• anduzerandu Anderson Alves
    2023-03-23 11:29:12 -0300 Thumb picture

    Registro de finalizações: The Takeover

    Zerado dia 22/03/23

    Desde que anunciaram esse jogo para o Switch eu fiquei bem curioso pelo pouco que vi e o coloquei na wishlist por um bom tempo pois seu preço nunca baixava. Agora que posso jogar qualquer coisa na plataforma, assim que terminei o Xenoblade 3 e liberei bastante espaço já fui tratando de o preencher novamente.

    Olhei lá na lista de desejos atrelada ao console no site da Nintendo e, COMO TEM COISA LÁ, meu deus! Mas enfim, com o espaço disponível foi o bastante para baixar vários updates (inclusive alguns bem grandes) de certos títulos e ainda mais jogos, incluindo o The Takeover.

    A ideia nem era jogar agora mas seu estilo e visuais da arte de capa me seduziram e resolvi dar uma olhadinha. Um tempo depois já estava na terceira fase e resolvi dar sequência logo.

    A única coisa que eu me lembrava era que se tratava de um beat'em up, óbvio. Fora isso, só restava zerar que eu não me decepcionaria com uma experiência como a de Super Punch Patrol.

    A tela título de TT é muito bacana, animada, tocando um rockzinho, alguns modos de jogo etc. Selecionei o modo Arcade, que era o inicial e logo veio a tela de seleção de personagens.

    São apenas 3 deles: Ethan, o loirinho estilo Axel Stone (Streets of Rage), Megan, que é basicamente a Blaze e Connor, o fortão que você pode comparar com o Max ou o Haggar do Final Fight (não cheguei a jogar com ele). Cada personagem tem seus próprios atributos e a sua escolha acaba sendo focada nisso: o balanceado, a mais veloz ou o mais forte.

    Eu, como sempre, acabo sempre jogando o mocinho primeiro. Aquele que não fede nem cheira e tem ataques de punhos de fogo, hehe.

    Haviam outros dois slots que aparentemente eram relacionados à personagens desbloqueáveis, então é isso.

    Em seguida o jogo conta o início da história através de painéis que imitam histórias em quadrinho, mas com um estilo destoante da tela título e da de seleção de personagens.

    Basicamente ele deixa o lado mais sério, maduro e até antigo e segue para um estilo meio Cartoon Network ou sei lá. Para ser sincero lembra um bocado o estilo visual do Harmoknight e Tembo the Badass Elephant, ambos da Game Freak, mas pode ser viagem minha.

    Essas cenas são meio simples mas tem algumas animações e são dubladas em inglês, pelo menos. Eu só não curti muito como os personagens falam frases de impacto badass o tempo inteiro, mas acho que é até meio que uma sátira com a cultura dos anos 80 e 90.

    A apresentação do início de tudo na primeira fase é bem bacana! A câmera paira por perto dos carros que tem um efeito bacana espelhados na lataria numa cidade chovendo. Legal.

    Logo você vai estar no controle do seu personagem e vai poder testar os comandos. Mais tarde percebi que há um menu de tutorial na tela principal mas mesmo lá é apenas um monte de texto.

    Bem, não há nada muito diferente: você anda livremente em qualquer direção e pode correr apertando duas vezes para um lado ou outro. Algo interessante é que você pode rolar para cima ou para baixo se der dois toques para essas direções, o que é muito útil para sair de enrascadas (demanda um pouco de reflexo e ainda tem que lembrar que isso existe aqui, coisa que eu raramente fazia).

    Há um botão de soco e um de chute e fazendo combinações com eles você faz uns combos bem bacanas e com ataques que lembram movimentos do Street Fighter. Alguns até parecem ser infinitos (mas sempre vem um inimigo por trás para te fazer parar).

    Há também um botão de pulo e se você atacar enquanto pula, bem, é aquilo de todo beat'em up. Se você atacar correndo também saem golpes diferentes.

    Agora a novidade é o uso da arma de fogo: se você segurar o gatilho direito o personagem mira com um revólver e apertar o A atira, porém a munição é finita (apenas 30 balas até você encontrar mais, porém esse sempre é o limite)! As vezes pode ser útil, mas eu raramente lembrava de usar isso também, fora que o dano também não é lá essas coisas.

    Para terminar, dois comandos apelões: o Rage e o especial. O Rage é uma barra que enche conforme você senta a porrada e evita tomar dano e pode ser ativado assim que completada apertando o analógico esquerdo. Durante o Rage você fica invencível e causa mais dano e o mais legal é que o efeito dura um bom tempo (na dúvida compensa guardar para os chefes).

    Já o especial convoca um monte de mísseis para cair na tela e detonar tudo (uma das milhares de referências a Streets of Rage do jogo). Mas não curti tanto esse ataque e esperava mais.

    Sobre os visuais do jogo, eles lembram muito jogos da geração PS360. O estilo mesmo é bem coisa do Street Fighter IV. Então não é a coisa mais moderna do mundo nem a mais bonita, mas é legal de qualquer forma.

    The Takeover também é fácil. Na dificuldade Normal, os inimigos são meio bobos e geralmente mal reagem à sua presença quando você se aproxima deles. O que realmente cria algum desafio é quando vários deles se juntam na tela e você acaba tomando dano quando está ocupado com outra coisa, como os muitos objetos explosivos nos cenários ou as muitas granadas que alguns lançam inclusive quando morrem.

    Fora isso, basta atacar e finalizar o mais rápido possível os capangas assim que eles estrarem na tela, antes dos outros se aproximarem, e deu para passar algumas fases sem morrer nenhuma vida (inclusive graças aos muitos itens de cura que encontramos nas fases).

    A campanha conta com apenas 7 estágios mas pode durar cerca de 2 horas e isso porque cada um deles é dividido em algumas seções até finalmente chegar ao chefe.

    Inicialmente eu achei isso meio estranho pois durante a jogatina TT não te situa em que seção você está ou quantas ainda faltam até terminar a fase. Então como eu nem fazia noção de como o jogo funcionava, eu andava, batia em todos, de repente acaba e você vai para a próxima e de novo e de novo. Esse jogo não tem chefe?

    De repente finalmente vem o chefe e em seguida a mensagem "Stage 1 Clear". Só agora foi a fase 1? Ok.

    Um fator chato é que entre cada seção tem um Loading meio demorado e é sempre a mesma imagem (abaixo). Eu esperava que essas telas fossem mudando e contando o andar do enredo mas não, é sempre ver essa mesma imagem meio tosca.

    O jogo tenta trazer variedade com cenários diferentes, alguns tipos de inimigos novos aqui e ali, partes com armadilhas para se pular mas é inevitável que acabe ficando na mesmice. Apesar disso, eu me diverti, não posso mentir. É puramente uma experiência feita não para pensar, mas para sair distribuindo sopapos depois de um dia cansativo ou mesmo para curtir com um público mais casual aqui e ali já que não tem nem Game Over e ao perder a última vida você só retorna para o início da seção atual.

    Agora se tem uma coisa que eu curti foram duas seções com jogabilidade completamente diferente e usando veículos!  Uma delas é num carro em alta velocidade e lembra um pouco jogos de corrida Arcade tendo que navegar pela cidade, se esquivar do tráfego e atirar nos veículos dos inimigos. Já a outra era num caça e lembrava um pouco o pouco que conheço de Afterburner desviando dos ataques do mal e lançando mísseis dos outros. Massa demais! Podiam até lançar um jogo só baseado nessa parte do jet que eu jogaria!

    Resumindo: The Takeover é um jogo simples mas efetivo. Em comparação com outros do gênero, ele fica bem em cima do muro assim como jogar com o protagonista Ethan: não fede nem cheira. É bem melhor que outros como o Super Punch Patrol e Duble Dragon Neon, mas fica abaixo de experiências mais caprichadas como Streets of Rage 4 e Fight'n Rage. Sinto que se TT fosse na verdade o SoR4, as pessoas teriam se decepcionado bastante, mas pelo que ele é e pelo preço certo, a jogatina vale a pena sim.

    De bom: visuais e trilha sonora ok. Inicialmente três opções de personagens (mas o jogo é apenas para duas pessoas, infelizmente). Tem alguma variedade no gameplay. Não é impiedoso e qualquer um consegue terminar pois Game Over só resetam seus pontos ainda te trazem pro início da seção atual e não da fase. Vários golpes e combinações.

    De ruim: um pouco superficial demais. Só tem duas armas para coletar do chão no jogo inteiro. Os gráficos parecem um pouco datados (ou pelo menos seu estilo). Os Loadings não são apenas relativamente longos como ainda sempre trazem a mesma imagem. Não vi motivos para continuar jogando depois de terminar a aventura.

    No geral, eu até achei legal mas realmente tem beat'em ups bem mais divertidos, completos e originais. Se você curte o gênero, é uma opção bem válida para quem já cansou dos maiores e mais famoso e quer mais, mas ainda assim eu colocaria TT várias posições atrás na lista de prioridades. Jogo ok.

    The TakeOver

    Platform: Nintendo Switch
    8 Players
    2 Check-ins

    14
  • anduzerandu Anderson Alves
    2023-03-18 14:48:56 -0300 Thumb picture

    Registro de finalizações: X-Men

    Zerado dia 17/03/23

    Assim que desbloqueei o PS3 e coloquei um bocado de jogos do meu interesse para baixar vi esse X-Men de Arcade dando sopa junto à outros que também saíram do fliperama para o console HD da época. Não sou o maior conhecedor de Arcade por falta de interesse mesmo e nunca tinha ouvido falar nesse (acho) porém ter ganhado essa versão moderna me deixou interessado, fora que a temática super combinaria com um beat'em para jogar de galera.

    Ontem um amigo veio me visitar no final da tarde e achei uma boa jogar isso pelo fato de que provavelmente seria um desses de ficha infinita (e é mesmo) e porque somos dessa época de briga de rua e X-Men na Globo. Além de tudo daria para ficar conversando enquanto jogávamos e zoávamos essa relíquia.

    Iniciando a aventura deu para perceber que a arte do jogo recebeu aquele tratamento que mescla os pixels estilo Street Fighter II Turbo HD Remix que eu acho bem feio, haha. Mas tudo bem.

    Escolhi a opção multiplayer local e aproveitei para testar o Duashock 4 no PS3, coisa que nunca havia feito, mas conectou tranquilamente depois de ler um rápido tutorial online (eu só tenho um Dualshock 3). Escolhi o nível de dificuldade Normal e o jogo me deu a opção entre a máquina para 4 ou 6 pessoas. Isso faz diferença? Só iríamos jogar de 2 mesmo estão optei pela primeira opção por ser mais próxima do comum.

    Mais tarde (hoje) percebi que foi um erro! Na versão para quatro jogadores, provavelmente de uma máquina mais antiga, a tela é pequena e em 4:3 enquanto a versão para seis é widescreen, tela cheia e muito mais bonita. Puts!

    Há vários heróis para escolhermos: Ciclope, Wolverine, Noturno, Colossus (minha escolha), Tempestade e Dazzler (escolha do meu amigo). Eu realmente não sei quem é Dazzler, mas é uma menina loira que lembra um pouco a Jubileu.

    A apresentação do jogo é simples mas até legal e funciona bem. As artes são bacanas, tem vozes de boa qualidade, como era comum em Arcade nessa época. Não é a coisa mais incrível do mundo para quem estar a par com a tecnologia em 2023, mas é bem massa para a época e para quem jogava SNES em casa.

    Algo que nos incomodou instantaneamente é o tamanho da tela. É um quadrado bem pequeno no meio da TV pois estava na resolução original por padrão. Mexi nas configurações, alterei filtros e estiquei na tela para manter os 4:3 mas pelo menos que fosse o maior possível, encostando nas extremidades acima e abaixo da tela. Mexi também em outras coisinhas mas não vi diferença e o jogo é feinho mesmo nessa versão para 4 pessoas (imagem acima). A imagem abaixo mostra a versão widescreen.

    Anteriormente jogamos Marvel Vs Capcom 2 e os filtros lá fizeram total diferença, diferentemente desse daqui.

    O gameplay é basicão e envolve o uso de apenas três botões além dos de andar (e nem tem corrida): um para pular, um para dar soco e um para usar o golpe especial (daqueles que tiram da sua própria vida).

    Eu estava esperando algo mais maneiro como o Punisher e afins mas é realmente tosqueira, bem simples. Mas dá para acreditar que a Konami também fez Turtles in Time, Sunset Riders etc.

    Basicamente o jogo inteiro se resume ficar repetidamente apertando o botão de soco e matando mini-Sentinelas. Eles existem mesmo nesse tamanho no universo Marvel?

    Sério, o jogo inteiro matando praticamente os mesmos inimigos. Muitos deles o tempo todo. E nem tem nada nos estágios para coletar ou fazer, é só andar, bater nas mini-Sentinelas repetir até o chefe. As vezes eles vem em cores diferentes e com ataques diferentes.

    A trilha sonora chega a ser engraçada de tão... Ruim?

    Sei lá, nada acontece. É meio tedioso até, mas as conversas estavam ajudando a prosseguir. Imagina o tanto de ficha que eu teria perdido num jogo como esse na época...

    De vez em quando novos capangas aparecem por um tempinho, você os derrota e logo voltam as Sentinelas. Por muito tempo eu realmente achei que só houvessem dois tipos de inimigos além dos chefes, porém mais para a frente houveram mais uns três ou sei lá.

    As fases costumam ter um chefe no final e eles são bem mais durões, como é de esperar. Até que não chegam a ser super apelões ou buchas de dano, além de se destacarem bem em relação aos capangas comuns e terem animações e vozes próprias.

    Porém eu tenho uma reclamação: eles não tem barra de vida nem nome na tela! Isso deixa a luta tão mais sem graça pra mim! Tipo, Você chega num lugar que não tem nada demais, o boss entra sem fazer cerimônia e estamos trocando sopapos. Se não fosse o design chamativo eu nem saberia que era um chefe!

    Quase sempre eu também não tinha certeza se era um mini-boss ou realmente o final do estágio. Também não conheço alguns ou mal conheço além do Juggernaut e o próprio vilão da campanha, o Magneto.

    Com o lance de Continues infinitos a experiência fica quase que redundante. Você pode até "spammar" o golpe especial que ataca todos os oponentes na tela até eventualmente morrer e continuar dali mesmo mesmo ao perder sua terceira e última vida.

    Não fizemos isso porque realmente arruinaria um jogo que já é tão simplório. Enfim, você vai terminar a campanha uma hora ou outra sem passar nenhum perrengue senão morrer diversas vezes mais próximo do final para inimigos mais irritantes (como bem perto de acabar que você tem que enfrentar TODOS os chefes novamente).

    Uma curiosidade é que ao terminar uma fase o jogo avisa que você ganhou mais um uso de um golpe especial quando estiver com 3 ou menos de HP. Eu tentei entender esse golpe até perceber que é apenas aquele ataque que tira da sua vida mas como você está sem HP, ele passa a custar umas bolinhas que são usos deles. Meh.

    Resumindo: X-Men é um beat'em up bem basicão de 1992, quando o gênero ainda experimentava com sua fórmula. Curto muito a ideia daqueles sprites da Marvel e o estilo da época e temos uma mistura muito interessante para um jogo, porém esse daqui passa um pouco longe do que eu esperava pois visualmente ele é no máximo ok e o gameplay é raso e repetitivo. Na verdade eu até diria que, desse estilo, esse é provavelmente o mais sem graça que já joguei de Arcade. A versão de PS3 inclui Continues infinitos e a certeza que você conhecerá o jogo de cabo a rabo.

    De bom: visuais coloridos. Jogabilidade que até uma criança consegue fazer funcionar. Vários personagens selecionáveis. Aventura para até 6 pessoas, aparentemente (não seis e isso é possível no PS3). Curtinho. Gosto da dublagem.

    De ruim: simples demais para se divertir. Pouquíssima variedade de oponentes. Golpes super sem sal.

    No geral, é mais um jogo de briga de rua mas atualmente realmente eu não vejo motivos para jogá-lo hoje em dia. Dos antigos eu fico com o Mutant Apocalypse de SNES, embora seja para apenas um jogador, e no PS3 mesmo tem coisas mais interessantes e conhecidas. Já hoje em tempos de Switch tem coisa boa demais disponível e mesmo da Konami tem um bocado de Tartarugas Ninjas para todo lado. Jogo fraco.

    X-Men

    Platform: Arcade
    159 Players
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      denis_lisboadosreis · 2 months ago · 2 pontos

      Acho que a maioria gosta desse pela nostalgia e pelo arcade gigante pra várias pessoas.

  • anduzerandu Anderson Alves
    2022-11-25 20:33:12 -0200 Thumb picture

    Registro de finalizações: Double Dragon Neon

    Zerado dia 25/11/22

    Caraca, um mês para o Natal!

    Eu conheci esse Double Dragon Neon navegando pela loja virtual do PS3 há alguns anos e na época achei curioso como eu nunca tinha ouvido falar nele. Imaginei que fosse algo ruim, mas fui olhar as imagens e julguei que seria isso mesmo. Com tantos beat'em ups bacanas e bonitos, esse daqui seguiu a moda dos modelos 3D e simplesmente aprecia genérico.

    Pois bem, os anos se passaram e eu resolvi que jogaria ocasionalmente toda a franquia Double Dragon e olhando nas Wikipedias da vida, relembrei a existência desse daqui e já num clima de vários "briga de rua" recentemente, não pude evitar de o baixar quando o vi na loja do Nintendo Switch. Também desconhecia que ele tinha vindo para a geração atual e isso me fez pensar que talvez se tratasse sim de um jogo bom, talvez até no nível do Streets of Rage 4?

    Também não o planejava joga tão cedo, mas o baixei pois imaginei que pudesse ser uma boa ideia para jogar eventualmente com a galera, já que tivemos boas experiências com o gênero nas últimas madrugadas de jogatina, porém, adivinha só? Precisei de espaço com alguma urgência para baixar mais um título para a jogatina que deve acontecer em breve. Tudo bem que já devo ter preparado uns 8 jogos para o dia, mas lembrei de um famoso indie e quis o colocar logo em prática enquanto ainda lembrava.

    As minhas experiências com DD são meio aleatórias. Na infância conhecíamos muito bem o nome e que se tratava de uma dupla super maneira de lutadores que mistura artes marciais asiáticas com a cultura americana. Acredito que o conhecimento tenha vindo do filme que de '94.

    Já nos jogos a gente jogava um de luta estilo The King of Fighters no Arcade e possivelmente alguma coisa no SNES. A certeza que tenho que que joguei um crossover com Battletoads na mesma plataforma com um amigo lá para 2008. Depois disso só voltei no início agora de 2022, quando terminei o 1, 2 (ambos disponíveis no sistema online do Switch) e 4, que tinha pagado baratinho. O 3 ficou aguardando a chance de ser comprado.

    Agora precisando de apenas 2GB, olhei o armazenamento do Switch e entre as muitas escolhas esse daqui pareceu uma boa por durar em média 3 horinhas enquanto outros duravam o dobro ou mais. E como a jogatina estava marcada originalmente para amanhã, eu precisava mesmo de um jogo breve.

    E iniciando DD Neon, bem, ele é mesmo bem mais moderno, mas com aquela cara de jogo de PS3/XBox 360. Que bom que muita coisa evoluiu desde então! Como eu queria que pelo menos os personagens fossem sprites 2D...

    Mexi nas opções, mas não tinha nada de mais, então vamos lá!

    Nesse início ele vai te ensinar uns básicos já durante a fase. Você tem um botão de ataque fraco e outro forte, X e Y. O botão B pula e você pode combinar com os ataques, como sempre. Apertando A você pega objetos do chão, como armas, ou agarra os oponentes. Porém vale dizer que aqui você só pode agarrar um oponente depois que ele estiver tonto após tomar uns sopapos.

    Na verdade, muitos desses comandos são meio estranhos. É difícil de dizer o porquê, mas algumas ações não parecem tão naturais. Eu mesmo demorei para conseguir pegar o primeiro item que encontrei porque pressionava os botões de ataque e nada acontecia.

    E falando em estranheza, há ainda mais 3 comandos bem fora do comum: correr segurando ZR, sendo que ele demora a efetivamente iniciar a corrida, ataque especial com R, que aqui necessita acumular quantias mínimas de uma barra que se preenche ao quebrar os capangas na porrada e o mais estranho de todos: se abaixar/esquivar com ZL.

    É estranho porque essa ação só acontece no momento que você pressiona o botão e, com o timing certo, você verá um efeito na tela e seu personagem causará mais dano! O estranho é essa necessidade de apertar o gatilho esquerdo a cada golpe que for tomar e essa ação não cancela um ataque já iniciando por você nem ativa no ar. Para completar, para rolar você deve apertar esse botão e para um lado em seguida e cada rolagem, que nos movimenta apenas um pequeno espaço, necessitará que você aperte novamente. O que eu fazia era segurar o botão e esperar o momento certo só apertando para o lado, mas o jogo não registra!

    O combate do jogo é mais bagunçado do que nunca. Ou pelo menos até onde conheço a série.

    Se você não se alinhar muito bem com os caras seus ataques não registram dano. Já os inimigos têm ataque com hitboxes completamente zoados e sempre te acertam, mesmo quando parece que não acertaria.

    Outra coisa chata é que os inimigos não ficam "tontos" entre um ataque que você os deu e um ataque que eles dão em seguida. Sabe quando você está entre dois deles, golpeia o da direita, depois o da esquerda, depois volta para o da direita e assim por diante? Aqui assim que você aperta para o lado oposto o cara já te ataca. Super bizarro!

    Para completar os carinhas do mal, mesmo os mais toscos têm "super armor" enquanto atacam com armas, então mesmo quando você resolve dar uma voadora estilo Tartarugas Ninjas num cara vindo na sua direção, caso ele acione um golpe com arma você simplesmente não consegue quebrar o combo que ele usará e você é quem se dá mal. Já você pode estar usando a maior e mais forte arma do mundo que um soquinho cancela o seu golpe.

    A jogatina é bem familiar: você anda, os caras vêm, vocês trocam porradas, pega armas deles, com sorte acha um refrigerante para se curar ou até uma vida.

    A maioria dos inimigos são tranquilos de lidar, mas alguns piores vão aparecendo conforme você avança. O mais chato na minha opinião são os bombados grandalhões que demoram um século para morrer, causam muito dano, não podemos cancelar seus golpes com os nossos e é bem raro de conseguir o famoso stagger. Basicamente o jogo te obriga a aprender o lance da esquiva + power up, mas nem todo golpe é evitável assim e muitas vezes é melhor só tentar rolar.

    Há também um pouco de plataforma, como a série parece sempre ter, mas é bem fácil e onde tem buraco é sempre legal jogar os capangas direto para a morte. Aliás, esses tipos de armadilha que inclusive exercem efeito sobre a galera do mal é um dos pontos altos da franquia.

    O jogo tem apenas 10 fases, mas algumas são mais longas e tem diversas seções enquanto outras parecem ser bem curtinhas. O fato é que quando eu descobri isso eu já estava na metade do jogo com 1 hora de gameplay. Duvidei muito que durariam aquelas 3 horas.

    A maioria das fases ainda tem lojas, muitas vezes em caminhos alternativos e não tão óbvios onde você pode comprar melhorias para o personagem, como itens que melhoram certos atributos enquanto piora outros e até investir em diversas outras habilidades daquele que usamos com R.

    Na verdade, a maioria das habilidades você desbloqueia graças às fitas K7 que os inimigos derrubam e você só as melhora na loja com os seus pontos. 

    A loja também vende uns itens bacanas, como cura de HP ou da "mana" para os especiais e até mesmo vidas!

    É sempre bom se preparar pois no final de cada estágio há um boss chato e na maior parte das vezes eu os matei quando estava no final da minha última vida (não investi em comprar mais vidas).

    Logo cheguei ao final do jogo e a coisa começou a dificultar. A penúltima fase era cruel, com armadilhas e inimigos te jogando nos muitos buracos e você perdendo muito HP. Perdeu a última vida? Achou que ia voltar par ao início da última seção alcançada? Que nada! Volte ao início da fase!

    Podia ser pior, né? Mas ainda assim é frustrante visto que algumas fases são bem longas! E a última fase é o melhor exemplo disso: longa para caramba, muitos desafios e inimigos e um chefe super apelão. Foi aqui que tive que gastar meus pontos em vidas para aguentar a batalha. E foi aqui também que o jogo tomou as previstas 3 horas e meia. Inacreditável o tempo que fiquei nessas duas últimas e frustrantes fases!

    Resumindo: Double Dragon Neon é um jogo bacaninha e pode ser divertido para dois jogadores passarem um tempo, mas realmente acho que o jogo deu uma certa envelhecida. Quer dizer, está longe de ser um jogo necessariamente ruim e tem muitos piores no gênero, mas o ponto é que há beat'em ups muito melhores disponíveis atualmente.

    De bom: tem um estilo anos 80/futurista legal. Tem umas músicas boas (inclusive cantadas). Vidas e HP costumam se regenerar em determinados momentos das fases ou ao menos entre elas. Continues infinitos.

    De ruim: inimigos demoram demais para morre, bloqueiam seus ataques enquanto estão atacando (mesmos e você chegar por detrás) e cancelam os seus combos. Alguns comandos são estranhos ou ruins mesmo, como a corrida com delay e a esquiva que você tem que ficar pressionando o botão a cada golpe a ser esquivado. Achei que o jogo exagera um pouco no contexto e acaba sendo uma paródia de si mesmo com chefes e lutas absurdas de longas e personagens estúpidos e americanizados. Dublagem meio bobona. Tem momentos super escuros que não dá pra ver quase nada!

    No geral, é, foi um jogo ok. Poderia estar jogando Street of Rage 4, mas tudo bem. Vale a pena dar uma conferida, apesar de ser meio irritante. Jogo beeeeeeeem mais ou menos, só que mais para menos.

    Double Dragon: Neon

    Platform: Nintendo Switch
    3 Players
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      beelzebumon · 6 months ago · 2 pontos

      Se jogar em dois a dificuldade fica de boas.
      Esse daí não é as mil maravilhas, mas foi um bom jogo para época. Ainda mais que ele custava vinte reais no PS3 por ser um jogo simplesinho e não 200 como esses joguinhos costumam custar hj em dia... hahahhahaa!

  • anduzerandu Anderson Alves
    2022-11-01 00:20:36 -0200 Thumb picture

    Registro de finalizações: The Ninja Warriors

    Zerado dia 31/10/22

    Depois de tanto Tartaruga Ninjas e Fight'N Rage você acharia que eu estaria enjoado de jogar beat'em ups mas eu acabei foi viciando, haha. Cheguei a procurar no Switch alguns deles para baixar, preferencialmente curtos, e lembrei da existência de The Ninja Warriors (TNW).

    Esse jogo e eu temos quase uma história juntos. Inicialmente, eu conheci a versão de SNES ao acaso há pouco mais de 10 anos atrás. Cheguei a jogar mas por algum motivo parei logo no início e nunca mais voltei. Acho que não gostei muito, sei lá. Fora isso, hoje em dia fiquei com um gosto de que o jogo era bem difícil e injusto, talvez mal feito. Preguiça demais.

    Já mais recentemente eu acompanhava uma pessoa daqui do Alvanista que tinha/tem um canal na Twitch e fez transmissões desse jogo e o terminou inúmeras vezes, inclusive tentando conseguir todas as conquistas do Retro Achievements. Cheguei a assistir um pouco e fiquei curioso.

    Porém eu deixei de seguir o cara, ao menos na Twitch. Não lembro exatamente quem era, mas a pessoa fazia postagens demasiadamente sobre seu canal e entrava ao vivo com frequência, o que gerava muitas notificações no meu celular. E eu sou meio maluco com isso, acho que é um lance de ansiedade ou algo assim, porém ficou a impressão positiva do TNW. Além disso o cara ignorava meus comentários positivos ou questões aqui na rede sobre as lives, poxa!

    Eu me esqueci do pouco que vi, mas realmente tinha que jogar novamente.

    Já tinha o jogo no emulador de SNES no PSP, então baixei o The Ninja Saviours: Return of the Warriors no Switch. Fiquei sabendo que o primeiro jogo era na verdade de Arcade, mas resolvi ignorar imaginando que a versão de SNES seria um port dele. Partiu começar pelo Super Nintendo e deixar a versão de Switch à postos!

    É aí que eu me lasquei! O jogo do Switch, embora tenha esse nome "Return" como se fosse uma sequência, é na verdade um remake da versão de SNES! Normalmente eu nem me importaria mas, caraca, o remake ficou animal! Que arrependimento de não ter dado uma pesquisada e ido só pelo nome! Arrrgh!

    Fora isso, descobri que a versão de Arcade sim é um jogo diferente, mas vale a pena pular mesmo foi o jogo original é tosqueira e bem Arcade mesmo. Bem, agora já fechei no SNES e sobrou a versão de Switch. Não sei se quero jogá-la, pelo menos não por agora, visto que apesar dos upgrades é o mesmo jogo, além de que o lance de apagar o jogo vai me disponibilizar mais espaço no console.

    Enfim, quando iniciei a aventura eu vi a logo da Taito e achei curioso pois jurava que era mais Capcom ou sei lá. TNW tem uma abertura e apresentação tanto no início da campanha quanto ao começar as fases ou aparecimento dos chefes que é muito legal! Dá para ver o capricho dos desenvolvedores!

    Depois do conto do enredo e algumas cenas coma  logo, a aventura se abre pedindo para escolher o nível: Normal ou Hard. Sempre jogo no Normal...

    Você vai perceber que TNW é feito para apenas um jogador, o que é sempre bizarro para um beat'em up. Poxa, toda a cultura da porradaria é de equipes quebrando grupos gigantes de inimigos. Ninguém percebeu o quão divertido era jogar com um amigo em Streets of Rage etc?

    Logo tive que escolher um personagem e a minha escolha foi o Kamaitachi, famoso por ser o melhor do trio (no passado eu joguei com o Ninja).

    Logo no primeiro estágio você vai perceber que este é um jogo bem linear. Não há diferentes planos para andar, apenas para frente e trás. Você tem um botão de ataque e outro de pulo que podem fazer algumas combinações, assim como um botão de usar o ataque especial, que enche com o passar do tempo. Não tem nem como correr, é realmente bem simples.

    Os oponentes inicialmente são bem bestas: soldados com facas e tal Um soco costuma matar qualquer um deles.

    Aqui fica a mesma impressão dos primeiros dois Tartarugas Ninjas de Game Boy, de ser parecido com aquela Kung Fu de NES. Você anda, vem um cara, você dá um soco, ele morre, anda, soca, vira pra trás, soca, anda de novo. Quem achava isso divertido mesmo na época?

    Felizmente logo apareceram inimigos um pouco mais astutos e que demandavam usar pelo menos um neurônio meu. Tem uns soldados que abaixam e atacam e você só pode os derrotar abaixando e atacando também. Também aparecem inimigos que levam mais dano para morrer ou que tem ataques diferentes, como o atirador que você tem que priorizar pois se demorar demais ele mira a arma e atira.

    O maior desafio desse início é o chefão, mas só porque ele tem mais HP, pois é burrinho o coitado. Nem revida ou quebra meu combo. Se não me engano passei sem tomar dano.

    Os próximos estágios foram obviamente ficando mais difíceis. Lembro que um robô simplesmente ignorava meu dano e tive que jogar dois objetos da fase nele para ele explodir a cabeça, mas ainda assim não morreu! Depois percebi que eu só tinha que andar ou pular para trás dele e atacar a retaguarda. Mais tarde esses inimigos viriam com maior frequência e servindo como verdadeiros escudos ambulantes!

    Comecei a tomar dano também! Mas ainda assim o jogo é bem tranquilão. Quando eu chegava na metade da barra de vida sempre aparecia um item que me curava tudo de volta.

    E assim foi nos 5 primeiros curtos estágios. Matando inimigos com o mesmo combo e sem nem temer pela minha vida. O How Long to Beat indicava 1 hora e meia de aventura, mas eu estava duvidando que fosse chegar perto disso!

    No chefe da fase 5 eu quase morri, mas passei ainda assim. Deu para entender que estava próximo do fim. Na verdade achei que a fase 6 poderia ser a última.

    Essa fase 6 na verdade acabou sendo apenas mais uma fase, mas o final dela jogou o nível do jogo nas alturas! São dois chefes simultaneamente te atacando e defendendo seus ataques e ainda atacando deslizando com as pernas estilo Bison do Street Fighter II. Aqui eu comecei a morrer bastante.

    Os caras tem múltiplas barras de vida e eu apenas uma, fora que perco muito HP com qualquer golpe! Tinha vezes que perdia feio e era humilhado. Outras vezes eu batia muito e parecia impossível de perder, mas ainda assim perdia.

    Mas TNW tem uma coisa que ajuda muito, que é o fato de possuir Continues infinitos e checkpoints em determinados pontos das fases, como no início dos chefes. Então pode até demorar, mas você vai poder tentar e re-tentar e praticar a vontade!

    Finalmente passei dos grandalhões e a fase 7 foi bem tranquila. O chefe mesmo foi chatinho porém mais fácil que a dupla do estágio anterior!

    A última fase também foi tranquila, mas o chefe final foi tendo. Deus abençoe os Continues infinitos + Chekpoints desse jogo! Eles me mantiveram interessado e jogando!

    Depois de perder um bocado de vezes e até me frustrar, acabei bolando um plano que deu relativamente certo! Como a gente tem que jogar os caras para quebrarem o vidro da cápsula do chefe, bastou ficar no canto esquerdo da tela esperando que os inimigos se aproximassem e então agarrá-los e os jogar em linha reta, para frente. Acabou sendo bem fácil e evitando muito dano dos lasers que saem da parte superior da tela! Pelo menos foi assim com o meu personagem.

    Depois disso, um zeramento meio sem sal e os créditos, seguidos pela descoberta que a versão de Switch era muito mais legal e o arrependimento imensurável. Bom, pelo menos essa versão também é boa!

    Resumindo: The Ninja Warriors é um beat'em up simples e fácil pela maior parte do tempo, mas não deixa de ser divertido. Infelizmente ela não tem lá uma variedade muito grande de desafios ou inimigos nem modo multiplayer, mas vale a pena jogar novamente com os demais personagens e conferir suas diferenças (coisa que eu não faria hoje em dia). Hoje em dia temos uma versão superior nas plataformas modernas.

    De bom: belos visuais. Gameplay simples e funcional. Personagens distintos, assim como todo o estilo visual do jogo. Jogo envelheceu bem! Checkpoints e Continues infinitos!

    De ruim: meio repetitivo em seu combate básico e sprites. Sem multiplayer. Alguns desafios podem ser frustrantes. Final ruim e nada recompensador.

    No geral, gostei do jogo apesar de que poderia ter jogado a versão mais recente. Se você gosta de porradaria e pouco enredo e uma campanha curta para jogar sozinho, eu super recomendo. Bacana!

    The Ninja Warriors

    Platform: SNES
    560 Players
    22 Check-ins

    12
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      mastershadow · 7 months ago · 3 pontos

      Também nunca peguei pra zerar, mas o jogo acho muito bonitao até hoje!

    • Micro picture
      lgd · 7 months ago · 2 pontos

      Parabéns, nunca consegui zerar este

      3 replies
  • anduzerandu Anderson Alves
    2022-10-31 10:42:01 -0200 Thumb picture

    Registro de finalizações: Fight'N Rage

    Zerado dia 29/10/22

    Meus amigos resolveram marcar uma jogatina no final de semana e eu sabia que era a hora do meu Switch desbloqueado finalmente dar as caras. Nós amamos jogar multiplayers em geral e agora podendo jogar de tudo, bastava lembrar de tudo o que sempre quis conhecer e baixar, desde que houvesse espaço no console (sinto muito, Trine 4).

    Para não ter dúvidas, joguei no Google algumas tags de busca relacionadas e obviamente não poderia faltar um bom beat'em up. Fight'N Rage foi o jogo retornado na maioria das buscas e sites e um título que já tinha curiosidade, fora ser leve (tenho baixado vários jogos de mais ou menos 500mb).

    Agora era rezar para ele não durar mil horas e dar para terminar numa única sentada.

    Na verdade eu ainda tinha algumas dúvidas sobre esse jogo e o que sustentou o hype foi mais o fato de ele ter alguma fama. Digo isso pois nem lembrava muito como ele era, visto que não assisto gameplays de jogos que ainda pretendo jogar, e tive várias experiências fracas com indies do gênero, como foi o caso do Super Punch Patrol. Outros similares pareciam bem zoados ao ver seus trailers na Eshop, como Streets of Rogue e até o tal do The Taveover (que ainda pretendo conhecer).

    Bom, quando eu finalmente cheguei na casa desse meu amigo, sábado de manhã, estávamos sozinhos e eu resolvi aproveitar a oportunidade para conhecer umas coisas para dois jogadores e foi assim até mais gente começar a aparecer.

    Com mais gente fica mais difícil achar jogos que valham a pena e os party games sempre acabam reinando. Logo estávamos de volta aos Jackbox Party Packs que sempre jogamos e alguns de seus minigames deram super certo, e Ultimate Chicken Horse. Ambos foram surpreendentemente divertidos!

    Quando o número de pessoas foi diminuindo com o pessoal indo embora, foi hora de jogar outras coisas.

    Agora era noite e éramos apenas 3 e eu resolvi abrir o Fight'N Rage sabendo que ele era para 3 pessoas. Imaginei que nem fôssemos muito longe pela comum dificuldade do gênero e por talvez nem ser bom, fora que depois de umas horas de jogos leves, é comum o pessoal não ficar no clima de títulos mais pesados e que exigem maiores habilidades.

    Abrindo o jogo você já percebe o quanto ele é bonito! Tem uma vibe Arcade muito interessante. É meio nostálgico mas ao mesmo tempo eu não consegui comparar seu estilo à nada!

    É quase como se você estivesse num bar americano de beira de estrada no meio do nada a noite e achasse uma máquina de fliperama com esse jogo B completamente desconhecido, porém muito interessante, e que acabava sendo uma ótima experiência, daquelas de se perguntar "como é que o mundo não conhece isso?"

    Depois de escolher o modo num menu principal com inúmero menus desconhecidos e bloqueados (eu imagino que esse jogo tenha muito conteúdo), foi a hora de escolher os personagens. Inicialmente são apenas 3: Gal (a garota), Ricardo (o boi-humano) e F. Morris (o ninja, que acabou sendo a minha escolha). Não é possível que dois jogadores escolham o mesmo personagem.

    Gal é basicamente a Mai Shiranui, Ricardo é um Haggar e F. Morris é um Guy.

    No início da campanha você vai perceber de cara duas coisas: os visuais são muito bacanas, sendo que o pixel art e as animações são incrivelmente bonitos. Também achei a iluminação bem diferente a parecida com a de Octopath Traveler. Em segundo lugar, há muito apelo sexual com os peitos das meninas sempre pulando para cima e para baixo e muita amostra de roupas íntimas. Porém achei tranquilo mesmo condenando isso na maioria dos jogos.

    Inicialmente Fight'N Rage vem com diversos filtros aplicados e eu preferi não mexer em nada, porém logo optamos por remover aquele que simulava a tela curvada das TVs antigas. Por padrão esse efeito é bem forte, "olho de peixe", como disse um dos amigos. Há versões menos exageradas mas deixamos a tela completamente reta mesmo e eu realmente achei que foi uma boa ideia e não se perde nada da experiência imaginada pelos desenvolvedores.

    O jogo ainda ensinou rapidamente os comandos e, putz, quantas possibilidades! Você gosta de fazer combos loucos estilo hack'n' slash ou jogos de luta? Então esse jogo é para você!

    Aqui você tem muitas possibilidades com poucos botões e a jogatina nunca fica entediante, é muuuuuito legal! Os caras morrem e você quer continuar o combo o máximo possível, assim como o contador de hits! Porém saiba que o jogo limita isso e os inimigos explodem depois de uma quantidade de golpes.

    Essa questão de eles explodirem, bem, eles explodem em muitos ossos e sangue. Me pergunto se seria legal para uma criança jogar visto que Fight'N Rage obviamente é um jogo adulto, muito embora tenha esse visual bonitinho. É um jogo voltado para quem curte os clássicos "briga de rua" de Mega Drive/SNES/Arcade, com aquele estilo 80's ou 90's. Há ainda aquele apelo sexual.

    Cheguei a conclusão de que depende muito da criança que você apresentaria o jogo. Acho que muito disso para completamente despercebido, para ser sincero. Mas em caso de dúvidas, assista à uns videos ou até jogue antes e tire as suas próprias conclusões. Eu realmente fiquei inclinado a dizer que qualquer um pode jogar, mas sei que tem pais mais estritos com essas coisas e, por exemplo, sequer deixariam os filhos assistirem desenhos como Dragon Ball Z.

    A dificuldade Normal também tem algum desafio depois de certo tempo, então para uma criança sem muita habilidade o certo seria ir no Fácil.

    Uma mecânica muito bem implementada aqui são os clássicos golpes especiais dos beat'em ups. Sabe, aqueles que tiram da sua própria vida quando você os usa.

    Aqui há uma barrinha que se carrega com o tempo e quando estiver cheia e brilhando, você pode usar esse golpe sem nenhuma penalidade. Porém, se ela não estiver cheia, você perde sim HP e isso é sinalizado na tela assim que você usa o ataque. Porém, as vezes vale sim a pena perder um pouco de vida para poder usar o especial duas vezes num curto espaço de tempo o objetivo de continuar o combo.

    Sério, você não tem noção de como pode ser gostoso fazer um combo complexo iniciando no chão com uma arma, golpes, levando para o ar, juntando com um especial etc antes daquele chefe chato sequer tocar o chão! Massa demais!

    No final das contas conseguimos terminar o jogo com tranquilidade no Normal, mesmo com várias mortes. Foi muito divertido! Lá no menu principal mais opções e modos se abriram e pude até comprar mais personagens (não usáveis na campanha comum) e skins!

    Resumindo: Fight'N Rage é um beat'em up moderno sensacional! Fazia tempos que não me divertia tanto com algo do gênero. Acho que desde Streets of Rage 4 há alguns anos. Ainda chuto que gostei mais desse daqui pelos visuais, seu estilo como um todo, o sistema de combo e claro, talvez porque tenha jogado com a galera. Se você curte porradaria na rua, faça um favor à si mesmo e dedique as duas horas ou menos nessa aventura!

    De bom: visuais e animações muito bonitas e fluídas. Sistema de combos dá muitas possibilidade de ataque juntando golpes normais, especiais e armas. Sistema de golpe especial que pode não usar de seu HP não só serve para atacar como também para se livrar de situações complicadas, como os combos dos chefes. Muito conteúdo a ser desbloqueado! Há um modo de treinamento para aprender os muitos tipos de golpes que é muito legal (infelizmente só o joguei depois de terminar a campanha). Há um modo de luta. Jogo para até 3 pessoas (talvez mais visto que há "???" abaixo desse número na tela de seleção). Jogo em Pt-BR.

    De ruim: Não consegui pensar me nada, mas talvez a violência e sexualização de personagens podem ser um problema, assim como os filtros padrão podem não ser chamativos para alguns, então faça como eu e experimente por lá, além de oferecer aos demais presentes a opção de escolher como prefere que os gráficos sejam visualizados.

    No geral, gostei demaaais disso daqui e estou disposto para jogar mais vezes, sem sombra de dúvidas, mas também quero conhecer outros. Acho que é o beat'em up que eu pedia a deus em tempos modernos. Quem sabe não rola uma sequência no futuro? Sensacional!

    Fight'N Rage

    Platform: Nintendo Switch
    7 Players
    2 Check-ins

    10
  • anduzerandu Anderson Alves
    2022-08-21 10:31:51 -0300 Thumb picture

    Registro de finalizações: Comix Zone

    Zerado dia 21/08/22

    Pendência enorme essa! Mais um das sagas "Vergonha de Não Ter Terminado" e "Clássicos do Mega Drive que Demorei a Conhecer". Me lembro de ouvir amigos conversando sobre o console da Sega e falando sobre jogos que eles adoravam: Alex Kidd, Kid Chameleon, Quackshot, Shinobi etc. Cara, eu não manjava nada daquilo e ainda tinha uma preguicinha de Master System e Genesis. Precisava mudar isso!

    Fui pesquisando, jogando e conhecendo essas plataformas antigas e curtindo cada vez mais, porém não escondo que a maior parte dos jogos não correspondeu com as minhas expectativas. Basicamente eu esperava um irmão perdido do SNES cheio de pérolas perdidas, mas encontrei foi aquele primo feinho, mas cheio de histórias para contar.

    Esse Comix Zone sempre me despertou o interesse desde então. Se trata de um jogo de Mega em que você controla um personagem por páginas de uma história em quadrinhos de ação, como algo da Marvel dos anos 90.

    Não lembro exatamente como foi conhecendo esse título, mas sempre o vi em todos os lugares, esquecia, lembrava novamente, esquecia novamente. Cheguei a o iniciar quando comprei meu primeiro PSP e com ele veio a coletânea de jogos "Sega Genesis Collection" em mídia física (até hoje tenho ela), mas acabei deixando de lado e adivinha só...Me esquecendo!

    Não que não seja um jogo memorável mas por algum motivo não me lembrei de o adicionar à lista de pendências e nem o baixei para o PSP anteriormente, e acabo me focando muito lá quando o assunto é "jogos de Mega para jogar".

    Vi um cara aleatório jogando isso no Facebook e lembrei que tinha que liquidar essa pendência. Porém eu estava meio traumatizado com a primeira experiência até hoje, anos depois...

    Cheguei a cogitar pegar a versão de GBA ou simplesmente usar códigos de trapaça para dar uma ajudinha então resolvi dar mais uma chance à CZ!

    Ao iniciar o jogo, a apresentação da tela título é meio estranha. O chip de som do Genesis é muito estranho e até feio, ao meu ver. Parece que estou jogando um console de camelô. A música em si não é legal, feliz e parece algo super infantil e...Pera aí, ficou legal! Meio metal! Legal!

    O enredo conta como esse desenhista, Sketch, é puxado para dentro de sua própria HQ pelo vilão e lá ele enfrentará suas próprias criações em seus próprios cenários.

    Se tem algo que CZ não peca desde o começo é o seu visual. Lindíssimo e simula muito bem a sensação e os visuais de estarmos mesmo vendo uma HQ em nossa frente. Seja nos quadrinhos divididos na tela, seja nas cores usadas para colorir a tudo. Que jogo bonito!

    O gameplay em si é meio estranho. Você anda e mete a porrada ao maior estilo beat'em up só que muitas vezes a sensação é de estar num jogo de luta ruim, tipo um Shaq Fu já que muitas vezes o combate é 1x1 e a movimentação é em um único plano (sem permitir que você ande para cima ou baixo como em Streets of Rage). É possível pular, dar voadora e fazer uns combos.

    Existe uma boa diversidade de inimigos, geralmente criados pelo vilão que trocou de lugar com você e está criando os obstáculos de fora da revista. A grande maioria é só ficar apertando o botão de golpear sem parar e rezar para que eles não defendam, mas muitas vezes é inevitável, mesmo variando muito os combos que nada passe pelas defesas intermináveis e você ainda tome dano no meio da porradaria.

    É muito comum que você vença um inimigo e logo outro igual seja desenhado em seguida, e depois outro. Meh.

    Fora os socos e chutes é possível usar itens no combate. Alterne entre os três com o botão C e o uso com o mesmo dos golpes. Os itens são encontrados pelos cenários e causam muito dano aos monstrengos, mas não são tão comuns assim.

    Além de confrontar a galera na violência você anda pelas histórias de forma relativamente livre pois em diversos momentos você escolhe se segue para o quadrinho da direita ou desce para o de baixo. Apenas muitas jogatinas e experiência vão te ensinar o que te espera por cada caminho.

    Muitos quadrinhos tem puzzles ou coisinhas que devem ser feitas, como arrastar uma caixa para alcançar a saída. Alguns tem armadilhas e até segredos que podem ser encontrados ao usar seu ratinho amigo. Todos os cenários são legais e muito convincentes e alguns você pode interagir como os rasgando. Legal demais.

    Gosto ainda de como os personagens estão sempre conversando e interagindo entre eles por meio de balões na tela. Sério, eu não consigo enaltecer o bastante o visual e a premissa desse jogo. Definitivamente merecia uma sequência ou remake (mais do que muita coisa aí).

    Porém, nem tudo é incrível e para mim o jogo tem uma falha grande: a dificuldade alta (mais uma vez). Cara, qual o problema dos jogos de Genesis?

    Entenda bem: dificuldade alta não é necessariamente algo ruim, mas tem que ser bem feito. Eu não quero ter que refazer seções inteiras só porque sim. Só porque o jogo não oferece cura o bastante ou tomo muito dano com qualquer soco. E infelizmente esse é o caso aqui. Você está se divertindo e de repente morre e volta tudo e até aí ok, mas logo vem o Game Over e você estará de volta à tela título. Quanta maldade!

    A campanha tem apenas 3 cenários, sendo que cada um tem duas fases, totalizando 6 mini aventuras. O que mais te atrasa são as batalhas pois, como eu disse, criam inimigo atrás de inimigo muitas vezes, como se quisessem mesmo adicionar tempo e desafio ao jogo.

    A dificuldade está em sobreviver. Qualquer dano na batalha já remove bastante da sua vida. Depois você cai numa armadilha, explode uma bomba e pronto, 2% de HP restantes que você vai perder num combate próximo quando um inimigo decidir causar dano durante seu combo.

    E isso quando você não morre instantaneamente caindo num buraco, por exemplo. CZ seria sensacional com vidas infinitas (sendo que você volta mesmo ao início do estágio ao morrer) no estilo Castlevania: Rondo of Blood ou ao menos com menor perda de vida para qualquer dano. Jesus, até mais fontes de cura eu estou aceitando!

    Mas todo jogo da época tinha que te fazer perder e refazer estágios. Para durar muito tempo com você, né? Para compensar o valor pago e mascarar as curtas campanhas. A locadoras daqui adoravam ver você alugar o jogo vinte vezes para os terminar, haha.

    Um fator que me fez perder a paciência com o jogo foram as sacanagens dele mesmo. As vezes havia um alçapão que eu descer, eu morria e coisas assim. Tinha uma sala com lava entre você e outra plataforma com uma alavanca que abria a saída. Tentei pular de todo jeito mas não tinha como! O que eu tinha que fazer? Vi no YouTube: ou ter um item específico e o lançar para abrir a porta ou usar o meu amigo rato para abrir uma rota secreta no painel anterior (detalhe: não tem como retroceder painéis).

    Resultado: código para seleção de fases para não ter que re-jogar tudo só para chegar naquela fase. Zero arrependimento e recomendo o mesmo.

    Resumindo: Comix Zone é um jogo com uma premissa muito interessante, mas que não envelheceu bem na questão jogabilidade e experiência como um todo, fora os visuais. Infelizmente sem códigos fica muito complicado avançar pois os inimigos são imprevisíveis e mesmo com bastante experiência, há sempre um grande desafio à sua espera. Mesmo para quem for o jogar de forma justa, prepare-se para aprender os cenários e rotas depois de muita falha e saber como reagir em cada painel das fases.

    De bom: visuais lindos. Premissa sensacional. Gosto dos personagens e do mundo do jogo.

    De ruim: dificuldade meio sacana e injusta as vezes. Muito fácil morrer e dar Game Over. Sem opção de dar uma facilitada por padrão. A dificuldade esconde um jogo bem curto e pouco inovador dentro dele mesmo e que eu dificilmente jogaria novamente. Odeio as armadilhas e sacanagens no geral.

    No geral, acredito mesmo que CZ se beneficiaria muito de um remake com mecânicas mais modernas e fluídas e a tecnologia poderia inclusive fazer página mais realistas e belas sendo feito por um bom estúdio. Esse jogo merece! No mais, um bom jogo com uma experiência capenga. Vale a pena dar uma conferida!

    Comix Zone

    Platform: Genesis
    1974 Players
    56 Check-ins

    17
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      santz · 9 months ago · 2 pontos

      Esse também é uma pendência minha. Do pouco que joguei, achei difícil bagarai.

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      hyugaplays · 9 months ago · 2 pontos

      eu só consegui brincar nele com código de vida infinita por que saporra é difícil

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      jcelove · 9 months ago · 2 pontos

      O mega tinha uma pegada de arcade caseiro e o lance de desafiar os jovens, dai quase todo jogo tinha alguma safadeza oculta pra ferrar o jogador, na maioria das vezes pra disfarçar a curra duração, o caso do CZ por sinal. Da pra zerar em 30min se tiver as manhas.

      Da uma olhada em Robocop vs terminator qq hora ja que curte contra. É um dos meus favoritosdo mega (mas bem dificil sem usar cheats tbm)

      1 reply
  • 2022-05-27 10:48:22 -0300 Thumb picture
  • anduzerandu Anderson Alves
    2022-03-13 12:28:02 -0300 Thumb picture

    Registro de finalizações: Double Dragon IV

    Zerado dia 12/03/22

    Nas minhas buscas aleatórias por promoções da Nintendo Eshop do Switch, me deparei com esse Double Dragon IV quase de graça. Peguei.

    Nessa época não tinha jogado nenhum jogo da série (joguei os dois primeiros recentemente). Nem imaginava que haviam tantos DD na série antes de inventarem esse IV. Na verdade, eu dei uma pesquisada na franquia há um tempo e pouco me recordo, mas é algo como: saíram dois jogos no NES, que na época eram bacanas e criaram toda a cultura da série. Depois, no SNES, as coisas ficaram bizarras e mais tarde ganhou sequências modernas na época do Xbox 360 e afins. Mas pelo que entendo, a franquia já perdeu seu gás há muitos e muitos anos e sobrevive mais do nome do que dos últimos jogos.

    Esse DD IV seria meio que o mesmo que a CAPCOM fez com Mega Man 9 e 10, criando novas sequências mas com o visual antigo dos primeiros jogos, de muitas e muitas décadas e apostando nos fãs oldschool como público alvo. Uma decisão meio esquisita, ao meu ver.

    Ontem, na casa de um amigo, recebemos mais um, lutador de artes marciais que sempre empolga em títulos com essa temática (rolou até um Sifu). Estávamos jogando uns party games no Switch quando ele viu o nome Double Dragon e quis testar o danado. Eu não queria pular jogos (ir do 2 direto pro 4), mas, ah, quem se importa com continuidade dessa série, ainda mais sabendo que ela mudou tanto e ainda voltou pro estilo clássico?

    Começamos então de dois jogadores, cada um usando apenas um joycon na horizontal. Não há opções relevantes na tela título, então tentei entender o menu de escolha de modo (acho que um significa que poderíamos nos acertar enquanto o outro não).

    O enredo começa meio bestão mas eu não esperava nada nesse quesito. O que me chamou a atenção nesse início foram os controles, já que no Switch há mais botões nas suas mãos. Anteriormente tínhamos um botão que atacava para frente e outro para trás do personagem e apertávamos os dois para saltar. Já em DD IV há um botão de pulo, um de soco, um de chute e um para atacar para trás.

    Fora isso, os botões L ou R usam golpes especiais. Volta e meia usávamos outros aleatoriamente, o que acredito que seja causado pelo uso do direcional + ataques. O mais curioso é que nenhum desses golpes diferentões e com sons especiais pareceu usar do nosso próprio HP para serem usados, como é na maioria dos beat'em ups.

    Apesar de toda a disponibilidade de botões e golpes, esse jogo é bizarramente fácil! Quem dizer, basta ficar apertando o ataque que quase sempre os cara morrem, um por um. Chega a ser besta!

    Estávamos mais focados nas nossas conversas e mesmo ver os cenários esquisitos, como o background, além de tentar entender esses golpes especiais.

    Para dizer que não morríamos, aconteceu aqui e ali nos primeiros estágios, geralmente nas partes de plataforma que meu amigo se matou bastante. Já o dano que recebíamos de golpes inimigos era bem "8 ou 80", sendo que as vezes você pedia muito pouco HP mesmo com muitos combos e as vezes eu morria do nada.

    Daí é o mesmo de sempre: ande, vem uns capangas e batemos neles, ande novamente. Tudo bem básico. Com sorte aparecem caixas com itens ou inimigos trazem armas para dar uma pequena variada na experiência.

    Comecei a perceber que o meu parceiro estava vacilando demais, se matando em armadilhas bobas e principalmente nessas partes de plataforma, com esteiras, buracos etc. Sinceramente, é tudo bem tranquilo apesar da primeira impressão é de que será um pesadelo. Não tem armadilhas sacanas e tudo é bem previsível e os controles funcionam bem.

    A aventura começa com 7 créditos, sendo que cada crédito representa 3 vidas. Depois de um tempo o cara estava arregaçando com esses créditos e a gente começou a dar Game Over. Pensamos em deixar de lado tamanha experiência superficial, mas felizmente há um macete de selecionar estágio: basta apertar start que o "Mission 01" no canto da tela muda e você poderá escolher entre qualquer cenário que tenha vencido. Ou seja, se morreu na fase 11, poderá iniciar a campanha de qualquer estágio até o 10, já que não vencemos o 11.

    O mais louco desse jogo é o enredo. Que cosia bizarra e sem noção (ao menos tem umas cutscenes.

    A história é de coisa do tipo (assim que você termina uma fase):

    "Os heróis estavam dirigindo pelo deserto quando um carro passa por eles... Estágio 01".

    Jogamos a fase e vem algo como:

    "-Quem fez isso?

    -Não vou contar!.... Estágio 02".

    Estávamos gargalhando com o quanto isso é bizarro. Bizarro também que tem fase que é tipo bater nuns caras na rua, entrar num bar, bater nos caras e é isso. Acabou.

    Depois de muito bater nos mesmos inimigos um zilhão de vezes e chefes se tornarem inimigos comuns e tomarmos uns Game Overs, chegamos ao final mega anti-climático e do nada acabou o jogo. Já estávamos meio que cansado no final da fase 12, a última, mas foi sim um jogo mega curto e besta. A recompensa de tudo isso foi liberar um monte de capangas para jogar no modo de luta, o Versus. Conhecendo o histórico da série com isso, nem me dei ao trabalho.

    Resumindo: Double Dragon IV é um jogo besta com cara de coisa de fã. Deu para curtir a conversa com os amigos durante a casual jogatina, mas essa experiência é completamente sem graça e inútil.

    De bom: visual retrô para fãs da época. Jogabilidade simples e cheia de golpes. Fases diferentes em temática. Macete de escolha de estágio ajuda demais, Nível geralmente baixo ajudou a digerir o mais rápido possível a aventura.

    De ruim: repetitivo. Combate simplório. Enredo ruim demais. Fator replay próximo de zero.

    No geral, fico feliz de ter adiantado mais um rápido jogo, mas que jogo superficial! Quer dizer, não faz muito tempo que ele foi lançado! Realmente é tarde demais para conhecer a franquia. Passe longe a menos que você tenha um programa estilo Combo Fala Mais Joga e precisa de algo bem simples.

    Double Dragon IV

    Platform: Nintendo Switch
    4 Players

    14
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      xch_choram · about 1 year ago · 2 pontos

      Assim não é grande coisa mesmo, mas acho que cumpriu seu papel ali de manter a marca viva, e pode ter sido um inicio para algumas pessoas, eu já tinha jogado o Neon a alguns anos mas só peguei pra jogar os antigos depois do 4

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      le · about 1 year ago · 1 ponto

      Decepção imensa esse aí. Especialmente pra um fã de Double Dragon II do NES. Parece ROMhack.

      1 reply
  • anduzerandu Anderson Alves
    2021-12-09 21:32:00 -0200 Thumb picture

    Registro de finalizações: Super Punch Patrol

    Zerado dia 08/12/21

    Final do ano chegando e eu planejava terminar bem mais jogos nesses últimos meses, mas tenho sido muito lento e grande parte dessa culpa são as ocupações da vida adulta: de segunda a sexta trabalho demais e chego muito cansado em casa, logo tenho que dormir para acordar cedo novamente e voltar pro serviço. Como nem tudo é a ganância por dinheiro e necessidade de pagar dívidas, acabei começando um novo hobby de tocar ukulele e tenho simplesmente amado a ponto de muitas vezes ir praticar ao invés de fazer qualquer outra coisa!

    Sábado e domingo são as minhas folgas, mas nem sempre estou tendo os dias disponíveis para jogar. Nesses dias na semana passada passei o tempo todo com amigos em parques e cinemas etc. Já no mais recente se resumiu a ukulele, dormir e jogar Apex Legends com os amigos. Tenho jogado um jogo single player, um bem famoso e grande, mas não tenho me animado com ele da forma que as pessoas o amam. Acho que em mais de duas semanas eu devo ter jogado umas 3 horas, no máximo.

    Fora isso tenho ligado o Switch a procura de jogos mais casuais e curtos. Até voltei a jogar mais o Animal Crossing: New Horizons só por não ter muito comprometimento.

    Entrei na eshop do console e vi uns jogos bem baratos na promoção da Black Friday, inclusive esse tal de Super Punch Patrol, um beat'em up do mesmo criador de Gunman Clive. Eu amo Gunman Clive!

    É interessante que há uns tempos atrás eu pesquisei sobre esse estúdio indie e descobri que existia esse tal de Super Punch Patrol. Porque ninguém fala dele? De quebra, joguei outro dos mesmos caras, Mechstermination Force e amei! Joguei SPP na lista de desejos e o vi agora super barato (questão de 3 ou 5 reais). Chegou a hora!

    Como eu disse, estava atrás de algo mais simples mas que fosse bem feitinho, e foi a oportunidade do recém adquirido título!

    Ao iniciar o jogo, mexi um pouco nas suas configurações. Havia a opção de colocá-lo em Português, e assim o fiz. Havia também como mexer na dificuldade, mas não gosto de mexer aí.

    Iniciando a campanha, me foi oferecida a oportunidade de escolher entre 3 personagens: um carinha padrãozinho, uma mulher e um fortão. Fui com o primeiro que aparece, o carinha.

    Bom, SPP tem o estilo desenhado de Gunman Clive, quase como se você estivesse jogando um título desenhado de caneta numa folha branca. Apesar da escolha artística, os ambientes e personagens ainda são 3D, com profundidade e diversos planos perceptíveis conforme você se movimenta pelos cenários. Tudo isso com um "filtro" que simula o 2D, mas sem tentar exatamente ser 2D (se é que isso faz sentido).

    Você logo percebe as muitas referências aos clássicos Streets of Rage. É praticamente um tributo!

    A jogabilidade é bem simples e conhecida: você anda, bate, pula. Tem um botão que defere um golpe especial (que tira do seu HP, mesmo sem acertar ninguém). Há a possiblidade de fazer golpes aéreos ao atacar depois de pular, assim como um golpe quando você corre.

    Nas fases ainda é possível agarrar os inimigos ao andar contra eles e coletar armas que eles largam ou de barris para usar no combate. Nada de novo.

    Já os inimigos tem pequenas variações de padrão e ataque, desde o lerdão que anda e dá um soco aqui e ali até os que correm para cima com facas ou dão voadora com frequência. Quem conhece o gênero sabe que esses capangas são tranquilos quando sozinhos, mas chatos em números maiores. E aqui eles tentam te cercar e basta um combozinho em você para a sua vida ser completamente drenada.

    O maior desafio de cada fase é geralmente o chefe: um grandão com ataques fortes e difícil de prever. Eles morrem rápido, mas você também, então é comum perder uma vida ou outra, mas a melhor estratégia que vi foi sair batendo loucamente ao invés de esperar o melhor momento (com algumas exceções que requerem paciência para voltar a combar).

    SPP não é fácil e a partir da segunda ou terceira fase a coisa ficou feia. A sensação é de que é um jogo feito mesmo para ser jogado em duas pessoas. 

    Chegou um momento que meu HP estava indo embora extremamente rápido e ao perder duas vidas você perde um Continue e é jogado de volta ao início daquele estágio. Que saco! Depois eu não consegui mais progredir, perdi meu último Continue e fui jogado de volta à tela título. Jesus!

    Sei que SPP tenta simular a dificuldade dos beat'em ups clássicos, mas eu não estava tão interessado assim em me dedicar a ele. Queria mesmo a experiência casual. No menu de opções troquei para a dificuldade anterior (a dificuldade do jogo em si não muda, você apenas tem mais vidas e Continues).

    Sinceramente, a dificuldade original não me pareceu justa de um jogador (talvez de dois esteja certo), então curti poder melhorar o meu número de vidas.

    Joguei mais umas fases e fui bem e logo a curta aventura terminou. Ganhei alguns trajes para os personagens, tipo roupa de karatê para ela e apenas cuecas para eles. No final das contas, senti que a experiência foi pouco original, frustrante e que não alcancei nada ao terminá-la, maaaaaas... inda vou cogitar jogar de duas pessoas ou assistir meus amigos quando não tivermos nada melhor para fazer.

    Resumindo: Super Punch Patrol é um beat'em up morno e quase nada inovador e um tanto até tedioso. Jogar sozinho só na dificuldade menor, com mais vidas e Continues. Seu estilo artístico é bem típico do grande Gunman Clive, mas logo se torna cansativo aos olhos e acaba que parece que jogamos uma única fase o tempo todo. O jogo é simples e pode ser bacana com um amigo, mas fora isso é bem sem graça.

    De bom: comandos simples. Diferentes personagens e roupas para desbloquear. Possibilidade de jogar em Português (embora linguagem não influencie nada).

    De ruim: repetitivo. Inteligência artificial frustrante. Nossos personagens tomam dano demais e tudo parece muito injusto. Nada recompensador. Pouca inovação de gameplay: uma fase em cima de uns skates.

    No geral, o jogo é muito pouco inspirado e monótono. Na dificuldade normal, com vidas e Continues bem limitados, exige demais dos jogadores que se especializem na aventura, coisa difícil em tempos modernos, com pouco tempo, muitos jogos e uma campanha que você não consegue se viciar. Streets of Rage 4 faz um trabalho muito melhor. Passável.

    Super Punch Patrol

    Platform: Nintendo Switch
    2 Players
    1 Check-in

    9
    • Micro picture
      bobramber · over 1 year ago · 2 pontos

      Se SPP seguir Street of Rage, jogar em dois também aumenta o número de inimigos (pelo menos nos clássicos, não joguei o 4 ainda).
      Pela jogabilidade e screens, parece bem inspirado no SoR mesmo.

      1 reply
  • 2021-01-02 20:12:25 -0200 Thumb picture

    Live de River City Girls hoje às 19:30 no Twitch!

    Medium 753959 3309110367

    Hoje eu vou vencer o último Boss, e tentar lembrar como eu faço pra lutar com o boss secreto...

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    Para novidades e discussões não deixem de entrar no Grupo do Discord!
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    River City Girls

    Platform: Xbox One
    14 Players
    2 Check-ins

    9

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