Famicom: O console 8-bits da nova geração
Com grande sucesso nos Arcades, a Nintendo planeja lançar um console próprio. A ideia era ser muito superior a todos que existiam, com um processador de 16-bits, teclado e entrada para disquetes, mas isso aumentaria muito o custo de fabricação, então optaram por simplificar o hardware e adicionar uma porta de expansão para futuros periféricos. Suas maiores inspirações foram o ColecoVision e o PC-8001 da NEC, que possuía jogos bem coloridos e avançados. O console foi lançado em 15 de julho de 1983 em território japonês. Seu nome era Famicom, uma abreviação de Family Computer. Logo no ano de seu lançamento, a Nintendo teve que fazer um recall dos aparelhos devido a uma falha de memória e relançar em seguida.
O console foi desenhado para parecer um brinquedo para crianças, nas cores branco e vermelho. Era um console muito pequeno e simples, com instruções no botão de ligar e ejetar o cartucho, além de espaços reservados para guardar os controles na lateral. Por dentro, ele era equipado com um processador de 8-bits de 1,66 MHz da Ricoh, baseado na arquitetura MOS 6502 e 2 KB de RAM, mas que podiam ser combinadas a memória de alguns cartuchos. Sua GPU possuía 256 Bytes com uma resolução de 256x240 px, podendo gerar até 8 sprites por varredura e uma paleta de 48 cores com 5 tons, sendo 25 simultâneas. A parte sonora também recebeu uma atenção especial, com 5 canais de áudio, dividido em 4 tipos de sinais. O valor inicial foi de ¥14800 (US$ 140,00).
Outra grande revolução do Famicom eram seu controles, que ficavam presos no console para diminuir os custos de desenvolver um plugue. Para resolver os problemas dos joysticks quebrados, a Nintendo optou por fazer o uso do D-Pad, um direcional em formato de cruz, usado inicialmente nos jogos Game & Watch do Donkey Kong. 2 botões de ação, B e A, nessa ordem, devido à orientação de leitura dos japoneses. Os dois controles possuíam suas diferenças, onde um botão de Select e Start ficavam no controle 1 e um microfone e ajuste de volume no 2. A orientação na horizontal e a forma de pegar o controle nunca foi usado anteriormente. Os cartuchos possuíam uma cor chamativa e uma arte estampada na sua parte frontal.
Em seu lançamento, apenas 3 títulos da Nintendo estavam presentes no consoles, todos portes de Arcade. Donkey Kong, Donkey Kong Jr. e Popeye. Durante o ano, outros poucos jogos foram lançados, como os jogos de tabuleiro japonês, Mahjong e Gomoku Narabe, e apenas 1 de esporte, o Baseball. Mario Bros. também foi portado para o videogame e para tentar convencer os pais de comprar o brinquedo, 2 jogos educativos saíram para o Famicom, Popeye no Eigo Asobi e Donkey Kong Jr. Math. Os jogos eram super coloridos e detalhados e naturalmente possuía os melhores portes de seus jogos, com gráficos e sons muito superior a qualquer outro console.
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A engenharia aplicada na criação do hardware desse console foi muito equilibrada. Não teve nenhuma disparidade ou exagero no hardware. Destaque para o D-Pad que foi popularizado a partir de então e o chip de som do console. Esse último teve uma dedicação maior por parte da Nintendo, pois tiveram uma visão sobre a grande importância que uma trilha sonora possuía em um jogo ( e não apenas efeitos sonoros ). Não a toa e um console com uma gama de trilha sonora memoráveis. Enfim
O canal de PCM do Famicom/NES é muito legal! O pessoal fazia miséria com ele na época, especialmente a Konami e a Sunsoft. E o que seria das músicas da trilogia Ninja Gaiden sem os samples de bateria?!
Engraçado que uma vez eu vi ele na casa de um primo meu, lá em 95. Só que eu não sabia que isso aí era a versão original do Nintendo. Quando vi esse "Family computer", achei que era um dos diversos clones que na época existiam no mercado hahaha. Nem dei bola, achei que era console de camelozão. Que dó, cara. Muitos anos mais tarde é que descobri como fui estúpido. O console tava lá, jogadão, ele nem queria saber T__T
Acho que a Nintendo da América acertou em remodelar o visual do console, pois mesmo nos meus 10 de idade, achei esse visual dele bem infantil. O único contra da versão de NES, é aquela maldita entrada horizontal, não consigo me acostumar com isso, é muito chata... Tem que abrir o console se quiser fazer uma manutenção no conector.
Nossa, eu não sabia que a idéia inicial pra ele era ser 16-bits, já pensou que louco?!
Esse realmente revolucionou o mercado! Devido ao crash de videogames no ocidente, por aqui ele também foi vendido como um brinquedo, não como um atari mais desenvolvido
Bizarro essa cor BRANCA e VERMELHA...
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GAME & WATCH...quem nunca?
Esse sim foi revolucionário em todos os sentidos! Franquias surgidas nele perduram até hoje!
Ah, eis que surge o futuro salvador do mercado americano de consoles caseiros!
Depois que conheci, achei o modelo japonês muito mais bonito que o americano. Pena que a pinagem é diferente e, pros meus padrões, o controle curto é muito zoado... mas ele é lindo =)
Parabéns! Seu artigo virou destaque!
eu não passei pelo nintendinho... pulei do atari direto pro snes....
Este é um dos consoles do meu coração! Joguei muito meu antigo turbo game CCE e hoje tenho o prazer de colecionar este console atemporal !
Nintendo, salvação da lavoura gamística após o crash de 1983!