Contando a coleção
Vídeo "especial" de fim de ano no nosso abandonado canal. Vi o vídeo do Wilson contando a coleção dele e aproveitei que tava arrumando as coisas pra fazer um.
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Vídeo "especial" de fim de ano no nosso abandonado canal. Vi o vídeo do Wilson contando a coleção dele e aproveitei que tava arrumando as coisas pra fazer um.
Peguei esta coletânea que eu nem sabia que existia até um tempo atrás. Os extras foram o mais legal pra mim, mas também joguei e terminei Flow, que eu nunca havia jogado antes. Flower e Journey são games que eu gosto muito e é legal tê-los em formato físico também agora.
FLOWER - FINALIZADO 100%!
(11/06/2016)
Finalmente terminei toda a coleção Journey, trilogia maravilhosa, finalizando-a com esse igualmente instigante jogo Flower!
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Bem, o que dizer do jogo?
Cara, é uma proposta bastante distinta de jogo, de entretenimento, de terapia... O jogo é curioso, começando pela tela inicial do jogo, em que você visualiza uma mesa com vasos de flores (no final serão 06) em cima, e ao fundo, através da janela, você observa a cidade... Cada flor é uma fase ou campanha, na qual basicamente se deve florescer todas as diversas flores existentes, além de cumprir certas particularidades/requisitos para avançar no game - na verdade, cada estágio desse é um sonho, no qual você é uma pétala que, uma vez solta da flor, deve voar até outras flores florescendo-as e colorindo o ambiente... espalhando beleza e vida!!!
Realmente, parece ser essa é uma das premissas do jogo - beleza é vida, vida é beleza; se há vida, há beleza; se há beleza, há vida!
E desde a tela inicial, algo melancólica e alusivamente bucólica,
percebemos o contraste com a vida urbana, com suas cores monocromáticas (concreto e asfalto, poluição de fábricas e automóveis, fiações elétricas, estas as únicas coisas que parecem ligar os indivíduos trancafiados em suas residências...) e seus sons de carros e pessoas articulando-se (uma certa música urbana...), todas vivendo de forma frenética, mergulhadas em suas preocupações e interesses, agindo de forma robótica, inseridas dentro de um sistema, correndo tanto para... para quê mesmo?! Ás vezes parece que a vida deveria ser mais simples que a forma como a levamos... A narrativa se dá também entre as fases, através de imagens coladas que no todo fazem a confrontação do urbano e o bucólico.
Enfim, o jogo também parece sugerir o paradigma da sustentabilidade, pois em uma das fases temos que realizar ações de causa e consequência entre o florescimento de flores e o acionamento de turbinas de energia eólica, estabelecendo uma relação de correspondência entre o verde e o colorido (natureza, beleza) e a vida, energia, continuidade...
Talvez algo tenha dado errado, talvez seja preciso rever nossos passos... Talvez precisemos de mais cor em nossas vidas!
FLOW - FINALIZADO 100%!
(07/06/2016)
Devo dizer que ainda sou novato nesse negócio de platina, ainda mais com jogos da PSN. Bem, peguei essa coleção de trilogia pra jogar e fiz 100% em Journey, partindo para esse segundo, FLOW, pegando todos os troféus dele... mas tem um troféu ainda constando proveniente de uma DLC! Na dúvida, entrei no MYPST e fui ver qual era a minha situação, constando lá uma situação aparentemente contraditória...
Aqui consta 95% do jogo completo, pois está faltando o troféu do pacote de expansão:
Mas aqui, o jogo consta como 100% completo, presente na lista de jogos da PSN:
Fucei um pouco o Mypst e achei isso lá :
E também essa informação, talvez esclarecedora:
E então @platinadores, conta meu 100% ou não??? DLC é algo opcional né, então eles não contabilizariam para obtenção de platina ou 100% um troféu de pacote de expansão, correto?
Bem, de toda forma, o que dizer desse jogo?
O jogo é bem instigante: você controla criaturas ou organismos em um ambiente aquático, tendo que passar por níveis e níveis de profundidade até chegar ao final. Segundo descrição do próprio jogo, seriam criaturas num ambiente oceânico...
Mas quando joguei, a interpretação que fiz era de que se tratavam de criaturas primitivas e microscópicas, o que poderia estar remetendo a uma era primordial - estaríamos falando aqui da abordagem científica/darwinista sobre a origem da vida! (...)
Sendo um jogo da trilogia Thatgamecompany, aliás, é o primeirão de todos, tanto que ele é honrado através de referências presentes nos outros dois jogos posteriores, Journey e Flower, o jogo é bonitão, com um trabalho de arte muito distinto. O jogador experimenta, nos diversos níveis de ecossistema que irá percorrer, um show de luzes e formas e dinamismos estéticos-visuais de dá gosto, além das cinéticas advindas das interações com o meio!
O jogador vai adentrando a criatura nas profundezas do seu respectivo (a princípio) ecossistema/habitat e nesse processo vai encontrando certa diversidade de organismos em suas interações, guiados por seus instintos primitivos, vivendo pelo determinismo do princípio da sobrevivência, manifestando reações ora de fuga ora de agressividade.
A jogabilidade devidamente fluida cumpre essa proposta de jogo intuitivo, onde temos que controlar as criaturas através de movimentos "in the air" com o controle, direcionando ora pra baixo ora pra cima para fazer o deslocamento da criatura. Confesso que demorei um pouquinho pra pegar o jeito do controle, mas depois que pega fica realmente uma delícia controlar a criatura.
Sem falar dos sons e da música, que como em Journey, cria uma congruência perfeita entre todos os elementos do jogo - a trilha sonora consegue transmitir a ideia de imensidão do ambiente aquático oceânico, muitas vezes ressaltando a caráter de profundidade de onde estamos, e por vezes dando tons obscuros e sombrios, sem falar dos simples sons de bolhas aquáticas se formando e se desfazendo.
Devo incrementar que o troféu que mais curti do jogo foi o "Fashion", é realmente uma conquista muito bacaninha de se conseguir, bem bolada! Sobre os troféus de forma geral, há um consenso de que obtê-los (pelo menos a maior parte) é muito difícil... acho que seria mais exato dizer que são mais chatos do que difíceis, pois realmente são muito chatinhos rsrs... Mas fazendo uso justamente de uma artimanha exigida para obtenção de um dos troféus, o de terminar uma campanha com 4 players, que você pode conseguir sozinho simplesmente fazendo reatribuição de controles nas configurações, é possível suavizar bem o tormento, jogando com criaturas fora de seu habitats ou jogando em habitats com criaturas não nativas. Realmente, não fica fácil fácil, mas ajuda. Enfim...
Bom, quem quiser se privar dessa experiência esteja à vontade, mas super recomendo!
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... life could be simple
JOURNEY - FINALIZADO 100%
(04/06/2016)
Primeiro jogo da PSN que finalizei 100%, do tipo que não tem troféu de platina, portanto não tem souvenir hahahah, brinks, vale a mesma coisa...
E é o primeiro dessa coleção, uma coleção simplesmente maravilhosa!!!
Journey... O que dizer deste jogo? Sim, já havia ouvido falar dele - comentários sempre elogiosos e extasiados, daqueles em que as pessoas demonstram total empolgação mas também dificuldade para descrever o que viveram. A primeiríssima coisa que chama atenção é o aspecto visual do game... Os instantes iniciais da gameplay quando vemos a luz incidindo sobre a areia é de babar! Ademais, a trilha sonora e a jogabilidade fluida acabam por dar liga a esta obra de arte, tornando-a um jogo perfeito; perfeito como é e como não poderia deixar de ser em si mesmo! Definitivamente não possui uma concepção de game convencional, é antes uma concepção artística aplicada a um jogo de videogame – Art Game?! O jogo não tem missões, não tem objetivos dados previamente para conhecimento (talvez nem posteriormente...) – a finalidade do game está na experiência em si de jogar! Aliás, até a ideia de “jogar” é questionável em Journey! Assim como com os outros jogos da Thatgamecompany.
Acho aproximado definir esse jogo como uma experiência estético-visual e sensório-emocional de aventura... E aventura que remete a mitologia... Na real, o jogo proporciona um misto de sensações e ideias! Ele é grandioso e ao mesmo minimalista – você é uma espécie de criatura constituída de tecido que se vê sozinha em meio a um deserto que some de vista... O jogo consegue ser simples e ao mesmo tempo sofisticado (Jobs style?!), no sentido de ser extremamente eficiente em realizar o que propõe com quase nenhum aparato de funcionalidades, controles e outros recursos. Só o fato de toda a narrativa se dar apenas por imagens e música, e absolutamente nada de texto já mostra do que estou falando – os eventos do jogo, as inscrições à la hieróglifos ao longo dos cenários, a interação com outros jogadores, é tudo muito intuitivo e fluido! Mas por trás dessa simplicidade existe (ora escondendo-se, ora pulsando) uma densidade de significados e sentimentos! De fato, Journey é um jogo interpretativo, e cada jogador descreverá (ou ao menos tentará) sua experiência em sua idiossincrasia.
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Mas apesar do aspecto interpretativo do game, há algo certamente de universal na narrativa de Journey. O jogo também parece seguir a ideia de ciclo, basta ver aquele final... Eu tava nessa onda e acabei até lendo páginas na internet sobre monomito... enfim. Você se encontra em um mundo aparentemente gigantesco e deverá seguir seu caminho, indicado pela luz... De fato, se trata de um mundo preexistente com vários indícios e evidências de antiguidade, mas com os quais o jogador não deverá se preocupar, até porque o jogo simplesmente não explica absolutamente nada sobre o mundo, sobre a personagem ou sobre qualquer outra coisa – a estória, em sua narrativa visual-sonora, deve se realizar em sua mente, sendo talvez decodificada posteriormente pelo seu subconsciente... Seria um ritual de passagem? Ou nada haver? (...)
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O jogo possui boa extensão online, basta ver a proporção de troféus com essa exigência – para obter algumas conquistas você precisa encontrar outros viajantes e cumprir certas ações. Confesso que essa questão não foi importante na minha primeira “viagem”, apesar de ter tido a maior parte de amigos “andarilhos” justamente nela... Mas agora sei que é um dos grandes diferenciais do game! Logo na segunda vez que fiz a jornada, minha visão mudou totalmente! Tive uma boa companhia do início até quase o fim, estabeleci com esse outro jogador uma tentadora parceria e íamos, dentro das possibilidades de comunicação, nos ajudando mutuamente. Certamente, da mesma forma que eu tinha os meus interesses particulares, como pegar esse e aquele troféu, ele ou ela também tinha! Tragicamente, justo no final nos perdemos... Mas olha só a magia que conferiram ao jogo: não importa se é sua segunda, terceira ou décima viagem, pois para muito além de pendências de troféu, o foco do jogo está na experiência em si mesma (no que diz respeito ao game em geral) e na experiência interativa (no que diz respeito ao aspecto online do jogo e a conexão entre diversos players mundo afora). Estava lendo a descrição de Journey pela própria Thatgamecompany, dentre outras coisas, e o que se pode perceber é que o caráter interativo é um aspecto que foi pensado de forma estratégica em Journey, de forma a anular a possibilidade da vivência e da conexão emocional entre os players do jogo ser desvirtuada. Hahahah, o mundo real de repente fica pequeno quando você se depara com um outro viajante sendo controlado por um outro player que pode estar em qualquer lugar desse mundo (não entendo de limitações de região de PSN...), vivendo a mesma coisa que você, sabe-se lá com que nível de aprendizagem. Me marcou muito a tal segunda viagem que fiz e a experiência que tive com o outro jogador... nesse caso parecíamos ter o mesmo nível de aprendizagem. Na terceira jornada encontrei alguém ainda bem mais expert que eu, fazendo coisas que eu não tinha hábito de fazer, como uns pulos mais altos e longos (mesmo não tendo grande cachecol!). Na quarta jornada, encontrei um jogador que escolheu ser totalmente indiferente e percebendo que eu queria seguir com ele, simplesmente se sentou na posição de meditação de forma a me dissuadir, e entendendo a mensagem, respeitei e segui viagem; na etapa seguinte, encontrei um outro viajante que insistia teimosamente em querer me mostrar onde estavam os coletáveis sem pensar que pela minha roupa distintiva já deveria saber de todos eles kkk. Na quinta jornada, já em busca do último troféu, lá estava eu querendo ensinar para outros players desavisados a localização dos coletáveis e os melhores trajetos rsrs. Como já disseram em um artigo que li muito bacaninha, “sozinhos mas juntos” o jogo nesse sentido se trata de “uma experiência de existência compartilhada, através de um videogame”.
E a trilha sonora? É incrível como construíram essa congruência entre a música e os eventos do jogo, é simplesmente de cair o queixo, principalmente a parte final... Lindo, épico ou qualquer outra definição não parece suficiente mesmo.
O trailer abaixo, pra quem já terminou a sua jornada, bate forte no peito...
Journey, que jogo lindo :') . Não tenho palavras para o descreve-lo. É um jogo que se sente , mas do que entende.
O que aprendi com esse game maravilhoso. A vida é uma Jornada com vários começos e nenhum fim.
Desbravando inocentemente o mundo de Journey, me peguei num estado de quase inconsciência, embrigado por pensamentos, em uma Jornada de auto descobrimento e ao mesmo tempo mergulhado na beleza desse game. Tenho que agradecer à todos os dias , por meus ouvidos terem escutado tamanha perfeição, e meus olhos virem na mesma proporção essa magnitude.
ISSO MEUS JOVENS , SÓ O VÍDEO-GAME PROPORCIONA. Se isso não é Arte , há algum problema comigo.
Excelente coleção!
Parabéns, que bela coleção!Caramba,você possui o Eldorado Gate do Dream, esse é raridade demais, é o cap1?