai e você só quer explorar e detonar a todos, incluindo os chefes (e continua morrendo em buracos e afins). O fato de DS2 tem muitas emboscadas com muitos inimigos de uma vez também não te permite ter tanta confiança.
Mais cenários foram se abrindo e gostei bastante da temática de muitos deles. Senti muito a sensação da infância/adolescência de explorar lugares mais tribais/alienígenas de jogos como Shadow Man e afins daquela época. Eu realmente gosto como o jogo deixou um pouco aquela coisa medieval britânica de lado e se aventurou por algo mais rústico em diversas partes.
Pois é, eu fiquei completamente viciando no jogo! Devia estar estudando ou saindo de casa, mas sempre tem aquele sentimento de "vou só matar esse chefe", "deixa eu pegar minhas almas de volta" ou "espera aí, agora eu posso voltar naquela portinha esquecida no meio do nada e ver o que tinha lá". Ainda assim eu cheguei ao ponto de começar a achar que o jogo poderia acabar logo pois mais e mais áreas vinham com mais e mais chefes. Alongoooooooooooooooooooou até não poder mais. Mas ainda terminei com uma boa sensação de dever cumprido e sem enjoar. Na verdade já até bateu a saudade.
Resumindo: Dark Souls 2: Scholar of the First Sin é um baita jogo bom e possivelmente um dos 10 melhores do ano. Eu esperava uma experiência ruim em relação ao seu antecessor, mas me surpreendi muito ao evoluir meu personagem, ficar forte para matar os chefões, explorar seus mapas e sempre ir além. É muito legal ver como os níveis que subimos fazem diferença e o desafio está sempre incluso mesmo assim. Ainda prefiro o primeiro, que tem um level design melhor e uma atmosfera estupenda, mas DS2 tem sim seus méritos. No final das contas foi uma experiência de 36 horas (e nível 157) divertida pra caramba, muito embora não seja necessariamente perfeita. Tenha em mente também que eu não conheci quase nada do DS2 original.
De bom: divertido e desafiante na medida certa. Sempre legal explorar e se fortalecer e ver como os inimigos vão ficando fracos. Gostei de como os inimigos param de dar respawn depois de tanto matá-los. Fogueiras permitem teletransporte desde o início. Legal também ver a sua cidade sendo povoada com os NPCs que conhecemos na aventura. Jogo em Pt-Br. Bastante conteúdo e o seu save pode ser continuado da última fogueira e ir atrás do que tiver faltado ao invés de se transformar em New Game+ (isso no primeiro DS fez com que eu não jogasse a DLC pois o jogo voltou para o início). Gosto das referência ao jogo anterior.
De ruim: hitboxes zoados. O jogo tem um número grande de invasões de bots vermelhos e difíceis que simulam invasões de jogadores reais. Achei que algumas partes do jogo não adicionavam muito à experiência e só o alongaram artificialmente. A mecânica de seu HP ficar menor enche o saco nas primeiras horas. Ter que voltar para Majula a cada level up é irritante. Odeio que muitas vezes você tem que enfrentar grupos grande de inimigos. Poções curam sua vida gradualmente. Muitas passagens bloqueadas por pessoas petrificadas exigem que você encontre itens para acessá-las.
No geral, gostei muito da experiência e o povo fala tão bem de Bloodborne e até o consideram o melhor do PS4 que até me deixa curioso, mas vou ter que recarregar a bateria dos Soulslike por um tempo. A quem conhecer o jogo e tiver curiosidade, os chefes que mais me deram trabalho foram: Smelter Demon, Looking Glass Knight e Pursuer (morri algumas vezes para eles até pegar o jeito enquanto os outros geralmente matava na primeira tentativa). Vi que ainda haviam mais chefes opcionais e da DLC que não enfrentei. Sobre Dark Souls 2, jogão!
Dark Souls II: Scholar of the First Sin
Platform:
Playstation 4
524
Players
238
Check-ins
Mais um pra turma que curtiu ds2 e não entende o porquê de tanto hate
Eu também estou nossa onda de Dark Souls em sequência e só joguei o primeiro e o Demon. Esse 2 aí eu devo jogar muito em breve. Vou ver se compro ele nessa promoção de final de ano da Steam.