Zerado dia 26/03/16

Terminei um dos 2 jogos que tinha começado e não terminei: Shantae: Risky's Revenge de DsiWare. Bom, nem faz tanto tempo que terminei o primeiro de GBC, mas assim que desbloqueei o 3DS, procurei uma listinha de jogos que não compraria e esse acabou vindo junto (não compraria pelo preço). Fiquei tão curioso em ver como estava a série, que pulou o GBA, que acabei começando e jogando uns 20-30 minutos.
E adivinha só? O feeling é o mesmo e mesmo com o upgrade gráfico, os sprites continuam na mesma levada, quase como se a série da meio-gênio sempre tivesse tido essa cara.

Pra quem não conhece o famigerado jogo da Wayforward (se é que isso é possível), Shantae é um "metroidvania" sidescroller da melhor qualidade, que junta muitos elementos dos dois jogos que formam o nome do gênero com umas pitadinhas de The Legend of Zelda.
O jogo se baseia em falar com um NPC aqui e ali, andar pelas áreas diferentes do mapa, buscar itens, passar de dungeons, comprar upgrades e adquirir novas habilidades, já que a nossa protagonista tem como diferencial a transformação em outros animais, que resulta em habilidades exclusivas.

Em Risky's Revenge, a coisa ficou mais fácil e rápida. Um dos fatores que implicam nisso é que o jogo ficou muito mais direto, te obrigando a explorar menos que seu antecessor. Os NPCs falam pra onde ir e é isso, vá até lá. As áreas também estão muito mais simples, com inimigos que não ligam muito pro fato de estarem apanhando e caminhos que raramente terminam em outras ramificações. No Shantae de GBC, cada tela era bem longa e o limite do céu era bem acima, o que incluía itens secretos e caminhos a serem visitados apenas com o progresso do jogo e a aquisição de novos poderes.
SRR definitivamente buscou um público mais simples ou até mesmo casual. A minha aventura duru apenas 4 horas e 30 minutos, sendo que ainda gastei um tempo perdido bem no início, quando ainda estava aprendendo as poucas novas mecânicas.

Uma das coisas que me deixou travado no início foi a adição de "camadas" em alguns cenários. Ao invés d mapa ser uma linha reta, existem alguns pedais no chão que, ao apertar o botão de pulo, Shantae vai para o cenário detrás ou da parte da frente. No começo, achei que fosse apenas cenário, e mesmo apertando outros botões, só entendi por acidente, já que a minha quest de falar com as pessoas da cidade parecia impossível de ser completada e a mesma tem umas três camadas, cada uma com lojas e pessoas diferentes.
Em uns dois lugares nessa cidade principal, tem dois painéis que te jogam pra mesma camada, e isso é bem inútil. Mais tarde na floresta, não achei um caminho porquê nunca pegava o outro que deveria e que nem cheguei a imaginar essa possibilidade e, mais uma vez, só consegui por acidente.

O sistema de combate continua sendo bem a estilo do Castlevania, chicoteando o cabelo para bater nos inimigos. Além disso, existem habilidades e itens a serem compradas, como lançar bolas de fogo, uma nuvem que solta choque, poções de cura etc. Esses itens são comprados com o dinheiro que os inimigos deixam ao morrer ou em potes dispostos em vários lugares. Habilidades mais importantes ainda exigem de 1 a 3 potes de geleia, que são encontrados em áreas mais escondidas por todo o jogo.
Para equipar Shantae com o seu gosto, basta tocar no ícone desejado na tela de baixo. Essa tela inclui também o mapa geral do jogo, incluindo as camadas de cada parte.

Resumindo: Shantae: Risky's Revenge é uma ótima continuação para o jogo original de GBC. O jogo ficou mais curto e simples, mas isso acabou de certa forma sendo uma coisa boa, pois o primeira era exageradamente longo e cansativo, além de um pouco difícil.
De bom: gráficos ao estilo DS, que deram um belo upgrade visual a série. Os inimigos tiram menos corações ao te bater, que é bom, já que você não tem muitos. Mantiveram todos os sisteminhas do jogo anterior ou melhoraram, com a dança da transformação em animais, que agora é só segurar X e soltar em uma das três partes diferentes da dança. Música e efeitos sonoros semelhantes a série Zelda, como o grito dela caindo no buraco. É o Link! Inclusão de vários upgrades e afins para quem quer jogar um pouquinho mais. Simples e divertido.
De ruim: bem curto, com poucos cenários em relação ao seu antecessor. O mapinha cabe na tela e em formato grande. Inclua os teleportes e andar de um lado pra outro fica bem rápido. Apenas três transformações. Inimigos burros, que sofrem dano e dificilmente viram pra tentar revidar. Mantiveram o esquema de "morreu? Volte pro último save". Acho até legal, mas em dungeons o certo deveria ser voltar ao início da mesma. Apenas três dungeons, as duas primeiras são bem lineares e curtas. Poucos personagens secundários. Uso quase inexistente de duas das três formas, que são usadas aqui e ali, mas nem em chefes. A última mesmo é bem no finalzão do jogo, com uma questzinha boba como desculpa pra usá-la e é isso.
No geral é um jogaço. Menos massivo e repetitivo que o primeiro e mais daquele tipo de jogo de aventura que você jogava pra zerar em 3 horas quando estava entediado na infância, mas, embora mais casual, acho que eu até indicaria mais esse que o jogo original.

Parabéns :)