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Check-out, jogo finalizado e desafio saindo da zona de conforto proposto pelo @xua concluído. Pra quem não estava acompanhando, recebi do @folha a indicação do Fire Emblem Awakening...

Não joguei outros RPGs táticos além desse Fire Emblem então não tenho uma base para fazer comparações, mas no geral o jogo apresenta e executa muito bem todos os conceitos e ideias propostos. De ponto positivo não posso deixar de elogiar a trilha sonora orquestrada que é muito boa, e que me ganhou com os temas dinâmicos que alternam em tempo real o conjunto de instrumentos para refletir o que está acontecendo (por exemplo, cena de combate vs mapa de batalha). 

O enredo também se destaca, não é nada muito elaborado mas é extremamente detalhado, por um lado ele prega peças no jogador, oferecendo escolhas em alguns pontos chave da história que no máximo alteram algumas linhas de diálogo e não o que de fato vai acontecer, mas por outro lado consegue se adaptar de maneira transparente caso um personagem importante naquela parte da história já tenha morrido por conta do sistema de mortes permanentes, que aparentemente é uma marca registrada da franquia. 

Gastei pouco mais de 20 horas pra completar a quest principal e todos os paralogues (side-quests) que apareceram no mapa (considere 26 horas se levar em conta o rage-quit que dei umas semanas atrás). Em relação aos paralogues, não sei quantos são no total e não entendi muito bem o critério para liberá-los (ranking de relacionamento entre os personagens?), mas de qualquer forma completei os paralogues 1, 2, 3, 4, 8 e 17.

Os pontos baixos do jogo pra mim foram nas cutscenes inconsistentes, elas variavam de excelentes (como em pontos chaves do enredo, onde temos pequenas GCs de ação, bem expressivas, ou cenas 2D bem detalhadas, como em visual novels) para aceitáveis (essas geralmente renderizadas pela engine do jogo, com animações sem vida ou nenhuma expressão nos personagens além dos pequenos clipes de voz dos diálogos), talvez devido a limitações técnicas do 3DS, nem tanto por falta de poder de fogo, talvez por falta de espaço no cartucho. 

Um outro ponto baixo, que não é exclusivo para esse Fire Emblem pois acho que se aplicaria a outros RPGs táticos também, foi o combate em si, que como o próprio estilo sugere é mais lento e "tático" do que em um RPG mais "moderno", com mais ação ou com um combate mais rápido, o que pra mim foi ficando massante e repetitivo do meio pro final do jogo. No caso do Fire Emblem, temos as cenas de batalha e suas respectivas animações, todas bem feitas e que empolgavam no começo, seja pela mudança na trilha sonora ou o close no olhar do personagem ao conseguir um critical hit, mas que depois de um tempo eu simplesmente ignorava e pulava essas cenas, pra terminar logo a luta e avançar com a história, que era o que estava me prendendo.

Falando um pouco dos personagens, procurei recrutar todos os que eu encontrei, e terminei o jogo com 32 deles. De todos eles acho que minha maior surpresa foi com a Anna, não dava nada por ela quando a recrutei mas acabou se tornando a mais apelona de toda a equipe seguido da Say'ri, que depois de um Master Seal também ficou bem apelona, inclusive em um dos níveis deixei ela parada em um Fort e ela simplesmente saiu dando one-hit kill em todos os inimigos que tentavam atacá-la, sem sofrer nada de dano. 

Já a Olivia, a dançarina, foi a mais inútil pra mim, quando a recrutei ela chegou na equipe com um nível muito baixo e eu nunca conseguia progredir muito com ela pois como já tinha avançado bastante na história, os inimigos estavam com nível alto também, então era one-hit kill deles na Olivia em 95% dos casos. Como ela virou peso morto, nunca mais levei ela pra batalha, mas reconheço que a habilidade de dança dela poderia ser bem útil em estratégias mais elaboradas. 

O Robin (ou seja lá que nome você tenha dado) era outro peso morto, mesmo com um nível meio alto e com um poder de ataque bacana, o infeliz não aguentava mais que dois hits dos inimigos sem morrer, e por ser o protagonista, se ele ou o Chrom morressem, era game-over. Resultado, do meio pro fim eu nunca mais levei ele pra uma batalha, exceto nos capítulos em que era obrigado a levá-lo. De menções honrosas cito o Stahl, Tiki, Cherche e Ricken.

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Enfim, a indicação do desafio serviu pra concluir que embora eu tenha gostado do que vi no Fire Emblem Awakening, no geral eu não gosto de RPGs táticos, mas também não odeio xD

Recomenda o jogo? Sim

Jogaria outro RPG tático? Provavelmente sim, mas não tão cedo...

Avaliação final do jogo: Ligeiramente positiva

Avaliação final do gênero: Neutra