Os Cavaleiros do Zodíaco
Ano - 1986
Nº de episódios - 145
Disponível em plataformas de streaming - Sim (Crunchyroll)
Disponível dublado - Sim
Disponível legendado em PTBR - Sim
Sinopse: Os 88 Cavaleiros de Atena trajam desde os tempos mitológicos armaduras protegidas pelas constelações do céu para, assim, servir sua deusa e preservar a paz e o amor na Terra. Agora, nos tempos modernos, nasce uma nova Atena e, para que ela não seja assassinada ainda bebê por aqueles que estão ofuscados pelo poder e pela ganância, ela é levada para longe, onde cresce como Saori Kido.
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Pode ter tido Dragon Ball Z, Pokémon, Naruto, a casa do caralho o que for, nenhum anime possui a importância para o público brasileiro que Saint Seya, conhecido aqui como Os Cavaleiros do Zodíaco, teve. Por mais que tenham vindo outras animações (ou mesmo séries) japonesas para cá, e tendo inclusive passado na TV aberta, nenhuma delas causou o impacto que Seiya, Shiryu, Hyoga, Shun e Ikki fizeram nos infantes e púberes telespectadores da saudosa Rede Manchete, nos meados da década de 90, mostrando a dicotomia acachapante entre as animações nipônicas e as ocidentais, cheias de lição de moral, que estávamos acostumados a ver!
Posteriormente, por volta de 2004, a série teve uma reprise nas tardes da Band (onde a música tema clássica, Pegasus Fantasy, cantada pelo Angra, finalmente deu as caras por aqui), e acabou por fazer renascer a criança interior (que ficava fazendo Cólera do Dragão no chuveiro, ou que colocava bonequinhos de Power Rangers no congelador pra brincar de caixão de gelo do Camus) de muito marmanjo por aí! Particularmente eu acho difícil que coisas como Yu Yu Hakusho, Dragon Ball ou qualquer outro desenho japa que tenha passado na TV aberta tenha vindo pra essas bandas se não fosse ao absurdo sucesso desse cara aqui...
A história da série é bem simples, basicamente alguns órfãos foram mandados para diferentes partes do mundo para que se tornassem Cavaleiros (Saints, no original), adquirissem uma armadura regida por uma constelação celestial e retornassem, para se digladiar entre si em um torneio repleto de violência, com o prêmio deste sendo uma armadura dourada do signo de Sagitário.
O protagonista, Seiya, adquire a armadura de Pégaso, e acaba conhecendo no torneio seus futuros parceiros de jornada: o Shiryu de Dragão, Hyoga de Cisne, Shun e Andrômeda e Ikki de Fênix (com esse, a priori, sendo um inimigo). Porém, com o passar dos episódios, o grupo descobre que a dondoca metida a besta que organizara o torneio, a Saori Kiddo era, na verdade, a reencarnação da deusa Athena e eles, como cavaleiros, deveriam protegê-la, seja de seus próprios cavaleiros (que achavam que a mesma era uma impostora) ou até mesmo de outros deuses, como Poseidon e Hades!
A história toma rapidamente níveis épicos, e com vários personagens com armaduras distintas e golpes chamativos, todos entrando em combates violentos, é muito fácil se empolgar e ficar curioso com o que vai acontecer na série. A trilha sonora também é repleta de temas icônicos, e o redesign do Shingo Araki para os personagens e armaduras (que, no mangá original, eram bem feinhos) ficou de arrasar.
O destaque, por incrível que pareça, não vai para os protagonistas e sim para os Cavaleiros de Ouro, compostos de 12 guerreiros com capas e armaduras douradas simbolizando os signos do zodíaco, e que certamente fizeram muita gente ficar na expectativa para ver qual seria o representante do seu signo (tenho pena de quem teve que ir na escola após ver Aphrodite de Peixes, Aldebaran de Touro ou Máscara da Morte de Câncer...).
Porém, nem tudo são flores. Apesar de ser uma série marcante com uma mitologia incrível que mistura cultura grega com astronomia (e até uma mísera noção de física), ela sofre de vários problemas, com o pacing bem lento sendo um deles. O primeiro arco, do Torneio Galático, é legal, o segundo, dos Cavaleiros Negros, serve, mas após isso, até chegar no icônico arco das 12 Casas (onde aparecem os Cavaleiros de ouro) é um marasmo dos infernos. Os arcos posteriores, Hilda de Polaris e Poseidon, não são tão marcantes quanto, e o último, o de Hades, é legal, mas demorou décadas para ser animado, e o cast principal não se desenvolve, e continua (tirando o Ikki de Fênix) completamente desinteressante, o que também não ajuda muito.
Porém, mesmo com isso, ainda dá para se dizer tranquilamente (ainda mais em uma atualidade onde porcarias como Demon Slayer fazem sucesso) que Cavaleiros do Zodíaco ainda vale a pena ser conferido. Ele está longe de ser o melhor battle shounen da época, ou mesmo a melhor animação japa a já passar em canais abertos (Yu Yu Hakusho, por exemplo, detona ele de longe), porém sua mitologia única, seu cast memorável (mesmo que 90% dele tenha o carisma de um cascalho carcomido), sua trilha sonora épica, sua dublagem incrível (Gilberto Baroli e seu Saga de Gêmeos ficaram pra história) e sua importância para a existência de animações japonesas dubladas em ptbr certamente compensarão seu tempo gasto e a Velha, que já alcançou o sétimo sentido desde a última Guerra Santa, assina embaixo!
PS: Tal como foi dito no post de Visão Geral da Franquia Saint Seiya, a série possui vários spin offs, um pior do que o outro... Exceto por um, relacionado a telas de pintura perdidas... Mas esse fica pro próximo post!
Link das indicações da Velha aqui!
Um dos meus animes favoritos e o primeiro que assisti. Eu fui um pouco resistente ao Omega por causa da animação. Mas decidi assistir depois de um tempo e digo: que anime incrível!
Por mais que seja pastelão e meio clichê, eu gosto pra krl desse anime! Junto com DBZ são os meu animes favoritos EVER!
Pô, o Aldebaran é legal, hehe.
O que me marcou também nessas animações japonesas são as aberturas, os outros desenhos também tinham, mas eles cortavam e não eram tão empolgantes.
Até os moleques cantando na versão da manchete era legal. xD
"Pégasu, ajuda o teu cavaleiro ... ♩ ♪ ♫ ♬ ♭ ♮ ♯ 🎼 🎵 🎶"