Registro de finalizações: The Takeover
Zerado dia 22/03/23
Desde que anunciaram esse jogo para o Switch eu fiquei bem curioso pelo pouco que vi e o coloquei na wishlist por um bom tempo pois seu preço nunca baixava. Agora que posso jogar qualquer coisa na plataforma, assim que terminei o Xenoblade 3 e liberei bastante espaço já fui tratando de o preencher novamente.
Olhei lá na lista de desejos atrelada ao console no site da Nintendo e, COMO TEM COISA LÁ, meu deus! Mas enfim, com o espaço disponível foi o bastante para baixar vários updates (inclusive alguns bem grandes) de certos títulos e ainda mais jogos, incluindo o The Takeover.
A ideia nem era jogar agora mas seu estilo e visuais da arte de capa me seduziram e resolvi dar uma olhadinha. Um tempo depois já estava na terceira fase e resolvi dar sequência logo.
A única coisa que eu me lembrava era que se tratava de um beat'em up, óbvio. Fora isso, só restava zerar que eu não me decepcionaria com uma experiência como a de Super Punch Patrol.
A tela título de TT é muito bacana, animada, tocando um rockzinho, alguns modos de jogo etc. Selecionei o modo Arcade, que era o inicial e logo veio a tela de seleção de personagens.
São apenas 3 deles: Ethan, o loirinho estilo Axel Stone (Streets of Rage), Megan, que é basicamente a Blaze e Connor, o fortão que você pode comparar com o Max ou o Haggar do Final Fight (não cheguei a jogar com ele). Cada personagem tem seus próprios atributos e a sua escolha acaba sendo focada nisso: o balanceado, a mais veloz ou o mais forte.
Eu, como sempre, acabo sempre jogando o mocinho primeiro. Aquele que não fede nem cheira e tem ataques de punhos de fogo, hehe.
Haviam outros dois slots que aparentemente eram relacionados à personagens desbloqueáveis, então é isso.
Em seguida o jogo conta o início da história através de painéis que imitam histórias em quadrinho, mas com um estilo destoante da tela título e da de seleção de personagens.
Basicamente ele deixa o lado mais sério, maduro e até antigo e segue para um estilo meio Cartoon Network ou sei lá. Para ser sincero lembra um bocado o estilo visual do Harmoknight e Tembo the Badass Elephant, ambos da Game Freak, mas pode ser viagem minha.
Essas cenas são meio simples mas tem algumas animações e são dubladas em inglês, pelo menos. Eu só não curti muito como os personagens falam frases de impacto badass o tempo inteiro, mas acho que é até meio que uma sátira com a cultura dos anos 80 e 90.
A apresentação do início de tudo na primeira fase é bem bacana! A câmera paira por perto dos carros que tem um efeito bacana espelhados na lataria numa cidade chovendo. Legal.
Logo você vai estar no controle do seu personagem e vai poder testar os comandos. Mais tarde percebi que há um menu de tutorial na tela principal mas mesmo lá é apenas um monte de texto.
Bem, não há nada muito diferente: você anda livremente em qualquer direção e pode correr apertando duas vezes para um lado ou outro. Algo interessante é que você pode rolar para cima ou para baixo se der dois toques para essas direções, o que é muito útil para sair de enrascadas (demanda um pouco de reflexo e ainda tem que lembrar que isso existe aqui, coisa que eu raramente fazia).
Há um botão de soco e um de chute e fazendo combinações com eles você faz uns combos bem bacanas e com ataques que lembram movimentos do Street Fighter. Alguns até parecem ser infinitos (mas sempre vem um inimigo por trás para te fazer parar).
Há também um botão de pulo e se você atacar enquanto pula, bem, é aquilo de todo beat'em up. Se você atacar correndo também saem golpes diferentes.
Agora a novidade é o uso da arma de fogo: se você segurar o gatilho direito o personagem mira com um revólver e apertar o A atira, porém a munição é finita (apenas 30 balas até você encontrar mais, porém esse sempre é o limite)! As vezes pode ser útil, mas eu raramente lembrava de usar isso também, fora que o dano também não é lá essas coisas.
Para terminar, dois comandos apelões: o Rage e o especial. O Rage é uma barra que enche conforme você senta a porrada e evita tomar dano e pode ser ativado assim que completada apertando o analógico esquerdo. Durante o Rage você fica invencível e causa mais dano e o mais legal é que o efeito dura um bom tempo (na dúvida compensa guardar para os chefes).
Já o especial convoca um monte de mísseis para cair na tela e detonar tudo (uma das milhares de referências a Streets of Rage do jogo). Mas não curti tanto esse ataque e esperava mais.
Sobre os visuais do jogo, eles lembram muito jogos da geração PS360. O estilo mesmo é bem coisa do Street Fighter IV. Então não é a coisa mais moderna do mundo nem a mais bonita, mas é legal de qualquer forma.
The Takeover também é fácil. Na dificuldade Normal, os inimigos são meio bobos e geralmente mal reagem à sua presença quando você se aproxima deles. O que realmente cria algum desafio é quando vários deles se juntam na tela e você acaba tomando dano quando está ocupado com outra coisa, como os muitos objetos explosivos nos cenários ou as muitas granadas que alguns lançam inclusive quando morrem.
Fora isso, basta atacar e finalizar o mais rápido possível os capangas assim que eles estrarem na tela, antes dos outros se aproximarem, e deu para passar algumas fases sem morrer nenhuma vida (inclusive graças aos muitos itens de cura que encontramos nas fases).
A campanha conta com apenas 7 estágios mas pode durar cerca de 2 horas e isso porque cada um deles é dividido em algumas seções até finalmente chegar ao chefe.
Inicialmente eu achei isso meio estranho pois durante a jogatina TT não te situa em que seção você está ou quantas ainda faltam até terminar a fase. Então como eu nem fazia noção de como o jogo funcionava, eu andava, batia em todos, de repente acaba e você vai para a próxima e de novo e de novo. Esse jogo não tem chefe?
De repente finalmente vem o chefe e em seguida a mensagem "Stage 1 Clear". Só agora foi a fase 1? Ok.
Um fator chato é que entre cada seção tem um Loading meio demorado e é sempre a mesma imagem (abaixo). Eu esperava que essas telas fossem mudando e contando o andar do enredo mas não, é sempre ver essa mesma imagem meio tosca.
O jogo tenta trazer variedade com cenários diferentes, alguns tipos de inimigos novos aqui e ali, partes com armadilhas para se pular mas é inevitável que acabe ficando na mesmice. Apesar disso, eu me diverti, não posso mentir. É puramente uma experiência feita não para pensar, mas para sair distribuindo sopapos depois de um dia cansativo ou mesmo para curtir com um público mais casual aqui e ali já que não tem nem Game Over e ao perder a última vida você só retorna para o início da seção atual.
Agora se tem uma coisa que eu curti foram duas seções com jogabilidade completamente diferente e usando veículos! Uma delas é num carro em alta velocidade e lembra um pouco jogos de corrida Arcade tendo que navegar pela cidade, se esquivar do tráfego e atirar nos veículos dos inimigos. Já a outra era num caça e lembrava um pouco o pouco que conheço de Afterburner desviando dos ataques do mal e lançando mísseis dos outros. Massa demais! Podiam até lançar um jogo só baseado nessa parte do jet que eu jogaria!
Resumindo: The Takeover é um jogo simples mas efetivo. Em comparação com outros do gênero, ele fica bem em cima do muro assim como jogar com o protagonista Ethan: não fede nem cheira. É bem melhor que outros como o Super Punch Patrol e Duble Dragon Neon, mas fica abaixo de experiências mais caprichadas como Streets of Rage 4 e Fight'n Rage. Sinto que se TT fosse na verdade o SoR4, as pessoas teriam se decepcionado bastante, mas pelo que ele é e pelo preço certo, a jogatina vale a pena sim.
De bom: visuais e trilha sonora ok. Inicialmente três opções de personagens (mas o jogo é apenas para duas pessoas, infelizmente). Tem alguma variedade no gameplay. Não é impiedoso e qualquer um consegue terminar pois Game Over só resetam seus pontos ainda te trazem pro início da seção atual e não da fase. Vários golpes e combinações.
De ruim: um pouco superficial demais. Só tem duas armas para coletar do chão no jogo inteiro. Os gráficos parecem um pouco datados (ou pelo menos seu estilo). Os Loadings não são apenas relativamente longos como ainda sempre trazem a mesma imagem. Não vi motivos para continuar jogando depois de terminar a aventura.
No geral, eu até achei legal mas realmente tem beat'em ups bem mais divertidos, completos e originais. Se você curte o gênero, é uma opção bem válida para quem já cansou dos maiores e mais famoso e quer mais, mas ainda assim eu colocaria TT várias posições atrás na lista de prioridades. Jogo ok.
The TakeOver
Platform:
Nintendo Switch
8
Players
2
Check-ins
Acho que a maioria gosta desse pela nostalgia e pelo arcade gigante pra várias pessoas.