Registro de finalizações: The Witcher 3: Wild Hunt - Complete Edition
Zerado dia 10/04/22
DESGRAMA, FINALMENTEEEE!
Quem acompanha meus posts talvez se lembre que venho reclamando de estar jogar um RPG longo e famoso há uns meses (mais um ou outro, pra ser sincero), e esse jogo era The Witcher 3: Wild Hunt!
Minha história com esse daqui é longa. De certa forma, foram anos investindo para jogar TW3 já que o jogo era muito falado na época de seu lançamento, lá para 2015. Além da internet toda, eu tinha um colega de trabalho que só jogava isso e vivia comentando as aventuras. Eu tinha certeza que o jogo era o Skyrim da geração PS4.
Interessado mas ainda sem um console daquela geração, fui fazer o que sempre faço: jogar os seus antecessores para ficar por dentro. Comprei um notebook (porque precisava para outras coisas) e caí pra dentro do início de tudo, exclusivo de PC.
O primeiro TW foi cheio de altos e baixos e dei um bom tempo até jogar o segundo no Xbox 360. O segundo é um jogo mais leve e bizarramente curtíssimo, mas dava para ver para onde a série estava caminhando.
Anos depois, já com meu primeiro PS4, comprei TW3, a versão completa com as DLCs que todos tão recomendam, mas deixei um tempo na estante esperando a hora certa. Acabou que precisei vender meu PS4 junto com os jogos para um amigo. Depois de um ano sem o console, comprei outro e peguei o jogo emprestado com ele uns meses depois. Iniciei logo pois não gosto de ficar com jogos emprestados por muito tempo, além de que eu queria pegar Persona 5 com ele em seguida.
Isso foi tipo em Dezembro de 2021 e estou terminando a aventura agora, em Abril de 2022, 4 meses depois.
Bom, se você for defensor cego do GOTY 2015, "melhor jogo da geração" etc, eu já adianto: eu não curti muito a experiência.
Todos os meus amigos já o jogaram, mas só uns dois o terminaram. Sempre achei isso estranho. Além disso, o jogo ganhou um port pro Nintendo Switch para alegria de muitos e desprezo de outros, que diziam ser impossível rodar um jogo de tal magnitude no console. Seria esse jogo algo tão grandioso assim?
Começando a aventura, me foi perguntado se eu queria fazer um tutorial e eu o fiz. De início foram muitos comandos e mecânicas. Até quando eu abria um menu ou mudava de aba era mil e uma caixas de explicação. Que tédio, meu deus!
Já no jogo em si, a apresentação inicial é bem estranha. Há um combate contra um miniboss que é ok e há umas partes em que você fica andando de lá pra cá, interagindo com uns caras numa vila, diálogo e mais diálogo, mais tutoriais, inclusive como jogar Gwent, o jogo de cartas (aqui já é algo mais pessoal, nunca me interesso por esses jogos de carta dentro dos jogos, como Final Fantasy VIII e Shovel Knight: King of Cards).
Os cenários são muito sem graça até então! Uma espécie de cerrado sem nenhum ponto de referência e nada pra fazer no mato.
Depois de diálogos bem genéricos e um enredo sem nada demais, além de ficar seguindo marcações no mapa de um lado pro outro, há o primeiro combate contra um bocado de capangas.
Cara, o combate nesse jogo é horrível! Horrível! O cara está na sua frente, você pode travar a mira nele (senão você fica doido tentando controlar a câmera). A partir daí um bate no outro como quiser, apertando o botão de usar a espada. Como os caras também atacam, você pode desviar, rolar ou defender (esse último eu geralmente não fazia). Zero estratégia: bata , bata, bata, desvie quando o oponente for atacar.
Depois dessas partes, o protagonista Geralt começa a tomar objetivo e mais uma vez ter que ir para o próximo ponto no mapa. Corra, corra, acabou a stamina, ande um pouco, corra de novo, acabou a stamina. No trajeto até o seu próximo objetivo apenas mato baixo. Mas é um cenário sem graça demais! Eu já mencionei mas repito: é tudo igual e sem nada para fazer senão pegar umas frutinhas nuns arbustos ou matar uns monstrengos. Sabe aquela sensação bacana de explorar os mapas, conseguir itens, ver coisas diferentes? Nada disso existe aqui.
Cheguei a morrer em umas partes, experimentando no combate (sem acreditar que era algo tão simplório) ou contra inimigos mais tensos e aí rola uma das maiores crueldades desse jogo: os loadings. Sério, não morra! Isso é tão irritante que me dava preguiça de continuar. Um ótimo exemplo foi o último chefe, com diversas fases difíceis que eu morria, aguardava uns 2 minutos e voltava pro início da batalha. Chuto que esse problema não exista no PC ou talvez nas versões do jogo para a próxima geração.
Inclusive outra coisa que pode ser que seja melhor são os próprios visuais. Esse jogo não tem nada de mais visualmente e muitas vezes é feio mesmo. Acho que me acostumei com visuais mais novos, como o de Detroit: Become Human, mas os personagens são feinhos e muitas texturas não são legais. Eu literalmente comecei a creditar que o jogo possa sim rodar no Switch com pouca diferença.
Para fechar esse tópico, algumas transições entre cinemáticas dão uma congelada como se estivessem carregando. Inicialmente eu estava achando que era uma escolha de design essas transições, mas houve uma cutscene em que cada vez que a câmera mudava, ficava com efeito de "blur" que me fez ter a certeza que o jogo estava sendo processado ainda.
Gostaria de mencionar que não sou o chato dos gráficos ultra realistas, mas acabo comparando com outras cosias da mesma geração e, principalmente, se o jogo funciona dentro de si mesmo, da própria ideia.
O gameplay estava muito tedioso e o jogo estava muito genérico mesmo. Como esse jogo ficou tão famoso? Claro, ele tem cuidados especiais como o desenvolvimento dos personagens e do enredo, que é bom, mas eu vou dizer uma coisa: TW3 não é divertido.
E porque não é divertido? Bom, o gameplay se resume a andar de um lugar a outro por cenários chatos (sobretudo no mundo aberto) e o combate mais sem graça do mundo (além da dificuldade quase inexistente). 70% da experiência é cinemática! É MUITA cutscene do início ao fim! Muuuuuuita.
Te mandam para um lugar, cutscene gigante quando você chega, com algumas escolhas que tanto faz, como responder a perguntas. Você acha que acabou e se seguem mais cutscenes longas. Tudo isso para te mandar para outro lugar e chegando lá, mais cutscene e talvez uma luta de espada contra capangas. Zzzzzzzz.
Pior que tudo acontece de uma forma super arrastada. Você precisa de um item para abrir uma porta, te mandam conversar com Fulano, Fulano então fala que vendeu para Cicrano. Onde está Cicrano? Pergunte no bar. No bar te falam que Cicrano foi visto perto de uma caverna. Na caverna, você explora monstros e talvez um chefe e acha Cicrano a beira da morte. Agora você precisa levar Cicrano para ser cuidado. Agora vá achar determinadas ervas no bosque e leve para o enfermeiro. Cicrano está curado mas ele só vai te ajudar se fizer um favor para ele: infiltrar uma casa bem guardada e pegar um item. Você faz isso e leva para ele e ele te fala onde achar o item inicial da quest. Você navega até lá, acha o item e agora pode abrir aquela porta. Quest dentro de quest e esse é o caso quase sempre: sensação de filler.
Essas coisas e os loadings estavam me afastando. Eu não estava me divertindo e muitos amigos falaram que o início era assim, mas já haviam passado muitas horas! Junte a grande quantidade de trabalho e TW3 estava sendo um jogo de Domingos e olhe lá! Estava me divertindo mais com os títulos que jogava em paralelo.
Mas cheguei a terminar a longa campanha depois de ela também se arrastar demais com você sempre indo no rastro de uma pessoa importante, estilo Fallout. O último chefe? Ridiculamente fácil.
Tem umas coisas que eu gosto, como a construção do universo, mas não sou muito fã de Fantasia Medieval pois quando a coisa toda está indo bem, a explicação é que a culpa é de um fantasma ou coisa do tipo.
Campanha terminada, foi hora de jogar as DLCs. Eu não vou mentir que quase não joguei pois a campanha principal tinha sido bem mais ou menos, cheia de altos e baixos. Ainda pesquisei na internet e uma delas duraria 10h enquanto a outra 15h. Mais 25 horas de jogo? Nãããão!
Insisti e fui para a primeira, Hearts of Stone, que joguei por uma semana. O enredo dessa DLC é muito bacana. Bem melhor que a campanha principal, de verdade. Ainda adicionaram umas batalhas mais estratégicas e difíceis que me fizeram valorizar um bocado TW3. Essa foi a melhor experiência com o jogo para mim até então, disparado.
Uns amigos falaram que a segunda DLC, Blood and Wine, seria ainda melhor. E puts, adicionaram uma área nova ao jogo que é muito bonita. No final das contas, eu ainda preferi a HoS pois a B&W estava meio abaixo da expectativa pra mim, mas quanto mais perto do final cheguei, melhor ficou e a coisa toda se encerrou muito bem!
Resumindo: The Witcher 3: Wild Hunt é um bom jogo mas, na minha opinião, longe de ser essa coca toda que falam, infelizmente. A engine do jogo não me trouxe uma experiência muito real ou convincente e acredito que outros ARPGs menos conhecidos sejam mais divertido. Para quem gosta mas só jogou esse, eu digo: como conseguem? É uma continuação direta dos anteriores, cheio de referências e diálogos que remetem ao passado, inclusive personagens que voltam.
De bom: bastante cosia para fazer, mesmo se focar apenas nas missões principais. Enredo bom, personagens bem construídos. Depois de muitas horas, começou-se a ter variedade nos cenários e alguns são bacanas. Apesar de não me convencer como Senhor dos Anéis não me convence, o universo do Witcher é legal e cruel (mas eu preferia estar jogando Dark Souls). Boa trilha sonora que me remete a Diablo.
De ruim: visuais e texturas duvidosos. Field of View (FOV) muito aberto e isso me incomodou pela primeira vez num jogo. Combate muito sem graça. Odeio o sistema de equipamentos quebrarem e sem um saco achar pontos de viagem rápida para poder achar um ferreiro que os consertava para rapidamente quebrar novamente (há itens que consertam mas quase ninguém os tem para venda). Grande parte do jogo é andança por cenários vazios e nada imersivos e cutscenes demais a ponto de você largar o controle por diversos minutos até poder pegá-lo novamente, andar uns metros e outra cinemático iniciar. Loadings imensos no PS4. Liberdade limitada e é quase uma pena não poder subir pelos prédios ou os acessar de outras formas já que o Geralt é grudado no chão. Vários problemas de performance no PS4 Slim. O jogo exagera na ventania e os cabelos dos personagens e plantas se movem demais, mesmo estando dentro de casa.
No geral, pode soar que fui cruel demais e não é nem de perto o pior jogo do mundo, fora que tenho que lembrar que é um jogo de 2015, mas eu esperava mais e ao menos me divertir com o gameplay ou exploração. E tenha em vista que jogo coisas de tudo quanto é época. O Geralt é pegador de mulheres e todas querem transar com o cara, então cuidado com a faixa etária pois seios e bundas são comuns. Inicialmente eu estava achando que ele era uma espécie de Solid Snake, mas o mais certo é dizer que o cara é um Batman! Quem me dera o sistema de batalha fosse igual! Uma coisa importante é que os três jogos principais da saga tem todos altos e baixos, inclusive sendo melhores que o 3 de um jeito ou outro, e piores de outras formas e fico feliz de ter jogado todos, apesar de considerar cada um deles bem mediano. Vou continuar ser ler os livros ou assistir à série. Jogo ok.
The Witcher 3: Wild Hunt - Complete Edition
Platform:
Playstation 4
76
Players
12
Check-ins
Eu ainda não peguei pra jogar do jeito que tem que ser jogado, porque nunca tive um notebook decente pra fazê-lo. Recentemente, comprei um, apesar de ter o jogo no Xbox One e também não ter instalado. Tá, instalei no notebook, gráficos lindos, e vai, andei de cavalo, matei uns bichos, nadei, e vamos ler coisas pra todo lado. Pô, legal. Fui fazer uma das quests, é logo no início. Um cara numa vila, pegou num sei o que, e vamos lá usar o tal efeito de ver as coisas todas distorcidas, fica tudo borrado. É bacana, mas encheu o saco, precisei ficar caçando os passos do peão, até achar ele num lugar. Mas assim, depois que eu achei, e até antes, foi tanto bláblá, que foi isso aí que você falou, eu me enchi logo de cara com o jeitão da quest. Uma historiada sem fim, pra pegar um cara. E o jogo tá lá, parado. Nem sei quando eu vou pegar ele de volta... Skyrim, que também não acho lá grande coisa, é bem melhor viu.
Gostei da crítica sincera, sem ovacionar o game como foi feito de forma quase unânime na internet! Joguei por umas 3h e tive impressão semelhante à sua, mas como sou teimoso, um dia encararei toda a campanha! Inclusive há alguns meses adquiri o Witcher 2 para Xbox360, que pretendo me aventurar antes!