• anduzerandu Anderson Alves
    2022-12-10 18:56:14 -0200 Thumb picture

    Registro de finalizações: Hohokum

    Zerado dia 10/12/22

    Eu não me lembro o porquê de eu ter começado esse jogo (na verdade, por algum motivo, eu estava bem curioso em jogá-lo), mas eu finalmente o terminei. É engraçado como temos fases boas e ruins com jogos. Quando desbloqueei meu Switch eu criei um objetivo de focar em experiências menos duvidosas, principalmente depois de tanto jogar coisas baratas e desconhecidas.

    De repente eu estou com diversos títulos na fila: Picross, Luxor, Zuma, Hohokum. Deu até uma preguicinha de jogar e fui arrastando cada um deles. O que aconteceu com os Zeldas e Metroids da vida? Aliás, porque deixar o Switch de lado agora e ir pro 3DS e Vita?

    Eu acho que a curiosidade por Hohokum veio ao fazer pesquisas sobre a Annapurna há alguns meses atrás. Vi o nome, vi que era de Vita e pareceu legal. Na verdade parece bem coisa da Playstation mesmo.

    O pior de tudo é que coloquei na cabeça que Hohokum se tratava de um jogo do criador de Katamari. Viajei nessa!

    Começando o jogo, bem, é tudo bem psicodélico. Não tem explicação para nada ou sequer texto para te contextualizar na coisa toda.

    Você controla uma... Serpente, ou pipa, ou seria um espermatozoide com uma calda bem longa? Eu não sei dizer. Basicamente você se move por aí com o analógico, pode se mover mais rápido ao manter o X pressionado ou ir mais lento segurando O.

    Inicialmente a sensação é de que seria algo como o clássico Snake que a gente jogava nos celulares antigos mas com um "twist" com uma mensagem e tal, mas na verdade tá mais para esses jogos como flOw. Uma viagem.

    O que você faz? Bem, depende.

    A verdade é que o jogo tem um hub principal com portais que te levam para outros cenários que por sua vez tem mais portais para avançar ou voltar para as demais áreas.

    Você "voa" por aí, tem coisas que você pode interagir como quando você toca em algumas flores e outras coisas bizarras e algo acontece. Há mapas com pessoas que montam em você, coisas que são descobertas ou desbloqueadas nos cenários ao serem tocadas, as vezes em uma ordem correta. Sei lá, explore e veja aí no que dá.

    Eu realmente boiei um bocado no jogo na primeira hora ou mais das 3h30min que joguei (pareceram bem mais).

    Afinal, qual é o meu objetivo nessa lombra?

    Quando iniciei o jogo, achei mesmo que ele seria um escape para os demais que eu estava jogando, mas infelizmente ele acabou sendo tão monótono quanto eles. Cara, isso afeta o gosto por video games de um adulto!

    Sério, eu estava arrependido de o ter começado e perdi a paciência rápido. E quanto mais eu jogava, menos eu gostava. Estava pronto para fuzilar o jogo no review.

    De volta a jogatina, eu estava meio preso a ela já que tive que sair de casa do final da tarde para frente e só tinha o PS Vita para me consolar. O que eu fazia? Bem, eu voava pelos cenários um pouco, entrava no portal para a próxima área, as vezes voltava em lugares anteriores que tinham bifurcações na jornada e ia por um caminho diferente.

    Imaginei que fosse algo meio que para contemplar, experimentar e interagir sem sem preocupar muito e que uma hora eu alcançaria uma área final e o jogo terminaria.

    Só que não! Foram vindo mais e mais áreas e algumas inclusive me levavam de volta ao hub principal. Ô preguiça! Acabei dando uma pesquisada na internet para descobrir quais eram meus objetivos nesse jogo que supostamente duraria apenas 4 horas.

    A verdade é que quase todas as áreas tem um amiguinho como você a ser resgatado e você deve interagir com as coisas, encontrar um contexto e resolver o "puzzle" que tudo aquilo representa. Eu tinha salvado um já meio sem querer, mas agora sabia que deveria voltar e explorar tudo certinho.

    Muitas vezes com pouca interação você saca o que deve ser feito e só tem que repetir por um tempo, como numa tela em que você deve encontrar pessoas pelo cenário e as levar até uns trecos que parecem pinhas que também estão meio escondidas e por fim as levar até o topo das montanhas. Depois de fazer isso com umas 10 vezes o seu amiguinho aparece.

    Muitos cenários tem até umas diquinhas visuais e você só tem que descobrir como fazer aquilo, o que geralmente é simples ou pouca experimentação resolve. Outros são bem óbvios e em um minuto você já resolveu tudo. Porém há também alguns que não fazem muito sentido ou que se arrastam para caramba.

    Um dos mais sacanas e que só resolvi graças à internet foi uma tela com vários potes que eram derrubados e quebrados conforme você voava sobre eles mas depois de quebrar todos, nada acontecia. Cheguei a voltar lá depois e o mesmo aconteceu mas o que eu não percebi é que eles tinham ficado um pouco maiores.

    Em resumo, eu tinha que quebrar os potes, deixar a área, voltar, quebrar os maiores e de novo e de novo até finalmente terminar. Nenhuma outra parte do jogo requeria que você saísse e voltasse para avançar!

    Há também telas que não tem nada e só estão lá pelos visuais ou são como corredores de transição entre uma cena ou outra. Eu sempre ficava confuso se ali havia algo a ser feito ou podia ignorar e passar direto mesmo.

    Outro casos acana são algumas áreas gigantescas e difíceis de navegar em que só uma pequena parte, fácil de passar despercebida depois de tanto rolar a tela, é fundamental.

    De volta ao hub, portais aparecem e te levam direto às áreas visitadas e fica mais fácil voltar lá, mas isso ajuda pouco na confusão e navegação.

    Primeiro que os grandes portais ficam com as cobrinhas resgatadas neles girando aos seus redores, o que indicaria quais foram feitas ou não, mas só de passar um pouco perto as cobras se juntam a você para voar e logo se torna uma bagunça cheio de cobrinhas e você não sabe de onde veio qual e quais portais já foram terminados. Além disso só aparecem portais de áreas já visitadas e não há um mapa indicando lugares que ainda não foram acessados ou com bifurcações ou qual área dá em qual.

    Depois de pegar o jeito da coisa toda, eu comecei a apreciar mais Hohokum, mas ainda haviam muitas dúvidas, como: quantos amigos eu ainda preciso resgatar? O jogo vai me avisar quando eu terminar? O que fazer depois, o que acontece? Onde ir para encontrar mais cenários não visitados? É muita informação nas grandes telas e tudo é muito fácil de passar despercebido, inclusive os portais que são bolinhas em tonalidade levemente diferente do background que você deve voar por elas para abrir a passagem.

    Mas pelo menos tem uns visuais divertidinhos. Na verdade, o jogo é coloridinho e bem animado e até parece bem coisa de japonês ou lá dos lados do Katamari, sem dúvidas. Tem um carisma.

    E essas telas que aparecem quando resgatamos os amigos (3 imagens acima) são muito belas, coloridas e resumem bem como os eu amigo foi parar naquela situação. Mas é bem mais interessante na tela no Vita e bem animadinho.

    Resumindo: Hohokum talvez seja um jogo desconhecido para você e faz todo o sentido pois é bem óbvia a sua forma experimentalista e por ser algo mais de nicho. Um daqueles jogos mais focados em conceito do que gameplay, como muitos indies são. Não é necessariamente um jogo super divertido ou prazeroso e dá para entender que sua popularidade não seja das maiores. Eu acho que a experiência merecia algumas leves mudanças para melhor entendimento de contexto e progresso.

    De bom: bons visuais e boa trilha sonora. Jogabilidade simples. Belas animações. Tem umas fases diferentes e legais aqui e ali.

    De ruim: muito confuso em navegação e objetivo. Tudo extremamente vago. Gameplay simples demais e pouco diversificado. Nada recompensador fora as mini histórias contadas ao resgatar os amigos.

    No geral, não é a pior experiência do mundo, mas as chance de não ser algo para você são muito grandes. Sei que não é exatamente algo do meu gosto. Sinceramente, não recomendo o jogo. Totalmente passável.

    Hohokum

    Platform: Playstation Vita
    41 Players
    3 Check-ins

    12
  • anduzerandu Anderson Alves
    2022-05-24 13:02:31 -0300 Thumb picture

    Registro de finalizações: Ashen

    Zerado dia 24/05/22

    ~~Não encontrei a versão de Switch no Alvanista~~

    Jogo de número 9 da minha lista terminado! Faltam apenas mais 8!

    Estava jogando uns dias no meu Switch e percebi que um amigo do Fortnite estava sempre nesse jogo Ashen, todo santo dia o tempo todo. O estranho é que o cara é daqueles que só pegam jogos gratuitos ou super baratos, então resolvi pesquisar o preço no eshop-prices.com, pois provavelmente se trataria de uma boa promoção num jogo que valeria a pena, já que ele mesmo já me deu umas dicas de títulos assim na plataforma.

    Ao acessar o site, vi que Ashen estava apenas cerca de R$4,50! Curioso, mas tem muita porcaria super barato no Switch também, então tem que saber filtrar. Resolvi dar uma pesquisada e vi que se tratava de um clone de Dark Souls bem interessante! Muitos reviews falando muito bem também e eu fiquei com a impressão de que eu já tinha visto esse jogo antes. Comprei na hora!

    Fiquei bem curioso e bateu uma baita vontade de iniciar algo do gênero também. Deveria começar o Dark Souls 2 logo, mas tudo bem.

    Foi aí que vi a logo da Annapurna Interactive e que acabei indo atrás de outros títulos publicados por eles depois, como Wattam, Florence, Gorogoa. Já havia jogado no passado também What Remains of Edith Finch, Flower, Donut County, Journey, Sayonara Wild Hearts e tem mais um bocado que planejo jogar.

    No início da campanha você cria seu personagem, selecionando gênero, cabelos, pelos faciais, cores. Nesse jogo você vê bem essas características durante o gameplay (diferentemente de DS que tudo acaba meio escondido), mas ainda assim é pura estética. Você vai perceber logo também que é tudo lowpoly, assim como na minha recente experiência com Morphite (mas no Ashen é bem mais caprichado e detalhado).

    Em seguida há um tutorial e o início da história. Você aprende a se movimentar, a pular, usar seu ataque fraco, o forte etc. Bacana!

    Já no início da aventura e no mapa real onde tudo se passa logo acontecem os primeiros combates contra humanos. Tem que ter aquela malícia dos Soulslike de saber quando atacar, saber utilizar a sua stamina (gasta sempre que você ataca ou esquiva) e você também toma bastante dano a cada golpe tomado. Logo eu peguei o jeito e senti que estava tranquilo e por muito tempo até considerei o jogo um "Light Souls".

    Acredito que o maior diferencial desse jogo em relação ao gigante da From Software seja o fato de que você sempre terá um companheiro para te ajudar ou seja, é meio que uma aventura cooperativa. Habilitando as funções online, pode ser que um jogador se junte a você na sua missão, coisa que nunca aconteceu comigo pois a base instalada do Switch infelizmente foca demais em jogos First Party. Felizmente há um bot que te ajuda muito até que alguém se junte ao seu mundo (e é possível desativá-lo caso queira um desafio maior).

    Uma coisa bacana é que o mapa quase sempre é uma área aberta com bastante vegetação, rios, animais. Aqui e ali há acampamentos com bandidos rodeando fogueiras e dispostos para te atacar caso se aproxime.

    Eu cheguei numa parte com umas ruínas e morri demais nesse primeiro mapa pois haviam muitos inimigos e muitas vezes eles se uniam e dificultavam muito o combate. Alguns inclusive ficam em lugares altos atirando flechas e afins. A cura também é muito escassa nesse início da aventura, então leva um tempo para pegar o jeito e ficar forte, mas ao menos eu decorei bem o mapa.

    Logo aparecem os primeiros NPCs que estão incluídos tanto para dar continuação ao modo história quanto para te dar sidequests. Ao apertar "- (menos)" você acessa o menu de mapa e missões e pode escolher qual missão priorizar e marcar na sua bússola. Até que vale a pena fazer tudo pois as recompensas são sempre boas e as missões são poucas e rápidas.

    Fazendo missões e derrotando os inimigos que sempre voltam à vida cada vez que você descansa na pedra (igual a fogueira do Dark Souls), você ganha Scoria e pode usar desses pontos para melhorar equipamentos, comprar itens etc. Meu foco foi em deixar minhas armas mais fortes e aumentar o número de cabaças de cura que eu podia levar.

    Apenas lembre-se que morrer significa deixar toda a Scoria para trás e requer que você volte àquele ponto e as recolha de volta. Morra novamente antes de recuperar suas coisas e você perde tudo para sempre.

    O jogo foi ficando mais fácil mas também foi se expandindo: mais áreas, inimigos diferentes, cavernas e ruínas para serem opcionalmente exploradas. Muita andança! Ou pelo menos foi assim até desbloquear uma espécie de dragão que funciona como Fast Travel entre as pedras de salvamento. Lembro que nesse momento achei que estivesse perto do final depois de tanta quest de "fetch", caçar inimigos, matar uns chefes e chegar numa área bizarra. Fui ver e tinha apenas 5 horas de jogo (o howlongtobeat.com diz que sua duração é de 15 horas).

    A verdade é que eu estava jogando Ashen aleatoriamente também. Tinha dia que jogava boas horas. Depois ficava uma semana sem abri-lo. Não havia problema nenhum e eu sempre terminava as sessões confiante, mas acho que não era mesmo minha prioridade. Quando voltava, jogava mais umas boas horas e assim por diante. Joguinho viciante.

    As coisas complicaram um monte quando cheguei na área do que deve ser o terceiro chefe. Primeiro que é um saco chegar até lá pois há muitos inimigos e a área é grande. Alguns bandidos são meio que "kamikaze" e ferram demais com a sua vida! Felizmente havia uma pedra de salvamento na entrada da dungeon que eu deveria ir. Mas o problema de verdade era essa masmorra.

    Eu joguei Dark Souls e Demon's Souls e nunca vi uma dungeon tão grande. É imensa e escura, te obrigando a usar uma das mecânicas mais chatas do jogo que é andar com seu lampião em mãos (impossibilitando usar armas de duas mãos, que é o que eu vinha usando).

    Essa dungeon, além de gigantesca, é cheia de armadilhas, inimigos que te pegam de surpresa e MUITOS penhascos e coisas assim. Você morre por ser cercado de inimigos, morre por rolar para o buraco, morre por falta de item de cura. E morreu, voltou pra última pedra, na frente da dungeon, e os inimigos todos dão respawn.

    Acho que cada run nessa dungeon era uns trinta minutos. Tentei até fazer correndo mas só gerou mais frustração e perda total da muita Scoria que tinha juntado. Decorei o lugar quase todo de tanto jogar, muitas vezes ia longe e muito bem, confiante, com itens de cura, mas morria para um inimigo chato ou me matava por engano. Frustrante DEMAIS! E isso me fez largar um pouco a aventura.

    Um dia acabei passando, mas fiquei um pouco intimidado com o que poderia vir depois. E para ser sincero acabei travando logo em seguida pois deveria passar para outro lado de escombros gigantescos e explorei demais sem sucesso. Acabei pesquisando na internet e aparentemente eu tinha ganhado uma habilidade de me teletransportar para onde jogasse lanças. Parece que eu não li algum diálogo de alguma quest.

    Bom, todo o jogo antes disso deve ter levado uns dois meses de jogatina casual, mas o restante foi só nos dois últimos dias. Houveram mais áreas chatinhas e mortes aqui e ali, mas nada perto daquela dungeon. Deu para seguir. Muitas dessas áreas são mais como corredor entre duas pedras de salvamento, então acaba que quando você libera o próximo fast travel, não há muito porque voltar. Mesmo as sidequests não costumam mandar para esses lugares.

    Depois de um pouco mais de jogo, cheguei numa nova área bem iluminada, como uma cidade antiga (onde fiz várias missões opcionais). Muito bacana! Tinha uma temática meio indiana, inclusive no castelo que logo eu percebi que seria do vilão do jogo.

    Inclusive, esse castelo me deu bastante trabalho também! Outra dungeon grande e cheia de pontos escuros e mesmo forte e cheio de cura, perdi algumas vezes. Uma vez fui muito longe e morri de bobagem. Fui até o Youtube e descobri que era o final! Logo antes do ponto de salvamento! Descansei, voltei mais tarde ao jogo e cheguei ao chefe, que é escrotamente difícil! Mesmo a minha arma toda forte tirava pouca vida dele.

    Depois de muitas tentativas e um feliz save nas proximidades, venci e abri o último chefe e esse foi bem tenso a ponto de me fazer experimentar novos equipamentos es estratégias. Mas quem é Smoug e Ornstein perto do último chefe desse jogo?

    Resumindo: Ashen é um jogo muito legal e uma ótima alternativa para quem quer mais Souslike, sobretudo no Switch onde apenas o primeiro Dark Souls foi portado. Não chega a ser um jogo perfeito, mas acho que chegou perto disso em sua proposta. Infelizmente ele é um pouco frustrante e injusto em alguns momentos, mas na grande minoria das vezes.

    De bom: gosto do estilo e cores do jogo. Animações bacanas. Mapas interessantes e bem construídos. Muitas opções de armas, armaduras e runas de habilidades passivas. Conforme você avança na campanha, sua cidade se expande, novos moradores se mudam e novas construções são feitas e vai ficando cada vez mais irreconhecível! Gosto muito do gameplay em cooperação com pessoas ou bots que além de dividir a atenção com você, atacam e até te levantam quando você cai (só é permitido cair uma vez até descansar na "fogueira"). História ok. Tem cutscenes legais de vez em nunca. Textos em Pt-BR.

    De ruim: achei que meus golpes poderiam ser mais fortes depois de tanto fortalecer armas e acaba que os inimigos continuam buchas de dano. Alguns ataques de certos inimigos são irritantes, como um fantasma que te vê de longe e voa em alta velocidade para cima de você, te derrubando e causando muito dano (e não tem como defender e rolar para evitar é muito difícil). Não tive problemas com bugs, mas rolou uma vez de um inimigo me bater e eu ir para baixo do chão, morrendo em seguida. Algumas dungeons (duas em específico) são longas e escuras demais, um exagero. Sem multiplayer local, splitscreen e nem achei ninguém online no Switch (acho).

    No geral, gostei bastante do jogo e não parece mesmo ter durado tão pouco tempo, mas acredito que foi a medida perfeita para ele. Infelizmente não sei se ele volta ao preço que paguei no Switch, mas cheguei a o ver em promoção por 14 reais um dia desses, e vale muito a pena. Jogo bom e definitivamente recomendo!

    Ashen

    Platform: PC
    20 Players
    6 Check-ins

    12
    • Micro picture
      bobramber · 10 months ago · 2 pontos

      Esse não joguei, mas a pior área de dark souls pra mim foi justamente aquela em que precisava levar uma tocha para iluminar o caminho, pois meu estilo de jogo é baseado em defender com o escudo...

      4 replies
    • Micro picture
      anduzerandu · 10 months ago · 1 ponto

      Se interessar a alguém, Ashen está novamente por 4 reais na eShop da Colômbia. Vale a pena demais!

  • anduzerandu Anderson Alves
    2022-04-19 23:50:59 -0300 Thumb picture

    Registro de finalizações: Gorogoa

    Zerado dia 19/04/22

    Cara, que loucura! Eu nunca tinha ouvido falar desse jogo até uns dois dias atrás, mas fiquei sabendo de sua existência graças às minhas buscas relacionadas à Annapurna Interactive. Pois é, mais um!

    Fui verificando os jogos conforme eles foram lançados e vi alguns que não conhecia. Resolvi ir atrás deles por ter alguma noção de suas qualidades e até já ter a maioria na minha biblioteca, mas o que diabos era esse tal de Gorogoa? Vi as imagens e vídeos dele na Google Play e já fui baixando!

    Mas também vale dizer que vi alguns outros jogos que nunca ouvi falar na lista e não tenho planos para jogá-los, a não ser que seja convencido que valham a pena em algum momento futuro.

    E que jogo interessantíssimo! Eu acho que nunca vi nada igual! É até difícil dizer como ele funciona, até porque mesmo jogá-lo é meio estranho (sobretudo no início).

    Sem nenhum tutorial e totalmente contado por imagens, fica ao seu critério experimentar, aprender e interpretar a experiência.

    Mas seria algo mais ou menos assim: você tem painéis, como numa história em quadrinhos (no máximo 4 por vez na tela). Você pode rearranjar esses painéis na ordem que desejar e alguns deles permitem certas interações, como dar zoom, mover a câmera horizontalmente ou verticalmente e coisinhas assim.

    Seu objetivo é navegar e interagir com esses painéis de forma que eles se conectem e permitam que algo aconteça, como o desbloqueio de mais lugares ou painéis na tela.

    As vezes basta ver como eles se completam e colocar 2 lado a lado ou um em cima do outro. As vezes um painel pode ser colocado sobre o outro e juntos criam um mecanismo funcional ou coisa do tipo.

    Parece simples, mas como esses painéis geralmente parecem estar em contextos completamente diferentes e cheios de cores, é muitas vezes difícil perceber que uma cena específica se encaixa perfeitamente com a outra. Muitas vezes você tem um painel com um círculo vazado no meio, por exemplo, e sabe que precisa o sobrepor sobre algo que se encaixe perfeitamente ali, mas para conseguir um painel com essa forma, você tem que fazer outras combinações antes.

    Uma coisa muito bacana sobre Gorogoa é que ele tem um enredo: um monstro ataca a sua cidade e você deve ir atrás de 5 esferas para fazer uma oferenda e cessar os ataques. Então é como se você pudesse separar o jogo me diferentes capítulos, cada um focado numa esfera. Raciocínio bacana inclusive para saber quando dar uma parada quando cansar.

    Apesar disso, saber para onde você está indo ou como alcançar cada objetivo é sempre algo impossível de prever. Ou seja, você entende a história, mas o que acontece entre cada aquisição das esferas, a parte do gameplay, fica totalmente à sua interpretação própria visto que Gorogoa é bem artístico e lúdico, e isso constitui os pontos altos da experiência.

    O site howlongtobeat.com menciona que a aventura dura 2 horas, mas esse é um daqueles casos difíceis de acreditar, principalmente por não se tratar de um título muito popular. Isso quer dizer que um único usuário do site pode tê-lo terminado, calculado a sua duração mentalmente e publicado esse tempo.

    Digo isso porque sinto que devo ter jogado pelo menos umas 3 horas. Pelo menos! Como a ação é simples e rápida, muita coisa acontece dentro desse tempo!

    O início mesmo você está tentando entender como funcionam as coisas e no final os puzzles ficam mais complexos, com painéis cheios de possibilidades, múltiplos encaixes entre eles e maior necessidade de lógica para poder prosseguir sem se frustrar.

    Não posso deixar de mencionar o quão genial esse jogo é. Se você gosta de puzzles e até procura algo bom para celular, esse é o canal!

    Quer dizer, ele é um puzzle do início ao fim, de uma forma muito boa!

    Além disso, a aventura nunca me cansou, apesar de eu ter ficado sem saber como prosseguir uma vez ou outra nesses dois dias que joguei.

    A qualidade dos puzzles se manteve muito alta e o jogo me surpreendeu do inicio ao fim. E que final gostoso!

    Infelizmente o valor replay fica por conta de dar um tempo e experimentá-lo novamente depois de longos intervalos. Mas é algo tão bem feito que vale a pena!

    Descobri ainda que o danado está disponível em todas as plataformas atuais. Como assim? Talvez seja o nome bizarro ou falta de marketing, mas fica a dica mesmo eu achando que talvez seja outro título melhor no mobile!

    Resumindo: Gorogoa é um dos jogos mais originais que já joguei e um puzzle muito gostoso. Apesar de limitar bastante as possibilidades, chega a ser bem desafiador em alguns momentos e é o tipo de coisa que me agrada. A simplicidade na jogabilidade e como a trama se desenrola no próprio gameplay é muito interessante!

    De bom: visuais lindos. Boa trilha sonora. Puzzles muito criativos. Enredo que dá boa motivação ao jogo existir. 

    De ruim: as vezes requer um pouco de experimentação pois alguns painéis acabam tendo interações inesperadas.

    No geral, eu gostei demais da curta experiência e vou recomendar para todos aqueles que gostem de puzzles e belas artes. Um tanto difícil de explicar, então vale a pena ver um trailer, caso você esteja interessado! Forte candidato à um dos 10 melhores do ano. Jogão!

    Gorogoa

    Platform: Android
    6 Players
    2 Check-ins

    13
  • anduzerandu Anderson Alves
    2022-04-17 20:35:30 -0300 Thumb picture

    Registro de finalizações: Florence

    Zerado dia 17/04/22

    Ultimamente, por coincidência, tenho jogado alguns títulos da publisher Annapurna Interactive e tenho gostado bastante deles. Resolvi pesquisar quais eram os jogos relacionados e haviam coisas interessantes e outras que sequer ouvi falar, Na lista, havia Florence. Esse nome me pareceu familiar!

    Busquei no Google e descobri que já o tinha visto na eshop do Nintendo Switch e que já o vira bem barato. Daí fui à Google Play e lá estava ele: belas screenshots, bons reviews e que me deixaram bem curioso e um preço muito atrativo: R$9,95! Fiquei sabendo por essas reviews ainda que se tratava de uma experiência simples e bem curta e o howlongtobeat.com indicou a duração de cerca de 40 minutos.

    Bom, não é como se eu realmente comprasse muitos jogos de celular, mas agora estou desempregado e encerrei meu cartão de crédito para evitar de cair nas tentações! Tenho que guardar o máximo de dinheiro no momento! Sendo assim, resolvi baixar o APK. E como deu trabalho! Vários arquivos era duvidosos e o celular indicou sério perigo, coisa que nunca tinha visto (o que me fazia desistir de prosseguir). Alguns sites aparentemente disponibilizam um app de instalação de aplicativos. Não sei como isso funciona, duvido que seja funcional e muito me lembra aquelas instalações de programas de PC via Baixaki, Softonic e afins. Tô fora!

    Depois de algum trabalho, finalmente funcionou e eu já comecei, dando uma pausa na jogatina de PS4 enquanto o controle carregava.

    Como mencionei, esse jogo não é exatamente um jogo, mas sim uma experiência, uma história sendo contada.

    Antes de tudo eu tenho que dizer que Florence pareceu ótimo para o celular. Sei que ele foi lançado para PC, Switch etc, mas acredito que ele tenha sido pensado originalmente para uma tela de toque de celulares, até porque muitas vezes o enredo prossegue como por meio de um dispositivo mobile e com a acessibilidade e agilidade dos dedos.

    Começando a aventura, o jogo está todo traduzido para o PT-Br, e isso é importante para entender uma aventura que tem alguma base na leitura, muito embora grande parte do tempo os textos nem estejam presentes e o foco fica por conta das ilustrações.

    E falando em ilustrações, esse jogo é apaixonadamente bonito. Tanto os desenhos e cores quanto as belas e suaves animações. Há um clima meio melancólico que lembra muito o cinema quando o assunto são filmes menos "pop" e mais focados na nossa realidade, dificuldades e, claro, momentos positivos.

    O enredo se inicia com a protagonista sendo apresentada desde a sua infância, passando pela adolescência e fase adulta. Sabe aquela rotina de acordar, desligar o despertador, comer, pegar o trem, acessar as redes sociais, trabalhar etc? É bem isso.

    A jogabilidade, porém, é linear e não há escolhas. Você segue a história como ela é contada e joga minigames.

    Esses minigames são coisas simples e, infelizmente, nada desafiadoras. São mais como um teste de raciocínio lógico bem fácil ou mesmo só arrastar umas coisas de um ponto ao outro, mas tudo está relacionado com o contexto do momento.

    Um bom exemplo disso é a primeira vez que realmente jogamos e o que você deve fazer é arrastar a escova de dentes de um lado para o outro para lavar sua boca. Já no metrô, a tela do celular se abre para você poder curtir ou compartilhar publicações dos outros. Mas lembre-se: essas coisas são afetam o desenvolvimento da história e devem ser feitas para continuar à próxima cena.

    Em vários momentos a história é contada e você arrasta a tela verticalmente (as vezes horizontalmente) e só acompanha os acontecimentos. Diria que como ler mangá online pelo celular, para quem sabe como é (mas de uma forma bem melhor).

    É muito fácil ficar preso à aventura pois tudo acontece muito rápido e os visuais e músicas, mais uma vez, são muito belos. Fora que você sempre quer ver como será o próximo "minigame" e no que as cosias vão dar. Como será que os criativos desenvolvedores me surpreenderão em breve? Massa demais!

    Não vou mentir que depois de cerca de metade da campanha, parece que o foco ficou mais na narrativa e os joguinhos começaram até a se repetir, as vezes de uma forma mais "difícil". Mas é aquilo, tudo faz sentido, mesmo em repetir, conforme o contexto.

    Depois de um tempo eu só queria ver para onde as coisas estavam indo, mas a história ficou meio melosa.

    Outra coisa meio chata é que Florence é dividido em capítulos (20 deles) e quase sempre é tudo meio corrido demais e o jogo acaba fazendo muitas pausas de transição de um para o outro.

    Aparece o nome e número do capítulo, você arrasta a tela umas vezes, faz alguma coisa como "raspar" a tela com o dedo e a temática do capítulo é resolvida, sendo seguida por mais um nome e número, do próximo capítulo. Toda hora essa pausa é levemente irritante.

    E a curiosa experiência foi cada vez mais perdendo um pouco de sua própria inovação. Definitivamente os primeiros momentos do jogo são os melhores.

    De repente a campanha terminou e chego a duvidar que foi próximo dos tais 40 minutos. Pareceram 20!

    Resumindo: Florence é uma experiência rápida, bonita e que deixa uma lição no final de que as coisas são assim mesmo e está tudo bem. Rápido, mas funcional, já me fez pensar em outras pessoas para o recomendar, pois me lembra bastante elas.

    De bom: lindos visuais e animações. Criativas formas de interagir com a tela do celular. Enredo que te pega e uma lição bacaninha. Rápida campanha e jogabilidade permitem que qualquer pessoa o experimente até o final.

    De ruim: achei que o jogo ficou meio desinteressante próximo do final. O final é meio brusco. Acho que poderiam ter desafios mais difíceis ou segredos para gerar algum fator replay. Muitas interrupções para mudar de capítulos, até porque todos eles são bizarramente curtos.

    No geral, foi muito legal isso daqui, só não espere algo super mega épico. Mas dá para recomendar para diversos públicos, inclusive quem não é do mundo dos jogos. E eu recomendo! Legal!

    Florence

    Platform: Android
    34 Players
    6 Check-ins

    9
  • anduzerandu Anderson Alves
    2020-12-29 13:45:49 -0200 Thumb picture

    Registro de finalizações: Donut County

    Zerado dia 29/12/20

    Donut County, um jogo que eu nunca tinha ouvido falar, entrou em promoção na eshop do Nintendo Switch há uns tempos atrás. Achei o nome e o visual interessante e fui ver o vídeo da loja. Que legal!

    Fiquei na dúvida se comprava ou não, provavelmente por já ter gastado demais com o cartão de crédito, e acabei perdendo a chance, mas o adicionei à lista de desejos do console.

    Volta e meia eu me pegava olhando o eshop-prices.com para ver se o jogo tinha tido o preço cortado mais uma vez, mas nunca voltava! Eu não conseguia me esquecer de DC!

    Há pouco mais de uma semana o dito cujo finalmente voltou a custar R$10 e eu não pensei duas vezes (e ainda ganhei moedas o bastante para adquirir outro jogo que estava interessado de graça). Donut County ficou tanto na minha mente, e a necessidade de jogar algo mais tranquilo, que ele saiu furando fila e já o terminei!

    A experiência em questão é bem diferente de quase tudo que conhecemos: controlamos um buraco que deve engolir tudo na tela. Quanto mais coisas caem dentro do buraco, maior ele fica e maiores objetos podem ser inseridos dentro do mesmo, como se você começasse um estágio devorando pedras e flores e terminasse engolindo carros e casas.

    Acho que o mais próximo de comparação com DC é a série Katamari, que andamos por cenários rolando uma esfera que adere a tudo o que for de seu tamanho ou menor, ficando maior conforme você junta mais e mais coisas. A ideia de DC é bem parecida, inclusive com um humor bem diferenciado, mas o jogo peca em outros aspectos.

    Um de seus defeitos é que as fases são muito limitadas. Você controla o buraco, mas fica limitado a movimentá-lo apenas na tela, já que a câmera é fixa. Colete tudo o que ver e a câmera ou se afasta para visualizarmos mais objetos ou simplesmente muda para outra posição, como uma sala ao lado, diferente do Katamari que dava completa liberdade 3D de andar por um grande cenário dividido em muitas seções.

    Essa limitação de área deixa DC muito linear, pois é quase como se todos os objetos fossem de tamanhos diferentes e você quase sempre tem que os pegar na mesma ordem. Nem tem muito o que pensar: veja algo que caiba dentro dele e o engula e agora, maior, colete a próxima coisa que couber.

    A interação com objetos e usá-los para alcançar novos coletáveis demora um pouco para chegar e ainda assim é quase sempre muito simples ou óbvia.

    Acaba que DC é mais um jogo de "limpar a tela de tudo" do que um quebra-cabeças. Ótimo para quem quer relaxar, mas meio fraco para quem esperava algo mais inteligente e criativo.

    São pouco mais que 20 fases, e todas são curtíssimas! De cerca de 1 minuto cada, podendo variar para menos ou mais. A ultima fase, por exemplo, deve ter durado uns 5 minutos.

    Ao terminar um estágio, uma tela se abre mostrando tudo o que você coletou, e você ainda pode checar num menu na tela inicial essas coisas. Eu não sei se ele mostra tudo o que cada estágio tem e o que falta ser coletado, pois entrei lá depois de terminar o jogo e não vi nenhum indicativo disso.

    Por outro lado, eu realmente nem sei se tem como terminar o jogo sem pegar tudo, pois é tudo muito limitado. No final houveram cenários com seções que pareceram levemente opcionais, mas ainda assim acho que você é quase que obrigado a pegar tudo.

    Mas DC ainda é legal de jogar e curtir.

    Há um enredo bem viajado contado entre cada estágio e que contextualiza cada um deles, incluindo muitos dos agentes que engolimos com o buraco e os colocando para dialogar a 999 pés abaixo da terra.

    Essa história toda atinge o clímax numa batalha contra o vilão do jogo no final, algo que DC não tinha feito até então. Foi bem legal sair de sua rotina um pouco.

    Lá pela metade da curta aventura você também usará de mecânicas diferentes ou de um pouco mais de lógica e da física do jogo. Posicione o buraco sob as pernas dianteiras de uma cadeira para ela perder o equilíbrio e cair para a frente, ou para trás se posicionando abaixo das pernas dianteiras. Faça objetos grandes que não cabem no buraco tombarem e derrubarem objetos menos que estiverem acima deles.

    Houveram momentos que eu tive que encher o buraco d'água e conduzir eletricidade ou arremessar certos objetos (que o jogo escolhe em certas fases) para interagir com outros acima que eu não poderia alcançar.

    Resumindo: Donut County é um jogo legal e divertido, mas um pouco simples e curto demais. Há um humor diferente e um prazer em limpar os cenários e um quê de Katamari, mas no final das contas é apenas um passatempo bestinha, infelizmente. Sinto que houve um grande potencial desperdiçado aqui, apesar de não ter me arrependido da compra. Descobri que o jogo foi lançado para outras plataformas, incluindo celulares e, se soubesse disso antes, teria ido de mobile (testei jogar na tela do Switch e se duvidar curti mais o touchscreen do que jogar pelos joycons).

    De bom: visual 3D que simula 2D bonito, lembra um pouco Pan-Pan. Jogabilidade simples e de fácil entendimento que qualquer criança conseguiria jogar. Humor legal. Jogo em português. Gostei do fato do jogo não simplesmente terminar com uma fase igual as outras.

    De ruim: cenários limitados, curtos e rápidos demais. Esperava algo que me fizesse pensar, mas acaba sendo quase sempre um jogo de sair andando com o buraco e sugando as coisas até acabar. Zero desafio. Super linear. Diálogos demais.

    No geral, até os 10 reais que paguei, eu recomendo o jogo e provavelmente mais no mobile. Fora isso, é mais um indie simples. Não odiei, não amei, mas esperava mais pelos trailers. Jogo bem ok, passatempo ótimo!

    Donut County

    Platform: Nintendo Switch
    17 Players

    9
  • arthr Arthur
    2020-01-09 11:21:00 -0200 Thumb picture
    Post by arthr: <p>Kentucky Route Zero: TV Edition será lançado em

    Kentucky Route Zero: TV Edition será lançado em 28 de janeiro.

    Kentucky Route Zero: TV Edition

    Platform: Nintendo Switch
    3 Players

    0

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