Bom dia/tarde ou noite pessoal!
Cá tô eu aqui depois de MILÊNIOS fazendo um novo artigo na Alva... sério, deve fazer uns anos aí... mas tanto faz, isso não tem relevância alguma pra postagem.
"O que é Castlevania Grimoire of Souls ?" alguns devem estar se perguntando.
Ele se trata do título mais recente dentro da franquia, trazendo uma estilo gráfico simplesmente lindo e um gameplay clássico e já conhecido, com alguns dos rostos mais favoritos vistos entres os títulos da série e fazendo com que estes lutem juntos contra uma nova ameaça que apareceu diante os tempos atuais.
Grimoire of Souls foi anunciado em Abril de 2018 e é um título exclusivo para celulares, seguindo o esquema que muitas outras grandes franquias tem tomado, tornando ele mais um dos jogos de Gacha dentro do mercado mobile.
A História
Podemos assumir que em termos de ordem canon na franquia, Grimoire of Souls se encontre após os eventos de Aria of Sorrow e antes dos eventos de Dawn of Sorrow por diversas circunstâncias. A primeira é que Alucard toma sua persona de Genya Arikado durante quase todas as cenas de história do jogo e a outra que Soma está presente dentro do jogo e Alucard já o conhece e os personagens novos introduzidos dentro do jogo também.
Todo o modo história do jogo é liberado enquanto nos aventuramos nos "Grimórios", que são livros que contém eventos e informações do passado, contando batalhas históricas e feitos realizados por grandes heróis do passado e presente.
Estes momentos da história são visitados pelo protagonista que é o Alucard e também com a assistência de Lucy, a personagem que faz parte da organização que cuida desses grimórios históricos. Algum fenômeno está tomando conta dos livros e re-escrevendo as histórias contidas nos eventos e com isso, a possibilidade de heróis serem apagados completamente de suas épocas por serem derrotados pelas alterações feitas por esse fenômenos, é possível acontecer. Cabe a Alucard, com a assistência de Lucy e os outros heróis, investigar o ocorrido dentro dos Grimórios e coletar a alma dos monstros responsáveis pela distorção e retornar a ordem nas devidas épocas.

Lucy é uma edição extremamente bem-vinda na franquia. Ela é a clássica pesquisadora extremamente inteligente para a sua idade e conseguiu sozinha restaurar toda a pesquisa em relação a como adentrar aos Grimórios pois mais tarde no jogo, é descoberto que essa pesquisa em si havia sido totalmente destruída por uma das membras da organização que acabou se mostrando uma traidora.
Ela é cativante e a forma como ela se sente feliz em ajudar e simplesmente emocionada por estar tão perto de tantas figuras heróicas, é como se ela passasse a mesma sensação que nós, os jogadores, provavelmente teríamos ao encontrar esses personagens pessoalmente.
Cada Grimório pode ser visto como os Capítulos do jogo, cada um deles representa um jogo dentro da franquia e dentro dos mesmos, estão diversas Stages divididas em pequenas áreas, mas que cada uma representa uma fase ou área dentro do jogo que o Grimório representa.
Vamos pular o primeiro Grimório que é o representante do Castlevania original pois ele apenas conta como Stage o já conhecido Castelo, sem nenhum outro detalhe a mais, seu Chefe sendo o já velho e conhecido Vampire Bat. Simon é o representante deste Grimório.
O segundo livro representa Portrait of Ruin, as áreas representadas no jogo são City of Haze e 13th Street respectivamente e o Chefe representante do jogo é o Dullahan, Charlotte e Jonathan são os personagens representates deste Grimório, Charlotte sendo jogável e Jonathan uma Summon.
Quando peguei Grimoire of Souls tinham de ver meu ânimo ao ver que Portrait of Ruin estava representado nele e caramba... como fiquei feliz de jogar na City of Haze mais uma vez e ver ela quase que todinha em 3D. Uma pena que reutilizaram duas áreas com cenários similares e não uma totalmente nova, teria sido fantástico se tivessem pego um dos quadros com temática egípcia como Sandy Grave. Mas ainda assim fiquei muito feliz pois Portrait of Ruin é meu Castlevania favorito.
Vamos agora ao terceiro Grimório.
Este é representado por Rondo of Blood, tendo Maria como sua personagem jogável e Richter sendo a Summon.
As áreas presentes sãoa floresta do Prólogo de Rondo of Blood, onde Richter enfrenta a Death em sua carruagem, e a Stage 1 do jogo, o Vilarejo de Aljiba em Chamas

Uma surpresa me veio quando pegaram uma sessão tão pequena do jogo e transformaram numa área completa. O prólogo de Rondo of Blood é tão curto e a luta contra a morte você sequer pode perder então eu duvido que muita gente lembre tanto dessa floresta. Mas que é uma abertura impactante pra um jogo simplesmente fenomenal, isso é...
As Stages em Aljiba deixam um pouco a desejar, não tem nenhum esqueleto pulando de uma janela e nem nada... e pegam duas sessões de Stages inteiras do jogo. Bom, fazer o que. Vamos ao quarto Grimório.
O quarto livro é representado por ninguém mais ninguém menos que o amado Symphony of the Night, é claro que Grimoire of Souls jamais iria deixar de colocar SOTN e o personagem representante dele obviamente é Alucard. Maria aparecia mais uma vez só que em sua versão adulta desta vez.
Este Grimório tem uma pegada mais completa, diferentes dos anteriores onde somente duas Stages dos jogos representados são mostradas, aqui nós temos três. Respectivamente uma sendo a progressão da anterior. Nos aventuramos primeiro pelas Underground Caverns, depois vamos para a Abandoned Mines e por fim, passamos pelas Catacombs
Ao entrar na primeira sessão de Stages e começar a escutar a belíssima Crystal Teardrops da trilha sonora de SOTN, toda uma onda de nostalgia veio na hora. E por razões do fato que este grimório usou a trilha sonora original em suas Stages, fazem dele o meu favorito apesar de não ser o jogo representado favorito. Eu não sou o maior fã das faixas Arranged da franquia, são boas mas eu geralmente sempre prefiro as originais. Revisitar essas áreas todas em 3D também foi incrível, e eu particularmente gostei mais da sessão da Underground Caverns, a imagem acima deve dizer muito sobre o por que, a atenção nos detalhes é simplesmente fantástica...
Vamos agora para o quinto e último Grimório, este representado por Order of Ecclesia, também possuindo duas áreas, ambas localizadas no final do respectivo jogo. A Forsaken Cloister e o Arms Depot, este último sendo uma das áreas bem desgostadas por mim até onde minha memória me serve, sendo um coliseu extremamente irritante de se aventurar. Felizmente em Grimoire of Souls ele não é lá tão chato.
Eu fiquei um pouco decepcionado por terem pego somente áreas dentro do Castelo para representar OoE. O jogo em questão está num dos pedestais pra mim na franquia por uma razão: variedade de áreas. Eu adoro explorar o Castelo, mas quando o jogo me dá algo além do Castelo em si para me aventurar, é um deleite muito maior ainda...
Obviamente, os representantes deste Grimório são Shanoa e Albus, ela sendo a personagem jogável e Albus sendo o Summon.
E com isso cobrimos todos os Grimórios que foram lançados no jogo. O próximo supostamente iria cobrir Aria of Sorrow mas... coisas aconteceram.
Vamos agora dar uma olhadinha nos Summons do jogo ? São 4 os heróis que vieram nesse formato que infelizmente não são jogáveis por, dentro da história do jogo, ainda não terem sido invocados em seu potencial total, podendo dar apenas um golpe com força total.
Cliquem para ampliar a imagem!
Contando com modelos 3D lindos, estes são os personagens já citados anteriormente que são disponíveis no jogo como Summon. Como o próximo Grimório seria provavelmente de Aria of Sorrow, liberando o Soma como jogável, eu me pergunto quem seria a Summon. Acho que o mais provável é o Julius ou a Yoko. Aaahhh... o que eu daria pra ver o Richter e o resto da galera encontrando o Julius...
O Gameplay e o Sistema de Equipamentos
O gamapley de Grimoire of Souls é extremamente simples de se pegar o jeito e não muito foi alterado da fórmula que a anos sempre funcionou e montou o que Castlevania é.
Ele mistura elementos de Classicvania com alguns sistemas e pegadas Metroidvania. As Stages não são grandes, então o layout que elas possuem lembra um Castlevania clássico e a forma que avançamos nela, também. Mas a forma que jogamos é totalmente a de um Metroidvania, contando com elementos de RPG e até mesmo diversos equipamentos para podermos utilizar e equipar os personagens, estes que são todos divididos numa grade elemental, podendo ser atribuídos entre Fogo, Gelo, Trovão, Trevas, Luz ou Neutro.
O sistema de gacha é atribuído aqui. Equipamentos são adquiridos através dele, mas alguns também podem ser obtidos em eventos ou pegando aos poucos em Stages. Cada personagem é atribuído a seu tipo específico de arma, Simon com chicotes, Alucard com espadas, Charlotte usa Livros de magia, Maria com seus animais mágicos e Shanoa usa Glyphs de formato de Foice. Cada arma ou equipamento possui Skills, as de arma podendo ser ativadas durante o Gameplay que executam diversas ações (algumas até clássicas como o Simon executando Grand Cross) ou buffs de Status. Sub-Weapons e Armaduras também possuem Skills, estas passivas e algumas são Skills especiais que só ativam quando equipadas como Armadura Principal e também com os requerimentos necessários obtidos. Equipamentos inicialmente possuem um limite de nível que pode ser quebrado pegando Parchments ("partes" do equipamento) e juntando uma quantia específica. As Skills e Status do equipamento podem aumentar ainda mais com o sistema de "Encantamento", que utiliza do Sistema de Souls, onde, diferente do que é em Aria e Dawn of Sorrow, Souls dos inimigos aqui são utilizadas para encantar equipamentos e deixa-los ainda mais fortes.
Considerações finais e por que o jogo Acabou.
Grimoire of Souls é um jogo fantástico e repleto de potencial.
Ele é cheio de Fanservice e possui algumas das melhores interações entre personagens já vistas dentro da franquia. Diálogos extremamente bem escritos e todo um cuidado e detalhe nas interações destes personagens que tanto amamos que simplesmente ninguém iria esperar de um jogo Mobile depois de tantos anos sem nada.
Yet, ele entrega tudo isso, sem pedir quase nada devolta... e ás vezes, nada. Pois é um jogo gratuito e você só gasta com ele se quiser.
Eu simplesmente adorei o jogo. Ele trouxe muita coisa nova e expandiu muito personagens já amados, dando personalidade a alguns como o Simon, que nunca teve representação como personagem de verdade em lugar algum.
Vocês não tem idéia do tamanho do meu sorriso nessa cutscene...
Ver personagens como o Richter e o Jonathan e a Charlotte, dos quais são provavelmente meus favoritos na franquia, interagindo de uma forma tão wholesome... é uma coisa que só esse jogo pôde me trazer até hoje.
E... isso vai ficar só no esquecimento agora. Pela pura e simples má forma de como a Konami tratou este jogo com tanto potencial.
Eu não citie durante todo o resto do artigo, mas o jogo possui alguns outros modos Extras e um deles merece receber essa atenção agora... por que eu acredito que foi ele que levou esse jogo sensacional a ruína.
E é o Modo Multiplayer.
Agora, não me levem a mal, eu não vejo nada de ruim no modo Multiplayer em si, ele é divertido e legal, tenta trazer um pouco do divertimento que Harmony of Despair trouxe, colocando 4 jogadores juntos numa Stage enorme e cooperando (competitivamente) pra derrotar todos os inimigos do mapa e no final derrotar o chefe.
O problema... é que todo evento do jogo é baseado nisso, os jogadores competem competitivamente entre si o tempo todo para ganhar recompensa, o jogo FORÇA você a o tempo todo participar destes modos que não são nem um pouco tão divertidos de se jogar quanto o modo história, que é onde o jogo brilha...
Com um jogo neste formato, se você vai forçar a sua playerbase a algo que coloca ela a sempre ter que jogar Online com outras pessoas, num grind que leva a exaustidão e que é chato... as coisas só estavam fadadas a irem a pior.
E é por isso que eu culpo em maior parte o modo Multiplayer do jogo pela morte do mesmo, por que focando só neste modo de jogo, o formato dos eventos se tornaram repetitivos e chatos, que adicionaram a mais outro fator que tornaram a repetição do jogo extremamente chata e mais e mais desinteressando...
O que é uma pena, por que o potencial era tremendo, se eles apenas tivessem feito as coisas da forma certa...
É com muita tristeza que dou Adeus a Grimoire of Souls, passei por diversos momentos bons nele e vê-lo fechar deste jeito é, no mínimo... desanimador e agora sabe-se quando vamos ver algo novo de Castlevania.
Já fiz um Pong com a library do OpenGL, é uma MERDA programar nisso. Fica definindo geometria com código. Hoje em dia é uma simplicidade modelar em um software separado e depois importar em uma IDE de uma engine.
Parabéns! Seu artigo virou destaque!
Ah, não citou a gafe com o Rei Leão que fez os caras terem que pensar numa solução...foi praticamente o Rei Leão que forçou a Microsoft a pensa e fazer o Direct X...rsrs