Registro de finalizações: Chariot
Zerado dia 20/07/16
Finalmente terminei Chariot, o jogo indie que me segurou por tanto tempo e que eu não aguentava nem mais um minuto.
Lembro que esse jogo tem alguma fama, mas só quando saiu nos lançamentos da semana do Wii U que eu fui atrás e assisti uns videos no eshop. Cara, eu me interessei muito pelo jogo. Pensei em comprar várias vezes mas o preço me segurou um pouco.
Meses e mais meses depois, vi a personagem Princess no jogo Runbow e me liguei que eu deveria jogar Chariot.
Nesse jogo sidescroller, seu objetivo é levar a carruagem do início ao fim da fase, seja empurrando, seja puxando com a corda, seja com a ajuda de elementos do estágio. A dificuldade está nas armadilhas, inimigos enchendo o saco e puzzles. De brinde nós temos a física do jogo que, na minha opinião, é o maior desafio de todos.
Você pode puxar e empurrar a carruagem por rampas e planícies, mas por cima de buracos só a corda resolve, que é atirada e grudada na roda mais próxima e que alcança uma distância relativamente boa. Ao pular um buraco e puxar a carroça, ela cai, mas basta ficar segurando que ela fica pendurada, daí é só puxar. Dependendo da posição do personagem, da velocidade da carruagem, do tipo de chão (tipo o de gelo, escorregadio) pode ser mais difícil trazê-la de volta, ou mesmo você ser puxado com o peso dela.
Bom, é um veículo de rodas e por isso rampas e terrenos íngremes fazem com que ele ande e você ainda tenha que se preocupar em se manter no controle. Em partes em que você deve ficar pulando, puxando-a para junto e assim por diante, fica fácil que ela caia e você tenha que refazer tudo novamente.
Existem alguns inimigos, sombras de animais como morcegos ou uma espécie de macaco, que atrapalham, seja visualmente por ficarem grudados na carruagem ou seja te empurrando ou a puxando para junto. Um deles te joga pra cima e faz com que você rompa a sua ligação pela corda.
A parte difícil é se manter com a carruagem mesmo, já que é ela quem coleta as pedras preciosas que funcionam como dinheiro, ela que ativa os checkpoints e o fim da fase. você precisa subir nela em partes que só ela fica em cima e precisa carregá-la nas partes que só você consegue se manter, ela que ativa botões grandes que abrem portões, quebra paredes em alta velocidade, ativa mecanismos de metal quando encosta e te serve como escada aqui e acolá.
Ficar longe da dita-cuja resulta em um contador de poucos segundos que te volta pro último checkpoint.
Carregá-la e passar pelos desafios de escalada e puzzles, além de outras coisas, pelas fases, sempre grandes e repetitivas, além de praticamente sem música de fundo, pode ser bem chato.
Essas grandes fases contam ainda com caminhos alternativos para aqueles que querem mais e placas com setas para você saber para onde é o caminho principal e onde não é. Alguns desses lugares só poderão ser acessados no futuro, após coletar pergaminhos, comprar e abrir novas habilidades (bem bestas).
A explicação de toda essa aventura e trabalho árduo é simples: o espírito do rei está no carro e você deve carregá-lo até achar a sepultura perfeita para que descanse em paz. E ele nunca se satisfaz até o final.
Durante o jogo, o rei fica mandando falas de acordo com a situação, e elas se repetem bastante, deixando o jogo ainda mais massante, até porque a voz dele realmente me cansa.
Resumindo: Chariot é um jogo que GRITA indie, o que eu já não gosto muito, mas a ideia do jogo até que é legal: carregar um ser inanimado, sendo que um precisa do outro. Paciência e entendimento da física do jogo são as chaves para se manter jogando suas 25 fases, sendo que algumas são grandes (chegando a 40 minutos) e todas são bem similares e repetitivas, mudando basicamente o cenário de fundo e alguns objetos.
De bom: ideia legal, alguns puzzles criativos. Caminhos adicionais e atalhos para quando precisar voltar em alguma parte de alguma fase. Modo Time Trial para adicionar mais gameplay.
De ruim: voz chata do rei e piadas repetidas a todo momento. Arte meio genérica e amadora. Fases muito grandes e cansativas. Física horrível em algumas partes, sobretudo de subir pulando plataformas, onde as mesmas são pequenas demais pra caber a carroça ou pra dar espaço para puxar e a carroça fica caindo e te puxando para baixo. Checkpoints inexistentes depois de partes complicadas e ter que rejogar partes bem tensas e longas se esse auxílio me fez jogar quase nada alguns dias. O jogo não inova.
No geral, acredito que a experiência de 2 jogadores seja melhor, mas o jogo em si foi o pior indie que joguei em muito tempo. Detestei. Não vale a pena zerar um jogo tão repetitivo e sem chefes nem nada. Decepção total.
somos 2