• anduzerandu Anderson Alves
    2022-09-30 14:02:12 -0300 Thumb picture

    Registro de finalizações: Wargroove

    Zerado dia 30/09/22

    Olha, que legal: eu terminei a campanha principal de Wargroove! Isso é interessante pois não sou muito fã desses jogos táticos depois de anos traumáticos tentando jogar Final Fantasy Tactics e afins (mas tenho tentado pegar o gosto mesmo assim). Além disso, terminei altos afazeres brabos da faculdade e posso seguir para as próximas metas/obrigações da vida adulta, então é quase que como um fim ou uma transição de fases.

    Junte o seguinte nesse combo: Wargroove era o último jogo título trabalhoso do meu Switch, o último que eu sabia que arrastaria por um bom tempo e até me preocupava. Ele e o Evoland 2 que terminei há uns dias. Percebi ainda que já estou chegando ao centésimo jogo zerado do ano e a grande maioria é mesmo do Switch. Bizarro! Enfim, o desbloqueio vem em breve!

    A minha luta com jogos táticos vem desde que os conheci emulando Game Boy Advance na infância. Eu estava amando conhecer a plataforma (de forma atrasada) que tanto queria possuir e saía baixando os seus jogos mais populares nos sites de roms. Isso lá pra 2005 ou 2006.

    Conheci e zerei muita coisa nesse tempo, tudo durante meu estágio de dois anos como menor aprendiz em que eu não fazia muita coisa. Assim se foram clássicos como os Metroids e Minish Cap, por exemplo. Nesse tempo eu não fazia muita questão de terminar o que começava, então jogava enquanto o jogo me prendia, senão simplesmente largava para lá e talvez voltasse um dia (como qualquer pessoa normal faz).

    Vários desses jogos eu só terminaria muitos e muitos anos depois, como Mario Pinball, Superstar Saga, Golden Sun. Outros eu não fiz questão, como os Rave Master e Simpsons estilo Crazy Taxi da vida.

    Mas haviam jogos que eu simplesmente não conseguia entender a fama (alguns até cheguei bem longe), como Advance Wars, Fire Emblem: The Sacred Stones e Final Fantasy Tactics Advance, todos do gênero tático.

    Pulando anos para frente, eu resolvi tentar jogar esse tipo de coisa, sobretudo depois de ter gostado muito de jogos mais modernos como Mario & Rabbids: Kingdom Battle, ter aguentado Shadowrun Returns até o fim e meu contínuo interesse por XCOM.

    Lá pra 2013 ou 2014 eu terminei Fire Emblem: Awakening e achei o jogo ok. Muita gente achava legal o lance da dificuldade alta e refazer as missões inúmeras vezes para garantir que um personagem não morresse (pois com permadeath ativado ele nunca mais volta à campanha). Para mim isso sempre soou como puro masoquismo, como tentar zerar um Super Mario sem pegar moedas e refazer uma fase toda caso acontecesse.

    Porém no caso do Mario os estágios são curtos enquanto no FE eles demoram cerca de 1 hora. Ouch.

    Ano passado me arrisquei no mundo do Advance Wars depois do anúncio do remake. Achei interessante não só a volta do jogo como o fato de ser um remake e não uma continuação. Era bom assim? Bom, no final das contas achei ok, mas não era mesmo pra mim. Depois ainda terminei Fire Emblem Fates e...É, Intelligent Systems realmente só faz jogos que vão contra o meu gosto (salvo alguns Paper Marios).

    Wargroove, por sua vez, era um indie que prometia trazer essa onda de tactics da época de volta. E aparentemente deu certo pois as pessoas amam esse jogo e eu vejo a comunidade o recomendando até hoje.

    Sempre mantive o pé atrás e demorei para o adquirir justamente pelo seu gênero, mas resolvi dar uma chance quando o vi bem baratinho pois eu sabia que ele era um dos principais indies na plataforma, sabe? Além disso a comunidade da Nintendo atualmente é mais casual do que nunca e se essa galera gosta e termina, eu conseguiria também.

    Quando você abre o jogo há uma cinemática em anime muito bacana. Não que seja a coisa mais original do mundo ter aquele anime como abertura, mas é bem gostoso de ver e impossível de pular a primeira vez de tão legal.

    Outra surpresa foi ver que Wargroove está em português brasileiro! E muito bem traduzido. Os personagens até tem algumas vozes em falas curtas ali e aqui na hora de atacar ou se expressar nos diálogos e essas não foram dubladas, mas não fazem diferença.

    Mexi nos menus e há bastante coisa pra se ver e fazer, inclusive uma outra campanha chamada Double Trouble que aparentemente fora adicionada depois e é independente da aventura principal do jogo básico e pode ser jogada em cooperação em até dois jogadores. Massa demais!

    Também vi que há a opção de criar missões e campanhas, disponibilizá-las ou baixá-las online. Super Mario Maker 2 demorou para incluir isso!

    A protagonista é a Mércia, uma guerreira humana que até então achei que fosse um cara tipo o Marth do Fire Emblem.

    As primeiras aventuras são muito estilo Advance Wars mesmo: você anda pelos mapas, conquista aldeias que geram mais dinheiro, produz mais unidades para o seu exército, lida com a estratégia de que certas unidades tem vantagens contra outras e é isso. Se a Mércia morrer, é Game Over.

    Temi um pouco a dificuldade mas consegui chegar na metade da campanha numa boa. Foi justamente aí que a dificuldade subiu a beça! Do nada as fases começam com o time adversário cheio de guerreiros à sua porta, com muito dinheiro e você sem quase nada, três unidades básicas e tendo que sobreviver e fazer dinheiro, tomar áreas dos outros e...Ops, você perdeu.

    A partir daí eu tive que baixar a dificuldade. São vários níveis e o padrão é o Difícil (mas há outros dois acima dele). Mudei para o normal.

    O jogo é muito belo, meu deus! Tem mesmo aquela vibe meio GBA e tal, com animações muito caprichadas, cores super vivas, tudo muito fluído e interessante, inclusive o simples enredo. Eu acabava nem pulando as cenas de combate só para ver aquilo acontecer enquanto torcia para as minhas unidades aguentarem o tranco.

    E falando nisso, outra coisa que veio de Advance Wars é que cada unidade representa um certo número de indivíduos de 1 a 10. Esse número representa tanto a força quanto a vida daquela trupe então se um guerreiro 10 atacar um 2, ele mata numa boa. Já se fosse o contrário, o 2 no máximo tiraria 1 da vida do adversário e morreria no contra-ataque.

    Também gostei de como a campanha varia com missões e objetivos diferentes, mapas com temáticas que se diferem (coisa que achei que AW deixou a desejar com aqueles mapas sempre verdes) e exércitos diferentes, quase que como num Starcraft da vida. Você ainda vai jogar com esses outros exércitos durante a aventura e conhecer cada capitão e suas habilidades especiais.

    Apesar de todo o lance Advance Wars, há bastante de Fire Emblem também a começar pela temática medieval com dragões e tal. Fora isso, muito do combate é feito a curta ou média distância pois há ainda muita espada, lança e afins no meio. O AW chegava há um ponto que qualquer lugar no mapa parecia ser alcançável por algum lança-mísseis ou avião e era muito difícil lidar com isso.

    O jogo estava legal, mas a dificuldade realmente fica tensa e o fato de que quando eu vencia uma fase eu tinha perdido cerca de 1 hora da minha vida me desmotivou muito a ficar tentando e re-tentando quando fracassava. Infelizmente grande parte da graças desses jogos táticos é justamente isso. Mas eu gosto mais do lance do Into the Breach de mapa menor e absolutamente cada movimento tem importância tanto pra mim quanto para o inimigo. É o mesmo motivo de que Monster Hunter é mais bem-sucedido que Gods Eater ou Dark Souls é superior de diversas formas em relação a seus clones ou hack 'n' slashes: cada comando importa!

    Bom, pelo menos aqui você não passa metade da partida só andando e atacando qualquer um que aparecer como nos FE que joguei, mas chega a ser tenso e eu baixei o nível mais e mais. É um grande dilema pra mim jogar títulos assim juntando a diversão e desafio com a continuidade e infelizmente Wargroove trata os níveis de dificuldade assim: neste nível você toma 100% do dano, neste 80%, neste 70% e neste 30%...

    Resumindo: Embora eu não seja muito fã do gênero Tactics clássico, Wargroove foi definitivamente o melhor e mais interessante que já joguei e duvido bastante que as minhas experiências com mais títulos desse gênero no GBA serão superiores. Com mais tempo, gosto e paciência eu teria aproveitado melhor a sua alta dificuldade, mas também estou ansioso pelo desbloqueio do Switch, então complica.

    De bom: lindos visuais e animações. Boa trilha sonora. Boa campanha, incluindo bom enredo, campos de batalha diversificados e diferentes exércitos e missões. Replay muito bom com diversos modos de jogo, incluindo campanhas criadas pela comunidade. Jogo em Pt-BR. Jogabilidade simples permite inclusive jogar com apenas um joycon. Diversos níveis de dificuldade permitem que qualquer um o termine sem ter que dedicar 100 horas da vida repetindo missões e estudando o jogo. Junta o melhor de Advance Wars com o melhor de Fire Emblem. Há estratégia de verdade envolvida (o que também pode ser desinteressante para quem quer algo mais simples).

    De ruim: acho que o gênero em si é meio problemático, incluindo a dificuldade padrão que garante ou satisfação ao vencer ou frustração ao perder. Missões bem longas. Muitas regras para aprender e unidades para conhecer.

    No geral, gostei da experiência e espero que The Sacred Stone, que jogarei um dia, seja algo próximo disso. Mega recomendo para quem gosta de Tactics!

    Wargroove

    Platform: Nintendo Switch
    27 Players

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      bobramber · about 1 year ago · 2 pontos

      Não sei se já jogou, mas meu preferido nesse gênero é o Tactics Ogre. Acredito que vá te agradar, pois coincidentemente já joguei Advance Wars, Fire Emblem: The Sacred Stones e Final Fantasy Tactics e Advance, mas não finalizei nenhum deles, não me descem.
      Nunca joguei Mario & Rabbids: Kingdom Battle, mas achei tranquilo de finalizar e gostei dos novos Shadowrun e XCOM1.
      O Ogre é original de SNES japa, joguei a versão de PS1. Mas tem um remake de PSP lançado em 2010 e agora em novembro deve sair um remaster dessa última versão para várias plataformas atuais.

      2 replies
  • anduzerandu Anderson Alves
    2019-11-01 02:33:17 -0200 Thumb picture

    Registro de finalizações: Pocket Rumble

    Zerado dia 01/11/19

    Mais um dos jogos da época do lançamento do Nintendo Switch e uma variedade pequena de opções interessantes no console. Lembro que eu e um colega de trabalho ficávamos atentos às notícias da plataforma o tempo inteiro e sabíamos de cada jogo que sairia, inclusive quando sairia, preços e tal. Eu mesmo visitava muito o gonintendo.com, entre outros sites, incluindo alguns brasileiros.

    Quando vimos Pocket Rumble pela primeira vez, ambos ficamos interessados. Pro meu amigo, era um jogo bonito e interessante de luta, gênero pouco popular no console até então. Pra mim, um mix de nostalgia do meu amado Game Boy Color com o que poderia ser a jogabilidade de um Pocket Fight (PS1) ou quem sabe um The King of Fighters!

    Quando PR finalmente foi lançado, o hype já havia meio que passado e o jogo estava sendo ofuscado por outras coisas. Além disso, lembro que seu preço de lançamento não foi nada convidativo.

    Eras depois, recentemente, o jogo apareceu numa promoção bem mais em conta e eu resolvi arriscar já pensando em ter mais opções pra jogar multiplayer, e um joguinho simples assim dá pra jogar em qualquer lugar numa boa!

    Finalmente comprado e jogado, eu não sei bem o que eu esperava, mas a experiência inicial foi bem sem sal e mais uma vez o jogo acabou sendo ofuscado por muitos outros jogos que eu já possuía, inclusive o Garou - Mark of the Wolves na parte luta.

    Abrindo o jogo, coisa que acontece super rápido a partir do momento que você aperta A no menu do Switch, o jogo já mostra suas opções e modos de jogo:

    -Login, que se transforma em Online. Opção para quem quiser jogar na rede. Cheguei a achar umas partidas na época;

    -Versus, que deve ser o modo principal para luta contra amigos localmente. Cheguei a jogar um bocado nesse modo, mas percebi que os amigos cansavam rápido do jogo e seus únicos 8 personagens;

    -Solo, que se abre em mais opções, como Arcade, Vs CPU, Career, Training. Basicamente só o Arcade importa e você tem que derrotar todos os 8 personagens do jogo. 30 minutinho e você estará livre;

    -Options, que basicamente é mexer em volumes e controles;

    -Créditos.

    Além da pouca variedade de personagens, o jogo tenta completamente simular a época do Game Boy Color disponibilizando basicamente apenas 2 botões de ataque. Para comandos diferentes, segure diagonal no d-pad e aperte um dos botões para fazer alguma diferente.

    O personagem escolhido para a campanha foi Tenchi, que é meio que um Ryu da vida. Seu diagonal pra frente e A lança um hadouken. Já pra traz é uma espécie de shoryuken e tal. No neutro os seus golpes são socos e chutes comuns.

    Logo você vai perceber que a quantidade de ataques é pequena e as lutas acabam ficando meio repetitivas, inclusive pro computador, que ama ficar repetindo o mesmo ataque sem parar.

    Você vai querer mudar pra um The King of Fighters.

    O jogo tenta contornar um pouco a pouca variedade de personagens te dando várias opções de cores pra deixar seu lutador um pouco mais único.

    Já os golpes contam com uma barra na parte inferior da tela que pode resultar em um ataque especial, coisa que eu só fazia na sorte.

    Por outro lado, houve um cuidado e carinho muito grande com as animações, efeitos sonoros e cenários. Eu quase que queria ver esse jogo numa tela de GBC e parando pra pensar, se esse jogo fosse da época, eu adoraria ter a oportunidade de jogar contra um amigo.

    Os comandos em si cansaram bastante minha mão, apesar de sua simplicidade e eu acredito que por conta da grande pressão na diagonal. Tive problemas com isso nos joycons no modo portátil e ainda depois com o Pro no modo tabletop. Era inevitável terminar uma partida e fazer um exercício com o pulso (ainda está doendo)

    Resumindo: Pocket Rumble é um jogo simplório que remete ao títulos de luta da época dos portáteis, como o GBC, mas que tem um bocado de problemas e desde a época que testamos pela primeira vez, sinto um leve arrependimento de tê-lo comprado pois se na época já haviam opções melhores, agora o jogo será esquecido no limbo!

    De bom: estilo visual muito bacana. Cenários muito bem trabalhados. Músicas legais. Jogabilidade simples e meio estratégica. Possível de jogar com apenas um joycon para cada jogador.

    De ruim: muito limitado em relação à personagens e comandos. Zeração tosquinha. Repetitivo. Poucos personagens. CPU ou não faz anda ou apela bizarramente.

    No geral, dá pra jogar PR, mas esperando a coisa mais simples do mundo. Se for comprar, pague bem barato! Mas, na real, compre outra coisa com esse dinheiro, pois agora já é tarde demais pra ele. Passável.

    Pocket Rumble

    Platform: Nintendo Switch
    6 Players
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      xch_choram · almost 4 years ago · 3 pontos

      Na verdade ele tenta emular o visual do neo geo pocket e não do game boy

      1 reply
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      beelzebumon · almost 4 years ago · 2 pontos

      Legal! Não conhecia esse.

  • 2016-02-20 12:29:26 -0200 Thumb picture

    Hype Stream

    Para divulgar o lançamento do jogo no dia 26 de fevereiro, ConcernedApe(o desenvolvedor) e a Chucklefish(a publisher), estão fazendo um Hype Stream em http://www.twitch.tv/Leth.

    Eles vão ficar online até o dia 26, e o desenvolvedor e alguns parceiros da Chucklefish  vão aparecer lá no chat para responder perguntas. Em alguns horários eles vão fazer Q&A ao vivo e vão jogar outros jogos da publisher e distribuir chaves para os jogos deles.
    Ainda não esta confirmado, mas é possível que eles joguem o próprio Stardew Valley em algum momento.

    Stardew Valley

    Platform: PC
    707 Players
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