Em 2013, a Capcom fugiu um pouco da sua área de conforto publicando Remember Me, um jogo futurístico (o ano é 2084) que mistura elementos de plataforma, exploração [com uma pitada leve (bem leve mesmo) de parkour] e até hack 'n slash, eu diria, apresentando um combate bem empolgante.

Jogamos na pele de Nilin, uma caçadora de memórias que teve sua própria memória apagada, e acorda perdida, sendo guiada por Edge, que a ajuda durante o jogo (tudo que posso dizer sobre o enredo é isso, o resto é spoiler).
Estaria tudo muito bem, tudo muito bom, se não fossem os 'pequenos' problemas do jogo, que não atrapalham a jogabilidade, mas que incomodam às vezes.

Jogadores de RPG e/ou que estão acostumados com Sandboxes ficarão com um pouco de dor-de-cabeça do tamanho da linearidade desse jogo. Não se pode fazer nada além de seguir no corredor, e se você pular no telhado ao lado do que você está, simplesmente atravessa a parede e cai pro infinito, como aconteceu comigo diversas vezes. E isso volta ao assunto do parkour, que acaba sendo uma série de interações com objetos pré-determinados, abrindo pouca chance pra exploração.
A câmera funciona bem em ambientes abertos, girando ao redor de Nilin e do oponente. Mas atrapalha um pouco em locais fechados, ou quando há muita gente ao redor, a visão fica obstruída e por aí vai.

Os gráficos são muito bons, com poucas quedas de quadros por segundo e sem delay de renderização. A dublagem também seria, se a voz ficasse sincronizada com a boca dos personagens, ou se Nilin, durante o gameplay, mexesse a boca enquanto falasse com o Edge.
A trilha sonora é espetacular! Uma mistura de orquestra com música eletrônica no ponto feita com qualidade, e que vale a pena até ouvir separadamente do in-game.

No resumo da orquestra, Remember Me é bom quando o preço é baixo. A história chega a ser boa, apesar das confusões no decorrer. Remember Me não é um jogo ruim, fato. Mas poderia ser bem melhor.