Zerado dia 03/11/17

Vou começar um jogo meio longo agora é queria terminar algo curto entre ele e o anterior, Breath of the Wild. Olhando nos meus downloads no 3DS, cheguei a mais um jogo da Shantae.
Comecei essa série há uns dois anos atrás desde o primeiro, no GBC, e pretendo jogar até o último que saiu e continuar os jogos conforme eles saem.
Bom, vendo imagens e os nomes dos jogos da meio-gênio, eu nunca sabia qual era qual, mas acho que agora eu peguei o jeito, mas acredito que em breve vou confundir qual jogo é qual, pois até então todos são muito parecidos.

Pirate's Curse (PC) segue a mesma lógica e jogabilidade de seus antecessores, sendo um metroidvania bem light e colorido. Infelizmente a série volta a não usar as transformações da Shantae, mas ao menos o jogo não é massivo como o primeiro, nem genérico e feio como o segundo.
Nessa aventura, a heroína e sua arqui-rival, a pirata Risky Boots, formam uma aliança para derrotar um inimigo em comum que pretende destruir a tudo e a todos. Com o navio da antiga vilã e as habilidades da protagonista, a dupla parte em busca de ilhas , mapas e chefões em templos.
De cara, eu não soube muito o que esperar desse jogo. Você começa no mesmo lugar de sempre, mesma cidade e com os mesmos personagens, e mesmo tendo certeza que a WayForward não irá decepcionar e que a aventura vai ser nova, a sensação era, muitas vezes, de estar jogando pela segunda ou terceira vez algo que eu já havia terminado.
Esse é o primeiro Shantae moderno na franquia, com resolução maior e personagens bem desenhados, mas por ainda manter aquele estilo GBA, você provavelmente só irá perceber diferenças colocando os jogos lado a lado.

PC também mantém um certa linearidade e baixa dificuldade por grande parte de sua extensão, assim como no segundo jogo. As pessoas mandam você ir a algum lugar, você vai, depois volta e espera alguém te falar pra onde ir. Depois que pegamos o primeiro mapa, basta ir para a ilha que abriu e explorar o máximo, coisa rápida de ser feita. Depois entre no Dungeon, o termine, consiga outro mapa e vá para a próxima ilha.
São cerca de 6 ilhas, fora a inicial, para serem exploradas e o backtracking é pequeno.
Bom, como eu disse, o jogo foi bem rápido e fácil, sendo que comecei na quarta e o terminei na quinta jogando tranquilo num total de 7h40. Mas ainda assim, PC tem sim seus momentos mais difíceis ou confusos e um exemplo disso é que recebemos itens ou aprendemos habilidades durante o jogo que devem ser usadas geralmente em ilhas anteriores para abrir itens da estória.
O resultado é que você acaba tendo que entregar o que tem ou o que acha para certos NPC para que ele permita a continuidade do jogo. Lembre-se: exploração e um pouco de memória são importantes aqui.
Cenários mais próximos do fim do jogo também são mais difíceis, pois adicionam uma grande quantidade de inimigos (que respawnam quando você deixa um tela) ou fases longas, com armadilhas e afins. A última parte mesmo, antes do último chefe, requer bastante habilidade e domínio das mecânicas do jogo.

Esse Shantae adiciona habilidades que não lembro de ter visto nos títulos anteriores, como planar com um chapéu e atirar com uma pistola. A personagem fica super versátil quando ontem todas essas habilidades, incluindo três pulos adicionais no ar e uma super corrida estilo as da Samus nos Metroids.
Há também upgrades de habilidades e desbloqueio de ataques na cidade. Eu achei muito bom como eles nos encorajam a explorar e pegar qualquer dinheirinho que achamos, já que as lojas vendem vários níveis de upgrades que ficam caros e uma mulher na cidade troca 4 Squids (polvos vermelhos escondidos pelos mapas) por um novo coração (começamos com apenas 2 deles de vida).

Resumindo: Shantae and the Pirate's Curse leva a série a um novo nível. Deixando um pouco de lado coisas da época no primeiro jogo e a aventura que parece um teste/demo do segundo, esse sim tem um grande peso e mantém todas as características de jogos recentes. Definitivamente o melhor até aqui é pra ser sincero, o único que você deve jogar (ainda não sei como ficou o próximo).
De bom: colorido e bem animado. Controles simples e fluidos, como toda a aventura. Não é massivo e jogar pela segunda vez o deixaria super curto. Habilidades novas legais.
De ruim: poderia ter um warp entre saves de uma mesma ilha, pois as vezes você só tem que ir entregar uma besteirinha e somos obrigados a andar um bocado, enfrentar um monte de monstro e ainda voltar. Odiei o fato de que morrer volta pra tela de início, ainda mais porque alguns inimigos tiram muito HP apenas encostando na gente é corações que nem achamos com muita facilidade só recuperam 1/4 de um coração seu. Usar itens de cura e proteção é feito na tela de toque, dando dois toques, enquanto a ação continua, ou seja, se você estiver numa parte complicada, dificilmente vai conseguir recuperar qualquer coisa.
No geral, gostei muito e recomendo o jogo, mas talvez não no 3DS (por essa da tela de toque). É definitivamente tudo o que você precisa de Shantae e já rezo pro próximo ser diferente. Ah, lembre-se de coletar todas as Dark Magic pra enfrentar o último Boss de verdade!

Ele é a continuação desse aq: http://alvanista.com/games/pc/shantae-riskys-revenge-directors-cut, q por sua vez é a continuação do Shante original de GBC