Tudo começou dois meses atrás quando senti vontade de
relembrar joguinhos do meu passado utilizando o you tube. Eu tinha em mente
apenas assistir revisões e gameplays dos títulos mesmo – coisa simples, para
saciar minha nostalgia.
Entretanto em pouco tempo eu só consegui sentir foi muita
raiva! No You Tube atualmente existe uma “cultura retro game” maldita que leva
um monte de adolescente panaca à ficarem fazendo vídeos de jogos antigos que
nunca se deram ao trabalho de jogar de verdade, pesquisando por informações na
Wikpédia (ou nem mesmo se dando ao trabalho de pesquisar!) e falando um monte
de bobagens durante um gameplay curto.
Assisti à tantos reviews bizarros e gameplays tediosos que
acabei mudando de ideia: Baixei The Elder Scrolls Arena mais uma vez e decidi
que, desta vez, gravaria todo o gameplay para enviar ao youtube (ao menos,
quando eu tivesse a fim de revisar o game no futuro, não seria obrigado a rodar
por esses canais bizarros novamente!).
E assim acabei fazendo: Finalizei The Elder Scrolls Arena
uma vez mais (e já perdi as contas de quantas!); mas desta vez vou aproveitar
para fazer um artigo bacana sobre ele, para deixar registradas minhas opiniões
e também informar um pouco suas particularidades ao pessoal que nunca teve a
oportunidade ou interesse de joga-lo:
Porque diabos “ARENA” ?!

Bem, eu imagino que a maioria das pessoas que já se
interessou pelo passado (ou o início) da franquia Elder Scrolls conhece essa história,
mas é muito difícil iniciar um artigo abrangente sobre o game sem falar dela, então
por isso lá vai:
O primeiro The Elder Scrolls foi concebido como obviamente
seu nome previa: Seria um jogo de gladiadores lutando em uma Arena. A ideia
inicial era que o jogador tivesse uma equipe de lutadores e viajasse o mundo combatendo
contra outras equipes nas arenas de cada cidade até se tornar um grande campeão
na Cidade Imperial.
Nesta época o mundo usado para o jogo já era Tamriel, que
nada mais foi do que um mundo da fantasia medieval criado por alguns membros da
equipe de desenvolvimento para partidas em uma campanha semanal de RPG de mesa
(mais precisamente falando: D & D). Durante o desenvolvimento do game a
equipe ia se empolgando e mais elementos de RPG de mesa iam sendo adicionados
ao game. Eles pensavam: E se você pudesse andar por essas cidades? E se você
pudesse levar sua equipe para uma masmorra? E conforme o projeto ia avançando
logo ficou claro que “Arena” precisava ser um game de RPG mais completo.
Inspirado por jogos da série Ultima, Arena então passou a
recriar a experiência de um RPG de papel e caneta – deixando o jogador ser quem
ele bem quisesse! Uma diferença bacana é que no início você tinha uma equipe e liderava
o grupo de aventureiros. Mas esse “estilo” de gameplay se mostrou pouco
divertido em primeira pessoa, então a equipe de desenvolvimento optou por
deixar a exploração do mundo para um personagem único.
O MAIOR MAPA DA SÉRIE!

Parece irônico, mas isso é verdade: Arena possui o maior
mapa que a série Elder Scrolls já teve! Você tinha total liberdade para
explorar todas as regiões, vilas, cidades e masmorras de Tamriel, bem como sair
e explorar a vastidão do mundo “do lado de fora”. Tanto as vilas externas
quanto as masmorras, residências e fazendas são geradas de maneira procedural,
o que significa que, ao se colocar os pés para o lado de fora de uma cidade,
você nunca saberá o que vai encontrar!
Essa sensação de explorar algo totalmente desconhecido, cada
vez que se joga o mesmo game, só é possível nos dois primeiros títulos da série
– e por mais que eu tente descrever em palavras, é complicado me expressar de
forma clara neste ponto, mas à mim basta resumir que é uma das características
que mais gosto nos primeiros Elder Scrolls.
HISTÓRIA IMPROVISADA E QUASE DISPENSÁVEL.
A história do game por outro lado é basicamente uma
justificativa forçada para obrigar o jogador à explorar o mundo do jogo. Como
muitos elementos durante o desenvolvimento do game, é bem provável que toda a
trama – e também o modo como ela se desenrola – foi totalmente improvisada para
sustentar ou motivar as viagens do personagem. O texto à seguir possui
expoilers apenas do início do game, então não considero prejudicial para quem
nunca jogou este Elder Scrolls:
Jagar Tharn, mago de batalha imperial de Uriel Septim,
Imperador de Tamriel, traiu seu líder usando um artefato chamado Cajado do Caos
para aprisionar Uriel em uma dimensão alternativa. Tharn então assume a
identidade e o lugar do imperador no trono.
Você e um dos aliados de Uriel, Ria Silmane, descobrem a
traição de Tharn e ameaçam contar à todos. Tharn reativamente mata Ria e
aprisiona você nas masmorras imperiais (pois te julgava fraco demais para ser
uma ameaça!). Pouco tempo depois o fantasma de Ria te visita em um sonho e
deposita em você suas últimas esperanças de resgatar o imperador: Sua tarefa é
recuperar o cajado que o mago utilizou (o Staff of Chaos) e reverter o feitiço.
Mas Jagar Tharn, sabendo que está arma era também seu maior ponto fraco e incapaz
de destruir o poderoso artefato, divide o Cajado em oito pedaços e os esconde
em masmorras perigosas espalhadas por todas as províncias de Tamriel.
O jogo inicia com o espirito de Ria te ajudando a escapar de
sua cela. Sua primeira missão: Escapar das masmorras da Cidade Imperial...
Basicamente é tudo bem previsível e clichê, mas o ponto alto
da trama principal são justamente as histórias individuais de cada masmorra,
além dos pontos interessantes das regiões que visitamos. Muitos desses lugares
serão importantes ou revisitados nos próximos jogos da série. Como exemplo,
temos o Palácio Imperial e a Imperial Dungeon no Oblivion, Fang Lair em Elder
Scrolls Online, Labyrinthian em Skyrim, Dagoth-Ur em Morrowind e muitos outros!

EMPODERAMENTO DA NARRATIVA E NÃO DO JOGADOR!
Quer saber outra grande diferença entre os dois primeiros
games principais da série Elder Scrolls (Arena e Daggerfall) para os dois
últimos e mais conhecidos (Oblivion e Skyrim)? O jogo não se importa com o
jogador e nem se adapta ao personagem que você criou!
Logo na primeira missão de The Elder Scrolls Arena (escapar
das masmorras imperiais) é onde a maioria dos jogadores abandona o jogo!
O que o jogo te mostra visualmente – e narrativamente –
quando você inicia o game?!
Que você é uma pessoa fraca (personagem nv 1), sem
equipamentos e provisões (sem itens, armas ou armaduras) dentro de uma masmorra
escura e cheia de ratos gigantes, goblins e homens lagarto! Quais seriam suas chances
de sair com vida de dentro deste lugar? Narrativamente falando: Bem poucas!
As mecânicas do game então funcionam para empoderar a
narrativa, mostrando pra você que um simples rato pode te matar! Mostrando que
se você quiser dormir em qualquer canto dentro da masmorra você será atacado
por inimigos! Mostrando que você é fraco!
Morrer na masmorra inicial do game é consideravelmente
simples – mesmo para jogadores experientes. Em muitos casos inclusive, o
jogador não vai conseguir sair mesmo! O mapa desta primeira dungeon é
simplesmente enorme, cheio de túneis, aquedutos, passagens secretas e
monstros. Quanto mais você navega para o
interior da masmorra, mais perigoso e difícil será sair!

A dificuldade do game em relação as classes de personagens existentes
se alinha de uma maneira muito interessante também: As classes mais indicadas
para iniciar o game são as classes de ataque físico, enquanto as classes mais
indicadas para se finalizar o jogo são as classes de magia. Ou seja: Uma hora
ou outra, seja no início da campanha ou no final, o jogo vai dificultar as
coisas pra você!
Um exemplo super simples que posso dar é baseado no meu
último gameplay: Joguei com a classe Knight, que entre suas desvantagens é
impossibilitada de usar magias (mesmo que possua uma alta inteligência!). A
partir do nível 10 começamos a encontrar no game criaturas que só podem ser
mortas por magia e, além de tudo isso, ainda voltam à vida se derrubadas com
ataques físicos! Para piorar (ou deixar tudo muito mais desafiador – como gosto
de pensar!) o último chefe do jogo é totalmente imune à ataques físicos! Como
eu iria mata-lo? Como lidar com os monstros que voltam à vida se mortos com
golpes físicos? Essas são basicamente os desafios particulares que tive de enfrentar
em troca de um início menos tenebroso nas primeiras masmorras.

(Trolls só podem ser mortos por magia! Se derruba-los com golpes de arma, além de não receber pontos de XP pelo combate, eles ainda voltam à vida alguns segundos depois...)
COMO FUNCIONA O JOGO?
The Elder Scrolls Arena é basicamente um Dungeon Crawl com
elementos de Role Playing. Como ele trabalha essencialmente com cenário e
masmorras geradas automaticamente as possibilidades de aventuras e explorações
são infinitas.
Apenas as masmorras que fazem parte da história possuem
mapas pré-determinados; todo o resto sempre será uma surpresa ao jogador. Mas
fique atento: Seguir a linha principal da quest – e apenas ela – pode ser
totalmente prejudicial pois o jogo não foi construído para isso! As masmorras
principais são, para um personagem que progride no game em linha reta, bem desbalanceadas.
A partir do quarto pedaço de cajado você irá começar a encontrar algumas das
criaturas mais fortes do jogo e, se não estiver explorando além da campanha,
dificilmente estará pronto para esses encontros.
Pelo menos o jogo te permite salvar o tempo todo e
praticamente quanto quiser, mas mesmo este recurso precisa ser usado com
bastante atenção, caso contrário você pode literalmente ficar preso para sempre
em uma dungeon difícil e nunca mais conseguir sair!
Entretanto, verdade e justiça sejam ditas, mesmo nas
masmorras principais da trama você verá o quanto complexo e massivo são os
locais de exploração. O número de salas, passagens, caminhos, segredos,
tesouros monstros e perigos dentro de cada lugar que você visita é
incrivelmente grande. Sem usar um guia (ou ser absurdamente sortudo, claro!),
pode-se ficar facilmente cerca de 2 horas em cada dungeon! Outro ponto que
devemos considerar é que não dá para usar fast travel dentro das masmorras;
isso quer dizer que, após duas horas de exploração, descendo andares e
desbravando salas, ainda é preciso fazer todo o caminho de volta “manualmente”
quando alcançar o objetivo!

Além do tamanho geral das masmorras, muitas outras mecânicas
foram criadas para fortalecer a narrativa, passar a sensação de perigo constante
e risco de morte iminente; uma delas são as “Doenças”.
Em The Elder Scrolls Arena seu personagem pode contrair
doenças de certas criaturas (como ratos por exemplo, que estão presentes desde
a primeira dungeon da aventura!). Ao contrário de envenenamentos, que podem ser
curados simplesmente dormindo, só existem duas formas de curar doenças dentro
do game: Tomando uma poção de “Curar Doença” (que é bem cara para um personagem
em início de carreira!) ou indo à um templo nas cidades e solicitando uma cura
espiritual (outro serviço um pouco caro, mas ainda mais barato que as poções).
Se o jogador contrai uma doença, seja lá qual for o momento, seu foco deve ser
cura-la o mais rápido possível, pois as doenças evoluem de modo imprevisível,
até o ponto em que podem causar a morte DEFINITIVA do personagem! Se não tiver
uma poção de cura à mão no momento em que contraiu uma doença, deve se dirigir
para a cidade mais próxima à fim de conseguir uma rapidamente. Neste momento é
preciso tomar muito cuidado com os Fast Travels uma vez que, estando o seu
personagem em viajem (seja rápida ou manual) o tempo continua passando e a
doença não irá parar de avançar – isso quer dizer que se o seu personagem
viajar para uma cidade ou vila muito distante, pode chagar lá morto...
Poções de resistência não são enfeites neste game –
principalmente se você for um personagem com pouca defesa mágica! Os inimigos
do jogo atiram magias de longo alcance como se fossem tiros de metralhadora!
Elas te acertam a cada segundo e, se não for rápido o suficiente, o jogador
pode morrer sem nem saber de onde vieram os “disparos”. Para deixar tudo ainda
mais divertido – ou frustrante, dependendo da forma como você pode encarar isso
– praticamente todos os monstros a partir da metade do jogo, até mesmo aqueles
que são incrivelmente fortes em ataques físicos (como Medusas, Golens de Pedra
e Vampiros) atiram magias de longo alcance. É preciso estar sempre com uma boa
coleção de poções na mochila antes de partir para uma masmorra nova. No meu
gameplay atual, por experiência, eu não partia para uma nova exploração com
menos de 100 de cada uma das poções (Heal True, Resist Fire, Resist Shock e
Resist Ice).
Apesar de ser em primeira pessoa os combates são calculados
para cada ação. Ou seja: visualmente você ira ver sua espada acertando o
inimigo, mas isso não significa que ele não tenha realizado uma esquiva ou
bloqueado o ataque! Existe no entanto animações e sons para quando o golpe
atinge o alvo, desta forma você não fica com dúvidas sobre isso: Se estiver
atacando um monstro e estiver escutando apenas o barulho de metal cortando o
ar, sem nenhum sangue saltando dele, quer dizer que você está errando os
ataques.

Para atacar você deve segurar o botão direito do mouse e
movimenta-lo para guiar o golpe: Cada direção de ataque (vertical, diagonal e
horizontal) possui um percentual de chances de acerto e um dano base que é
somado ao dano da arma. Defesa, esquiva e escudos são usados automaticamente
através dos cálculos do jogo a cada ataque realizado pelo seu inimigo.
O controle de movimento do personagem também é feito pelo
mouse ou pelas setas direcionais, mas é possível trocar para o esquema WASD se
você estiver emulando o título através do DOSBOX (que é altamente
recomendado!).
A trilha sonora de The Elder Scrolls Arena possui algumas
músicas interessantes, mas o jogo acerta mesmo é durante as explorações das
masmorras: As músicas de mistério que tocam lá dentro são muito imersivas e
somadas aos sons do ambiente e das criaturas, quase nos sentimos dentro de um
survival horror. E por falar em jogos de Suvival Horror, acredito que Arena
poderia facilmente se passar por um! A quantidade de sustos que a gente leve ao
longo do gameplay é considerável!
OS GUARDAS
Porque diabos eu resolveria falar dos guardas em um capítulo
único?! Bem, é porque em Arena eles possuem um comportamento totalmente
diferente que no resto dos jogos da série. Se você não jogar um personagem
ladrão ou não cometer algum erro e tentar forçar uma porta na cidade por
engano, jamais verá um único guarda no jogo! Eles existem neste primeiro Elder
Scrolls unicamente para atacar os jogadores se eles saírem dos eixos.
Outro ponto de diferença é que os guarda em Arena não
prendem os jogadores; eles simplesmente começam a te atacar até a tela de game
over aparecer!
À noite as cidades ficam bastante vazias e muitos monstros
vagam livres pelas ruas e becos escuros. Nem quando você é atacado por eles os
guardas aparecem para dar uma ajuda.
Provavelmente este também seja um daqueles elementos que
foram inseridos no jogo rapidamente para encorpar os elementos de RPG, mas
acabou ficando capado.
CRIANDO SUA PRÓPRIA MAGIA
As guildas dos magos em cada uma das cidades do jogo permitem
ao jogador criar todas as combinações de magia que sua imaginação permitir. A
opção do criador de magia de aumentar a eficácia do feitiço com base no seu
nível torna-se útil rapidamente. Feitiços podem ser baratos para ser lançados,
enquanto continuam sendo poderosos, mantendo a potência inicial em 1, mas
maximizando a potência por nível. Feitiços personalizados baseados em nível
podem começar a superar os feitiços prontos logo no nível 4, com o benefício
adicional de que eles se tornem mais poderosos à medida que você sobe de nível.
Em níveis altos, esses feitiços podem se tornar completamente devastadores.
Existem quatro magias principais que, combinadas, fornecem
um plano essencialmente infalível de combate mágico. “Absorver Magia” permite
que você reponha constantemente os pontos de mana dos muitos inimigos que
lançam feitiços, enquanto “Refletir” mata os inimigos ao atacarem você. Você
ainda receberá XP mesmo que não os ataque diretamente. Os feitiços de “Escudo”
também são muito bons, pois eles não têm limite de tempo e protegem o jogador
contra ataques até que o escudo seja destruído. Em níveis altos (10+), Magias gerais
que causam dano podem ser muito efetivas, frequentemente matando qualquer
criatura no jogo com apenas um golpe!
Existem também certas classes de personagens para as quais o
criador da magia fornecerá custos diferentes para a criação dos feitiços. Por
exemplo, a classe Healer pode criar magias de cura por cerca da metade do custo
em mana comum, enquanto magias de dano lhe custarão o dobro. O inverso é
verdadeiro para o Mago de Batalha; magias de dano só lhe custarão metade, mas feitiços
de cura serão o dobro.
ELEMENTOS ALEATÓRIOS A CADA NOVO LEVEL UP!

Cada vez que você sobe de nível é fornecido um número
aleatório de pontos de atributos (entre 3 e 6) para distribuir como achar
melhor. Seu HP máximo é aumentado pelo seu bônus de resistência, somado também
à um número aleatório entre 1 e seu máximo de HP/LEVEL permitido por sua classe
(os Magos só podem ganhar até 6 por level, mas os Bárbaros podem chegar à 30).
Rolamentos ruins sobre atributos e ganhos de HP tornarão o jogo muito mais
difícil!
Por exemplo, as classes de guerreiros ganham mais HP em
média do que as outras classes, mas seu personagem pode ficar seriamente
prejudicado se suas jogadas de HP forem ruins e acabarem ficando no mesmo nível
de um Mago. Isto faz com que cada nova partida seja diferente da anterior,
e pode te obrigar à usar estratégias bem diferentes para se adaptar.
MISSÕES ALEATÓRIAS
Em The Elder Scrolls Arena todas as missões fora do arco
principal são completamente aleatórias. Os nomes, locais e horários são
alterados e a tarefa de cada missão pode ser de variados tipos. Entretanto cada
uma delas ficará devidamente arquivada em seus registros de missões. Então após
um tempo de jogo você irá ter um histórico de feitos apenas seu dentro do
mundo. Estas missões podem variar de Capturar um criminoso, Recuperar ou
entregar um item, até mesmo missões de resgate e escolta.
MISSÕES DE ARTEFATO
Esse tipo de missão é bastante rara de acontecer. Mas, às
vezes, quando perguntamos sobre rumores gerais aos moradores das cidades e
vilas de Tamriel, você pode ser direcionado para alguém que conhece a
localização de um artefato misterioso.
A chance de receber uma missão de artefato aumenta em 2%
para cada nível de seu personagem até o máximo de 20%, e há apenas 50% de
chance de um NPC falar com você sobre estes rumores. Essas missões começam da
mesma forma que missões de entrega e escolta: Viaje até uma taberna, converse
com o barman e será abordado pela pessoa. Você terá que pagar uma pequena
quantia de ouro pela informação. A pessoa vai direcioná-lo para uma masmorra em
algum lugar fora dos muros da cidade. Viaje pela masmorra e encontre o
artefato.
Algumas vezes pode acontecer de você ser indicado para uma
masmorra onde a localização do artefato será informada (ou seja: No geral você
terá de explorar duas dungeons para finalmente completar a missão e achar o
item!).
O artefato é escolhido aleatoriamente do conjunto de
dezesseis que existem no game, menos os que você já possui. As chances de um determinado artefato ser
escolhido é de 6,25%, mas alguns deles jamais irão aparecer para certas classes
de personagens. Uma lista completa com os artefatos do game pode ser encontrada
no manual.
ARMADURAS, ARMAS E ITENS GERAIS
Há uma quantidade significativa de itens que podem auxilia-lo
em sua missão. São mais de 7 mil itens! É importante notar que as classes de
personagem no jogo possuem limitações e se sua classe não permitir que você
equipe um tipo de armadura ou escudo, você não verá esse tipo de item no
inventário da loja. Por exemplo, Assassinos não podem usar armaduras de placas,
então se você é um Assassino, você não verá nenhuma armadura de placas à venda
em qualquer loja.
FINALIZANDO

The Elder Scrolls Arena é um jogo gráfica e mecanicamente
datado, que em sua própria época espantou muitos jogadores pela dificuldade que
apresentava. Foi também um título massivamente modificado ao longo de seu
desenvolvimento e isso o fez ficar com muitos elementos inacabados e bugs.
O game passou despercebido em sua época de lançamento, mas
deu o ponta pé inicial na criação de uma das mais famosas séries de RPG open
world da atualidade.
Sua importância pra mim no entanto não deriva do seu legado
(tenho a opinião de que nenhum jogo deveria ser considerado “bom” ou “must
play” apenas por ter sido o começo de algo grande!). Eu realmente gosto de
jogar este game e consigo perceber o quanto a equipe de desenvolvimento teve ambição
com seus detalhes na época.
Trata-se de um título que desafia o jogador a vence-lo, ao
invés de ter sido criado para deixar o jogador vencer.
Agora que finalizei mais uma vez e, pela primeira vez,
consegui deixar registrado para matar a saudade no futuro, partirei para o
segundo game da saga – Daggerfall (que já está devidamente instalado no meu
computador!). Daqui à um mês ou dois eu provavelmente irei fazer um artigo
sobre ele também. Ao mesmo tempo estou jogando The Elder Scrolls Online também!
E apesar de eu ter apontado diferenças entre os novos jogos
da série (Skyrim e Oblivion) e os antigos (Arena e Daggerfall) eu não tenho
pensamento “retro gamer” sobre estes jogos. Eu gosto muito mais de Skyrim e
Oblivion de uma maneira geral; mas nunca consegui deixar de jogar os primeiros
títulos (Morrowind eu considero um game de transição entre a fase antiga e a
nova, por isso não o classifico como “antigo” nem como “novo”. Morrowind pra
mim é o “meio”).
Se você nunca jogou e não possui preconceitos contra
gráficos e mecânicas antigas, Arena é uma opção bacana para experimentar.
Vale
lembrar que, ao contrário do que peidam por ai muitos retro gamers, jogos
antigos não eram isentos de tutoriais! A diferença é que o tutorial dos jogos
dessa época vinham nos manuais impressos – e não dentro do próprio jogo (como
atualmente ocorre!). Por isso é altamente recomendado que, antes de iniciar sua
aventura por Tamriel, você baixe o manual em PDF e leia com bastante atenção!
Isso já irá te poupar de bastante dores de cabeça nas masmorras iniciais...
esse site tem a ver pelo H3rdell ta com cancer e estarem abrindo novo site alem da tribo gamer ?