RPG's esquecidos - Parte I
Há uma infinidade de RPGs no mundo, e é humanamente impossível conhecer todos eles, quem dirá jogar todos. Tem jogos e franquias que se tornam clássicos e verdadeiras obrigações para qualquer fã de RPG. Por outro lado, existem ainda jogos que mereciam ficar eternamente perdidos no espaço e no tempo. Mas e quando clássicos e verdadeiras obras-primas ficam perdidas no Limbo?
Esse é o tema do artigo da vez, que será dividido em algumas partes, trazendo 3 ou 4 jogos por post, que são verdadeiras relíquias e não devem ser deixadas nas areias do tempo e merecem mais uma chance de ver a luz do dia...Sejam jogos antigos ou até obras mais recentes. Sejm ela obras primas do game design e de gameplay excelente ou ainda jogos de menos qualidade mas que as experiências por si só valem a pena...Aqui, estão jogos que com certeza todo bom fã de RPG (e de vídeo games num geral) deveria conhecer.
The 7th Saga (1993)
Disponível para: SNES
Nos anos entre os lançamentos do super popular Final Fantasy IV e VI da Square , a empresa que futuramente seria fundida a ela, a Enix, lançou um RPG tradicional baseado em turnos intitulado The 7th Saga . O jogo se concentra na jornada de sete heróis para recuperar sete poderosas runas de eras passadas para seu rei, com a promessa de que aquele que o fizer se tornará o herdeiro do trono do mundo chamado Ticondera.
Em vez de formar uma equipe cheia de aliados como em muitos outros RPGs, o elenco diversificado de The 7th Saga está em uma competição, e um deles contratou secretamente um caçador de recompensas para ajudá-lo a sair vitoriosos. Os jogadores escolhem um dos heróis para controlar e podem formar uma aliança com outro herói, mas na maioria das vezes, quando os competidores se encontram, os duelos acontecem. Runas são coletadas e oferecem habilidades e feitiços sem MP para serem usados em combate. Eles são inestimáveis neste jogo, ainda mais levando em conta que sua "party" é limitada a 2 membros.
The 7th Saga tem muitas pequenas coisas a seu favor. O enredo de tentar enganar e sobreviver a outros candidatos à coroa é bem diferente de outros jogos da época, e a reviravolta no final do jogo é uma mudança bem-vinda do que os jogadores pensam que está acontecendo. Os gráficos são muito bem feitos e a articulação e os movimentos dos personagens e inimigos na batalha, juntamente com as animações de batalha, são bonitos de se ver.
Os designs dos chefes são variados o suficiente para inimigos encontrados aleatoriamente e os ângulos da câmera durante as batalhas os fazem parecer muito imponentes. Enquanto isso, um cristal funciona como uma tela de alerta que funciona em qualquer lugar que os inimigos apareçam. Ele funciona mostrando as localizações dos inimigos e destaca onde estão as runas, tornando um pouco mais fácil evitar batalhas aleatórias e localizar os principais tesouros com menos tempo.
Grandia Xtreme (2002)
Disponível para: PlayStation 2
Grandia Xtreme é um jogo agradável, mas fortemente falho, que estava à frente de seu tempo em alguns aspectos. Pensado como um spin-off da franquia Grandia, o jogo deixa de lado a receita de sucesso e já aprovada da franquia e aposta aqui na utilização de novas mecânicas e outras coisas.
O jogo se desenrola como um rogue-lite, inicialmente os níveis de personagens permanecem, mas toda vez que um jogador entra em uma dungeon, os inimigos são redefinidos, assim como os tesouros a serem encontrados. Depois de um tempo, as primeiras dungens evoluem, com os jogadores encontrando inimigos de nível mais alto e equipamentos para acompanhar a história.
Obter equipamentos de drops, criar magias através de ovos de mana que podem ter atributos aleatórios anexados a eles e grindar absurdamente em dungeons por aí, parecem as características de um rogue-lite, e se o jogo tivesse sido feito uma década depois, poderia ter sido um clássico do gênero. Do jeito que está, é uma visão divertida de alguns dos primeiros pensamentos de fazer um jogo rejogável com muita personalização. Mas não foi o que rolou na época em que saiu para o PS2 e o jogo caiu no esquecimento.
A jogabilidade regular da franquia Grandia também está aqui, com um combate agradável, completo e baseado em turnos. A história é definitivamente um amontoado de coisas jogadas num saco e misturada, que é onde o jogo peca um pouco, com um enredo sem graça e com uma dublagem verdadeiramente questionável. Isso ocorre porque de alguma forma, eles contrataram as estrelas de Hollywood Mark Hamill (o Luke de Star Wars), Dean Cain (famoso por interpretar o Superman nos anos 90) e Lisa Loeb (que estava com sua carreira de cantor em ascenção), e deram a eles alguma instrução do tipo “Estamos gravar tudo isso numa só tomada, então vamo lá!”.
Este não é um jogo para ser levado a sério, mas ele surpreende para um jogo da sua época e mesmo com alguns defeitos aqui e ali, ele é de fato um jogo que deve ser experenciado.
Contact (2006)
Disponível para: Nintendo DS
Contact é um dos muitos jogos de Nintendo DS que foram lançados e passaram completamente despercebidos. O jogo é mistura mundos, com gráficos mais pixelados remetendo rpgs mais antigos, ao mesmo tempo que em outros momento usa gráficos com sprites mais bem modelados e definidos. Você se encontra no meio disso. Você não está no controle de Terry, o protagonista e nem no controle do professor, que reside na tela superior do Nintendo DS junto com seu cachorro muito fofo.
Não, você mesmo é um personagem da história e vai interagir com o professor e vai guiar Terry. Isso mesmo. Você, que está lendo esse texto e futuramente vai pegar o seu portátil (ou sue belo emulador), é um personagem da obra.
Durante este RPG de ação você tem que ajudar o professor com um problema em sua nave, ao mesmo tempo que tenta encontrar uma maneira de Terry chegar em casa. Aqui, Terry lutará em masmorras, ganhando habilidades e trajes diferentes, com possibilidades diferentes, enfrentando grandes chefes, enquanto o professor em toda a sua glória pixelizada se atrapalha na tela.
Contact pode parecer um pouco esquisito de vez em quando e o combate pode se tornar repetitivo. Mas ele faz um uso excepcional das duas telas do Nintendo DS, além de ter uma narrativa e uma estética bem diferentes do usual. Ele é aquele típico jogo que precisa ser experenciado e a sua gameplay vai ser algo único. Nem todos os jogadores vão gostar, mas outros com certeza irão amá-lo.
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E aí, algum desses jogos você conhecia ou já jogou? Não esquece de comentar também qual RPG desconhecido você tem para recomendar para a galera!
The 7th Saga
Platform:
SNES
370
Players
29
Check-ins
Parabéns! Seu artigo virou destaque!
Esse contact parece bem diferente... Interessante
7th Saga é maravilhoso
7th Saga não é muito esquecido não... Claro que ele não é super famoso como Earthbound ou Secret of Mana no SNES, porém ele fica ali no meio termo e tu sempre encontra gente que jogou e tudo o mais. Agora a sequência dele, Mystic Ark, essa sim é obscurona.
Grandia Xtreme é esquecido por um ótimo motivo: ele é doente, ahuahua. Joguei ele há algum tempo e deus do céu, que jogo morfético. Mas nada nunca está tão ruim que não possa piorar, e algum tempo depois vem Grandia 3 pra mandar a série pra vala de uma vez...
https://7r6.com/MinefraftAoVivo
7th Saga eu joguei na época, mas como era pequeno, entendi lhufas e fui na locadora trocar por outro jogo.
O Grandia já ouvi falar e certamente joquei outro.
Esse Contact que não tinha ouvido falar!