Zerado dia 28/10/19

*Jogo não listado no Alvanista*
Revenge of the Bird King é mais um dos jogos que aparecem na minha linha do tempo do Facebook graças à um grupo de Nintendo Switch que estou incluído. Vi uma galera recomendando o lançamento na plataforma por ser praticamente de graça.
Mais uma vez dei uma estudada no YouTube e o título me convenceu, pois apesar da imagem acima ser bem tosca, o visual do jogo em si remete à era 8-bits e ao NES mais especificamente, assim como o seu gameplay. Já estou até acreditando que sua capa tosca também é uma referência às capas da época.
Mesmo com minhas pendências acabei começando e jogando dois dias, e até que valeu a pena!

Revende of the Bird King (RotbK) começa mesmo bem ao estilo de jogos de NES, e eu estava curtindo a primeira fase, que funciona meio que como um tutorial. percebe-se logo que a aventura é do gênero platformer.
Pular buracos e usar a sua grande espada para cortar vinhas é legal, apesar de não ser nada muito novo, não é mesmo? O lado mais bizarro é que o meu ataque não matava os inimigos, mas apenas os empurrava e, além disso, ao apertar A o personagem jogava uma semente que logo virava uma árvore de revolver no chão. WTF?
Tentei entender pra que servia aquilo e até cheguei a jogar nos inimigos antes de finalmente descobrir que você deve apertar A novamente estando na frente de uma árvore plantada para coletar a arma e finalmente sair matando geral. Todas as armas tem um limite de munição e se você ficar sem balas, deve simplesmente plantar uma nova árvore em qualquer chão e coletar.

Logo a estória se desenvolve e você conhece os vilões, que são meio que no mesmo esquema dos grandes inimigos dos Mega Man clássicos. Os caras querem acabar com seu mundo e você, President Eagle, vai à caça dos malditos que ameaçam a sua paz.
Em seguida o jogo se mostra funcionar de forma bem parecida com Zelda II: você anda pelo mapa e pode ir onde bem quiser. Enquanto isso inimigos aparecem pelo cenário e se você encostar neles, irá para uma fase com alguns inimigos comuns, sendo que você pode os matar pra ganhar dinheiro ou mesmo ignorá-los e simplesmente chegar ao limite da fase, para então voltar ao mapa geral.
As fases podem ser feitas quase que em qualquer ordem, sendo que algumas ficam um pouco mais escondidas e algumas demandam certas habilidades conquistadas para serem acessadas.

A grande questão é que há um bom bocado de lugares a serem visitados no mapa, sendo que alguns são as fases com os grandes inimigos como chefe, enquanto outras só existem para pegar algum item importante ou mesmo upgrades ou um baú cheio de dinheiro.
Foi tendo jogar alguns níveis pra no final nem ser um estágio necessário para fechar o jogo, mas bem, quanto mais forte, melhor.
termine uma fase e você é transportado de volta para uma sala no começo do mapa, onde poderá manualmente salvar seu progresso e usar a máquina de vendas para comprar armas de munição limitada (geralmente, cada fase importante terminada libera uma arma nova e seu poder poderá ser usada para acessar alguma área previamente inacessível).
Uma coisa chata é que o jogo não demarca estágios completados, então pode ser que você revisite alguns sem a certeza de que você o completou anteriormente.

Isso também significa que você não sabe quais fases não foram terminadas e acabe tendo que memorizar algumas coisas, tipo qual daquelas fases necessitava desse item para poder continuar. Isso também se aplica as várias cavernas do jogo, sendo que elas quase sempre necessitam de uma habilidade específica para conseguir algum item opcional ou até continuar a campanha.
Por outro lado a movimentação no mapa é bem rápida e mesmo os encontros com inimigos nele são bem tranquilos, além da possibilidade de sair de um estágio a qualquer momento. Nesse último caso há duas opções no menu de pausa: sair da fase e sair do jogo.
RotBK tem uns bugs aqui e ali e aconteceu de ele me impossibilitar de sair da fase, então eu ia em sair do jogo, função que também usei quando acessei lugares que não deveria em cavernas, que não contam como fase. Nesse caso, muito cuidado! Cheguei a fazer algumas coisas importantes e não salvar e perdi progresso pelo jogo não ter nenhum tipo de save automático.

Depois de algum tempo jogando e ficando bom no jogo, fui percebendo cada vez mais que na verdade ele é do tipo que quer ser um Shovel Knight e embora ele não seja tão incrível como o gigante da Yacht Games, é um jogo bem bacana e de dificuldade um pouco mais elevada, digna de jogos mais antigos em determinadas partes.
Eu me viciei em RotBK!
Logo você aprende a jogar rápido, dando dash e pulos loucos, começa a aprender algumas mecânicas e como usar outras armas e começa a explorar até segredos no mapa e coletar itens opcionais que aumentam sua vida, poder e defesa. É bem legal.
Aprendi ainda a apreciar o seu lado levemente repetitivo e mesmo sua crueldade a te mandar pro início das fases quando você morre (mas os estágios também não são muito longos, além de que os chefes servem como checkpoint). Hoje, quando erei, fiquei meio decepcionado com o final e com algumas escolhas bizarras de design, mas valeu muito a pena jogar isso daqui, ainda mais pelos R$4 que paguei.
Descobri ainda que ele faz parte de uma série (Gunworld), o que é interessante, mas vou ficar só nesse mesmo.

Resumindo: Revenge of the Bird King é um platformer pra quem curte o gênero e principalmente pra quem curte jogos da época do NES. O jogo é um mix de Mega Man com elementos de Shovel Knight e Contra, o que é bem curioso. Eu definitivamente esperava muito menos.
De bom: o visual e o pixel art são bem bacanas e raramente vacilam. A trilha sonora é bem legal, apesar que as vezes cansa no caso de você morrer demais em um estágio (a faixa volta do início). Muitas localidades para se explorar, tanto as fases comuns, lugares extras e segredos, sendo que não cheguei a descobrir como acessava alguns lugares. Boa variedade de armas. Dificuldade interessante.
De ruim: alguns bugs, como ficar preso no chão ou em paredes. Difícil controlar as áreas que já foram terminadas pois não há nada no inventário e os estágios no mapa são meio genéricos. Sem save automático. Chefes muito fáceis, ainda mais se você plantar várias torretas em suas salas. Encontros com inimigos no mapa geram quase sempre a mesma fase. Poderia rolar um checkpointzinho no meio das fases, hein? A pouca fama do jogo impossibilitou usar a internet para buscar informações, como itens que eu havia pegado em algum lugar mas perdido por ter saído do jogo sem salvar. Armas secundárias tem munição muito limitada e você tem que ficar comprado constantemente (além de ter que andar até algum lugar que venda), o que basicamente impede que você as use casualmente.
No geral, curti bastante a curta experiência e pelo baixo preço que comprei, recomendo demais. Aparentemente o preço normal dele agora é U$5, o que eu não pagaria, mesmo que provavelmente até valha sim isso (ando meio murrinha, sobretudo com indies desconhecidos). Outra coisa interessante é que ele saiu também pra Vita, fato que se eu soubesse, teria provavelmente adquirido por lá de graça, mas estou contente com a aquisição, embora eu não planeje mais jogá-lo. Bem legal!

Plano da Yatch Club se ela estiver precisando de dinheiro:
1- Novo jogo de Shovel Knight
2- Colocar Shovel Knight em um jogo que não é deles
3- Fazer um boneco do Shovel Knight
O que ela não faz quando precisa de dinheiro
1- Shovel Knight 2
2- um novo jogo
são meio que expansões na verdade, fora o da Dig que é da Nitrome
Minha mente leu seis como "seios" e espremer como "esperma" Meo Deos.