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Jogo finalizado #276 – Elden Ring (PS5)

4º em 2022

Sim, eu tava sumido. Afinal, maioria das minhas postagens são acerca de games que zerei, e bem... desde o lançamento desse game ele é tudo que eu tenho jogado! Foram 50 dias jogando apenas Elden Ring, 200 horas contabilizadas e não parei de jogar até após a platina pipocar! Como grande fã dos games da From Software eu afirmo: é como se Elden Ring fosse o TCC do estúdio, reunindo qualidades de cada um de seus games passados, agregando toda sua experiência e feedback dos fãs para criar sua obra suprema.  O ano não está nem em sua metade e eu já considero este como o GAME OF THE YEAR 2022 kkk Fazia tempo que eu não ficava tão instigado com um jogo, que não jogava tantas horas um único game em um período relativamente curto. São poucos games que conseguem isso, então, admiro ainda mais Elden Ring.

Um jogo viciante calcado na gameplay, um mundo aberto delicioso de se explorar, nunca me senti tão instigado à explorar um game como esse, até mais do que Breath of the Wild. E isso sem um monte de ponto de referência no mapa. A gameplay continua primorosa como de costume, porém aqui temos um elemento que deixa tudo muito mais dinâmico: o pulo! Como é bom pular. Também é sensacional as funções do nosso corcel espectral, o Torrent. Cara... ele tem pulo duplo!!! É o cavalo mais usual de todos os games já feito, o pé de pano faz tudo! Além disso o jogo contém uma mecânica que facilita bastante os combates contra bosses: o summons. Com um sino podemos chamar praticamente qualquer mob inimigo do jogo para batalhas, desde que encontrado seu item no decorrer do game. E o mais apelão de todos é o Mímico, uma gosma que se transforma em uma cópia exata do jogador no momento da invocação... Se upado então.... além de distrair o chefe ainda tira grande quantidade de HP. Além disso, outra facilitada que o jogo dá é que agora exitem muito mais pontos de graça (antigas bonfires) e podemos dar fast travell a partir de qualquer ponto do mapa, isso sem contar os pontos de check point que tem perto de qualquer chefinho ou chefão, as estátuas de Marika. Sim, o jogo está BASTANTE FACILITADO, creio que é o jogo mais de boa da From Software, mas tudo bem, tudo depende de quanto o jogador explora, de quanto farma, de quantos itens usa e tudo mais. Ainda é possível encontrar desafio aqui, porém o jogo dispõe de muitas opções para contornar isso.  Creio que o único defeito do jogo seja a repetição de mini bosses que encontramos em dungeons e pelo mundo aberto. Creio que encontramos pelo menos 8 variações de cada mini boss existente, seja versão de algum elemento específico ou um mash up com dois desses inimigos juntos em uma arena. Porém isso não chegou a me tirar do sério não, afinal, o jogo tme tanto conteúdo, que a gente perdoa. 

O mapa do jogo é denso e lotado de coisas para se fazer, seja derrotar inimigos básicos, seja derrotar mini bosses, se aventurar por cavernas, minas de escavação ou criptas (todas com um mini boss no final). E é impressionante o quanto NÃO CANSA! Explorei ao máximo cada cantinho das Terras Intermédias, esse mapa maravilhoso de Elden Ring: redescobri a forma "souls" de se jogar nos belos campos verdes de Limgrave, onde certa vida ainda existe; sofri pra dedéu com seres terríveis e desafios intensos no hostil mapa de Caelid, a terra tomada pela podridão escarlate; me encantei com o belo mapa de Liurnia, região dos feiticeiros e onde se encontra a prestigiada Academia de Raya Lucaria; sofri bastante no montanhoso mapa do Monte Gelmir, local em que se encontra a Mansão Vulcânica; me surpreendi com os amarelados campos do Platô Altus, área que circunda a capital e possui um tenebroso pântano; fiquei embasbacado com a belíssima cidade da Capital Real de Leyndell, local onde se encontra a imponente Térvore; penei para fazer tudo nas gélidas terras das Montanhas dos Gigantes, parte proibida onde jazem centenas de gigantes; sofri bastante também na região da Arvore Sacra de Miquella, onde se encontram os inimigos mais difíceis do jogo; explorei deslumbrado todas as Terras Subterrâneas, seja a cidade de Nokron, de Nokstella, o Mausoléu de Moghwyn, entre outros locais; e claro, o derradeiro mapa flutuante de Farum Azula, local amaldiçoado por um redemoinho e lotado de bosses. Sérião, fiz tudo que dava para fazer nesse game em uma run, se formos levar em consideração a exploração do mundo. 

Outro fator altamente instigante de Elden Ring é sua história e toda sua lore. Sim, a forma de contar história da From Software continua a mesma: curtas cut scenes , muita conversa com npc, leitura de itens importantes, e descrição da maioria dos itens do inventário. Porém, como bem sabemos, o jogo conta com a participação criativa de George R. R. Martin, e realmente até dá para sentir a diferença aqui. Com uma trama que consiste com intrigas palacianas e muita mistura familiar, se é que me entendem. O mundo se chama Terras Intermédias, e é um local que se encontra em caos desde que os deuses que governavam o local foram atacados por um grupo conhecido como os Facas Negras, o que ocasionou a morte de Godwyn, filho da deidade suprema desse mundo, Marika. Muitos combates entre os semideuses ocorreram, até mesmo embates que devastaram regiões dessa terra, como um entre Malenia e Radahn, que fez Caelid virar uma terra castigada.  O Elden Ring é um artefato de poder, e quem mantinha sua posse era conhecido como Elden Lord, o governante dessas Terras. Acontece que após esses ataques e desavenças, Marika quebrou o Elden Ring, e foi aprisionada dentro da Térvore, uma gigantesca árvore dourada de origem divina. E é nesse cenário de um mundo em crise, semideuses em guerra e corrompidos que nós somos introduzidos, como um guerreiro Maculado, soldados de outrora que foram banidos das Terras Intermédias, com o intuito de recuperar o Elden Ring e nos tornarmos o Elden Lord. Contamos com a ajuda de nossa donzela improvisada Melina, com nosso fiel ferreiro Hewig, a canalizadora de espíritos Roderika, o dúbio sábio Gideon, a velha leitora de dedos Enia, além de diversos outros personagens a quem podemos fazer sidequests, alguns de maior importância que alteram o final, como a bruxinha Ranni, a misteriosa guerreira Millicent e a companheira do leito de morte Fia, além de outros de menor importância mas ainda assim com quests interessantes como a do Lobinho Amigo Blaidd, a do Potão Alexander, da Feiticeira Sellen, do Comedor de Estrume, da Caçadora Nepheli, da consorte Tanith, do clérigo Irmão Corhym, do medroso e careca Patches (que aparece em quase todo jogo da From), além de vários outros npcs com quest de menor relevância, como o Kenneth Haight, Diallo, Rogier, Irina, Thops, Seluvius, Varré das máscara branca e alguns outros. Minha vergonha é que perdi algumas quests terciárias como algumas da mansão vulcânica e uma ou outra de pequena importância. 

Enfim, é um jogaço sem sombra de dúvidas! Mais uma obra prima de Hidetaka Miyazaki (caraca escrevi o nome dele de primeira e acertei!) que marcou época. Acertaram em cheio em trazer um mundo aberto que todo fã de Souls pedia. Tem gameplay excelente,  Bosses principais marcantes, uma lore interessantíssima, trilha sonora muito boa (amo a música tema e de alguns bosses como o Godfrey, do Radagon ou da Malenia), gráficos que apesar de simples, são sim muito bonitos e a direção de arte compensa e muito com cenários de tirar o fôlego e cada área com sua personalidade própria. Obra perfeita tanto para fãs dos games da From Software, assim como uma porta de entrada ideal para quem deseja se aventurar. Já pode entregar o prêmio Geoff Keighley (eita que escrevi certo de prima tbm kkk) 

 Nota 9,9/10!

Só para constar: comecei o jogo com a classe Confessor, meio que um clérigo de combate. De início era uma espada na mão, um escudo na outra e eventuais recorridas à um milagre de cura ou bolas de fogo.  No entanto no decorrer da aventura abandonei a ideia de castar milagres ou magias e foquei basicamente em upar força e destreza, além, é claro, de vitalidade, vigor e fortitude. Por grande parte do jogo minha fiel companheira foi a Presa do Cão de Caça, uma espada grande mas ágil, com um excelente golpe especial que dá um golpe giratório e depois uma investida com teleporte para perto do inimigo. Porém também alternada para outras espadas menores e rápidas como a katana Moonveil, que tem propriedades mágicas e uma outra que aplica sono nos inimigos. Porém lá no endgame tive acesso à famosa katana Rivers of Blood e não teve outra... kkkkk virei praticamente o mestre do sangramento, usando essa katana na mão direita e outra katana na mão esquerda com efeito de sangramento (Cinzas da guerra do Sepuku), utilizando ainda a máscara branca e talismãs propícios ao sangramento! Gostoso demais kkk juro que derrotei a Malenia sem maiores problemas xD

SPOILERS:

Acontece que essa entidade Marika chegou às Terras Intermédias para governar com o poder do Elden Ring, e nisso ela se casou com Hoarah Loux, um poderoso guerreiro daquelas terras, que após o matrimônio passou a se chamar Godfrey, o Primeiro Elden Lord. Ambos tiveram filhos, Godwyn, Mohg e Morgott. No entanto esses dois últimos nasceram com a maldição do agouro, com chifres crescendo de seu corpo. Além desse núcleo, é sabido que um nobre guerreiro chamado Radagon enviara seus soldados para tomar as terras de Liurnia da feiticeira e dinvidade lunar Rennala, porém ambos se apaixonaram nos campos de batalha e tiveram como filhos Radahn, Rykard e Ranni. Porém eventualmente Radagon abandona sua esposa e se casa com Marika. Porém o que é oculto é a real origem de Radagon: ele é o lado masculino de Marika, ambos são parte da mesma divindade. E o bizarro é que eles possuem filhos advindos dessa união, Malenia, Miquela e (supostamente) Melina.  Além deles, ainda temos Godrick, parente distante de Godwyn, portanto ainda tem sangue divino da ordem dourada e Malekith, que supostamente seria irmão de Marika. E bem, nem preciso falar que enfrentamos e damos cabo em cada um dessa complexa árvore genealógica, com exceção de Godwyn que já está morto no início da história do game kkkk Após tanta matança de sangue divino, finalmente nos tornamos o Elden Lord. 

Ahhh e eu cheguei a ver todos os finais para a Platina, porém o que eu mais gosto é o final básico, em que simplesmente derrotamos Radagon/Marika, colocamos sua cabeça de volta ao corpo e nos sentamos no trono de Leyndell, dando início à uma era próspera para as Terras Intermédias, um período que será lembrado como o período de Ruptura. Os outros finais são interessantes, porém o final da Ranni me pareceu meio que o Maculado fica como um "gado" da bruxinha, que aparentemente traria uma era sombria para o local. Não gostei também do final em que somos tocados pelos três dedos, situação em que a loucura do Frenesi domina o Maculado, que destrói de vez a Térvore e lança chamas de insanidade por todo o continente. Aliás, os outros finais alternativos são somente variações do final básico, eu vi apenas o relacionado à quest da Fia e ao da quest do Comedor de Estrume, e o que muda, é a coloração do ambiente e a denominação da Era que se inicia kk

Elden Ring

Platform: Playstation 5
79 Players
85 Check-ins

11
  • Micro picture
    santz · 11 months ago · 2 pontos

    Todo mundo que pega esse jogo some do Alvanista por um tempo.

    1 reply
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