Zerado dia 08/09/19

Após ter rapidamente finalizado DuckTales 2 na casa de amigos, resolvemos partir para uma aventura multiplayer baixada há séculos no PS4 deles: Lara Croft and the Temple of Osiris. Eu estava bem animado com a ideia de ser meio que Diablo com amigos enquanto eles estavam com receio por ser um jogo nada conhecido e por parecer genérico. Mas dessa vez finalmente resolvemos jogar, principalmente sabendo que a duração média da campanha era de apenas 5 horinhas!
O começo mesmo eu fiz sozinho enquanto eles estavam ocupados. Aprendi como rolar, pular, mirar e atirar, usar um cajado para ativar mecânicas, como usar um gancho para alcançar lugares determinados e o funcionamento do jogo em si. Eu tava curtindo bastante!

Depois de um tempo sozinho, o primeiro se juntou a mim e foi aí que eu percebi umas coisas bem curiosas: primeiro que o jogo não disponibilizou as armas que eu tinha encontrado para ele, como uma shotgun e uma metralhadora, que são armas secundárias da Lara. Em segundo lugar, eu perdi a habilidade de usar algumas mecânicas, como o cajado de ativar mecânicas e seu raio que deve ser usado contra esferas e espelhos (não vou entrar em detalhes).
Agora o mais curioso é que eu estava num puzzle quando meu amigo se juntou ao jogo e tivemos que esperar um loading para percebermos que o puzzle se adequou ao número de jogadores! Quem dizer, seria super fácil fazer o que eu estava quebrando a cabeça com dois jogadores, mas aqui eles realmente fizeram diversas versões da mesma coisa para manter a dificuldade, o que é bem interessante!

Depois, com mais amigos e todo mundo familiarizado com os comandos, foi hora de analisar o jogo que envolve Lara e um amigo despertando seres do Egito antigo (e novos aliados com eles) e agora tendo que ir atrás de partes de uma estátua para poder trazer uma entidade de volta a vida para os ajudar a impedir que a criatura do mal saia acabando com tudo.
Temple of Osiris se resume à um hub principal bem grandinho com diversas dungeons nas proximidades. E embora várias delas sejam opcionais, aquelas da campanha são bem lineares e só abrem assim que você terminar a anterior.
Não sabe pra onde ir? Levante o cajado perto de uma das estátuas do cenário e ele apontará a direção da próxima fase. Super simples.

Ao adentrar uma dessas tumbas, o grupo deve alcançar seu fim, onde estará a próxima parte da estátua da entidade. Mas a coisa, obviamente, é mais complexa do que parece pois há bastante platforming, inimigos para você derrotar e puzzles. É bem o que você esperaria de um jogo no universo Tomb Raider, todo aquele feeling Indiana Jones.
Jogando de 4 pessoas, a gente mal travava em qualquer parte pois os puzzles são bem tranquilos (diferentemente dos das tumbas opcionais que tentamos). Além disso, morrer estando num grupo só quer dizer que você tem que esperar uns 3 segundos para estar de volta à ação (jogando só ou se o time todo morrer a gente tem que esperar um loading e estar de volta ao último checkpoint).
Basicamente, esse jogo é bem fácil.

Pra quem gosta de ir além, existem motivos para explorar tudo certinho: primeiro que há vários coletáveis como upgrades passivos diversos e outros opcionais, depois que o jogo contabiliza o quão bom você foi em relação a tempo, coletáveis e muito mais quando você entra ou sai de uma dungeon. Há ainda armas em quase todas as fases. Pra completar, você encontra dinheiro em todo lugar, como matando inimigos, quebrando jarros ou mesmo acendendo tochas. Dinheiro nesse jogo é usado para abrir baús especiais que contém equipamentos.
O sistema de equipamento consiste em usar uma arma básica infinita e até mais 3 equipadas que você muda com o d-pad. Essas armas secundárias consumem mana para serem usadas.
Há ainda anéis e amuletos que dão bônus passivos. Os primeiros melhoram alguma coisa e abaixam outros atributos em compensação, mas conforme você avança e abre baús caros, consegue equipamentos bem mais interessantes.

Com o tempo, fomos ficando mais fortes, conseguindo um bom arsenal de armas e entendendo melhor o jogo, que meio que repete a mesma lógica durante toda a aventura e até os puzzles acabam ficando previsíveis e as vezes desnecessariamente longos, mas nada mal.
A gente tava VOANDO por cada tumba. Era um questão de tempo até o jogo acabar.
Embora a temática mude um pouco de tempos em tempos, como um dungeon mais aquático, outro mais congelado, a gente começou a sentir a sensação de que era tudo igual e que a gente só estava repetindo as mesmas coisas sem parar. Nem os poucos chefes estavam ajudando, nem as novas armas.
Foi aí, num momento de fadiga, que a batalha final finalmente chegou. Eu achei que a galera estava de saco cheio, mas nos créditos eles falaram coisas como "ah, legal o jogo". Bizarramente eu sai com a impressão de que fui eu quem menos curtiu e que esperava mais da experiência.

Resumindo: Lara Croft and the Temple of Osiris é um jogo bom, apesar de uns bugzinhos, estória genérica e ser repetitivo. Achei que o jogo funciona bem sozinho ou me grupo mas se você tiver amigos interessados pra jogar no sofá, esse seria o caminho adequado.
De bom: simples de controlar, sobretudo com mais jogadores, onde cada um fica encarregado de uma tarefa. Visualmente interessante e de ambientação maneira. Muitos equipamentos deixam cada personagem bem diferente. Trabalhar em grupo é legal e funciona bem. Aventura nem muito curta nem muito longa.
De ruim: enredo meh. Tudo muito parecido e repetitivo, incluindo a lógica dos puzzles. Apanhamos com algumas mecânicas e tivemos que contornar pois parecia que nem tudo era explicado ou era falado em uma janelinha por 3 segundos e desaparecia (como as pessoas poderem caminhar em cima da corda que eu laçava em objetos distantes). Achei o jogo pouco recompensador e tudo não passava de dungeon após dungeon o tempo inteiro.
No geral, a experiência com os amigos foi legal (apesar da câmera e framerate parecerem mais bacanas jogando sozinho) e eu recomendaria sim o jogo pra quem curte coisas parecidas, mas aqui menos descompromissada. Realmente, só não espere o GOTY com Temple of Osiris. Minha maior tristeza foi descobrir que existe outro jogo da série, que saiu antes desse e que eu nunca tinha ouvido falar: Guardian of Light!

Parabéns pela conclusão, mas as imagens não carregaram.