Zerado dia 16/03/16

FINALMENTE! Eu tenho postado ultimamente sobre um jogo longo que tem me atrasado um pouco e aqui está ele! O primeiro The Witcher, exclusivo de PC que me fez comprar um notebook melhor e priorizá-lo (claro que também vou jogar muitas outras coisas). Resolvi testá-lo um dia e amei o jogo. Terminei uns jogos e resolvi continuar de verdade e acabou que a jogatina demorou um mês, embora eu nem tenha jogado todo dia e algumas vezes abria o jogo por cerca de 1 hora.
Quando eu comecei TW, eu imaginei que seria um jogo bem datado e tosco, mas acabei me surpreendendo muito! Eles tem gráficos bem bacanas com texturas e efeitos de luz bem legais. Personagens bem diferenciados e carismáticos. Uma narrativa bem interessante. E claro, um sistema de combate simples e curioso.
Acho que eu classificaria a primeira aventura de Geralt de Rivia como algo entre Diablo e Skyrim.

De início, o jogo já abre com uma cinemática muito legal (vale a pena dar uma olhada n Youtube). Ela serve só pra apresentar o jogo e dar uma animada toda vez que eu abro TW. Ao iniciar a aventura, são dadas opções de dificuldade e controle, com o mouse ou com o teclado. Não joguei com o teclado, mas o mouse realmente lembra bastante meus tempos de Diablo 2, embora usamos ainda o teclado para atalhos que ajudam bastante.
O prólogo é bem legal, com tutoriais bacanas, várias lutas e muitas cutscenes e diálogos. Aprendemos aí sobre o sistema de combate, que é dividido em três tipo: golpes pesados, mais lentos e fortes; golpes rápidos, para os inimigos mais velozes e que se esquivam e ataque grupal, que mesmo batendo em apenas um inimigo, todos ao redor sofrem dano. Mais pra frente aprendemos também sobre as duas espadas, uma usada em combates contra humanos e outra contra monstros (usar a espada errada contra um inimigo muitas vezes resulta em errar golpes).
Pra finalizar, ao clicar num inimigo, Geralt defere os primeiros golpes e poucos segundos depois o ponteiro do mouse vira uma espada em chamas, que é quando você deve clicar novamente para continuar o combo. E assim vai até um total de cerca de 5 golpes seguidos, sempre ficando mais rápidos e fortes. Tudo uma questão de timing.

O capítulo 1 já é mais sério, com umas vilas e bastante mato. Entretanto, TW limita bastante o mapa, que visualmente parece grandinho, mas acaba sendo pequeno com tantas cercas ao redor de tudo. No início mesmo fiquei com a sensação de ser muita coisa, mas é justamente o inverso e basta fazer poucas quests de ir e vir para notar. É um bom começo para a aventura.
Já o capítulo 2 é o que ferra o jogo. Uma cidade grande, com vários personagens importantes, vários prédios de interesse e casas inúteis num lugar que tudo se assemelha. Junte a isso os esgotos e outro mapa paralelo de pântano e você provavelmente vai desistir do jogo. Muitas vezes a quest principal termina com "preciso investigar mais" e você fica sem ideia do que fazer ou onde ir. Percebi depois que temos que fazer várias sidequests para conseguir algum progresso. No final do capítulo, desafio fica bem maior e você tem que fazer muita coisa para conseguir terminá-lo. E claro, o jogo não dá a dica. Li na internet que era o capítulo mais comprido e chato, o que me fez continuar pra me livrar.

Os capítulos 3 e 4 são, na minha opinião, os melhores, pois é aí que o jogo fica bem mais interessante. O personagem já ganhou vários níveis até então, novas armas, habilidades etc. A estória se desenrola e as quests não te deixam mais perdido. Diria até que o jogo fica bem fácil nessas partes, embora sempre tenha um chefe ou outro pra ferrar um pouco. Mas bem, nenhum inimigo em TW é difícil de verdade. Alguns você só tem que sobreviver por um tempo, outros, correr e usar o seu "Fus Roh Dah" para bloquear o caminho daquele que te segue. Bom, são capítulos bem voltados ao enredo, ganhando níveis só de completar quests falando com o povo etc.
O 5 e o epílogo são mais tensos do que eu imaginei. Também descobri na internet sem querer que ambos eram curtinhos, o que só me fez ter mais interesse de jogar. E é verdade, são curtos, mas a dificuldade é relativamente mais alta.
O maior inimigo desse jogo é o ataque em grupo. Os inimigos te cercam e te impossibilitam de sair até você matar um ou dar um jeito. Inimigos mais fortes batem tão rápido que impossibilitam de você executar qualquer ação enquanto assiste ao seu personagem sendo drenado de sua vida rapidamente. Isso no final foi tenso, pois no meio de uma guerra que não faltou foram inimigos, grupos, com arqueiros de fora, com magos e healers curando o pouco life que você tirava deles. Haja paciência!

Resumindo: The Witcher é um jogo muito legal e de excelente qualidade. Ou seria, se não fosse alguns defeitos que o deixam com cara de velho ou simplesmente quebram o clima do jogo no capítulo 2, o pior do jogo e que mais me desmotivou.
De bom: sistema de combate simples e legal. Enredo e trilha sonora da melhor qualidade. Um jogo bonito e que não parece velho. Sistema de equipamento, magias, criação de poções, métodos de ataque ou mesmo de escolha de lados a seguir na guerra, fazer inimizades e etc que personalizam o seu jogo como você quiser e o deixam bem menos linear. Joguei muitas horas, embora eu não saiba exatamente quantas e tava louco pra terminar, mas não vou negar que já tô na mega vontade de jogar o segundo. Gostei ainda dos muitos personagens diferentes e como eles tem importância nas quests, que muitas vezes contam suas estórias e nos aprofundam mais. Você acaba se familiarizando com tudo e nem precisando olhar no mapa (até porquê cada capítulo é em um mapa "diferente"). Poder jogar apenas com mouse é demais! E claro, usar a câmera default de longe, estilo os Diablos da vida, pois não acredito que a de perto, imersiva, seja uma ideia muito boa nesse jogo (ainda mais sem noção dos seus arredores).
De ruim: capítulo 2. Estraga o jogo a maldita busca pelos itens e a falta de informação. Sobreviva a esse capítulo, vale a pena! Os inimigos gostam de te cercar e te prender e Geralt é um bobão. Fica parado tomando ataque nas costas e toma combos sem fazer nada. Muitas vezes é só sentar e chorar. O jogo requer que você salva com frequência pois nunca se sabe quando vão te ferrar em grupo! Alguns comando, principalmente de ataque, sofrem algum delay as vezes, então ou o Geralt fica parado, ou demora pra atacar enquanto fica olhando pro nada. Além disso, as vezes você está combando um inimigo e mesmo assim perdendo life como se ele estivesse te atacando! Em uma situação onde você está com apenas 10 de HP, considere-se morto. Outro problema é a criação de poções, mais especificamente a de cura, que mesmo eu catando muito de tudo eu conseguia fazer uma 'Swallow' aqui e acolá. Não achei uma venda dessas coisas e terminei o jogo com bastante dinheiro. As armas vendidas são piores que as da história e só troquei de armadura graças a uma quest (obrigatória?) do final. Os status 'pain' e 'stun' são tensos, o inimigo grita ou te dá um golpe e você fica parado por um tempão tomando ataque, bem estressante. Muito ruim a falta de informação em várias partes no jogo e a dificuldade de se curar, o que me obrigou a ficar parado por séculos esperando o HP se regenerar.
No geral, é um jogaço! Mas não é pra todo mundo. Ele é bem fácil e com partes difíceis. Acho que é a primeira vez na minha vida que eu diria que jogar um jogo no Easy pode ser uma boa ideia, o que eu talvez até tivesse feito se eu soubesse. O 2 que me aguarde!

A versão de PS3 e 360 de Silent Hill "Collection" (coleção de dois jogos numa franquia com mais de quatro) é ruim porque a Konami perdeu metade do código original, deixando os gráficos piores da versão de PS2, os dubladores do original ainda nem foram pagos e foram substituídos por mais baratos.