
"Essência da Vida"
Dragões sempre foram considerados intrigantes para a humanidade, com muitos
descrevendo-os subjetivamente porem com caracteristicas reciprocas de seus
semelhantes, tendenciosamente o homem sempre demonstrara instigante tesão pela
compreensão do seu plano existencial, muito além disso, homens são capazes de
inclusive mensurar o improvável e o acaso com a causalidade.
Provas de que mesmo em Drangleic o conhecimento não era
limitado, Aldia e Vendrick, acreditavam que
os dragões carregavam em seus corpos o próprio segredo da vida. Ambos fizeram
experimentos com os dragões, se não bastasse os feitos do nobre rei, junto ao
seu irmão, ambos conseguiram reconstituir um dragão ancião.
Ancient Dragon

A colossal criatura que possui a habilidade de transcender o próprio tempo,
visitando as memórias de outros, ambos, Aldia e Vendrick supostamente exerceram
uso deste poder, para que pudessem averiguar o passado, testemunhar reinos
emergindo e caindo, aprendendo com seus antepassados.
Em Dragon Shrine (santuário de dragões), precedente a
câmara que um mural com uma estrutura que retrata um dragão, por sua vez
repleto de pessoas direcionadas a criatura, possivelmente honrando-a ou orando
com afinidade pela/para besta.

Esta obra, claramente retrata uma civilização antiga, com a abordagem de uma
criatura vivendo em meio a humanos, utópico ou não, rastrearemos a história
destes a bela ambientação de Majula, descendo pela Grave Of Saints (Túmulo
dos Santos) e atingindo as profundezas de The Gutter (A Sarjeta),
rastreando o caminho até o ultimo resquício de passagem em Black Gulch (Ravina
Negra), por uma porta trancada por dentro, encontramos escombros, porém, uma
qualidade incontestável de informações... encontramos Shulva a Cidade do
Santuário.

"Shulva The Sanctum City"
Esta profunda cidade constituída com afinidade de guardar e proteger um
antigo dragão, totalmente única, a cidade possui labirintos e mecanismos
demasiado excêntricos se comparados aos povos de seu contexto histórico.
A cidade construida em torno do santuário, subterrânea e totalmente dispersa
do mundo exterior guardava em sua ultima gruta e câmara um segredo, Sinh The
Slumbering Dragon (O dragão Adormecido).

Uma cidade religiosa, Shulva condenava o uso de magias e feitiços como tabu,
assim como a igreja católica criticava a ciência, porém, milagres eram vistos
por perspectiva benevolente, afinal, as pessoas se agarravam a sua fé, e um
santuário é condizente com a fé em divindades.
O reino possuía seus próprios rituais, um deles era obviamente o idolatrar
da besta adormecida, sacerdotes e clérigos cantavam para acalmar e manter a
besta dormindo em seu sono profundo, não era devidamente concreto que as
canções atingiam a besta, mas as pessoas não questionavam-se sobre isso, a fé
prevalecia.
As pessoas se apegavam firmemente em sua fé, dado isso, os clérigos de
Shulva eram de fato, os mais fortes, um dos clérigos de maior destaque fora um
respectivo guerreiro que conhecemos bem, o Égide do rei, Velstadt.

Em Shulva, também existia uma forma totalitária de governar, de fato, a
hegemonia era constituída de um rei influente, o Sunken King (Rei Afundado) era um homem com poucos registros, porém
sua influencia era inerente no reino (nossa... isso é óbvio não é?! Afinal um
rei precisa ser influenciável ao seu povo) calma, não me crucificai, a sua
influencia vai além desta relação ortodoxa, enfim, já que ele era o líder
daquele povo, e seu guia também, como um patriarca.
A constituição hierárquica era basicamente formada pelo rei, sua rainha,
seus sacerdotes e clérigos, todos fieis ao rei e ao reino, com deveres
estabelecidos, desde treinos intensivos dos guerreiros e soldados do santuário
criados com uma disciplina rígida para guardar a cidade de quaisquer ameaça e
proteger o dragão, desde rituais e cerimônias especificas para os adoradores do
grande dragão, todos estes esforços, focados nesta devoção total em zelar a
criatura (Sinh) em seu sono
profundo, eternamente, temendo-o o despertar deste monstro, que obviamente
poderia significar a extinção do reino.
(exemplo de rituais do reino de Shulva)
A rainha do Sunken King era uma mulher
muito excêntrica, chegando ao reino de um local totalmente desconhecido,
rapidamente subiu ao topo conquistando a admiração de todos os habitantes do
reino, aparentemente, Elana possuía uma
voz tão profunda, que ao cantar conseguia penetrar o próprio dragão, mais
intensamente ao qualquer outro que exercera a função semelhante, o próprio rei
viu isso, logo entendemos os motivos de esta virar uma rainha ao seu lado. Apesar
de beleza e utilidade, Elana (supostamente) era ignorada pelo seu rei, todo o
santuário formado de pessoas adeptas as crenças no ser superior (o próprio
dragão), todos consistindo em manter sua fé em crenças tão rígidas que o
ceticismo com certeza seria punido intensamente por criticar um dogma ferrenho,
podemos inclusive lembrar do cristianismo aqui, fazendo uma ponte de
entendimento.
Toda via, como citado acima, mesmo com todos os pontos
benevolentes da criança do abismo (Elana) o rei supostamente a ignorava,
focando apenas no zelo pelo seu tão amado dragão, igualmente seu povo, porém, vale ponderar que Elana também era adorada pela gente deste reino, a tal ponto que estátuas
foram feitas em sua homenagem, apesar de que a atenção de seu rei jamais se esvaia de Sinh.
Muito provavelmente por conta da raiva interior, Elana começou junto a sua “canção de ninar” a constituir no interior
do dragão, um tipo de miasma extremamente venenoso; que acabou tornando o
dragão impuro, claro que isto foi um processo progressivo, levando anos para
que o dragão fica-se completamente impuro.

“Invasão de Shulva”
Os dragões são famosos, disso não há duvidas, e não são poucos os que
admiram os dragões como seres que transcendem o próprio valor da existência;
podemos ter como exemplo os próprios irmãos Vendrick e Aldia, porém, a
subjetividade é algo que todos como seres racionais e interpretativos possuímos,
nossas crenças se situam a partir de nossas concepções, nossos valores regem a
nossa moralidade que são refletidos em nosso cotidiano mensurando nossas essências
tanto reciprocas quanto éticas, de fato, mas o que gera em questão aqui é
somente o valor dos dragões, muitos com crenças semelhantes podem se unir
seguindo um caminho que visa semelhanças, buscando liberdade, salvação ou até
mesmo desejos, com os Drakeblood Knights
esta situação passara indiferente.
Os DrakeBlood Knights(Cavaleiros De
Sangue de Draco) era uma seita formada por adoradores de dragão, porém,
diferente dos habitantes da cidade do santuário Shulva, eles não tinham os
dragões como deuses para se admirar e agarrar a sua fé, pelo menos, não da
mesma perspectiva. Estes homens eram guiados por Sir Yorgh, uma figura que buscava um conceito já proibido pelos
próprios sábios do próprio conhecimento, acreditavam que como dragões são seres
que podem chegar além e transcender a própria vida, não alegando um valor pleno
de existência, eles poderiam chegar a uma linha tênue entre a ignorância e a onisciência
(o saber total) assim, obtendo todo conhecimento do mundo, indo além da própria
vida; convenhamos que, em um mundo onde a maldição da vida se resume na perda
de um propósito, entramos em um paradoxo complicado com estes companheiros,
afinal, eles queriam o saber total, esta busca impedia (temporariamente) que os
espíritos dos Drakeblood Knights corrompessem tão depressa ao ponto de se
tornarem Hollows (vazios) sem valor,
e funcionara periodicamente, Sir Yorgh foi a uma missão para Shulva, a fim de
encontrar o dragão Sinh, adorado pelo povo de Shulva, então, os guerreiros
desceram as passagens necessárias, aprofundaram os caminhos necessários e
atingiram o reino, invadiram o a cidade do santuário, se perguntem o que houve
com o povo durante a invasão, sim, de fato coisas ruins devem ter acontecido.

Durante a combate entre duas filosofias diferentes, o reino de Shulva estava
sucumbindo, muitos soldados do santuário caíram, e a maldição do Undead estava
abalando aquele reino, devoto e destruído, Yorgh derrotou o Sunken King, mas
Elana não foi destruída, não se tem exata certeza do que aconteceu com ela,
provavelmente se escondeu, ou estava em algum lugar específico fazendo algum
ritual, no entanto, tudo que se sabe é que durante a invasão, bandidos e
ladrões fizeram a festa, por isso o Chosen Undead encontra baús saqueados, em instância
devido ao fato dos saqueadores terem aproveitado da situação de impasse entre
as duas ideologias sobre a fé.

Alguém ai se lembra dos nosso “adoráveis”
companheiros Graverobber, Varg & Cerah (da Dlc Crown of The Sunken
King), talvez essa imagem traga-os de
volta a mente:
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No ápice do combate dentro da cidade, cheia de armadilhas e durante uma
plena destruição intensa, Yorgh conseguiu adentrar na ultima câmara, que
guardava dentro a preciosidade e inefável criatura, onde as pessoas de Shulva
depositavam sua fé, Sinh o dragão adormecido estava ainda em seu sono profundo.
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Yorgh fez o maior erro de sua vida, visando a onisciência e a imortalidade
buscando talvez, uma cura ou uma saída da maldição que permeia a existência dos
homens, Yorgh cravou sua gigantesca lança no peito do dragão, o ataque rasgou o
dragão o empalando, neste momento, uma nuvem tóxica tomou conta do ambiente, o
veneno interno do dragão esvaziou-o, tornando-o puro novamente, no entanto condenando
a cidade e todos que habitavam nela, as pessoas, boa parte delas foram
totalmente dizimadas pelas doenças e veneno libertados pelo dragão, vemos então
a queda do rei afundado, quando notou que seu dragão estava totalmente tóxico,
percebera que Elana o havia enganado, e manipulado o veneno dentro de Sinh, traído
por sua esposa e destronado por invasores, com sua fé destruída, seu reino em
escombros e toda sua gente em desespero e morrendo aos montes, bem, não é
necessário dizer como estaria mente do rei.
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Teoricamente, o veneno de Sinh era tão intenso e poderoso, que vemos intenso
vestígio dele em Black Gulch (Ravina
Negra), inclusive, mais a frente, podemos ver atingindo metros a superfície, alcançando
os solos e planícies de Harvest Valley (Vale
da Colheita) e inclusive Earthen Peak (Pico
Terroso), onde até os dias atuais, venenos extremamente tóxicos brotam da
terra, onde apenas o aspirar pode levar a morte instantânea (os caçadores de tesouro de Dark Souls II
devem ter experimentado a morte entre estas caças)
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(Harvest Valley e Earthen Peak respectivamente)
Elana ficou furiosa, provavelmente ela começou a exercer sua total força do
abismo a partir deste momento, todo seu reino e até seu rei fora sucumbido pelo
dragão, e o veneno que ele possuía fora esvaído, não há certezas sobre o que
Elana pretendia com a infecção de Sinh, ou se ela desejava tomar o lugar do
trono para si, mas que há uma certeza é de que, no mínimo, Elana é parcialmente
responsável pela queda do reino, que no meu ver, é de fato a verdadeira
responsável pela queda de seu povo, afinal, mesmo com Yorgh ferindo Sinh, se
ele nunca tivesse sido infectado antes, não teria dizimado toda cidade, e talvez,
o reino não tivesse se extinguido de forma tão deplorável, então, é mais do que
claro que ela é de fato extremamente culpada, indiretamente, porém com uma porcentagem
gradualmente intensa.
Um fato que implica que Elana não era discreta sobre tal fato,
era que o povo de Shulva chega a culpar a rainha pela questão específica, lembrando-se
das estátuas em sua homenagem, enfim, elas são encontradas em The Gutter (A Sarjeta) e Black Gulch (Ravina Negra), aquelas
mesmas de Shulva são encontradas nestas dadas localizações, com exatamente a
mesma função, cuspir veneno em qualquer ser que atravesse sua “linha de visão”
(não encontrei um termo melhor para descrever sua frente, perdão).
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Nestes
locais, encontramo-las, exclusivamente em The Gutter, há uma localização
específica, onde encontramos uma das estátuas que representam Elana (adorava
pelo povo de Shulva), uma delas “teoricamente” enforcada, provando que sim,
alguns dos habitantes de Shulva, provavelmente poucos acreditam que de fato
Elana era responsável pela queda do reino do santuário.
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Recapitulando, Sir Yorgh nunca mais fora visto desde as situações desastrosas
com Sinh, a crença que seguiam onde beber o sangue de dragões os levaria a
onisciência acabara com ele, igualmente a fé em manter a besta adormecida
destronou e devastou o reino de Shulva, agora mergulhado em veneno e repleto de
Hollows, grande parte destes seguindo as suas ordens iniciais de proteger o
santuário mesmo depois de centenas (talvez milhares de anos) após os combates
com os Drakeblood Knights, os soldados continuam suas rotas, ainda com
vestígios que os mantém seguindo, ainda com sua simples e dizimada fé, acredito
que este seja o castigo por segui-la cegamente sem duvidar do que é o correto a
fazer.
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Velstadt peregrinou de seu reino em escombros, não há relatos de sua incidência em
batalha ou sobre o que fez, provavelmente deve ter protegido a rainha Elana,
afinal, quando a encontramos ela pode criar uma réplica podre (literalmente
falando) da mão direita do rei, este provavelmente buscou um caminho diferente
do que encontrara em Shulva, seguindo seu caminho sozinho, em busca de um novo
rei e um novo reino, para quem sabe, fazer diferente de seus irmãos, ou quem
sabe, aquele nem sequer era o mesmo Velstadt que conhecemos, não é certo, mas
que sabemos de onde vêm as características do nosso adorado clérigo dos
sortilégios, nós sabemos.
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No fim das contas, Elana continuou no reino totalmente em destroços,
habitado por hollows guerreiros zelando o santuário; permanente atrás do grande
mural, cantando para o dragão, que descansa sobre sua antiga câmara, cujo também
vagueia livre sobre todo o reino, habitando-o tranquilamente, é inexistente
prova sobre Sinh exercer algum tipo de pensamento malicioso, ou insano como seu
irmão Seath The Scaleless (Sem
Escamas)
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porém seu encontro com os homens não fora agradável, quero dizer, uma
lança cravada no peito nem deve doer ( ¯\_(ツ)_/¯ ), brincadeiras a parte, Sinh
possui algum tipo de repudia para com os homens, e o próximo que se atrever a
adentrar seu ambiente de descanso será severamente castigado pelo dragão que
procura apenas o descanso.
"Fragmentos Dos Destroços Vivos"
Porém, a história não para aqui como muitos devem ter acreditado, é verdade
que a cada ciclo, quatro grandes seres emergem das sombras, com almas
gigantescas cumprindo um destino incontestável, depois de um tempo, o reino de
Shulva encontrara em destroços fragmentos da alma de um grande lorde antigo, a Lord Soul que veio para significar a morte, o primeiro dos mortos, um
dos 4 antigos inefáveis, Nito.
Com este fragmento da alma lendária, o Sunken King agora totalmente destruído
e desprovido, cego pela sua fé encontra nesta alma uma suposta solução para sua
situação deplorável de um undead corrompido, porém, como um grande rei, ele não
desejava tornar-se sozinho, então, junto ao seu povo tentou recuperar suas
forças, no entanto, não saiu como ele desejava, eles renasceram diferente, em
uma forma grotesca, horripilante e assustadora, The Rotten (O Apodrecido) nasce:
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Surgiram para um novo caminho,
tornando-se apenas mais um, parte do reino de Shulva se encontra ainda, com o
rei em seu domínio, visando proteger a entrada para Shulva, “corrigindo” um
erro do passado, para proteger o dragão sagrado, e seu reino totalmente em ruínas, a maldição de um rei, sobre um reino e seu estado... vemos aqui que a
fé incondicional, e disputas ideológicas podem nem sempre resultar de algo
realmente bom, mas é assim, certo?! Guerras nunca trazem bons resultados, e se
o trazem, podes ter certeza de que os sacrifícios foram imensuráveis, vemos
aqui uma tragédia triste e meticulosamente amaldiçoada, até mesmo Elana acabou
por perecer, a questão é, quem dirigia os DrakeBlood Knights?
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(Yorgh's Ring e Drangleic's Shield... emblemas parecidíssimos)
Se olharmos
atentamente para o símbolo no anel de Yorgh, vemos um emblema que conhecemos, o
emblema de Drangleic, vamos recapitular, quem era o rei de Drangleic,
obviamente Vendrick, e Vendrick era um homem que seguia cegamente seu amor, seu
amor por uma mulher chamada, Nashandra, que igualmente Elana era uma das filhas
da escuridão, talvez Nashandra não deseja-se que sua irmãs e torna-se tão
poderosa quanto ela, ou, talvez Drangleic nem sequer existisse neste período, e
os Drakeblood Knights eram constituídos por uma monarquia diferente de
Vendrick, lembrando que o Reino de Shulva é esquecido, enfim, seja qual for a
verdadeira resposta, esta é uma boa história!
Leia também as outras Lores:
http://alvanista.com/douugr/posts/3133170-dark-souls-2-lore-prepare-to-know-o-corvo-e-egide-do-rei/comments/2540589
Inspirado pelo canal Vaativydia
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Introdução:
http://alvanista.com/darlyrthsoul/posts/3133025-da...
Mas se você está jogando DS 1 após o 2 ele vai ficar mais fácil mesmo. Como eu joguei "na ordem", pra mim os mais difíceis são Demon's Souls > Dark Souls > Dark Souls 2 > Dark Souls 3.