Dando sequência à tradição de já três anos (deem uma olhada nos favoritos de 2019, 2020 e 2021), vou falar um pouquinho sobre o que mais gostei de jogar em 2022.
Assim como nas vezes anteriores, só valem jogos que terminei pela primeira vez (de toda forma, não rejoguei quase nada nesse ano). E a lista está ordenada de forma mais ou menos preferencial.
Ao final, também há uma lista com todos os jogos que terminei e as... duas visual novels que li no ano (pois é, nem Umineko eu terminei ainda, infelizmente).
1. Guilty Gear XX Accent Core Plus R
Esse não é apenas o melhor jogo da série, é também um dos melhores jogos de luta já feitos. É dinâmico e mecanicamente único, com um sistema de combos complexo e ao mesmo tempo extremamente livre.
Guilty Gear Plus R pode até ter alguns personagens bem dominantes e
chatos de lidar (Zappa e Testament), mas no geral possui um elenco tão
diverso, tão estiloso e tão viável que é difícil alguém não se apaixonar
por ao menos um dos 25 personagens. É o meu caso com a Jam, que acabou se
tornando a minha personagem favorita entre todos os jogos de luta.
E, ainda por cima, possui O MELHOR modo online disponível em um jogo de luta atualmente. Basicamente nenhum outro, nem mesmo os que também dispõem de netcode com rollback, chega ao mesmo nível de praticidade e eficiência quando se trata de encontrar partidas multiplayer. O jogo é basicamente incrível de cabo a rabo.
2. Deus Ex
Ainda que eu já tivesse jogado um pouco de Deus Ex no passado e iniciado uma campanha nova em 2021, só fui terminá-la mesmo em 2022. Mas, mesmo tendo levado tanto tempo, ainda é uma das experiências mais marcantes dos jogos eletrônicos.
Um Immersive Sim único que, ao mesmo tempo que se baseia em algumas das ideias de System Shock (principalmente do segundo jogo), oferece um tipo de liberdade ao jogador como nenhum outro. Liberdade essa que vai muito além do simples "abordar confrontos na furtividade ou no tiroteio", graças à interatividade extremamente densa entre cada mecânica e sistema do jogo.
Fruto do level design absurdamente astuto, as fases são enormes, complexas e a exploração delas muito recompensadora, sempre oferecendo formas muito diversas de completar cada objetivo.
E, para acompanhar todo o resto, o jogo ainda tem um enredo muito divertido e diálogos simplesmente emblemáticos.
3. Sekiro: Shadows Die Twice
A FromSoftware já vinha há literalmente uma década com uma sequência imparável de jogos incríveis, mesmo que, convenhamos, todos fossem basicamente sequências de Demon's Souls ou ao menos muitíssimo semelhantes, como é o caso de Bloodborne. Sekiro, por outro lado, é um jogo muito diferente, mas ainda tão bom quanto esses jogos passados.
O jogo mantém todo o trabalho primoroso em level design característico da From, ao mesmo tempo que entrega um sistema de combate baseado em ritmo e coordenação bastante original.
4. Northern Journey
Um dos jogos mais bonitos que joguei recentemente, Northern Journey é um jogo de 2021 desenvolvido inteiramente por um única pessoa. Da brilhante trilha sonora até as vistas impressionantes de cada cenário, tudo é fruto da mente criativa do mesmo autor.
É uma aventura numa terra nórdica fantástica, cheia de entidades e momentos verdadeiramente intrigantes. Em meio à exploração das complexas fases, cada uma linda que por si só, o jogo ainda oferece um sistema de combate que, embora frequentemente desengonçado, é diferente do habitual e pensado de forma bem competente.
Certamente fica ao lado de Cruelty Squad como uma das maiores revelações indie daquele ano.
5. Batman: Arkham Knight
Arkham Knight não desbanca o City como o meu favorito da série, no entanto não deixa de ser um baita jogo.
Algumas missões secundárias são um tanto repetitivas demais (como as de seguir capangas até os esconderijos do Pinguim), mas no geral o jogo oferece uma variedade bem grande de situações. Seja no combate, que continua ótimo, seja na exploração e no uso do Batmóvel, o jogo é simplesmente divertidíssimo. O maior problema, no entanto, é que a cidade aberta, por mais bem elaborada que seja, não deixa tanto espaço para
fases internas grandes e interessantes como haviam nos jogos
anteriores.
E como fica evidente já na sequência inicial, quando o jogador assume pela primeira vez o controle do Batman, o jogo conta com uma direção cinematográfica absurda. A narrativa é suportada por um excelente trabalho de câmera e um ritmo inteligentíssimo e épico, fazendo justiça ao final derradeiro da saga. O roteiro pode ser previsível em alguns momentos e até não fazer tanto sentido em outros, mas a execução técnica é impecável e imersiva.
6. Monster Hunter Rise
Monster Hunter Rise não é uma experiência nem tão densa, nem tão impactante quanto World, seu antecessor, mas as novas ideias que o jogo trouxe à jogabilidade característica da série criam uma experiência bem diferente e ainda bastante viciante.
A movimentação no Rise é muito rápida (isso vale tanto para o jogador quanto para os monstros) e fluida. Ao mesmo tempo que isso facilita o jogo consideravelmente e remove parte da essência que fazia o World ser tão profundo, também resulta em uma experiência mais casual e até relaxante. Uma abordagem válida, ao meu ver, contanto que no futuro não percamos o estilo mais parrudo dos jogos anteriores.
Menção honrosa: Half-Life 2: Episode Two
Minha primeira vez jogando Half-Life 2 foi ainda no Xbox 360, através da Orange Box que, diga-se de passagem, é uma das melhores coletâneas já lançadas. No entanto, na época, eu não cheguei a terminar nenhuma das expansões do jogo.
No intuito de resolver essa pendência, no ano de 2022 eu acabei rejogando o jogo base, dessa vez pelo PC, e já emendei direto nos Episodes One e Two. E eu, sinceramente, me surpreendi demais com o segundo.
Embora o início do episódio tenha uma grande sequência nas minas que é ligeiramente menos interessante, o restante da expansão contém alguns dos melhores momentos de toda a série Half-Life. Além de contar com o design de combate já interessante do segundo jogo, ele o eleva com a apresentação de set pieces magistrais, como quando Gordon e Alex precisam se proteger dentro de uma casa contra uma investida da Combine, ou quando os Hunters atacam pela primeira vez, ou quando Gordon precisa defender o silo de míssil contra um monte de Striders em um campo aberto... Enfim, são muitos momentos marcantes.
Visual novel favorita: Saya no Uta
Pode não ter havido muita competição nesse ano e acho que, se eu tivesse terminado Umineko, provavelmente seria ele no lugar, mas ainda assim A Canção de Saya é bela, aterrorizante e, simplesmente, um romance realmente bom.
A atmosfera da história é intensa e reforçada por uma trilha sonora maravilhosa. É um terror tão imersivo e envolvente que faz a já curta duração do romance parecer ainda menor. Difícil de recomendar a todos por conta do conteúdo potencialmente incômodo, mas é um belo clássico da Nitroplus.
TODOS OS FINALIZADOS EM 2022
A lista a seguir está ordenada em ordem cronológica, de acordo com quando terminei cada um dos jogos. E curiosidade: dos 25 títulos (1 a mais do que em 2021), somente oito deles foram First Person Shooters, contra onze do ano anterior.
Também joguei diversos jogos de luta que não estão na lista simplesmente porque eu não cheguei a "finalizá-los" de fato, como é o caso do próprio GG Plus R. Ou eu joguei apenas o multiplayer (que é justamente a parte que importa em jogos do tipo) ou não completei a história/modo arcade com todos os personagens.
Jogos
1. Guilty Gear -Strive- – PC
2. Warhammer: Vermintide 2 – PC
3. Final Fight – Arcade
4. Captain Commando – Arcade
5. Deus Ex: Game of the Year Edition –
PC
6. Sekiro: Shadows Die Twice – PC
7. Armored Warriors – Arcade
8. Batman: Arkham Asylum – PC
9. Batman: Arkham Knight – PC
10. Azure
Striker Gunvolt – PC
11. Mega
Man 2 – NES
12. Monster
Hunter Rise – PC
13. Alternate
DiMansion Diary – PC
14. Melty
Blood: Actress Again Current Code – PC
15. Koihime
Enbu RyoRaiRai - Version 3 – PC
16. Half-Life
2 [rejogado] + expansões Episode One e Episode Two – PC
17. Entropy
: Zero – PC
18. Little
Witch Nobeta – PC
19. Northern
Journey – PC
20. Dead
Space 2 – PC
21. Entropy
: Zero 2 – PC
22. Street
Fighter V – PC
23. Impaler
– PC
24. REKKR:
Sunken Land – PC
25. Warhammer
40,000: Mechanicus – PC
Visual
Novels:
1. Higurashi
no Naku Koro ni Rei – PC
2. Saya
no Uta – PC
Esse eu joguei animado, mas não terminei kkkkkkk. O pouco que eu joguei tinha valido a pena tho. Parei na parte em que você entra em um submarino, ainda tava no comecinho né?
Ah ele passa longe de ser o pior, até pq teve o gun survivor, q pra todos os efeitos é cânon, mas é o que menos tenho vontade de jogar por causa do tamanho e da dificuldade maior.
Ele impactou muito na época por causa do visual e por ser exclusivo do Dream. Os gráficos e as cutscenes impressionavam demais.
Pra mim é um dos melhores da franquia, entra num top 5 fácil. O que em alguns casos problematiza ele, é ser muito extenso (e consequentemente, bem difícil).