Com a nova geração de consoles vindo, ouve muita discussão a respeito das mudanças que viram nos futuros jogos que viram e eu estive pensando em como o PS5 com sua nova arquitetura poderá mudar os próximos jogos da Sony.
Não sou uma pessoa da área de hardware ou desenvolvimento. Mas gosto de acompanhar os jogos que eu gosto e gostaria de entrar na discussão do próximo PlayStation.
No início da década passada, a indústria de smartphone estava crescendo vertiginosamente. Muitas empresas estavam gerando grandes receitas com a venda de celulares e suas constantes atualizações anuais. Pequenas atualizações nas especificações, se comparado com a versão anterior, sem grandes mudanças em sua arquitetura, sendo familiar para o público ao mesmo tempo que atraente para os mais exigentes em performance para seus aplicativos.
Todo o fervor dos smartphones impactou diversas indústrias, inclusive a de videogames. Com muitos acionistas desejando as constantes revisões de hardware dos smartphones de olho em um possível aumento se receitas.
Mas a indústria de videogames, como já provado em vários períodos, não é um indústria fácil de se estabelecer. Com pouca concorrência devido sua alta complexidade. Uma das empresas que se negaram a mudança de estrutura de desenvolvimento de consoles nós videogames foi a Sony.
Quando um desenvolvedor vai criar um jogo uma das bases que irá ditar o rumo do projeto é a plataforma que ele será desenvolvido. Ela irá definir completamente a estrutura do jogo, uma grande quantidade de jogos usa a plataforma mais popular entre seu público para desenvolver do início seus jogos. Para os consoles de mesa, o PS4 é muitas vezes a plataforma em que o jogo será criado do início ao fim. Seguindo esse raciocínio, os limites e a arquitetura desse sistema vai definir como o jogo rodará e como sua estrutura será moldada. O limite do PS4 é o limite de até onde esses desenvolvedores iram.
E quando a gente fala de consoles a gente fala de um hardware que será projetado focando em um baixo custo para um consumidor final usar em sua TV. Todo o projeto é voltado nas exigências desse público, nas tendências atuais de tecnologia e do feedback de desenvolvedores.
Com o PS4 a Sony seguiu muitas das características do PS3, com mudanças claramente influenciadas no feedback do público do PS3 e desenvolvedores. Para os desenvolvedores arquitetura do console mais próxima do PC e mais fácil de se desenvolver foram os grandes pontos da arquitetura do console. Para o público as resoluções maiores, o custo-benefício e o novo controle foram grandes destaques.
Com o sucesso do PS4, em grande parte de seus jogos exclusivos. É de se esperar que o PS5 siga a fórmula de desenvolvimento do PS4. Mas a Sony foi um pouco mais longe, trazendo mudanças que iram impactar a estrutura nas quais os jogos futuros iram seguir nessa próxima década. Justificando o solto que, só uma nova geração de consoles pode trazer. Deixando a tecnologia padrão anterior, em pró de uma nova arquitetura reformulada.
Mas quais seriam os impactos dessa mudança?
Bem, usando de exemplo o maior sucesso do PS3, o The Last of Us. O que vimos do jogo no console original para os próximos projetos do estúdio para o PS4 foi um realismo de igual pra igual com as artes Conceituais dos desenvolvedores. Isso porque a nova arquitetura providenciava ter mais texturas e de maior resolução, um desenvolvimento mais simplificado em um hardware que casava perfeitamente com jogos cinematográficos. Com seu blu-ray e HD interno com grande capacidade de armazenamento e sua placa gráfica potente.
Cinemáticas impressionantes e cada vez mais complexas.
O maior processamento garantia ainda que, com o tempo, os ambientes ou cenários, começassem a ficar, título após título, cada vez maiores. Podendo até mesmo possibilitar que os desenvolvedores criassem um jogo em mundo aberto se desejassem. Com as ferramentas atuais, sem grandes problemas.
Mas a arquitetura do PS4 vem com um porém, ela é toda arquitetada para o uso de HDs e está limitada as limitações dele. Boa parte do processamento do console acaba sendo usado para descompactar os arquivos, ou seja grande parte do processamento acaba sendo afetado por esse processo. Os jogos necessitam de longos loadings, que durante o jogo acabam sendo disfarçados por seções em caminhos fechados e longos. Os famosos corredores.
E mesmo que usuário coloque um SSD no console, a mudança não gera efeito pois toda arquitetura não foi pensada para o uso dessa tecnologia. Mas esse ano foi revelado que o novo console será completamente pensado no uso do SSD.
Com o uso do SSD e toda a arquitetura voltada em transmitir dados o mais rápido possível. O processamento do console poderia ser mais usado para outras necessidades dos jogos. E os loading já não seria mais um preocupação no momento de se criar as estruturas e os cenários do projeto.
Um personagem, por exemplo, poderia se movimentar de um ponto para outro no mapa, em uma velocidade ainda não vista em jogos. A escala dos mundos, seria muito maior. A câmera do jogo poderia se movimentar livremente, sem estar limitada aos pontos do mapa carregandos ao redor do personagem.
Pois como os dados poderiam ser processados muito mais rapidamente dará maior dinamismo e movimento não só para a câmera e com isso o controle do jogador dentro do jogo. Mas também das mecânicas, já que mais inimigos poderiam aparecer na tela e agora muito mais inteligentes e sorrateiros, já que o jogador poderá agora com maior fluidez se movimentar pelo cenário.
Os jogos iriam direto ao ponto, sem enormes corredores ou outras limitações. Os Fast travel seriam instantâneos e jogo poderia criar momentos inusitados ao jogador.
Como uma mudança instantânea de cenário, ou o aparecimento instantâneo de um chefe.
Com a nova geração, as novas arquiteturas iram além de aumentar os números de potência. Mas sim de abrir novas possibilidades nos consoles. Com tecnologias que nem nos PC estão presente de forma difundida. Uma mudança para os designers de jogos e programadores e uma experiência muito mais imersiva aos jogadores. Uma nova experiência nos jogos dessa nova década que se inicia.