Zerado dia 19/08/18

Zerando um jogo aqui e outro ali enquanto estudo, trabalho e curto um Fortnite a noite, Wonder Boy in Monster Land é o segundo jogo da série que mal conhecia até pouco tempo (não que eu entenda muito dela até agora) e foi o jogo escolhido para a jogatina com amigos depois de uma noitada de Tekken 7, Nine Parchments, Towerfall e outros. Aliás, a ideia da jogatina só surgiu mesmo com o intuito de dar continuidade a esses jogos e aparentemente o lance de se reunir para zerar jogos é algo que está voltando pra gente, mas com experiências mais breves e menor frequência (chegamos a zerar FF X, XII, Dragon Quest VIII e muitos outros longos há alguns anos).
Acho que dá pra dizer que terminaremos a série inteira nos próximos meses já que eu estou bem animado pro 3 e um amigo pelo 6 e a experiência foi muito boa com o 2. Os planos já incluem também títulos que não animo de jogar só, como Toejam & Earl.

Assim que fechamos o primeiro jogo, joguei um rápido vídeo sobre esse aqui e fui pulando pra se ter uma noção de como ele era. Essa parte foi muito importante, pois se eu imaginasse que todos fossem similares ao primeiro Wonder Boy, dificilmente teria ânimo de continuar assim tão cedo.
A primeira coisa que se percebe ao iniciar a aventura é que a ideia do garoto indígena na floresta jogando pedra e andando de skate enquanto enfrenta aranhas e outros animais foi deixada de lado em prol de algo mais sério e melhor trabalhado: WB virou um RPG.
O protagonista agora possui uma armadura, espada e escudo, adquiridos já no início da aventura. Conforme você avança o jogo, é possível usar o dinheiro coletado pelos cenários ou ao matar monstros para comprar equipamentos melhores, como armaduras, botas e escudos. Esse sistema ficou maravilhoso!

Seus equipamentos não são quebráveis e só evoluem, coisa que pode ser vista pelo inventário, apertando Start. Maaaas, saber se equipar é importante pois usar uma armadura muito forte te deixa mais pesado e se estiver combinado com um par de botas ruins, você fica lento!
Vale lembrar que esse é um jogo de plataforma e alguns inimigos tem padrões chatos. Mobilidade é super importante e facilita muito a sua vida! E evolução do personagem é uma coisa que você já percebe no começo do jogo já que lá você está lento, bate fraco e toma muito dano e a cada par de botas você fica mais rápido, cada armadura menos dano você leva etc.
Infelizmente o dinheiro pode ser curto, vai de sorte, e isso pode requerer que você saiba administrá-lo bem. Ainda mais porquê cada loja só pode ser adentrada duas vezes e depois disso fica bloqueada!

Além desses upgrades com equipamento, o próprio personagem evolui ao chegar à uma certa quantidade de pontos. Eu não sei exatamente se isso afeta os atributos, mas você sempre ganha mais um coração de HP, que faz a diferença.
Sinceramente, acho que esse é o jogo mais antigo (1987) que conheço a ter sistema de equipamento e level up, sobretudo em algo não top-down.
E, diferente do anterior, é um jogo que envelheceu super bem, tanto no quesito visual quanto na jogabilidade e em usar bastante de coisas que amamos em RPG até hoje. Claro que ainda existem defeitos típicos da época, mas é uma ótima experiência, que eu fui amando cada vez mais!

Diferentemente de outros RPGs daquele tempo, WB2 não trabalha com diferente golpes e magias e mana mas mistura o platforming do anterior com um pouco da complexidade de um Final Fantasy, maaaas, por fases!
Não existe a liberdade de ir e vir. Terminou a fase? Já era. Não entregou um item opcional? Não vai mais entregar nessa jogatina.
É muito legal porque você mede exatamente o tamanho da curta aventura e suas 12 fases. Por outro lado, existem muitas cosias escondidas e fáceis de passarem despercebidas. Lojas ocultas, missões secundárias não muito claras, itens etc. Eu mesmo deixei passar algum upgrade de espada pelo jogo (eles nunca são comprados, só encontrados) e fez um pouco de diferença contra os inimigos finais, sobretudo o último chefe. Não foi fácil.

Resumindo: Wonder Boy in Wonder Land é um excelente jogo, apesar de cometer seus pecados também. A evolução em todos os quesitos em relação ao título anterior e a adição do sistema de melhoria do personagem deixou o jogo super interessante e sinto que eu jogaria mais vezes.
De bom: visual e música agradáveis. Sistema de level up e equipamento que resultam numa evolução muito bacana do personagem. Fases se distinguem bem. Chefes legais. Possibilidade de se curar e se equipar pelas lojas encontradas pelos cenários. Esquema de fases deixa o jogo relativamente linear, mas em troca de uma ótima fluidez.
De ruim: algumas coisas são confusas, como uma missão opcional de entregar um item numa fase e quando chego lá, não consigo entregar a ninguém. Cuidado! Esse é um daqueles jogo de apenas uma vida! Morreu? Há uma poção gratuita que te dá outra chance mas depois disso já era, volta pra tela título. Existe a chance de achar mais delas, mas é bem raro e algo feito para ser incomum mesmo. Odeio sistema de tempo: conforme você joga, uma ampulheta vai correndo e caso a areia desça completamente, você perde um coração e depois começa a contar novamente. Que coisa chata e desnecessária! Como o jogo original era de Arcade, isso pode explicar as coisas. Portas só podem ser adentradas duas vezes. Basicamente você pode entrar pra ver os preços, sair, arranjar ouro, voltar e comprar e acabou. Voltou com menos dinheiro que o necessário? Sinto muito. O final do jogo é difícil, com um labirinto e um chefe tenso. Agora junte isso ao fator tempo limitado e uma só vida e veja a qualidade do jogo cair bem no final.
No geral, esse WB é um excelente jogo, mas eu mudaria o sistema de tempo e deixaria vidas, que poderiam ser compradas e achadas como noutros jogos e definitivamente esse seria um dos melhores do gênero! Recomendo esse que rendeu até versão da Turma da Mônica por aqui!

Nooooosssaaa lembro desses minigames 👏🏻👏🏻👏🏻