O check-in de hoje traz o meu provável GOTY do ano e minha aposta para o GOTY do The Game Awards que ocorre agora dia 9 de dezembro. Hoje irei falar um pouco do que achei da duologia Psychonauts.
Décimo Primeiro e Décimo Segundo finalizados de 2021:
Primeiramente, Psychonauts é meu primeiro jogo do Tim Schafer, fundador da Double Fine. Eu conheço sua trajetória, com ótimo jogos no currículo, como Brutal Legends, sua colaboração para a Lucas Arts e, até mesmo, Costume Quest. Decidi jogar o primeiro Psychonauts já que estava com o Game Pass durante a época do lançamento do segundo, e que bom que eu o fiz.

Psychonauts é um Collect-A-Thon meio diferente. Na parte de jogabilidade, ele realmente lembra outros plataformers 3D como o Mario 64, Mario Galaxy, Banjoo-Kazooie, dentre outros. Ele funciona muito bem como jogo, mas não é o foco principal da sua proposta.
Para falar a verdade, o combate não é dos melhores. Os poderes são até legais, mas muito limitados já que o jogador só pode ter três. As sessões de plataformas são boas, mas não superam as de qualquer Mario, por exemplo. Apesar disso, Psychonauts brilha no seu level design e roteiro.
Falar das fases/mundos do jogo, é falar intrinsicamente da sua narrativa, já que os mundos de psychonauts se passam na mente dos personagens. Devido a isso, Tim Schafer viaja bastante na construção desses mundos e por consequência dos personagens. A sacada genial é que ao decorrer das fases, Raz, protagonista do jogo, descobre mais da personalidade de certas pessoas baseado no que ele encontra em sua mente, seja uma conspiração de espiões, uma guerra contra napoleão ou até mesmo uma festa disco. Todos os medos, ânsias, felicidades dos personagens são traduzidas em momentos específicos da fase.
Essa decisão de design é simplesmente brilhante já que encaixa tão bem a parte lúdica com a parte narrativa, tudo está perfeitamente integrado e, o melhor, tudo flui perfeitamente bem com diálogos afiados. O primeiro psychonauts não é um jogo muito longo, mas definitivamente envelheceu perfeitamente bem e é um jogaço.

Não muito tempo depois de terminar o primeiro, parti logo para o segundo, disponível desde o seu day 1 no Game Pass. O segundo é uma sequência direta do jogo de VR que também é uma sequência direta do primeiro jogo, a boa notícia é que não é necessário jogar o de VR para entender a trama.
Logo de cara é impressionante o quantos os gráficos de Psychonauts 2 são lindos. A primeira mente invadida na sequência já mostra o quão longe Tim Schafer foi ao escrever os mundos perturbados. Tudo é expandido em escala e genialidade, os personagens de Psychonauts 2 são magistralmente desenvolvidos e os diálogos são ótimos.
Sim, o jogo ainda possui alguns problemas de combates com inimigos que exigem poderes únicos e, sim, a mecânica de poderes ainda é bem convoluta. Contudo, isso não apaga o que de bom Psychonauts 2 faz. Um destaque especial para as boss fights que são na sua maioria excelentes.
Eu poderia falar com por 400 horas o porquê de Psychonauts 2 ser o melhor jogo do ano, mas vou me reservar a poucas palavras para evitar spoilers, já que a surpresa é um outro ponto que ele acerta.
Eu peço que, se possível, deem uma chance para Psychonauts. Ele é um dos melhores Collect-a-Thon do mercado e ainda consegui discutir e apresentar problemas mentais presentes na nossa sociedade de maneira extremamente satisfatória.
@desafioanual
Esse jogo foi o meu favorito do ano passado. A forma que ele conta a história e os níveis é genial. A fase do Jack Black é excelente mesmo e talvez uma das melhores do jogo. O primeiro é muito bom também, mas o segundo melhora em todos os quesitos.