Zerado dia 25/12/22

Feliz Natal à todos! Sei que muitos, assim como eu, se mantém online aqui na rede mesmo nos finais de ano. É engraçado que é justamente durante esse período que o Alvanista mais me marca, talvez porque eu sempre poste na época das festas e sempre me lembre das coisas que estou jogando no Natal e Ano Novo. A exemplo disso eu me lembro de ter jogado em anos passados títulos como The Last Guardian, Assassin's Creed Syndicate e Shovel Knight: Kiing of Cards, por exemplo (todos parecem tão recentes).
Esse ano, como mencionei num post recente, estou tentando terminar um número bem redondo de jogos e para isso agora, depois de Double Dragon III, só preciso de mais 2!
Na verdade eu já estava jogando outras coisas mas tudo indica que esses 6 dias restantes para o fim de 2022 não serão o bastante.

Sendo assim resolvi meter esse DD IIII: The Sacred Stones no meio e isso porque ele estava na pasta de jogos que durariam cerca de 1 hora para serem terminados no Switch e ainda seria uma boa escolha para fazer uma postagem de Natal. Para completar o combo, seria mais um jogo da franquia terminado e o elo que faltava entre o 2 e 4, ambos terminados esse ano no Switch mesmo.
O primeiro e segundo jogos, de NES, eu completei graças ao serviço online da Nintendo. O 4 estava 4 reais um tempo atrás mas o 3 nunca baixou o preço e sempre foi meio esquecido.
E uma curiosidade é que terminei quase toda a série DD esse ano e foi totalmente por coincidência. Eu realmente não tentei fazer isso e sequer planejei terminar mais de um no ano!

A ideia era terminar ontem, dia 24/12, e desejar as felicitações aos leitores na véspera mas... Que jogo absurdamente difícil! Esse é um dos casos mais complicados para se confiar no howlongtobeat.com pois o tempo indicado não é referente àquele tempo de pegar um jogo, experimentar com ele, perder, aprender e finalmente o terminar mas sim o tempo de ir do início ao fim já o dominando. Isso é bem comum em jogos antigos e esquecidos assim pois apenas quem manja vais e importar em o jogar e dar o tempo no site enquanto jogos mais populares recebem dados de todos os tipos de jogadores.
Quando iniciei DD3, achei curioso ver a logo da Arc System Works. Isso quer dizer que não era apenas um port vendido na Eshop, mas provavelmente uma versão com melhorias. E era isso mesmo!

O menu principal já meio que tinha umas configurações de emulador, incluindo a possibilidade entre jogar a versão original ou a melhorada, que era a opção padrão (mais tarde descobri que essa versão só corrige uns bugs visuais e afins).
Inicialmente gostei da versão atualizada dos sprites dos personagens, maiores e mais detalhados que no primeiro jogo e tudo parece bem ser mais do mesmo: andar na cidade, bater nos capangas e eventuais partes de plataforma.
Os comandos são bem familiares também com o A dando soco, B para chutar e apertando os dois para pular. Essa versão do Switch adiciona um botão para executar B+A simultaneamente, o que facilita um pouco. E se você visitar o manual virtual do jogo ainda aprenderá algumas outras técnicas com essas combinações.

O jogo em si é um verdadeiro pesadelo e as experiências anteriores com DD não ajudaram em quase nada. Na verdade a série não é muito fácil e inclusive penei bastante com DD Neon há pouco tempo, mas DD3 é BIZARRO!
Para se ter noção, eu não estava conseguindo passar nem do primeiro estágio! Os inimigos são super apelões e combam em você e quando você derrota um, outro já entra na tela correndo para te dar uma voadora e tome combo no seu protagonista. As vezes eles lançam objetos à distância ou mesmo se distanciam ou fazem ações em dupla para te bater já de longe enquanto você é lento e é sempre difícil bater nos caras que te rodeiam o tempo inteiro e os hitboxes são absurdos, além de exigirem perfeito alinhamento para acertar seus golpes.
Normalmente você enfrenta inimigo atrás de inimigo atrás de inimigo sem sequer mover a tela e nas fases não há itens de cura.

Depois de quebrar todos na porrada, você anda na fase completamente vazia e fica tipo "?????"
Até entrar em outra seção e vir mais capangas te maltratarem e até te matarem instantaneamente quando você toma um golpe e cai no buraco ou espinhos.
Sua barra de vida se acaba super rápido e só se regenera quando você passar de fase. Caso ela acabe, sabe o que acontece? Game Over! De volta ao início do estágio e de toda a porradaria. Na verdade, eu demorei para descobrir pois quase não saia do início do jogo, mas se você morrer você na verdade volta ao início DO JOGO!
Eu passei grande parte da noite de Natal tentando passar do primeiro estágio e mesmo quando parecia que ia bem, eu acabava morrendo de uma forma ou outra. Super frustrante!

Foi aí que eu resolvi recorrer a internet. Eu podia jurar que havia uma opção de seleção de fases no emulador do jogo e "só" precisaria me esforçar para passar de cada fase mas não o encontrei depois.
Na internet eu não achei nem códigos de trapaça. Ou pelo menos não dessa versão de NES. Ia ter que usar o savestate chatíssimo oficial (que demora para fazer um save e tem que acessar um menu para isso).
Foi aí que (re)descobri o review do AVGN! Fui lá assistir depois de séculos (já que era um episódio curtíssimo lá dos primeiros dele) e a experiência que tive foi exatamente igual a dele (que jogo ZOADO). O vídeo me ajudou a descobrir que esse jogo deve ser jogado assim: usando um ataque estilo tatsumaki senpukyaku do Ryu (Street Fighter) apertando o botão de pulo e no ar o apertando novamente.
Esse golpe especial tem bom alcance, bate nos dois lados, te deixa meio que invulnerável, causa bastante dano e não consome o seu próprio HP. Excelente! Com aquele botão só para ação de pular era só ficar o apertando como louco quando inimigos se aproximassem.

Ficou mais fácil, sim, como se tivessem baixado o nível de DD3 de Extreme para Hard (ou até Medium), porém o jogo ainda exige algum cuidado e estratégia, sobretudo nos chefes que você precisa ter o timing certo dos golpes pois eles gostam de atacar em momentos de abertura e causam bastante dano.
Comecei a ficar com dor no dedo por tanto apertar o botão do pulo/tatsumaki e até agora estou sentindo, haha.
Comecei então a fazer saves regulares em momentos importantes, como ao iniciar um novo estágio, entre duas seções e no início de uma batalha de chefe. Felizmente haviam 4 slots.
O jogo finalmente foi andando e saber que eram apenas 5 estágios me deu a força necessária para continuar. No final me estressei com alguns desafios tensos como matar mil e um inimigos dos mais difíceis e um final boss super nojento de roubado, mas tive essas ajudinhas aí para aguentar. Na época do NES eu jamais teria avançado nesse jogo.

Resumindo: Double Dragon III: The Sacred Stones é facilmente a minha pior experiência com essa franquia que por sua vez já não é das melhores. O pessoal fala mal do 4, com toda razão, mas ao menos dá para o jogar. Que catástrofe de jogo esse 3! Simplesmente uma das piores jogatinas que tive nos últimos anos, senão a pior! Infelizmente não posso dizer como é a experiência de dois jogadores mas pelo que vi jogando sozinho, acho muito difícil ser tão melhor assim.
De bom: visuais ok. Trilha sonora ok. Tem boa quantidade de movimentos a serem executados com a quantidade limitada de botões. Tem aquele tipo de história tosqueira mas ao menos tem. Dá para trocar de personagens durante o jogo para durar mais.
De ruim: super repetitivo e a campanha inteira se resume a ficar golpeando caras na tela até eles finalmente acabarem e você ir para a próxima. Você pode dizer que todo beat'em up é assim mas aqui essa lógica foi levada ao pé da letra. Pouca variedade de inimigos. Só consegui avançar com o macete universal do tastumaki senpukyaku a campanha toda e é isso: repita isso por uma hora. O jogo inteiro é injusto incluindo hitboxes zoadas, armadilhas que te matam instantaneamente, ter apenas uma vida e sempre retornar ao início da primeira fase independentemente de onde você morreu. Pouca variedade de inimigos, armas, desafios (sério, esse jogo deve ter sido criado em um final de semana de tão básico e pouco polido). Último chefe estúpido. Quer dizer, o jogo inteiro é estúpido. Bimmy e Jimmy.
No geral, eu já joguei muita coisa no NES, inclusive coisas ruins e desconhecidas mas nunca imaginei que daria o troféu de pior jogo da plataforma para Double Dragon 3. Agora falta só conhecer Super Double Dragon e Double Dragon V no SNES, mas sem planos de jogar nenhum por agora. Sobre DD3, que jogo detestável!

Engraçado a música mó de boas e o jogo mó porradaria rápida pra kct.
Also, esperando o @_fernando fazer um comentário malígno sobre o nome da música kkkkkkkkkkk