• anduzerandu Anderson Alves
    2020-01-15 01:22:20 -0200 Thumb picture

    Registro de finalizações: The Elder Scrolls III: Morrowind

    Zerado dia 14/01/20

    Meus amigos, eis aqui um motivo para comemoração! Eu zerei Morrowind! Essa pendência vem lá de 2012! Pois é, eu tinha o jogo no meu notebook anterior numa época que eu tinha acabado de sair da faculdade e nem conhecia o Alvanista.

    Nesse tempo aí os consoles Xbox 360 e PS3 comandavam por todo lugar aqui e Skyrim era O JOGO. Todo mundo parou pra jogar esse título, até quem não manjava nada de RPG ou era casual mesmo, e eu, que no máximo tinha um 3DS, ficava só assistindo meus amigos jogarem e sonhando em um dia poder explorar aquele lindo mundo por mim mesmo no conforto da minha casa.

    Os anos se passaram, comprei meu Xbox 360, joguei Skyrim até não poder mais, vi mais amigos jogando até vários anos depois e, puts, deu! Eu nunca vi tudo do jogo, mas estou satisfeito com as experiências e tanto papo que ele rendeu. Mas na época eu tive curiosidade ainda em conhecer os outros 4 Elder Scrolls anteriores, que eu nunca tinha ouvido falar.

    Cheguei a iniciar Morrowind, mas o visual esquisito e sua lentidão me fizeram o deixar pra depois. Era tanto texto pra ler!

    O jogo ficou ali esperando pra ser jogado e eu nunca animava, mas olha só, eu tentei! Esse é na verdade um dos jogos que eu mais iniciei na vida, sem dúvida. Se não, o que eu mais iniciei e reiniciei. Cheguei a decorar os primeiros diálogos do jogo e sempre depois de uns minutos eu já o fechava.

    Que jogo feio! Os primeiros NPCs já chegam andando como se tivesse feito o número 2 na calça! Eu normalmente não tenho frescura com gráficos, mas aqui tava impossível!

    Vendi meu notebook e talvez tenha chegado a instalar TES III no desktop. Talvez. Mas uns aninhos atrás o instalei aqui no novo notebook. Agora com a versão Game of the Year e um pouco de esperança dessa versão ter melhorias ou eu ter amadurecido mais para o jogar.

    O fato é que eu sou louco pra jogar Oblivion, mas eu não queria deixar esse aqui por último. Me fiz prometer jogar o IV só depois de fechar o III (e agora nem sei quando vai rolar de ir pro próximo).

    Lista de jogos urgentes que menciono em todos os posts tá batendo nos últimos jogos, então resolvi peitar logo Morrowind (MW).

    Você começa num navio como prisioneiro e um guarda diz que está livre. Em seguida você cria seu personagem, escolhendo raça, sexo etc. Quem jogou Skyrim, já sabe o que imaginar.

    Em seguida você vai seguindo ordens num tutorial simples de movimentação e algumas mecânicas, como se equipar e conversar. É aí que o jogo me perdia quase sempre. Um cara começa a falar um bocado e não há dublagem. Ler é importante para entender a estória e saber os próximos passos, mas essas conversas vão longe! As pessoas costumam mencionar termos importantes nas falas, que são adicionados aos tópicos que você pode perguntar clicando para se aprofundar naquele contexto. Felizmente eu estava com paciência.

    Nessa jogatina eu aprendi umas coisas de início que são bem importantes: além dos personagens importantes sempre te darem coordenadas para a próxima missão e haver um diário com tudo resumido, você não precisa ficar entrando na casa dos outros, verificando tudo, perguntando sobre tudo (até porque grande parte dos NPCs só repetem as mesmas falas e se você já entendeu sobre as coisas, não há porquê perguntar mais).

    As primeiras horas são maçantes. Alguém te manda pra uma cidade, você anda, anda, anda, anda bem lento e parando pra ler as placas em intersecções. Chega na outra cidade, você tem que ficar andando como uma barata doida procurando a pessoa que você precisa, as vezes entrando de casa em casa em lugares onde tudo é igual e sempre parece ter algo escondido ou que você deixou passar.

    Muitas vezes é possível perguntar sobre uma pessoa que você procura aos cidadãos, mas muitas vezes o jogo não adiciona esse tópico à sua lista de perguntas e não há como mencionar para as pessoas. As vezes uma pessoa no bar ou na loja tem esse tópico em suas opções.

    Depois de muito procurar, ou com sorte, não, resta voltar todo o caminho andando para reportar o que você descobriu. É bizarra a lentidão do jogo e como os cenários são tediosos. Bom, mais uma vez, o segredo foi paciência e insistência com um jogo de 2002.

    Foi aí que eu comecei a rezar que a aventura não fosse tão grande e lembrei que deveria ter aplicado algum tipo de mod, Fui verificar no howlongtobeat.com: 39 horas. Jesus, me ajuda!

    Depois de ir e vir pras mesmas 3 ou 4 cidades em um mundo muito maior inexplorado, o jogo me pediu para fazer missões secundárias para poder continuar a campanha (até que alcançasse um determinado nível). Fiquei lá trabalhando como assassino de aluguel e até esqueci que aquilo não era campanha principal!

    Logo o jogo começou a me mandar para ir para lugares que eu nunca tinha ouvido falar, e tive que pesquisar na internet onde ficava no mapa. As vezes era perto, mas aí do nada me mandaram pra super longe e até os meios de transporte rápido começaram a ficar inúteis.

    Esse jogo é um grande simulador de andar em cenários super vazios.

    Ao mesmo tempo deu pra sentir o jeito Bethesda de fazer jogos, que aqui ainda meio que era um protótipo de como ela é hoje. A experiência lembra bastante o que viria a ser Skyrim, mas no quesito "andar", eu me senti mais jogando Fallout que qualquer outra coisa.

    Além das distâncias e uns inimigos aleatórios que era mais forte do que deveriam ser, as próprias missões começam a ficar meio que... confusas.

    Um belo exemplo é a cidade acima, Vivec. São várias "colônias" de múltiplos níveis (andares) ligadas por pontes as vezes por baixo, as vezes por cima. E dentro? Parece uma colmeia! E uma das missões me fez visitar essa maldita cidade e fazer três coisas diferentes, o que basicamente me fez explorar e me perder como doido e falar com dezenas e dezenas de pessoas para finalmente conseguir o que precisava.

    As coisas ficam um pouco mais fáceis conforme você se acostuma com as mecânicas de MW. Comecei a me equipar (raramente), ganhar níveis (raramente) e aprender a salvar (a todo momento).

    Equipamentos dificilmente são melhores, o que é super esquisito. Eu consegui uma arma que, basicamente, dava 1 a 27 de dano. A aventura quase toda as armas eram iguais ou piores que essa, mesmo de inimigos forte (sendo tipo 1-6, por exemplo).

    Já salvar é mandatório. Quando comecei o jogo a sério uns dias atrás, andei pra caramba, fiz um bocado de coisas e finalmente morri, pra descobrir que teria que recomeçar do zero pois não havia salvado nenhuma vez.

    As batalhas são super de boas, pelo menos com a build que fiz aleatoriamente. Na verdade o combate nesse jogo é uma das coisas mais sem graça que existem: o inimigo te avista e vem na sua direção. Depois você pode basicamente ficar clicando como louco e tirando de pouco em pouco ou segurar seu ataque para dar, sei lá, o triplo de dano? O uso do seu escudo se dá na sorte com base nos seus atributos e você pode ativar magias para ajudar também, que no meu caso eram apenas buffs, que raramente usava.

    Mas a baixa dificuldade de MW na verdade é uma grande montanha russa e as vezes pode te surpreender, então SALVE mesmo! Um exemplo disso é quando você resolve dormir para se curar e no meio da noite é acordado por inimigos. Da metade pra frente no jogo eu estava sendo atacado por ladrões super fortes que me paralisavam e devoravam meu HP. Esses caras são muito piores que o último chefe, e eu nem estou brincando.

    Com partes confusas ou coisas meio injustas, acabei usando mapas online e procurei umas dicas, e foi aí que eu descobri que existem códigos para MW! Não vou mentir: eu cheguei a usar alguns, mas como os inimigos era os menores dos problemas nessa aventura, eu usei coisas como: mostrar todos as cidades no mapa (para saber para onde andar algumas vezes), um que me fazia correr mais rápido (que tenho certeza que os modders já adicionaram no jogo básico hoje em dia e que eu recomendaria demais pra qualquer um), teletransporte para determinados lugares, simplesmente porque não queria andar as vezes pelos mesmos lugares pela milésima vez. Cheguei ainda a usar o God Mode, mas só para testar umas coisas.

    Chegando no final da campanha, eu comecei a não ler mais todos os textos e me importar cada vez mais com os detalhes de missões imbecis que só prolongavam sua duração desnecessariamente.

    Tem uma parte que eu tinha que voltar a Vivec e lá os guardas começaram a me atacar e todo mundo me odiar porque eu estava usando armaduras do clã deles. Essa armadura eu peguei de uns guardar que me atacaram sem o menor motivo (e nem gerou recompensa nem nada em cima de mim). Felizmente tinha salvado e voltei lá pelado para terminar a missão e apressar logo o zeramento do jogo.

    Resumindo: The Elder Scrolls III: Morrowind é um jogo bem mais ou menos. Eu diria que mais pra menos. A aventura experimenta bastante conceitos e mecânicas e tem a essência Bethesda, sem dúvida, mas a fórmula foi muito melhorada desde então e eu realmente não vejo motivo para jogar isso aqui a não ser que você seja muito fã MESMO da franquia ou de jogos similares da época ou soque uns mods para deixar a coisa mais bacana, coisa que eu deveria ter feito, já que Morrowind definitivamente não envelheceu bem.

    De bom: algumas mecânicas são bacanas e inclusive são usadas até hoje em jogos como Skyrim e Fallout (não sei dizer o que veio dos Elder Scrolls anteriores). Bastante possibilidade de customização. O enredo é até bacana. O céu do jogo é muito bonito. Há cheats para te ajudar, inclusive contra os mil bugs.

    De ruim: mil bugs. Visual ruim, de verdade. Cenários muito parecidos e confusos, incluindo cidades quase idênticas. Muita andança. Muita mesmo. É um jogo mais de andar que qualquer outra coisa, e isso resulta numa experiência tediosa, assim como em seu combate. Dificuldade esporádica. Final super sem graça. Sem dublagem nos mil textos que temos que ler, e muitas vezes eles são tão sem graça... Exige salvamento constante. Level design horrível. A temática é medieval mas o lado mais original do jogo, como as criaturas, são muito alienígenas e esquisitas.

    No geral, eu não me arrependo de ter jogado, mas eu não recomendaria que ninguém fizesse o mesmo. Se houver um resumo do jogo no Youtube, essa seria a melhor ideia. Não faço quanto tempo gastei aqui, mas estou bem feliz que finalmente acabaram!

    The Elder Scrolls III: Morrowind - Game of the Year Edition

    Platform: PC
    123 Players
    29 Check-ins

    32

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