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NOME: Merrow

ORIGEM: Folclore Irlandes.

PRIMEIRA APARIÇÃO: Megami Tensei II (NES)

LORE: Espécie de sereia ou tritão do folclore irlandês. Podem se locomover por água ou terra mas necessitam de um gorro vermelho especial de sua raça para vagar em terra firme, o cohuleen druith. conforme relatado em dois principais contos envolvendo a mítica criatura ainda no século XIX.

As mulheres são descritas muito similares a típica imagem de sereias na cultura pop, mas com chamativos cabelos verdes e membranas entre os dedos da mão, enquanto os homens para a infelicidade das fêmeas da raça são descritos como muito feios com narizes similares a de porco, escamas por todo o corpo, o que costuma fazer estas buscarem parceiros homens humanos. 

Diferente dos hábitos mais sedutores com inclinações perversas apontados em diversas culturas sobre sereias Merrows são notavelmente de boa índole, gentis e até buscam sair e viver em terra firme encontrando pares humanos, embora as Merrows mais jovens por vezes sem pudor encantem jovens que elas achem atraentes os levando para o mar sob encantos que os fazem respirar debaixo d'agua. Ainda sim em algumas contra-partes dentro da própria cultura irlandesa relatam Merrows como sereias carnívoras comedoras de homens.

APARIÇÕES EM OUTRAS MÍDIAS:

Marcam presença no RPG de mesa Dungeons & Dragons como uma raça de ogros aquáticos.

Aparecem nos jogos da franquia Puyo Puyo/Madou Monogotari, em especial a partir do primeiro Madou.

No universo de Harry Potter, Merrows são uma das 3 sub-espécies de humanoides aquáticos ao lado das sirenas e selkies.

by @thecriticgames

NOME: Aiwass

ORIGEM: Ocultismo.

PRIMEIRA APARIÇÃO: Megami Tensei II (NES)

LORE: Entidade incorpórea que Aleister Crowley relatou ter contatado em 1904 nos dias 8,9 e 10 de Abril durante sua lua de mel no Cairo. A voz foi responsável por ditar a ele o Liber AL vel Legis ou Livro da Lei, o livro sagrado do Thelema, movimento filosófico-religioso ocultista fundado por Crowley.

Embora incorpórea sendo essencialmente uma voz sem corpo descrições não faltam a mesma que segundo Crowley parecia vir de uma das extremidades do cômodo, descrevendo a voz de Aiwass como dona de um inglês livre de sotaques de qualquer tipo ou regionalismos, fazendo-a ser até estranha de se ouvir, falando com timbres profundos, musicais e expressivos.  Formas físicas parciais são descritas por Crowley, descrevendo Aiwass como um homem por volta de 30 anos com trajes que remetiam a Assíria ou Pérsia ou em outro encontro onde Aiwass se manifestou como uma pirâmide de luz.

Aiwass segundo Crowley era um ser separado dele que tinha conhecimento dos campos do ocultismo muito maior que o de Crowley ou de qualquer pessoa que ele já conheceu, com conhecimentos invejáveis sobre a Cabala. Crowley veio a creditar Aiwass como possivelmente seu Anjo da Guarda embora tenha voltado atrás posteriormente.

APARIÇÕES EM OUTRAS MÍDIAS:

Aparece no anime, manga e novel Toaru Majutsu no Index onde possui a forma de um espirito humanoide andrógeno que contata Crowley, posteriormente aparecendo na forma de um homem musculoso com cabeça de águia.

Aparece no cardgame Yu-Gi-Oh como Aiwass, o Espírito Mágico Magistus.

by @thecriticgames

NOME: Ifrite

ORIGEM: Mitologia Islamica.

PRIMEIRA APARIÇÃO: Megami Tensei II (NES)

LORE: Demônios do submundo da mitologia islâmica, associados com os espíritos dos mortos. Em algumas iterações é dito que os mesmos habitam palácios abandonados. Também são reconhecidos em alguns lugares do Egito, Marrocos e pelos Shabaks (um grupo étnico-religioso em maior presença no Iraque).

O termo ifrite na verdade não é um nome e sim um adjetivo ou epiteto denunciando demônios perigosos, normalmente usando em conjunto com outros seres como shaytans, estes sim legítimos demônios e a palavra sempre é acompanhada do sufixo "dos jins", por exemplo: do templo saiu um Ifrite dos jins.

Nas escrituras Islamicas algumas aparições dos mesmos são mencionadas carregando o trono da Rainha do Sabá, em outra aparição, desta vez descrito como um ser de fogo um ifrite ameaça Maomé tentando fazer este parar de rezar, somente para o profeta repelir o demônio com uma reza ensinada a ele pelo arcanjo Gabriel. Sendo este ifrite na verdade um enviado de Deus, para que o povo pudesse testemunhar que tal tipo de criatura pode ser repelida combatendo o medo dos mesmos de demônios.

No folclore islâmico ifrites se tornaram espíritos que habitam as camadas das 7 terras/Jahannam (um dos nomes para o submundo islâmico) sendo formados de fumaça e fogo. Apesar disso é dito que ifrites não são necessariamente ruins, sendo por vezes mandados para realizar ordens de deus, embora sejam ordens agressivas, como se vingar de uma morte injustiçada.

APARIÇÕES EM OUTRAS MÍDIAS:

Marca presença na franquia Final Fantasy desde FF III de NES, sendo normalmente na saga algumas vezes um inimigo mas na maioria um summon de fogo capaz de usar a técnica "Hell Fire".

Aparece no livro e série Deuses Americanos de Neil Gaiman na forma de um taxista com olhos de fogo.

Aparece na série True Blood exercendo seu papel de vingador ao buscar vingança pela morte de civis iraquianos por soldados americanos.

Marcam presença nos jogos de The Witcher. Créditos a @thiagobrugnolo

Aparece na franquia Tales of, desde o primeiro jogo como um espirito de fogo, aqui escrito Efreet. Créditos a @manoelnsn

É um dos protagonistas do jRPG Arabian Nights: Sabaku no Seirei-ō. Créditos a @manoelnsn 

Um Efreet marca presença no anime e manga Bastard, aparecendo inicialmente como um adversario do protagonista o feiticeiro Dark Schneider e depois ao ser derrotado o mesmo se torna uma espada de fogo para o feiticeiro. Créditos a @manoelnsn

by @thecriticgames

NOME: Lúcia de Siracusa

ORIGEM: Figura Histórica, tradições cristãs. 

PRIMEIRA APARIÇÃO: Persona 3 (Fuuka Yamagishi)

LORE: Lúcia de Siracusa é uma mártir cristã executada por volta do ano 304 em Siracusa na Sicília na época de perseguições feitas contra os cristãos pelo Imperador Diocleciano. Sua figura é adornada em torno da visão, sendo a mesma hoje venerada como santa tanto pela Igreja Católica e pela Igreja Ortodoxa, sendo padroeira  daqueles que têm problemas de visão.

Sua história se desenrola na cidade de Siracusa onde a mesma cresceu em uma família rica e em segredo cristã. Após um episódio de conversão onde a mesma doou boa parte de sua fortuna aos pobres, seu prometido para casamento suspeitando da mesma ser cristã (fé que era proibida na época) denunciou ela a Pascácio, Governador de Siracusa que a enviou para Diocleciano (em algumas versões o próprio Pascácio ordenou imediata execução dela).

Segundo a tradição cristã Diocleciano resolveu exila-la mandando para uma casa de prostituição (o que iria contra a promessa de castidade dela) mas ninguém conseguiu mover o corpo dela que parecia ter os pés presos ao chão como se fossem raízes. Tentaram executa-la queimada, ali mesmo mas a madeira depositada a seus pés não pegava fogo. Após pregar uma visão profética de que Dioclesiano não governaria mais Pascácio ordenou a remoção dos olhos dela e o assassinato da mesma cortando sua garganta. Posteriormente quando o corpo desta foi ser movido do mausoléu da família para o enterro os olhos da mesma tinham crescido de novo. 

Sua iconografia normalmente é associada por isso a um par de olhos em um prato, refletindo o episódio com seus olhos e também ao Ramo de Palmeira, símbolo do Martírio e da luta do bem contra o mal.

Curiosidade (SPOILERS DE PERSONA 3): A figura de Lucia tem paralelos com sua invocadora Fuuka, em especial com os abusos sofridos pela mesma na escola por conta de bulliyng sem perder sua bondade. O design de Lucia em P3 traz vários paralelos com a figura das tradições cristãs, como os pés presos ao chão e as ataduras nos olhos e na garganta remontando a remoção do órgão e o assassinato cortando a garganta. Sua associação com a propriedade da visão se reflete ainda mais no formato de olho de sua saia. Alem disso, tal qual a figura história Lucia de P3 é um Persona apenas de assistencia prevendo os perigos das masmorras e fraquezas dos inimigos, não possuindo habilidade de combate.

APARIÇÕES EM OUTRAS MÍDIAS:

Aparece na obra O Inferno de Dante.

A mesma tambem aparece como um anjo no jogo O Inferno de Dante (que tem suas diferenças da obra sendo inspirada, não baseada nela) sendo a protagonista da DLC Trials of Santa Lucia. Créditos a @knight0kun

by @thecriticgames

NOME: Moros

ORIGEM: Mitologia Greco-Romana.

PRIMEIRA APARIÇÃO: Persona 3 (Jin Shirato)

LORE: Filho de Nix deusa da noite e Erebo, deus das trevas (em algumas versões filho de geração espontânea de Nix apenas), Moros é o deus e personificação grega do destino ou condenação iminente. 

Irmão de Tânanto (deus da morte), Hipnos (deus do sono), das Moiras (o trio de deusas do destino) e das Keres (as fatalidades), Moros é descrito como um ser incorpóreo e detestável, por vezes descrito como o conceito da morte inevitável.

Em Prometeu Acorrentado, obra de Ésquilo, o titã que da nome a obra se refere a Moros como "o deus que tudo destrói" dizendo que o mesmo atormenta vitimas mesmo depois de mortas no submundo. Prometeu cita o plano da dar a humanidade Élpis, a personificação da esperança para que a humanidade jamais temesse Moros novamente.

Curiosidade: Como um reflexo de seu dono, Jin Shirato ser canhoto ao extremo (fazendo uso de tudo com a mãe esquerda) o Persona só possui uma unica mão sendo a esquerda. Sua aparencia robótica como um pendulo repleto de informações sobre si é um reflexo do dominio de Tecnologia da Informação que Jin Shirato possui.

APARIÇÕES EM OUTRAS MÍDIAS:

No RPG Mago: O Despertar, Moros é um dos caminhos que um mago pode ter, sendo o caminho da morte e da morte iminente.

É um personagem da webtoon Villains to Kill, sendo um espirito sombrio que acompanha o protagonista capaz de comandar e alterar o destino

by @thecriticgames

NOME: Bramã

ORIGEM: Mitologia Hindu.

PRIMEIRA APARIÇÃO: Megami Tensei II

LORE: Não confundir com Brama/Brahma, Deus da Criação no Hinduísmo.

Bramã ou Brahman é um principio cósmico do hinduísmo. Um conceito metafísico que não pode ser claramente definido, mas que se refere-se à única unidade de ligação por trás da diversidade em tudo o que existe no universo. Nos textos sagrados dos Upanishads o Bramã é descrito como o Sat-cit-ānanda,  a verdade-consciência-felicidade a realidade imutável, permanente e mais elevada.

Estudiosos como Jan Gonda apontam que não existe uma simples palavra nas línguas ocidentais que poderia traduzir ou definir o conceito do Bramã (embora a palavra Absoluto seja muito usada nessa tentativa mesmo não sendo eficiente). Os textos sagrados Vedas (corpo de textos mais antigos do hinduísmo) dão a entender o Bramã como uma série de princípios cósmicos subjacentes a tudo o que existe. Nos Upanishads (corpo de textos mais recentes do hinduísmo) o conceito do Bramã é expandido para campos ontológicos (ciência do ser), soterológicos (campo filosófico ligado a salvação humana) e metafísicos recebendo diversas classificações como "realidade primordial que cria, mantém e recolhe em si o universo", o "ser divino, Deus distinto, ou Deus dentro de si mesmo", o "conhecimento", o "universo dentro de cada ser vivo e o universo fora", a "essência e tudo inato em tudo o que existe dentro, fora e em toda parte".

Algumas citações dos Upanishads dão definições ambiguas do que é Bramã, tais como: Eu sou Bramã, O si próprio é Bramã, Tudo é Bramã, Tu é Bramã, Sabedoria é Bramã. Segue nas duas primeiras imagens abaixo algumas relações iconográficas ao Bramã.

"Om" ou "Aum" a essência do Bramã e mantra mais importante do hinduísmo ॐ  o corpo sonoro do absoluto.

Uma gota no oceano, a analogia para o Atma/universo/o si próprio fundindo-se ao Brahmã.

APARIÇÕES EM OUTRAS MÍDIAS: nota aqui irei tomar liberdades especificas por aspectos de Bramã darem as caras em outras mídias sem necessariamente destacarem o que é o Bramã

Shaka de Virgem dos Cavaleiros do Zodíaco possui como uma de suas técnicas o mantra "Om"ॐ  que expande o seu cosmo que normalmente serve como ataque aos oponentes, utilizado normalmente antes de outra técnica.

Taomon de Digimon utiliza a escrita em sânscrito ॐ  em seu ataque principal Bonhitsusen pintando o símbolo no ar com um pincel como um projétil contra o oponente, além do mesmo aparecer no próprio golpe terciário "Ohm" no qual Taomon cria uma barreira com o símbolo de ying-yang.

Doumon de Digimon tambem usa a escrita em sânscrito ॐ  no ataque Kimon Tonkou pintando o simbolo no ar criando uma prisão para o inimigo. Alem de invoca-lo como mantra em alguns de seus ataques. Créditos a @ersatzgott

by @thecriticgames

NOME: Gandharva

ORIGEM: Mitologia Hindu, mitologia budista e mitologia jainista.

PRIMEIRA APARIÇÃO: Megami Tensei II

LORE: Seres míticos da mitologia hindu na forma de músicos que tocam e cantam para os devas e que são maridos das apsaras. São descritos como belos seres humanoides com partes de animais como cavalos e pássaros e que normalmente tocam sitars (um instrumento de corda de origem indiana). É dito serem filhos de Brama que durante a criação dos mesmos observou alguns asuras fazendo sexo e ao rir da cena acabou com suas risadas dando luz aos ghandarvas.

Além de seu papel de músicos sagrados os mesmos são responsaveis por guardar o soma, a bebida sagrada dos deuses. Nos Vedas (corpo de textos sagrados mais antigos do hinduísmo) mais antigos como o Rigveda o termo é usado como se fosse de uma única entidade, porem, no quarto Veda o termo é usado como um tipo de deidade citando a existência de 6333 diferentes gandharvas. 

No Budismo são considerados devas dos níveis mais baixos da cosmologia budista. São tidos como espíritos capazes de voar e que são proficientes com a musica. Para alguém renascer como um ghandarva na próxima vida deve-se trabalhar durante a vida anterior os princípios mais básicos da ética.

APARIÇÕES EM OUTRAS MÍDIAS:

São um dos 8 clãs de suras da webtoon coreana Kubera.

Aparecem no jogo Destiny of Spirits como um espirito de suporte.

by @thecriticgames

NOME: Brahma

ORIGEM: Mitologia Hindu.

PRIMEIRA APARIÇÃO: Megami Tensei II (Kyuuyaku Megami Tensei)

LORE: Não confundir com Brahman/Bramã que é um conceito metafisico definido como a realidade suprema do universo.

Membro da Trindade Hindu, que inclui Brahma como o Criador (do Universo), Vishnu como o Preservador e Protetor, e Shiva como o Dissolvedor e Fim da Existência (o Juízo Final) sendo Brahma a Epítome do conhecimento e dos Vedas (textos sagrados) e criador das duas armas mais poderosas do Hinduismo, Brahmastra e Brahmashirsha astra, armas capazes de destruir o universo a criação e todos os seres e deuses.

É representado normalmente como um homem barbudo de pele vermelha ou dourada, com quatro cabeças e mãos. Suas quatro cabeças representam os quatro Vedas e apontam para as quatro direções cardeais. Ele está sentado em um lótus e seu vahana (monte) é um hamsa (palavra que pode representar um cisne, ganso ou garça). De acordo com as escrituras, Brahma criou seus filhos de sua mente e, portanto, eles são chamados de Manasaputra (literalmente Filhos da Mente).

Seu nascimento descrito no texto sagrado Maitri Upanishad que firma que o universo emergiu das trevas na forma de 3 gunas (qualidades/características) onipresentes em todos os seres vivos com o Raja (tendência ou qualidade inata que impulsiona o movimento, a energia e a atividade ) que deu a forma a Brahma. Outra versão do Brahmananda Purana dizia que antes do nascer do mundo tudo era apenas um eterno e vazio mar de onde um ovo dourado o Hiranyagarbha surgiu. De tal ovo nasceu Brahma que era cria e criador do ovo e que tratou de criar o universo, a terra e os seres que a habitam.

Apesar de sua enorme importância a adoração/veneração ao mesmo é quase inexistente quando comparado com os populares Shiva e Vishnu. Isso se deve a duas lendas populares, em uma delas Brahma criou e se enamorou com uma de suas próprias criações Shatarupa que buscava evitar os olhares devassos de seu criador (o que fez o mesmo criar 5 cabeças para poder olha-la para toda e qualquer direção que ela fosse) eo que levou a Shiva enfurecido pela obscenidade de Brahma resolve cortar sua 5° cabeça e a condena-lo a não adoração devido ao fato dele ter se tornado materialista. A outra lenda envolve uma competição do mesmo com Vishnu para ver quem iria ser adorado, mas a qual Brahma trapaceou com uma mentira, com tal ato  ilegal levando a mesma condenação por parte de Shiva na outra versão.

APARIÇÕES EM OUTRAS MÍDIAS:

No anime Shurato a armadura/shakti pertencente a Brahma o Deus da Criação é parte integral da trama do arco final do anime, com heróis e vllões atrás da mesma. Tal armadura é dourada na forma de um grifo e acaba sendo usada tanto pelo protagonista como pelo seu ami/rival Gai.

Marca presença no jogo de RPG mobile Tower of Saviors.

Aparece no anime/mangá Record of Ragnarok, tendo a aparência de um homem moreno, musculoso e careca.

by @thecriticgames