Finalizado!
Pois é, pra quem não gosta de jogos em primeira pessoa, já é o segundo zerado nesse estilo. Graças ao @3continues kkk.
Mas vamos lá. Sempre tive curiosidade com Portal, mesmo sendo em primeira pessoa. Na minha cabeça, não sei pq caralhos eu achava que era um FPS, vai saber. Mas ainda bem que não é. Comecei pelo 2 por pura doença mental, devia ter jogado o 1 antes. Mas por tudo o que eu já consumi dessa franquia (podcasts, wikis, faltou só jogar mesmo kkk), deu pra entender de boa o que acontece mesmo não tendo jogado o 1, ainda.
Portal é basicamente um jogo de puzzle em primeira pessoa. E é isso. No jogo, controlamos uma cobaia de testes que acorda vários anos depois dos eventos do primeiro jogo, e temos que participar dos testes elaborados pela IA Glados (alá, naquela época a gente já tinha jogos, filmes, relatando IAs fazendo merda. Cuidado, humanidade...), que na verdade é a grande vilã do primeiro jogo. No segundo jogo ela meio que se reconstroi, e busca vingança contra o jogador. Tudo utilizando um humor muito sarcástico e sutil, que vai permear o jogo como um todo, com a robô soltando piadinhas e indiretas a todo momento, do tipo "eu estive bem ocupada estando morta, depois que você, bem, ME MATOU". De longe essa desgraçada é minha personagem favorita do jogo. A história do jogo é bem simples, mas o humor e todas essas piadinhas com tecnologia e com o fato da protagonista ter matado a Glados no primeiro são muito boas.
A jogabilidade também é bem básica. Temos que usar a Portal Gun pra resolver os puzzles e criar passagens usando os portais laranjas e azuis. Acredito que todo mundo já sabe como funciona. O que me impressionou muito foi o level design dos testes, é tudo muito bem pensado e encaixado de maneira a realmente botar o jogador pra pensar bastante. Tiveram alguns puzzles que demorei quase uma hora pra resolver e no final das contas a solução era bem simples. Portal 2 é ótimo pra fazer o jogador ter aquele pensamento do tipo "ah, era só fazer isso? Nossa, como eu sou burro". Mas isso não é um defeito do jogo, mas sim pura genialidade.
Lá pelo meio-fim do jogo temos um plot twist, com um dos robôs que nos ajudam no decorrer do jogo (Wheatley) se mostrando um traidor safado e assumindo o lugar da Glados, colocando a mente dela em uma... batata. Daí caímos nos andares mais subterrâneos do complexo, onde a tecnologia ainda não era tão avançada e complexa e os puzzles usavam estruturas um pouco mais analógicas. Isso é muito legal, porque assim podemos acompanhar a evolução da empresa Aperture através das gravações pré-elaboradas do fundador Cave Johnson e dos puzzles em si. Assim, temos que abrir caminho de volta aos andares superiores pra enfrentar Wheatley.
Que experiência sensacional. É um jogo relativamente curto, levei umas 11 horinhas pra zerar, mas foi extremamente prazeroso. Portal 2 até mesmo aliviou um pouco mais a falta de vontade que eu tenho de jogar jogos em primeira pessoa. Quem sabe no futuro eu não encare um Doom ou algo assim? Futuramente vou zerar o primeiro também e entender mais a história do início.
Destaque pra música do fim do jogo, que é MARAVILHOSA:
Deve ser junto de Bioshock minha franquia de FPS favorita.
Parabéns!!! Esse é um jogão!
O primeiro dura 3 a 4h, caso se anime.