Todos sabemos da existência de "torcidas organizadas", seja nos esportes, política, filmes, séries, livros e até mesmo nos vídeo-games, onde você tem que escolher um lado e começar a brigar com as pessoas do outro grupo, mas com as redes sociais, isso aumentou mais ainda. Nos últimos anos, tivemos um aumento na rivalidade entre Sony e Microsoft, algo que ajudou muito os fanboys das duas plataformas a se matarem na internet, então eu gostaria de dizer o que eu acho das duas empresas e dos seguidores fanáticos delas.
Começando pela Microsoft: Existe uma espécie de adoração em volta do Phill Spencer, como se ele fosse um ser celestial e caso você fale mal dele, será linchado pelo tribunal da internet, mas a real é que a gestão dele é apenas mediana. Lógico que ele fez coisas boas pela plataforma, como a chegada do gamepass, o investimento em novos estúdios e até mesmo "salvando" o Xbox One de um desastre maior, mas ainda sim foi algo decepcionante. O Xbox One poderia ter sido o "PS3" da Microsoft, mas tive a impressão que a cabeça do Phill Spencer estava mais na futura plataforma da Microsoft que surgiria anos depois do que no próprio One, tanto que na época, usuários de Xbox foram nas redes sociais do tio Phill pra cobrar ele, de promessas feitas e até então não cumpridas, tanto que ganhou o apelido "carinhoso" de Pinóquio Spencer.

Outro problema da Microsoft, é na gestão e marketing de seus estúdios. Um dos responsáveis é Aaron Greenberg, que parece mais um fanboy do que um funcionário da empresa e o pior é que ele ainda conseguiu ser promovido, assim como Matt Booty, responsável pelos estúdios da divisão de jogos da empresa, sendo que quase sempre que abrem a boca, é pra falar alguma besteira. Booty não tem pulso firme, não adianta comprar um milhão de estúdios se não tem alguém de qualidade para comandar eles, falta organização e um bom marketing, aliás, pra vocês terem uma ideia, os caras são tão ruins que nem os fanboys da Microsoft defende eles. As pessoas podem até argumentar: "Ah, mas se a gestão fosse tão ruim, eles já teriam sido chutados da empresa", mas nem sempre esse é o caso.
Em relação a polêmica da Activision, não consigo ver nenhum lado certo nessa história, são duas empresas que pensam apenas em si, usando um argumento pior que o outro pra tentar justificar seu lado, com a Microsoft se fazendo de coitadinha pra liberarem a compra e a Sony se fazendo de coitadinha para bloquear. E pra quem está surpreso, sim, não existe empresa pró-consumidor, é assim que a indústria funciona, nenhuma empresa pensa no bem estar do jogador, apenas usam estratégias para atrair as pessoas e conseguirem lucrar em cima delas. Não estou dizendo para deixar de comprar produtos de empresa A ou B, mas sim tentando fazer as pessoas abrirem os olhos e verem que nenhuma das grandes empresas (não apenas na indústria dos games) se importa com você.

Do outro lado da história, temos Jim Ryan, outro pinóquio da indústria. Ele tem aquele perfil de quem faz tudo por dinheiro, não importanto se vai ser bom ou ruim pro consumidor, e isso é um problema. Diferente de nomes como Shuhei Yoshida, que além de ser um homem de negócios, também joga vídeo game, o jim Ryan é apenas um homem de negócios, ou seja, ele tem uma visão completamente limitada do mercado (e olha que ele é um funcionário bem antigo da Sony, desde a década de 90). Uma das "grandes" ideias dele foi fechar a Japan Studios, um dos mais antigos e criativos estúdios da Sony, que apesar de ter sido criado como estúdio de suporte, também fez muitos jogos de qualidade. O motivo "oficial" pelo fechamento foi por conta dos impostos, já que a empresa tinha mais de 500 funcionários, mas o real motivo é outro. Ex funcionários da Japan, disseram que Jim Ryan queria que o estúdio fizesse jogos mais comerciais, algo que foi recusado, pois os funcionários gostavam de fazer jogos mais nichados e voltados ao público japonês, e mesmo que o lucro não fosse tão grande, os games se pagavam, até porque a maioria tinha um orçamento bem baixo, tirando The Lat Guardian que teve um custo um pouco mais elevado e um marketing melhor.
Aí entramos em um outro problema: Me passa a impressão de que estúdios japoneses da Sony não tem o mesmo tratamento dos estúdios do Ocidente. Antes mesmo do Jim Ryan virar o "chefão" lá dentro, a Japan era ignorada por quase todos dentro da Sony, a não ser Yoshida, já que foi graças a ele que The Last Guardian não foi cancelado, de resto, a maioria não se importava, tanto que o marketing dos jogos do estúdio era quase inexistente, o que prejudicava ainda mais os jogos, já que eram algo nichado. Não estou dizendo que deveriam receber o mesmo marketing de um Uncharted, mas um marketing no mínimo razoável, pra mostrar pras pessoas que esses jogos existem. A Poliphony Digital também deveria receber um tratamento melhor, até porque estamos falando da responsável pela franquia mais vendida do Playstation: Gran Turismo. Eles precisam ter uma expansão com urgência, mas essas expansões acontecem mais com os estúdios Ocidentais da Sony, o que pra mim é uma falta de respeito aos estúdios japoneses.
Só pra finalizar: A Sony tem uma boa gestão de estúdios, mas algumas vezes ela dá uma escorregada, principalmente com os estúdios japoneses, sem contar que ela entrou em uma onda de remakes desnecessários, onde o próximo vai ser Horizon Zero Dawn, um jogo de 2017, já a Microsoft é completamente desorganizada, ficando sempre na promessa de que "no próximo ano vai ser melhor". Phill Spencer e Jim Ryan são dois nomes que não vão sair tão cedo, e aos fanboys das duas empresas, eu digo o seguinte: Não sejam patéticos, comecem a cobrar os erros dessas empresas e não fiquem passando pano.
Esse jogo é massa. Foda que não saiu da 7ª geração.