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anduzerandu José Carlos

Registro de finalizações: We Love Katamari

Zerado dia 24/09/22

Assim que finalmente terminei de jogar Killer7, tirei o pendrive plugado no PS2 em que o jogo se encontrava com o OPL, desbloqueio que roda os jogos direto do USB, e pluguei o outro que eu comprei recentemente apenas para deixar nesse console, com mais espaço e jogos. A verdade é que eu estava LOUCO para jogar um em específico, ignorando meu "dever" de terminar os jogos restantes no Switch e tudo: We Love Katamari!

Eu AMO Katamari, de verdade desde que resolvi experimentar o tão famoso primeiro jogo no PS2 e desde então tenho jogado a franquia com alguma frequência desde 2014 ou por aí. Lembro que fui procurar mais títulos do mesmo criador/estúdio e descobri que haviam mais Katamaris. Até então eu acreditava que era só um!

Curiosamente havia um jogo no Xbox 360, no PS3, PSP, PS Vita e outro ainda no Playstation 2. Ué!? Joguei os outros com o tempo e sobrou só esse daqui.

Eu sempre falo que tenho alguma dificuldade em jogar cosias daquela geração e é verdade. Bate uma preguiça pois os visuais deram uma envelhecida, não tem muitas franquias que gosto (e as que gosto nem sempre ganharam versões tão interessantes nessas plataformas) e o fato de eu não ter como jogar portátil, o que facilitaria muito (detesto jogar no celular). Sendo assim, acabo jogando na plataforma original, dependendo de um TV e de muitas horas pois os jogos da época pareciam ser bem mais enrolados e demandavam mais tempo para terminar.

Foi também uma geração que eu deixei de lado na época, que perdi vontade de jogar qualquer coisa e até larguei os consoles. Voltei anos depois e nem tudo desce muito fácil e um exemplo disso é o Mario Kart: Double Dash, que a galera ama mas depois de tanto jogar os mais recentes, eu simplesmente não consigo ver graça nele.

Mas as vezes penso que é uma impressão meio aleatória que ficou na minha cabeça, talvez por ter me dedicado muito aos consoles em HD seguintes, pois há sim jogos que eu gosto para caramba, como o próprio Katamari Damacy!

Tudo isso mudou com a aquisição do meu próprio PS2 depois de tanto depender dos consoles emprestados ou jogatinas nas casas dos outros. Agora eu poderia pegar um jogo e me dedicar "24/7" a ele, imersão completa. Finalmente poderia jogar Xenosaga, God Hand, Shin Megami Tensei: Nocturne (ainda não joguei nenhum deles). E com o desbloqueio que não dependo de gravação de DVDs fica melhor ainda!

Mas mesmo no caso de voltar para uma franquia que eu gosto como esta, o buraco era mais embaixo: a franquia me cansou um pouco. Isso porque todos os jogos Katamari são muito parecidos e alguns ainda são um pouco abaixo da média. Eu estava mesmo preso na experiência original como favorita para sempre. O jogo do Xbox 360 adicionava uns desafios chatos que me faziam vencer ou perder a fase em segundos e eram irritantes. Já no PS3 não tinha nada de novo além do visual que ficou mais feio. O jogo do PS Vita foi super curto e mais aprece uma demo esquisita e no PSP curiosamente funcionou muito bem, mas realmente eu estava meio cheio de fazer o mesmo.

O hype que sobrou foi o de que We Love Katamari (WLK) é o predileto de muitos fãs. De qualquer forma sabia que seria divertido e breve, então não tinha erro.

Abrindo o jogo, ele é bem parecido com o seu antecessor e mesmo tendo menus e o próprio hub diferentes do Damacy, é um pouco difícil diferenciar qual é qual visto que o estilo é o mesmo. Sendo sincero, tendo jogado toda a franquia é bem difícil diferenciar cada um deles ou onde tem isso ou aquilo até porque os jogos mais recentes reciclam muitos desafios e estágios.

Eu gostaria de dizer que WLK está para Damacy como Super Mario Galaxy 2 está para o 1, e é por aí mesmo, mas eu até consigo separar os jogos do bigodudo melhor nesse caso. Talvez se existissem DLCs no PS2 poderia ser um do primeiro Katamari.

O jogo começa com o clássico tutorial. Muita gente acha a jogabilidade estranha, mas nunca tive dificuldades e com a minha experiência nem preciso mais ler os comandos, só fazer o que é pedido. Basicamente tudo acontece com os dois analógicos ao mesmo tempo, como se os seus polegares emulassem os braços do personagem na bola: os dois pra frente empurram para frente, os dois pro lado fazem você andar de lado, os dois para trás fazem você dar marcha ré. Um para frente e outro para trás fazem você girar em torno da bola e fazer curvas e apertar os botões L3 e R3 simultaneamente fazem você mudar para a direção oposta instantaneamente.

O hub agora é uma tela com várias seções similares adjacentes. Você vê pessoas e casas e afins e pode andar até o limite direito ou esquerdo para ir para a próxima. São umas cinco no total.

Quando uma pessoa aparece com um balão de fala é porque ela tem uma missão (e provavelmente é uma pessoa nova no mapa). A parte estranha é que não tem muita lógica sobre onde encontrar exatamente novas missões e as vezes você tem que ficar andando de seção a seção até achar alguém precisando de uma ajuda. Mais tarde esses mapas vão se enchendo de pessoas e algumas delas vão te pedir, opcionalmente, que repita os desafios na tentativa de melhor seu score (e dar aquela sensação de ter sempre muito conteúdo disponível). Cheguei a cair nessa umas vezes e refazer estágios ao invés de focar nos novos e que progridem a campanha. Enfim...

As vezes você termina uns estágios e aparece uma tela de novo capítulo e uma historinha em cutscene. Tudo ok.

O jogo em si é o clássico rola-bosta de sempre: você rola uma bolinha e tudo o que for menor que ela gruda nela ao contato. Conforme você coleta itens, seu katamari vai crescendo e você pode pegar coisas cada vez maiores. Há estágios que você inicia coletando clipes, borrachas, peças de mahjong e tal e termina coletando casas, aviões, prédios, países, continentes, entidades colossais!

É uma maravilha de satisfação ir crescendo e e finalmente pegar aquelas coisas que tanto demoramos para conseguir, fora que é uma delícia limpar os cenário da quantidade gigantesca de itens que o jogo possui. Sério, é coisa demais pelos cenários!

Nem preciso dizer que é uma experiência mega japonesa, com muito humor de lá, muito visual de lá. Eu amo esse tipo de coisa maluca de asiático. WLK ainda possui uma cara de que facilmente seria um jogo de consoles Nintendo, mas prova que há muita coisa de excelência na concorrência. Ótimo para todas as idades e o tipo de experiência que você não pode morrer sem conhecer (existe um remaster nos consoles atuais).

WLK realmente segue a mesma premissa do primeiro Katamari, mas adiciona algo interessante: variedade nas missões, coisa que os demais jogos da franquia também tentaram fazer e chegaram a falhar.

Basicamente o primeiro jogo consistia apenas em fases diferentes com tempos limites diferentes e tamanhos diferentes a serem alcançados dentro daquele período. Enfim, o jogo inteiro era apenas rolar e rolar e ficar maior e maior. Aqui há fases, volta e meia, em que seus objetivos são mais específicos como coletar a maior quantidade de vaga-lumes possível, ficar o maior possível com um limite de itens coletados e cenários que se encerram caso você colete algo em especial. E aqui tudo funciona bem.

Mesmo em algumas missões mais chatinhas o jogo permite que você prossiga com a campanha, caso deseje, e o replay fica muito por conta de melhorar seus resultados. Isso é bem legal.

Eu achei que WLK pecou um pouco no enredo e continuidade da campanha. Parece que as fases estão lá largadas de qualquer forma e isso ficou mais óbvio no final, que simplesmente aconteceu e foi isso. E reclamar disso num jogo com tanto nonsense é realmente algo a se pontuar.

Mas ele acerta em tantos outros tópicos que nem dá para reclamar. Há um modo para dois jogadores (não lembro se o primeiro tinha), muitas coisinhas para te manter jogando, como desbloquear todos os personagens jogáveis e, mais uma vez, uma trilha sonora original e muito bem bolada!

Quer dizer, a OST do primeiro jogo é insuperável e este daqui tem uma faixa ou outra bizarra, mas no geral são músicas sensacionais, incluindo uma da vocalista do Pizzicato Five, uma das minhas bandas prediletas dos anos 90 em diante e que sempre achei que poderia ter alguma canção nessa franquia. Que felicidade! Você talvez conheça a faixa Twiggy Twiggy ou alguma outra deles (vê aí no youTube hehe).

Resumindo: We Love Katamari é realmente um jogaço e dá para entender o amor dos fãs por ele e muitos o considerarem seu predileto. O primeiro ainda é meu predileto por ter sido novidade e pela trilha sonora, mas esse daqui evoluiu sim e deixou a franquia mais completa. Para não ter erro, eu possuiria ambos em minha coleção e para ser sincero, são os melhores de toda a série, da mesma forma que na minha experiência os dois primeiros Yakuzas, de PS2, continuam sendo os melhores.

De bom: mantém os lindos visuais, jogabilidade, humor e trilha sonora divertidos da franquia. Uma ótima pedida para quem queria mais na época, sem dúvidas. Bastante motivo para continuar jogando, incluindo desbloqueáveis e medalhas para quem conseguir scores mínimos em cada missão. Inclui modo multiplayer. Muito carismático e colorido, o tipo de jogo que merecia ter saído no Gamecube.

De ruim: é mais do mesmo e age mais como fases extras do primeiro jogo mesmo. Continuidade meio estranha e ficar procurando fases para prosseguir é meio chato.

No geral, gostei demais mesmo com um certo "burnout" da franquia depois de tantos títulos e mesmo os jogando com grande intervalos entre eles.Foi ainda um bom refresco depois do morno Wattam. Uma boa pedida para conhecer a série, embora atualmente deva valer muito mais a pena jogar o remaster Katamari Reroll em HD na plataforma que você desejar. Bom demais!

We ♥ Katamari

Platform: Playstation 2
288 Players
8 Check-ins

13
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