"Mas o que é isso?" Você me pergunta... E eu te respondo... "Vai ter lore sim... E se reclamar, vai ter um por dia, sim!"
É isso aí amiguinhos, brincadeiras a parte... Segue hoje um lore muito especial, com nossa duplinha favorita de Dark Souls 3... Lorian e Lothric, os príncipes.
Lothric e Lorian, os jovens príncipes.
O reino de Lothric, já há muito tempo, buscava a criação do herdeiro das chamas perfeito. Aquele jovem, filho de realeza, de sangue puro, que reacenderia a primeira chama e levaria Lothric aos anais da história, para que jamais saísse de lá.
O Rei Oceiros, membro dessa monarquia e criado com essa mentalidade, da pureza do sangue, buscou o conhecimento da Grande Biblioteca, e os sábios que guardavam todo o conhecimento do Chapéu Grande Logan.
Após o acendimento da primeira chama, na era de Logan, o mago estudioso da Escola (de magia) do Dragão de Vinheim, que já havia encontrado o lugar de repouso de Seath, o Desacamado, tomou para si, todo o conhecimento contido em seus Arquivos. Seath, o Dragão albino lendário que ajudou os Lordes a derrotarem os Dragões Ancestrais, era o maior estudioso de magia da primeira era do fogo e, em seus arquivos, ficavam todo o conhecimento adquirido nas eras subsequentes a queda dos Dragões Ancestrais.
Logan, estabelecido nos Arquivos do Duque, iniciou a sua própria Escola de Magia. Nela, além de acumular riquezas imensuráveis, por ensinar jovens nobres de reinos próximos e distantes, continuou suas pesquisas em magia.
Não demorou até que Oceiros, já Monarca de Lothric, percebesse que precisaria ir muito além da pureza de sangue para ter seu herdeiro “perfeito”, e então começou a frequentar a Escola de Logan.
Tamanho era o facínio de Oceiros pelo conhecimento do Dragão albino que ele próprio começou a buscar, e desenvolver, o conhecimento de como replicar a pureza do Descamado, em outros seres.
Dentro de seus experimentos, o Rei, talvez em um momento de real nobreza, decidiu que ele próprio, seria o primeiro experimentado. Mal sabia que, a pureza (e o conhecimento) do sangue de dragão, vinha com um preço alto.
No início, não houve mudança, e então, as pesquisas e experimentos tiveram continuidade. A Rainha de Lothric, no entanto, lembrada pela bondade e beleza únicas, começou a suspeitar de que algo estaria errado com o marido, e não seria apenas obsessão pelo conhecimento proibido do Descamado. Havia algo mais.
A intuição da Rainha não podia estar mais certa, pois em seu ventre, cresciam dois herdeiros do legado do Descamado.
O nascimento de Lorian e Lothric foi celebrado, principalmente de Lorian, por Oceiros e os magos da Escola de magia. Embora houvesse nascido cego, e sem movimentos nas pernas, a afinidade do jovem com a magia era quase palpável. A pele pálida, junto das deficiências, foi comemorada como o renascimento do Dragão Albino.
Oceiros então construiu a grande biblioteca e trouxe todo o conhecimento que pode, da Escola de magia de Logan, bem como o próprio Chapéu Grande, e um de seus alunos mais dedicados. Um dos Sábios de Cristal. O Rei ainda buscou a confecção de uma espada de platina. Tudo para seu filho, o herdeiro dos dragões.
Lothric, desprovido da força de seu irmão, sob a tutela do Chapéu Grande, aprendeu a magia ancestral do Descamado e todos seus segredos. Aprendeu ainda com seu mestre que a lenda daquele não-morto escolhido, Lorde das Cinzas, que alimenta a chama e dá ao mundo esperança, não passa de uma falácia. Destinada a acabar.
O Chapéu Grande, que vivera à margem do apagar da chama, viu o não-morto “escolhido” se sacrificar para dar continuidade a era do fogo, e agora via o mundo se esvair em trevas novamente. Que Lothric não fosse tolo como os demais e aproveitasse aquele momento. Que subisse ao ponto mais alto de seu reino e visse o apagar da chama, em lugar de destaque.
Talvez fosse o coração do Chapéu Grande, tendo se afeiçoado ao pupilo, tão frágil e dedicado. Talvez houvesse compreendido a responsabilidade que jovem carregara, desde o seu nascimento. Nunca saberemos a real razão, para Logan haver passado este conhecimento ao jovem príncipe.
Lorian, por outro lado, o valoroso princípe que destruiu o Príncipe dos Demônios, marcando para sempre sua espada com a vermelhidão do sangue demoníaco e dando-a propridades cinéreas, viveu sempre à margem do irmão, Lothric. Por mais que realizasse em sua vida, não podia competir com Lothric, pela atenção de seu pai. Qual seria a razão? Não seria Lorian digno do amor do pai? Não haviam ele e Lothric nascido no mesmo momento? Não era Lorian o herdeiro valoroso que Oceiros sempre havia buscado?
Mas Lorian puxou a nobreza de sua mãe, e mesmo assim, amava Lothric, amava-o tanto que, quando descobriu as razões da saúde de Lothric ser tão frágil, da sua cegueira e paralisia, comungou com o irmão em um ritual para que a maldição fosse repassada a ambos. Deixando suas almas tão próximas, que uma parece quase uma ilusão, sob a outra.
O momento de revelação não se deu pela nobreza de Oceiros, em finalmente revelar as atrocidades que realizou com o próprio corpo e permitiu que fossem repassadas aos seus herdeiros. Não. A revelação se deu quando as mutações físicas iniciaram.
Oceiros, que nunca havia parado de experimentar no próprio corpo, começava a sentir os efeitos físicos do conhecimento proibido. Sua pele começava a ficar mais pálida, quase em um azul fraco, seus olhos, cegos, haviam se desfeito. Protuberâncias, semelhantes a glândulas, nasciam em suas costas e chifres em sua cabeça.
Era natural que a Rainha pensasse que seu marido tinha uma enfermidade, ou uma maldição, e tenha ficado ao lado dele. No entanto, quando a verdade veio a tona, a bondosa Rainha, que não era tola, decidiu deixar o reino. Jamais arriscaria que seu próximo filho, fosse criado próximo a um louco, como Oceiros. E se o filho nascesse parecido com Lothric? Tentaria o Monarca experimentar no filho já vivo? Teria Oceiros feito isso com Lothric? Oceiros nunca mais viu Ocelotte. Mas o ouviu, pelos anos seguintes.
A Rainha, provavelmente uma das filhas celestiais de Gwynevere, Princesa da Luz Solar, e Flann, Deus do fogo, já havia ouvido as histórias pavorosas de um Dragão albino e seus experimentos loucos. Sem pensar, deixou o castelo de Lothric e encontrou sua vocação na servitude, apoiando aquelas aberrações renascidas com a cura e a paz, que apenas uma mãe poderia dar.
O destino de Oceiros não foi um de paz.
Lothric, tomado pelo ódio, e mago de conhecimento elevado, enfeitiçou o pai, para que sempre ouvisse a voz e o choro de Ocelotte, seu tão adorado filho perfeito, por perto. Pela primeira vez, Lothric estava no lugar que Lorian ocupou por tantos anos. Aquele de um filho rejeitado.
Nas profundezas do castelo de Lothric, próximo ao jardim real, Oceiros ficou enclausurado, abandonado por tudo e todos. E ali, deu seus últimos passos até o enlouquecimento.
A pureza da platina da espada era bastante semelhante à pureza de seu portador. Os experimentos realizados por Oceiros chegaram tão próximos da essência de Seath. Próximos o suficiente para tomar as pernas e a visão de Lothric, bem como Seath, que contava com pernas atrofiadas e era desprovido de olhos.
Apesar das deficiências compartilhadas pelos irmãos, quando unidos, Lorian e Lothric, se tornam um inimigo formidável. As habilidades mágicas de Lothric, que teleporta o irmão pela arena, e a força absoluta de Lorian, em seus golpes precisos, são reflexo das suas almas, que se completam perante qualquer desafio, como a de todo irmão gêmeo.
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Sem morrer e sem sentar na fogueira? Eu li direito? Huahuahua.