Este é um artigo adaptado, produzido como roteiro para um vídeo ensaio, também de minha autoria. Confira na íntegra no final do post.
A CD Projekt
Red é, sem dúvidas, um dos estúdios mais respeitados da indústria.

Mesmo quem
nunca teve contato com o subgênero cyberpunk já pode olhar com bons olhos o que
está por vir, já que o último trailer mostrado é simplesmente um resumo
perfeito do que se trata a mais nova produção do estúdio.
O que em
outros casos poderia ser considerado um cinematic trailer que nada diz sobre o
projeto, se mostrou um dos aspectos mais esclarecedores dele.
Eis o porquê:
O ser humano
adora ouvir e contar histórias.
O cyberpunk
viu no cinema uma forma muito frutífera de fazer isso.

Nos jogos não é
diferente. Muitos utilizam-se das técnicas dos filmes para estabelecer um jogo
mais focado em narrativa, adotam então essa forma para desenvolver-se.

Eis que surge Cyberpunk
2077.
O jogo teve o
gameplay lançado há quase um ano, com uma abordagem informal; um narrador
comentando os aspectos de exploração e mecânicas. Nesse caso, a história se vê
em segundo plano, já que se faz necessário antes mostrar os aspectos jogáveis.
Como tinham divulgado
um teaser do que estava por vir muitos anos antes, agora os jogadores precisam
ver aquilo na prática, rodando após tantos anos de incerteza, de fato perceber
como o projeto se manifesta na mão do jogador.

Estava, agora,
na hora de desenvolver a história, e para um gênero tão amado no cinema, não
era difícil imaginar de que forma um estúdio apaixonado a apresentaria.
Logo nas duas
primeiras cenas o trailer já define o gênero.
Megacorporações,
repressão, violência e neon.

O carro mostra
como foi o campo de batalha, e quem sai dele é o vencedor.
O quão badass o
protagonista precisa ser para vencer tudo isso?

Um
contrabandista freelancer, que trabalha para um cara com braço de ouro.
O protagonista lava o rosto,
o maior símbolo do “acordar”, que faz perceber que na verdade perdeu tudo.
Parecia ter
ganhado, mas é o que mais perdeu. O amigo do protagonista já apareceu antes como companhia
do jogador, a sua morte é uma surpresa mútua tanto para jogador quanto ao personagem.
No fim, o
protagonista que parecia de início badass se mostra um homem que falha no plano,
perde o amigo, o chip, o dinheiro, é procurado pela polícia, baleado e acorda no lixão.
Isso, meus
amigos, são as consequências de um mundo cyberpunk.
Bem, talvez na
verdade o personagem seja apenas uma pessoa comum no fim do dia. Bem, pelo menos ainda.

Um filme foi
mostrado, por amantes de cinema que compreendem a importância da mídia para o
gênero. E a ideia não podia ser mais clara.

O prêmio, a
catarse de um público que acaba de presenciar um trailer perfeito e a segurança
de perceber que o estúdio entende completamente o que está fazendo.
sobre o uplay+, você acha que eles tem produtos para manter clientes pagando assinaturas ? minha duvida vem do fato de que a boa parte dos serviços que conheço similares tem um grande catálogo, como por exemplo o beta do game pass PC da microsoft, que tem pouco mais de 60 títulos. O que você acha ? e obrigado pela postagem :)