Zerado dia 31/12/15

Com os jogos de interesse do meu Vita chegando cada vez mais ao fim, eu tinha me prometido dar um tempo dele, não queria que ficasse abandonado até os próximos lançamentos, mas acabei começando esse jogo, mesmo estando jogando dois RPGs grandes. O motivo? Falta de luz! Fiquei sem energia umas horas aqui em casa semana passada e dei início a aventura por tédio.
Soul Sacrifice foi um jogo que me deixou muito interessado em ter um Vita há alguns anos atrás. Era tudo tão lindo! Claro que não comprei o portátil depois por causa dele (na verdade, tinha até meio que esquecido), mas pra mim sempre foi um must-play do portátil da Sony.

Nessa época eu só vi um vídeo rápido e imaginei que fosse um hack'n'slash estilo Devil May Cry, mais tarde vi outros vídeos e achei meio Dark Souls. Eu realmente estava perdido.
Ao iniciar o jogo e jogar algum tempo percebo que SS é na verdade um Monster Hunter da vida. Infelizmente o título sequer chega aos pés da popular série da Capcom.
De início a coisa é bem bizarra, com monstros feiosos (como pilhas de banha cheias de cabeças e rostos vomitando), o que eu até gostei. Os monstros definitivamente são, de certa forma, um ponto positivo em SS.
Com um pouco mais de jogatina, a coisa começa a ficar mais "light" que "dark", bem mais puxado para MH mesmo, incluindo cenários bem claros e bonitos e trilha sonora comemorativa nada original.

O jogo tem uma estória bem legalzinha, simples, mas bacana. Infelizmente o número de cinemáticas é ridiculamente pequeno e a trama é contada quase que inteira por páginas de um livro entre uma missão e outra. As missões por si, são bem mais curtas e fáceis que em Monster Hunter. Você tem que matar, sei lá, 15 ratos numa área não muito grande e que 95% das vezes só tem aquela parte, ao invés de várias áreas conectadas por corredores. Mata alguns, outros surgem e assim vai. Nas mais importantes, é uma luta contra um monstro grande, que você só tem que bater e bater e bater. Esquivar é fácil ou questão de um pouco de costume com aquele chefe.
Se acostumar também é fácil, já que não devem existir nem uma dúzia desses monstros principais. Ou seja, você acaba matando cada um várias vezes durante a campanha e missões secundárias. Super repetitivo (junto com os poucos cenários também).

Alguns dos diferenciais incluem: ao matar qualquer monstro, seu corpo se decompõe e ao se aproximar duas opções aparecem. Ao segurar L, você "salva" o monstro e sua barra azul aumenta um pouco. Ao salvar monstros o bastante, sua vida aumenta. Se preferir segurar o R, você sacrifica o inimigo e ao completar a barra vermelha, seu ataque aumenta.
Em fases que você só tem que coletar coisas no mapa, é só ficar matando os infinitos monstros fracotes e ganhar bastante níveis em ambos os atributos!
Outra coisa legal do jogo é que ao completar as missões, você ganha novos poderes, como soco de gelo, fogo, elétrico, marreta, atirar ovos, espada de galhos ou de ossos etc. Esses são os seus ataques, que são divididos em várias categorias e tipos e que devem ser equipados antes de cada missão da forma que você preferir. Eu, pessoalmente, fiquei com armas mais rápidas e de curta distância e magias de regeneração enquanto evitei escudos e golpes que requeriam mirar.
É preciso usar esses golpes com sabedoria, pois eles tem cargas que acabam depois de alguns usos e ao se esgotarem, temos que pagar um preço para tê-los de volta. Existem ainda elementos que regeneram essas cargas nos cenários.

Resumindo: Soul Sacrifice é divertido, embora não muito original. Deve ser muito legal de jogar localmente ou pela internet com amigos. Uma boa pedida que supre a falta de um Monster Hunter no Vita. É um jogo bem tranquilo e não muito estratégico. Bem mais casual que outros do gênero. Daqueles fáceis de pegar e entender. Peguei ele numa promoção bem barato e valeu muito a pena, mas entre ele e outros similares, não sei se ficaria com SS, até porque depois de terminar não animo mais de jogá-lo (talvez se meus amigos tivessem um Vita...).
De bom: tranquilo de jogar e sem dores de cabeças. Tive pouca dificuldade do início ao fim. Os monstros morrem bem mais rápido do que normalmente no Monster Hunter, você também regenera o HP com facilidade. Não requer que você se dedique a ele, visto que joguei pouco e já terminei (e lha que fiz muita missão secundária). Gráficos OK e músicas bem ao estilo daquela série que já citei umas dez vezes aqui. Ponto alto também para as muitas e muitas variedades de magias e armas a serem usadas, ainda mais quando os monstros tem fraquezas a certos elementos. Massa também que o jogo está todo legendado em português!
De ruim: alguns bugs e afins que me prendiam no cenário ou entre o chefe e a parede. Esse é o tipo de caso que você deveria poder atravessar o monstro. Nem sempre os inimigos dão dicas do que farão, resultando em muito HP perdido por besteira. Necessidade de regeneração de vida grande próximo ao fim, já que golpes estavam tirando algo entre 1/3 e metade do meu life. Pouquíssima variedade de monstros. Pouquíssima! Sei que tem alguns que não aparecem na campanha, mas mesmo assim... Algumas batalhas ridículas contra humanos super fáceis (só ficar batendo) ou apenas pra você tomar um golpe e morrer, como desculpa pela quase inexistente quantidade de cinemáticas.
No geral é um jogo bom e com bastante leitura de enredo, que eu acabei passando muitos perto do fim. Vale a pena, mas não espere um replay tão alto quanto outros do gênero. Felizmente não requer que você gaste uma centena de horas para chegar ao fim, porque eu tinha meio que cansado já nessas poucas horas. Jogo bacana!

Jogaço, zerei ele de novo ano passado a campanha principal, faltam os extras.
Esse jogo que fez eu comprar um vita