Jogo finalizado #246 - Crisis Core: Final Fantasy VII (PSP)
#14º em 2020
É normal gostar mais do Zack do que do Cloud?
Crisis Core é uma prequel do glorioso FFVII, focado na narrativa e em seu gameplay estilo Action RPG para o pequeno notável da Sony. O game expande eventos e adiciona ótimos personagens para o lore daquele universo. Divertido, mas com seus problemas, o que realmente me prendeu foi sua narrativa e personagens.
Sempre via muita gente falando desse game na internet desde quando comprei meu PSP, por volta de 2007 e 2008, mas só agora, após jogar a obra prima que é FF VII tive ânimo para jogar esse game. E me agradou bastante, joguei freneticamente por 4 dias nessa quarentena da vida.
Os personagens são o ponto forte, sendo o protagonista o mais carismático de todos, acima ainda de Cloud que até me irrita de lembrar kkkk É interessante ver o desenvolvimento de Zack, seu amadurecimento e seu otimismo em relação ao acontecimentos. Ele se inspira em seu mentor, Angeal, que é outro bom personagem, sempre honrado e maduro. Também é bonito e triste ver a ligação de Zack com Aerith, da um aperto só de ver. Cloud nesse jogo está apenas funcional, afinal, fica desacordado pelo maior tempo em que está em tela. Sephiroth e Genesis cumprem seu papel como antagonistas e todo seu problemático passado visto que eles (e Angeal) são cobaias dos cientistas malignos da Shinra. O game tbm introduz uma nova agente dos Turks, Cissnei, mas fica estranho seu papel no jogo, sendo que as vezes ela flerta com Zack.
A trama desse game é bem contada, tem momentos emocionantes e outros um pouco bizarros - como a parte em que Zack está de férias na praia de Costa del Sol, com um abdômen estranhaço, tendo que lutar com um guarda sol e ainda a presença de Cissnei só de bikini kkkkk. Tem umas coisas que ficam um pouco confusas, como o desaparecimento do diretor dos SOLDIERS, que precisei ver na internet para saber que ele era o clone falho de Angeal. Porém o trunfo do game é, ao mesmo tempo, mostrar os eventos que culminaram na transformação de Sephiroth em vilão, os projetos secretos da Shinra envolvendo Jenova e a vida, relacionamento, amadurecimento e queda de Zack Fair.
A trilha sonora é boa, tem vários novos arranjos da maravilhosa trilha do VII e ainda tem boas batidas de rock no combate.
Sobre a gameplay, confesso que não fui tão fã assim, os inimigos brotam do chão aleatóriamente e a batalha é bem limitada devido a falta de botões do PSP. Mas admito que fizeram um bom trabalho no limite do possível. O que irrita um pouco é o sistema de DMW que bota um roleta pra rodar na frente da tela, em que personagens da trama aparecem e podem dar especiais pro Zack (como limit breakers) ou efeitos específicos. É legal ver que no final do game (Spoilers!) utilizam esse sistema de forma poética pra mostrar que Zack pensava em seus amigos durante sua batalha final e aos poucos isso vai se esvaindo dele. As batalhas são bem fáceis, sendo que 95% do game foi baseado em ficar indo para as costas do inimigo para dar espadadas, rolar para desviar de golpes e usar materia de cura. As melhores batalhas são contra chefes, e requerem um cuidado maior
Ainda sobre o final do game (Spoilers!) fiquei emocionado ein kkk Que isso cara, a gente se apega muito ao Zack e ver ele morrendo (mesmo já sabendo desde o começo) é triste e bonito ao mesmo tempo, já que ele se vai em paz, sabendo que Cloud carregaria seu legado e sua honra - além de passar a Bust Sword para o loirinho. A música emociona, a sua "ida ao céu' com Angeal tbm, e ele falando diretamente com o jogador no final questionando se ele foi um herói foi de A-R-R-E-P-I-A-R.
"Você será meu legado vivo. Minha honra, meus sonhos"
Zack Fair para Cloud
4/5 estrelas
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